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* FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Profa. Dra. Vera Luci de Almeida * TÓPICOS Abordagem Clássica Abordagem das Relações Humanas Abordagem Neo-clássica Abordagem Estruturalista Abordagem Comportamentalista Abordagem Sistêmica * Breve Histórico da Administração Influência dos filósofos - Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.) , Platão (429 a.C. – 347 a.C.) , Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) , Francis Bacon (1561 – 1626), Descartes (1595 – 1650), Thomas Hobbes (1588 –1679), Rousseau (1712 – 1778) , Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895). Influência da organização da Igreja Católica James D. Mooney Influência da organização militar (unidade de comando e a escala hierárquica) Napoleão Bonaparte, General Clausewitz * Breve Histórico da Administração Influência dos economistas liberais Smith, Malthus, David Ricardo, James Mill Influência da Revolução Industrial – A Revolução da Produção 1780 a 1860 – 1ª Rev. Industrial ou revolução do carvão e do ferro. 1860 a 1914 – 2ª Rev. Industrial ou revolução do aço e da eletricidade. A Revolução Industrial impulsionou: O desenvolvimento de máquinas e preconizou a divisão do trabalho; Ampliou a rede de transportes; Estreitou as comunicações; Empregou uma massa industrial de mão-de-obra; Reduziu os custos de produção; Transformou profundamente, não só o mundo das organizações, mas a sociedade. * Administração e Perspectivas * * * Administração e Perspectivas * Administração e Perspectivas * Administração e Perspectivas * Administração e Perspectivas * Administração e Perspectivas * Abordagem Clássica * A economia passou de uma base artesanal e manufatureira para produção industrial e mecanizada. Surgiu um primeiro paradigma de administração, defendendo racionalização da produção, divisão de tarefas em múltiplas etapas, supervisão cerrada e obediência hierárquica Teoria Clássica e Científica * Administração Científica Os sistemas de pagamento da época faziam o trabalhador não se empenhar como os engenheiros e os empregadores achavam que seria adequado. O caminho para resolver o problema dos salários era descobrir, de maneira científica e exata, qual a velocidade máxima em que o trabalho poderia ser feito, por meio do estudo sistemático e científico do tempo, que consistia em dividir cada tarefa em seus elementos básicos, cronometrá-las e registrá-las. Em seguida, eram definidos tempos-padrão para os elementos básicos. Posteriormente, percebeu-se que o estudo de tempos (e em seguida, tempos e movimentos) era um processo que tinha o valor intrínseco de permitir o aprimoramento do trabalho operacional, através da racionalização dos movimentos. * Administração Científica O início do trabalho de Taylor: Americano de família enriquecida pelo comércio com a Índia. Obcecado por regras desde criança, via a necessidade de aplicar métodos científicos à administração, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima produção a mínimo custo. Defendia os seguintes princípio: Seleção científica do trabalhador Tempo padrão Planos de incentivo salarial Trabalho em conjunto Gerentes planejam, operários executam Divisão do trabalho Supervisão Ênfase na eficiência * Considerações acerca da administração científica de Taylor: Enfoque mecanicista do ser humano; Homo economicus (incentivo monetário não se revela suficiente para promover a satisfação dos trabalhadores); Abordagem fechada (não faz referência ao amb. da empresa) Superespecialização do operário; Exploração dos empregados. Administração Científica * Outras características da Administração Científica: Psicologia dos trabalhadores (precária), salários e supervisores ( inspetor, chefe de turma, chefe de velocidade, chefe de reparação, chefe de ordem de pagamento, chefe da rotina e chefe da disciplina) Administração Científica * Contribuição de Henry Ford O Fordismo O verdadeiro pai da administração? Criou teorias e idéias próprias sobre a administração. Produção em larga escala (produção em massa), produção desde a matéria-prima até o produto acabado (concentração vertical) e distribuição comercial dos produtos acabados por meio de agências próprias (concentração horizontal). Produção em massa = consumo em massa. O segredo é a simplicidade. * Princípios básicos de Ford: Princípio da intensificação: tempo de duração do processo para velocidade da entrada do produto no mercado; Princípio da economicidade: ao mínimo o volume de matéria prima em transformação; e Princípio de produtividade: a capacidade de produção do homem no mesmo período por meio de especialização da linha de montagem. O operário ganha + e o empresário tem + produção. * Escola Clássica de Fayol Características: Sua teoria sofreu influência das necessidades oriundas da Primeira Guerra Mundial, mas só se impôs nos anos 60; O Fayolismo é conhecido por ser uma “escola de chefes”; O francês Henri Fayol obteve seu reconhecimento nos Estados Unidos, após a Segunda Guerra Mundial. A Administração constitui um fator de grande importância na direção dos negócios: de todos os negócios grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos religiosos ou de outra qualquer índole. * Escola Clássica de Fayol Henri Fayol (Fayol) 14 princípios gerais da administração. 1 Divisão de trabalho: Executando somente uma parte da tarefa, um trabalhador pode produzir mais e melhor com o mesmo esforço. A especialização é a maneira mais eficiente de usar o esforço humano; 2 Autoridade e Responsabilidade: Autoridade é o direito de dar ordens e conseguir obediência; responsabilidade é um corolário de autoridade; 3 Disciplina: É necessário haver obediência às regras da organização. A melhor maneira de ter bons chefes e regras justas e claras, e bons acordos, é aplicar as sanções e penalidades com justiça; * Escola Clássica de Fayol Henri Fayol (Fayol) 14 princípios gerais da administração. 4 Unidade de comando: Deve haver somente um chefe para cada empregado; 5 Unidade de direção: Todas as unidades da organização devem seguir em direção aos mesmos objetivos através de um esforço coordenado; 6 Subordinação do interesse individual ao interesse geral: Os interesses da organização devem ter prioridade sobre os interesses dos empregados; * Escola Clássica de Fayol Henri Fayol (Fayol) 14 princípios gerais da administração. 7 Remuneração do pessoal: O salário e a compensação para o pessoal devem ser justos, tanto para o pessoal como para a organização; 8 Centralização: Deve haver um equilíbrio entre o envolvimento do pessoal, através da descentralização, e a autoridade final do administrador, através da centralização; 9 Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierárquica: As organizações devem ter uma via de autoridade e comunicação, que vem do alto até os níveis mais baixos e deve ser seguida pelos administradores e pelos subordinados; * Henri Fayol (Fayol) 14 princípios gerais da administração. 10 Ordem: Pessoas e materiais devem estar em lugares adequados e no tempo certo para o máximo de eficiência – isto é, um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; 11 Eqüidade: É necessário bom senso e experiência para assegurar um tratamento justo a todo o pessoal, os quais devem ser tratados da mesma forma; 12 Estabilidade do pessoal: A rotatividade de mão-de-obra deve ser diminuída, para manter a eficiência da organização; Escola Clássica de Fayol * Escola Clássica de Fayol Henri Fayol (Fayol) 14 princípios gerais da administração. 13 Iniciativa: Os empregados devem ser encorajados a desenvolver e a implementar planos de melhorias; e 14 Espírito de equipe (esprit de corps): A administração deve promover um espírito de unidadee harmonia entre o seu pessoal, para um trabalho em grupo. * Escola Clássica de Fayol Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. * Considerações acerca da Teoria Clássica Obsessão pelo comando: autoridade e responsabilidade; A empresa como sistema fechado; Manipulação dos trabalhadores: foi tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscam explorar os trabalhadores. Muitos empresários fizeram e ainda fazem uma aplicação deturpada dos princípios defendidos por Fayol; Princípios de Taylor X Funções Gerenciais de Fayol * Críticas à Teoria Clássica Abordagem simplificada da organização formal: não há consideração sobre o conteúdo psicológico e social com a devida importância; Ausência de trabalhos experimentais: as teorias são baseadas na observação e senso comum, quando postas em experimentação se dissolvem; O extremo racionalismo na concepção da administração: há certo sacrifício da clareza de idéias em prol da lógica, racionalismo e formalismo; Teoria da máquina: comportamento mecânico da máquina, o operário sabe muito a respeito de pouca coisa ; e Abordagem incompleta da organização: o descuido da organização informal (problemas humanos) * Principais Diferenças entre a Teoria de Taylor e a de Fayol Adm. Científica de Taylor Ênfase nas tarefas Seu objetivo: aumentar a eficiência da empresa por meio do aumento de eficiência ao nível operacional (operação das máquinas) outras: Negação da unidade de comando; Restrição da aplicação do seu estudo às organizações do tipo industrial (chão de fábrica) Escola Clássica de Fayol Ênfase na estrutura Seu objetivo: aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização e das inter-relações estruturais outras: Afirmação da unidade de comando; Abrangência da aplicação do seu estudo a todos os tipos de organizações * Abordagem Humanística * ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS ORIGENS: Originou-se nos Estados Unidos; A Crise de 29 – Liberalismo ao Intervencionismo; Necessidades de se humanizar e democratizar a Administração, influenciado pelos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica; O desenvolvimento das chamadas ciências humanas como a sociologia e a psicologia vieram a demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica; Idéias de Kurt Lewin (Psicologia Dinâmica) e de John Dewey (Filosofia Pragmática) e de Elton Mayo (Fundador da Teoria das Relações Humanas) Conclusões da Experiência de Hawthorne. * A Experiência de Hawthorne Em 1927, Mayo iniciou um estudo em uma indústria telefônica em Chicago, chamada Western Eletric Company, no bairro de Hawthorne; Primeira fase da experiência: efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários; Segunda fase da experiência: sala de experiência de montagem de relés através de observações de 06 moças de nível médio; Terceira fase da experiência: programa de entrevistas; e Quarta fase da experiência: sala de observações de montagem de terminais. * A Experiência de Hawthorne Conclusões da experiência Nível de Produção é resultante na Integração Social; Comportamento Social dos Empregados; As recompensas e Sanções Sociais; Grupos Informais; As Relações Humanas; A importância do Conteúdo do Cargo; e Ênfase nos Aspectos Emocionais. * Ainda, a Experiência de Hawthorne: Eficiência X Cooperação Humana; Mayo passa a defender o seguinte: O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social; A Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar; A pessoa humana é motivada essencialmente pela necessidade de “estar junto”, de ser “reconhecida”; A civilização industrializada trata como conseqüência a desintegração dos grupos; * Funções básicas da Organização formal Produzir bens e serviços (função econômica que busca o equilíbrio externo) e distribuir satisfações entre os seus participantes (função social que busca o equilíbrio interno na organização). Organização técnica X organização humana (social) * TEORIA DAS RH: CARACTERÍSTICAS INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO HUMANA: Teoria de Campo de Lewin; C = f (P,M) As Necessidades Humanas Básicas: necessidades fisiológicas, necessidades psicológicas, necessidades de auto-realização; Ciclo motivacional; Frustração e compensação; e O moral e atitude. * TEORIA DAS RH: CARACTERÍSTICAS LIDERANÇA: é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Outras contribuições importantes para a Abordagem Humanística: Oliver Sheldon , Alfred Marrow, Ordway Tead e Mary Parker Folett’ * APRECIAÇÃO CRÍTICA A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Oposição cerrada a Teoria Clássica; Inadequada visualização dos problemas das Relações Industriais; Concepção Ingênua e Romântica do Operário; Limitação do Campo Experimental; Parcialidade das Conclusões; Ênfase nos Grupos Informais; Enfoque Manipulativo das Relações Humanas. * Estilos de Administração (Douglas McGregor) Pressuposições da Teoria Y Pressuposições da Teoria X As pessoas são preguiçosas e indolentes As pessoas evitam o trabalho As pessoas evitam a responsabilidade, afim de se sentirem mais seguras As pessoas precisam ser controladas e dirigidas As pessoas são ingênuas e sem iniciativa As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer O trabalho é uma atividade tão natural como brincar As pessoas procuram e aceitam responsabilidades As pessoas podem ser automotivadas As pessoas são criativas e competentes * DIFERENÇAS ENTRE A TEORIA CLÁSSICA E DAS RH Teoria Clássica Trata a organização como uma máquina; Enfatiza as tarefas ou a tecnologia; Inspirada em sistemas de engenharia; Autoridade centralizada; Linhas claras de autoridade; Especialização e competência técnica; Acentuada divisão de trabalho; Confiança nas regras e nos regulamentos; e Clara separação entre linha e staff. Teoria das Relações Humanas Trata a organização como grupos de pessoas; Enfatiza as pessoas; Inspirada em sistemas de psicologia; Delegação plena de autoridade; Autonomia do empregado; Confiança e abertura; Ênfase nas relações humanas entre as pessoas; Confianças nas pessoas; e Dinâmica grupal e interpessoal. * Abordagem Neoclássica * - Teoria Neoclássica - Tipos de Organização - Departamentalização - Administração por Objetivos (APO) * Teoria Neoclássica Origens: EUA - Na década de 1950, os valores sócio-econômicos passavam por grandes transformações; Após as privações e dificuldades de consumo impostas pela II G.M. as pessoas passaram a ver no consumo sua possibilidade de auto-realização; A filosofia materialista da época estimulava a produção em massa e o desenvolvimento de novas formas de comunicação; A difusão da TV acirrava a competição entre os produtos e incentivava a cultura do consumismo. * A supervalorização dada ao homem pela Escola das Relações Humanas e aprofundada no período da II G.M, resultou num movimento de busca pelo reequilíbrio organizacional. Desta forma ... Características da Teoria Neoclássica Reafirmação dos postulados clássicos; Ênfase na prática da administração; Ênfase nos princípios gerais de administração; Ênfase nos objetivos e nos resultados; Ecletismo. * Administração como Técnica Social Para os autores neoclássicos, a “Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum. E o bom administrador é, naturalmente, aquele que possibilita ao grupo alcançar seus objetivos ao mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com menos atritos com outras atividades úteis”. * Aspectos administrativos comuns às organizações: Quanto aos objetivos:o objetivo da organização está sempre fora dela (indivíduo e sociedade) e deve ser bem definido para avaliar resultados e eficiência; Quanto a administração: podem ser diferentes em seus objetivos, mas semelhantes na área administrativa. Quanto ao desempenho individual: é a eficácia dos indivíduos que trabalham na organização Eficácia: Capacidade de satisfazer uma necessidade da sociedade por meio de seus produtos (bens/serviços) Eficiência: Relação técnica entre entradas e saídas, ou seja, entre custos e benefícios; * MODELO BUROCRÁTICO Características da Burocracia: Ética Protestante (vida dedicada ao trabalho duro); Homem Organizacional (dedicado a vários papéis); Racionalidade; Divisão de Trabalho e Hierarquia; Autoridade, Poder, Dominação e Administração; Promoção e Seleção; Separação entre Propriedade e Administração/ e Organização Informal. Características segundo Weber: Caráter legal das normas e regulamentos; Caráter formal das comunicações; Caráter racional e divisão do trabalho; Impessoalidade nas relações; Hierarquia de autoridade; Rotinas e procedimentos estandardizados; Competência técnica e meritocracia; Especialização da administração Profissionalização dos participantes Completa previsibilidade do funcionamento. Origens da Burocracia: A racionalidade da Revolução Industrial tornava a inconstância do ser humano um empencilio ao bom funcionamento do novo modelo de organização industrial. A teoria burocrática surgiu como paradigma de gestão, regulada pelas normas e inflexibilidade hierárquica. * Abordagem Comportamental * O Movimento Behaviorista 1 – Surgiu como uma evolução de uma dissidência da escola das Relações Humanas; 2 – Foi bastante influenciado pelo desenvolvimento de estudos comportamentais em vários campos da ciência, como a antropologia, a psicologia e a sociologia; 3 – Trabalhos fundamentais: Barnard (cooperação na organização formal) e Simon (participação dos grupos no processo decisório da organização). * Aspectos Organizacionais enfatizados pelo Behaviorista Processo decisório – diante de uma série de alternativas os decisores selecionam as que representam a melhor seleção; Liderança – se refere a qualidade do comportamento dos indivíduos, através do qual eles guiam pessoas ou sua atividade em esforço organizado. Depende do indivíduo, seus seguidores e condições em que ocorre; Autoridade e consentimento; Homem administrativo – os homens são racionais diante de uma situação com vários dados. Na tomada de decisão tem um comportamento apenas satisfatório e não otimizante; Conflito de objetivos – conflito entre os objetivos dos indivíduos e da organização. * Apreciação Crítica à Teoria Comportamental Ênfase nas pessoas; Abordagem mais descritivas e menos prescritiva; Profunda Reformulação na Filosofia Administrativa; 4) Dimensões Bipolares: análise teórica X empírica, análise macro e micro, organização formal X informal, análise cognitiva X afetiva * 5) A relatividade das teorias da motivação: teoria de Maslow, teoria de McGregor, teoria de Herzberg; 6) Profunda influência das teoria do Comportamento sobre as teorias a Administração; 7) A Organização como um Sistema de Decisões; 8) Análise Organizacional a partir do Comportamento; * Abordagem Estruturalista * Abordagem Estruturalista Estrutura “Conjunto formado, natural ou artificialmente, pela reunião de partes ou elementos, em determinada ordem ou organização”. (Aurélio). * Abordagem Estruturalista Surgiu a partir das críticas a impessoalidade de Weber; Preocupação com os componentes internos de um sistema e suas interações; Precursora da abordagem sistêmica; e Teve forte influência da Segunda Guerra Mundial. De volta da Guerra, os profissionais colocaram em prática algumas técnicas de pesquisa operacional (PO). * Abordagem Estruturalista Pesquisa Operacional (PO) Prós: grandes contribuições para o estudo e a prática da administração. Contras: base matemática muito complicada para a compreensão e uso imediato; e inadequada para se lidar com os componentes psicológicos e comportamentais das atividades no local de trabalho. * Abordagem Estruturalista Mérito da abordagem Conciliou as idéias das abordagens clássica e comportamental; e Ampliou-se o campo de análise de forma a trazer ganhos a todos com o expressivo acréscimo de obras de outros segmentos de negócios e serviços. * Abordagem Estruturalista Surgiu como um desdobramento da burocracia, buscando resolver os conflitos existentes entre a teoria clássica (abordagem mecanicista do homem econômico), a teoria das relações humana (visão ingênua do homem social) e a própria teoria burocrática (amplitude de um modelo organizacional ideal e universal – inviável na prática); A idéia básica do estruturalismo é considerar a organização em todos os seus aspectos como uma só estrutura, fornecendo uma visão integrada da mesma: analisar a influência de aspectos externos sobre a organização, o impacto de seus próprios aspectos internos, as múltiplas relações que se estabelecem entre eles. * Características do Estruturalismo Submissão do indivíduo à socialização – o desejo de obter recompensas materiais e sociais faz com que o indivíduo aceite desempenhar vários papéis sociais em seu trabalho; Conflitos inevitáveis – entre o interesse dos funcionários e da empresa. Podem ser reduzidos, mas não eliminados; Hierarquia e comunicação – a hierarquia é um pré-requisito funcional para a coordenação de uma organização formal. Sua disfunção é considerada um custo inevitável, que poderá ser reduzido, mas não eliminado; Incentivos mistos – os indivíduos, sendo seres complexos, precisam se realizar em diversos aspectos (materiais e sociais). * Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) Origens: 1) A relativa dificuldade de se operacionalizar os conceitos das diversas teorias sobre a organização; 2) O aprofundamento dos estudos sobre a motivação humana e a sua interferência dentro da dinâmica das organizações; 3) A criação do National Training Laboratory de Bethel (1947); 4) A publicação do livro T-Group Theory and Laboratory Methods/ * 5) A pluralidade de mudanças no mundo que deram origem ao desenvolvimento organizacional: ( transformação rápida e inesperada do ambiente organizacional, aumento do tamanho das organizações, complexidade da tecnologia moderna, mudança do comportamento administrativo) 6) A fusão de duas tendências no estudo das organizações; 7) Inicialmente o D.O. limitou-se ao nível de conflitos interpessoais, de pequenos grupos, passando da Adm. Pública para as demais organizações; 8) Os diversos modelos de D.O. consideram 05 variáveis: o meio ambiente, a organização, o grupo social e o indivíduo. * Mas afinal, o que é D.O? ... é toda mudança planejada O desenvolvimento da organização é um processo planejado de modificações culturais e estruturais, permanentemente aplicado a uma organização, visando institucionalizar uma série de tecnologias sociais, de tal forma que a organização fique habilitada a diagnosticar, planejar e implementar essas modificações com ou sem existência externa. * Pressupostos do D.O: 1 – A constante e rápida mutação do ambiente; 2 – A necessidade de contínua adapatação; 3 – A interação entre organização e ambiente; 4 – A interação entre indivíduo e organização; 5 – Os objetivos individuais e organizacionais; 6 – A mudança organizacional deve ser planejada; 7 – A necessidade de participação e comprometimento; 8 – O incremento da eficácia organizacional e do bem- estar da organização; * 9 – A variedade de modelos e estratégias de D.O. 10 – O D.O é uma estratégia para as mudanças; 11 – Um objetivo essencial das organizações é o de melhorar a qualidade de vida; 12 – As organizações são sistemas abertos. Aplicações do D.O: Modificar estratégia administrativa, tornar o clima das organizações maisconsistentes, mudar cultura organizacional, mudar estruturas e posições, melhorar colaboração grupal, aperfeiçoar sistema de comunicação, necessidade de melhorar planejamento e metas, enfrentar problemas de fusão, mudança de motivação da equipe de trabalho e necessidade de adaptação a um novo ambiente. * Processo de D.O: 1 – Colheita de dados; 2 – Diagnóstico Organizacional; 3 – Ação de intervenção. Críticas ao Desenvolvimento Organizacional 1 – Aspectos Mágicos do D.O; 2 – Imprecisão no Campo do D.O; 3 – Ênfase na Educação “Emocional”; 4 – As aplicações distorcidas do D.O. * Abordagem Sistêmica * - Teoria Cibernética - Teoria Matemática - Teoria dos Sistemas * Teoria Cibernética Cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja no animal, seja na máquina. A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula seu comportamento. A Cibernética compreende os processos e sistemas de transformação da informação e sua concretização em processos físicos, fisiológicos, psicológicos etc. de transformação. * Origens da Teoria Cibernética: - Movimento iniciado por Nobert Wiener em 1943 para esclarecer as áreas brancas da ciência; - Os primeiros estudos sobre a teoria matemática; - Estudos e experiências com computadores A II G.M. provocou o desenvolvimento dos equipamentos de artilharia aérea na Inglaterra; Desenvolvimento da T.G.S. (1947); No início a Cibernética restringiu seus estudos à criação de máquinas, depois aplicou-se a Engenharia, Biologia, Medicina, Psicologia, Sociologia e enfim a Administração. * Alguns Conceitos utilizados na Cibernética Campo de estudo: SISTEMAS “qualquer conjunto de elementos dinamicamente relacionados” Entradas, saídas, processamento, caixa negra, retroação, homeostasia, informação. A Teoria da Informação proporcionou uma visão mais ampla dos fenômenos de informação e comunicação dentro das organizações. PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA CIBERNÉTICA PARA A ADMINSTRAÇÃO: AUTOMAÇÃO E INFORMÁTICA * Teoria Matemática Origens: O trabalho clássico sobre a teoria dos jogos (1947 e 1954) O estudo do processo decisório por Herbert Simon e o surgimento da Teoria das Decisões; A existência de decisões programáveis; O desenvolvimento dos computadores. * O Processo Decisorial: a teoria matemática desloca a ênfase na ação para a ênfase na decisão; O processo decisorial é a seqüência de etapas que formam uma decisão. Constitui o campo de estudo da Teoria da Decisão, que é considerada como uma Teoria Matemática Necessidades da Teoria Matemática para a Administração: Simulação de situações reais da administração; Resolução de problemas de tomada de decisões; * Pesquisa Operacional Descende da Administração Científica de Taylor, à qual acrescentou métodos mais redefinidos: a tecnologia computacional e uma orientação rumo aos vários problemas. P.O. é a aplicação de métodos, técnicas e instrumentos científicos a problemas que envolvem as operações de um sistema de modo a proprocionar, aos que controlam o sistema, soluções ótimas para o problema em foco. * Seis fases para construção de uma P.O. Formular o problema; Construir o modelo Matemático; Deduzir uma solução do modelo; Testar o modelo e a solução; Estabelecer controle sobre a solução; Pôr a solução em funcionamento (implementação) Principais campos de aplicação da P.O. Relativamente às pessoas, às pessoas e máquinas e relativamente aos movimentos. * Técnicas de P.O. Teoria dos Jogos; Teoria das Filas de Espera; Teoria das Decisões; Teoria dos Grafos; Programação Linear; Probabilidade e Estatística Matemática; Programação Dinâmica. * Críticas à Teoria Matemática A teoria matemática presta-se a aplicações individualizadas de projetos ou de trabalhos; Baseia-se na total quantificação dos problemas administrativos; Oferece excelentes técnicas de aplicação a níveis organizacionais, mas poucas em níveis mais elevados de hierarquia empresarial; Ênfase nos objetivos numa área problema; Tentativa de incorporar e quantificar todas as variáveis num problema; Compensação de dados quantificáveis com recursos matemáticos e estatísticos úteis. * Origens da Teoria dos Sistemas Ludwig von Bertalanffy Objetivo da T. G. S produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicações práticas na realidade empírica. Pressupostos básicos: Origens: “Existe uma nítida tendência para a integração das várias ciências naturais e sociais. Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas. Pode ser uma maneira de estudar os campos não-físicos do conhecimento científico (ciências sociais) Desenvolve princípios unificadores que atravessam universos científicos, aproxima-os de um objetivos comum. Pode nos levar a unificação tão necessária da educação científica. * Conceito: Sistema “é um todo organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário”. Idéia de um conjunto de elementos interligados para formar um todo (emergente sistêmico - existe no sistema como um todo e não nos elementos considerados isoladamente) Premissas Básicas: Os sistemas existem dentro de sistemas Os sistemas são abertos As funções de um sistema dependem de sua estrutura * Características Básicas de um Sistema: Propósito ou objetivo - definição de um arranjo elementar que prima sempre por um objetivo. Globalismo ou totalidade - O sistema sempre reagirá globalmente a qualquer estímulo produzido em qualquer parte ou unidade. Das mudanças e dos ajustamentos contínuos do sistema decorrem dois fenômenos: o da entropia e o da homeostasia. Ambiente Ambiente * SISTEMAS ABERTOS Tal como os organismos vivos, as empresas têm seis funções primárias: Ingestão - ingerem materiais e matérias -primas para sua manutenção; Processamento - correlato ao processamento animal com eliminação de refugos existentes. A venda é o estágio final do processamento; Reação ao ambiente - ora deve fugir, ora deve atacar para manter a sobrevivência; Suprimento das partes - Os participantes são supridos não só do significado de suas funções, como também de recompensas em forma de salários e de benefícios. O dinheiro é muitas vezes considerado o sangue da empresa; * Regeneração das partes - As partes de um organismo vivo perdem sua eficiência com o passar do tempo, bem como as pessoas aposentam-se e adoecem; Organização - Pressuposto básico é a existência de um sistema de comunicação (sistema nervoso central) para efetivar o controle das funções e a tomada de decisões. “Output” “Input” Sistema Subsistemas Feedback * Sumário entre as Principais Diferenças entre Sistemas Vivos e Organizados: Sistemas Vivos (Organismos) Sistemas Organizados (Organizações) Nascem, herdam seus traços naturais. Morrem, seu tempo de vida é limitado. Têm um ciclo de vida predeterminado. São concretos - o sistema pode ser descrito em termos físicos e químicos. doença é definida como um distúrbio no processo vital. São completos - parasitismo e simbiose são excepcionais São organizados, adquirem sua estrutura em estágios Podem ser reorganizados, teoricamente têm uma vida ilimitada, podem ser ressurgidos. Não têm ciclo de vida definido. São abstratos - o sistema pode ser descrito em termos psicológicos e sociológicos. Problema é definido como um desvio nas normas sociais. São incompletos - dependem de cooperação com outros. * Área de Suprimentos (Insumos) Homens Materiais Máquinas Energia Empresa Área de suprimentos onde a administração procura controlar a ação Combinados para produzir mercadorias Área de Entregas (Exsumos) Mercados Conta Bancária Receitas Dívidas Impostos * A ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA ABERTO: interação constante(característica de interdependência) constitui um todosinérgico (soma de contribuições é necessariamente maior) orientação para um propósito (finalidade) * Modelos de Organização: - Modelo de Katz e Kahn a. A organização sendo um sistema aberto constitui-se de um ciclo de eventos (entradas, processamentos e saídas) Eventos Tempo * - Modelo de Tavistock Subsistema Social Subsistema Técnico Importação Exportação Instalações Físicas Máquinas Tecnologia Exigências da Tarefa Pessoas Relações Sociais Habilidades e Capacidades Necessidades e Aspirações * Ideias Centrais da Teoria dos Sistemas 1 – Homem Funcional Os papeis são mais enfatizados do que as pessoas em si. Nas organizações, as pessoas se relacionam através de um conjunto de papeis. Diferentes variáveis interferem nestes papeis: variáveis organizacionais, de personalidade e interpessoais. A interação de todas elas é fundamental para que a organização alcance maior produtividade. * Ideias Centrais da Teoria dos Sistemas 2 – Conflitos de papeis As pessoas não agem em função do que são, mas em função dos papeis que representam. Cada papel estabelece um certo tipo de comportamento: transmite uma imagem, define o que uma pessoa deve supostamente fazer ou não. Cada membro influencia e é influenciado pelos outros. * Ideias Centrais da Teoria dos Sistemas 3 – Incentivos mistos Conforme a integração específica de seus grupos, a empresa deve encontrar o melhor equilíbrio entre incentivos monetários e não monetários. 4 – Equilíbrio integrado O sistema aberto define-se como um sistema em troca de matéria com o seu ambiente, apresentando importação e exportação, construção e demolição dos materiais que o compõe. * Ideias Centrais da Teoria dos Sistemas 5 – Estado estável Para impedir a entropia, a empresa procura manter uma relação constante de troca de energia com o ambiente. A organização se diferencia dos demais sistemas sociais pelo seu alto nível de planejamento. * Apreciação Crítica à Teoria dos Sistemas 1 – Cientificidade excessiva no tratamento dos problemas da organização; 2 – A TGS pode ser responsável por uma ilusão científica, pois utiliza-se de instrumentos de análise importados de outras ciências (como biologia) 3 - Ênfase desproporcional no ambiente. * Referências FERREIRA, A.A.; REIS, A.C.F.; PEREIRA, M.I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1997. MAXIMIANO, A.C.A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. ARAUJO, L.C.G. Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2000. * * *
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