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Resumo de Histo Bucal (1)

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Odontogênese – o epitélio oral começa a se proliferar a partir da 5ª da semana de vida uterina, o epitélio invade o ectomesênquima subjacente e forma uma banda epitelial contínua em forma de ferradura (banda epitelial primária). Em seguida subdivide-se nas laminas vestibular e dentária, as células que se proliferam medialmente a lâmina vestibular formam inicialmente a lamina dentária. 
Fase de Botão 
Acontece após a proliferação inicial 
Apresenta alta atividade mitótica de diferenciação
Cada arco originam-se 10 pequenas esférulas que mergulham no ectomesenquima 
Células cuboides na periferia e poligonais no centro
Fase de Capuz
A esférula epitelial cresce mais nas bordas do que no centro
Modificação da estrutura, semelhante a de um capuz
O capuz apresenta 3 estratos celulares (epitélio interno, externo e retículo estrelado)
Concentração maior de células ectomesênquimais no centro (papila dentária)
O ectomesenquima se condensa e envolve o órgão do esmalte formando o folículo dentário
Fase de Campânula 
Aumento do volume do reticulo estrelado pelo acúmulo de água e proteoglicanos
Aparecimento do estrato intermediário (duas camadas de célula pavimentosas localizadas entre o epitélio interno e o reticulo estrelado)
As células do epitélio externo tornam-se pavimentosas e as do interno alongadas
Aparecimento da alça cervical
Evidenciação do folículo dentário
Desprendimento do germe dentário em relação ao epitélio oral (desaparecimento da lâmina dentária)
Formação do osso alveolar
Fase de Coroa (Coronogênese)
Fase avançada da campânula
Deposição de dentina e esmalte (formação da coroa do dente)
Progride das bordas oclusais ou incisais em direção à cervical
Início da caracterização da polpa por mudanças das células da papila dentária e organização funcional dos odontoblastos
Deposição de dentina pelos odontoblastos de forma centrípeta 
Deposição de esmalte (aprismático e após, prismático) pelos ameloblastos de forma centrífuga
Raiz (Rizogênese)
Epitélios interno e externo diferenciam-se e proliferam em direção apical para induzir a formação da raiz
Epitélio resultante chama-se bainha epitelial de Hertwig, ela estimula o aparecimento dos odontoblastos a partir das células da papila dentária
As dimensões e a quantidade de raiz do dente são determinadas por uma dobra perpendicular que forma um colarinho (diafragma epitelial)
Formação da polpa radicular pela papila dentaria e formação do cemento e ligamento periodontal
Esmalte (Amelogênese)
Tecido de maior teor mineral, sem reposição depois de perdido (acelular)
Os ameloblastos (células responsáveis pela deposição de esmalte) derivam do ectoderma e não do mesênquima
Estrias de Retzius – mudança de direção dos ameloblastos durante a formação dos prismas, orientação oblíqua da junção amelodentinária até a superfície externa
Estriações Tranversas – linhas transversas em relação ao longo eixo dos prismas
Bandas de Hunter Schreger – faixas claras (parazonas) e escuras (diazonas) organizadas longitudinalmente e transversalmente observadas com auxílio de luz refletida feita pelo microscópio 
Tufos – regiões hipomineralizadas que se estendem a partir da junção amelodentinária 
Lamelas – regiões hipomineralizadas mais longas que alcançam a superfície externa do dente
Fusos – originados nos primeiros momentos da amelogênese, formação de esmalte ao redor do prolongamento odontoblástico
Dentina (Dentinogênese)
Tecido mineralizado conjuntivo, acelular e avascular que constitui a maior parte do dente
Principal responsável pela cor amarelada do dente
Produzida por odontoblastos que se encontram na polpa coronária e radicular
Túbulos Dentinários – mineralização ao redor dos prolongamentos odontoblasticos, tem função de sensibilidade
Dentina Primária – formada até o fechamento do ápice radicular
Dentina do Manto – formada por pré-ameloblastos, tem menor porcentagem do que a circumpulpar (mineral) é a camada mais externa e junto com o esmalte formam a junção amelodentinária
Dentina Circumpulpar – maior parte em espessura da dentina
Dentina Peritubular – parede dos túbulos dentinários hipermineralizada, formada por toda vida
Dentina Intertubular – ocupa a maior parte da dentina preenchendo os túbulos dentinários
Dentina Interglobular – áreas hipomineralizadas localizadas nas áreas mais externas da dentina coronária
Pré Dentina – matriz não mineralizada sintetizada inicialmente pelos odontoblastos
Dentina Secundária – depositada de forma fisiológica a vida toda do indivíduo na parte lingual dos anteriores e oclusal dos posteriores
Dentina Terciaria - A dentina terciária é um tipo de dentina que é formada em resposta a fatores externos. Também é conhecida como dentina de natureza patológica, pois é formada a partir de estímulos nocivos como traumas e ação de ácidos produzidos por bactérias com a finalidade de proteção pulpar. A dentina terciaria se forma na tentativa de proteger o nervo pulpar, quando algum fator externo tenta causar danos à polpa, por exemplo a evolução de uma cárie.
Polpa 
Tecido conjuntivo frouxo, não mineralizado, vascular e povoado por diversos tipos celulares como: odontoblastos, células indiferenciadas, fibroblastos, células endoteliais, neurônios e células da glia, hemácias e células do Sistema Imune.
Formado por camadas periféricas de células, comumente divididas em camada odontoblástica, a região subodontoblástica e a região central da polpa.
Camada Odontoblástica – é a camada mais externa da polpa, localizada logo abaixo da pré-dentina, formada por odontoblastos dispostos um ao lado do outro.
Região subodontoblástica – se divide em duas sub-regiões, sendo uma pobre em células e a outra rica em células:
Zona Pobre em células – região com menor número de células, é atravessada por prolongamentos das células adjacentes, vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas amielínicas.
Região Rica em células – constituída por células indiferenciadas que emitem seus prolongamentos para a zona acelular.
Região Central da polpa: Tecido conjuntivo frouxo singular, devido sua organização e sua localização, rodeado por dentina. As células mais abundantes são os fibroblastos com aspecto fusiforme e longos prolongamentos, sendo encontrados em diversos estágios de atividade. Também são encontradas células indiferenciadas. Células do sistema imune podem ser encontradas, sobretudo, no estado inflamatório.
Complexo Dentino-Pulpar
Fibras derivadas do Nervo Trigêmeo penetram através do forame apical adentrando pela câmara pulpar, formando um plexo nervoso, poucos neurônios adentram à pré-dentina. Qualquer estímulos nestas fibras é traduzido no SNC em sensação dolorosa.
Existem três teorias para explicar a inervação do complexo dentino-pulpar:
1. Considera o fato de que os túbulos dentinários seriam percorridos por fibras nervosas, e os estímulos atingiriam diretamente as fibras. Entretanto não existe neurônios em todos os túbulos e normalmente eles se restringem à dentina.
2. Propõem que os odontoblastos funcionem como receptores sensitivos, porém seus prolongamentos chegam no máximo até a metade do comprimento do túbulos, e estas células tem baixo potencial de membrana, sendo impossível carrear estímulos elétricos.
3. É a mais aceita, considera o fato de que a estimulação nervosa, provém da movimentação do fluído dentinário no interior dos túbulos. Explicando assim o porquê de estímulos juntos à junção amelodentinária produzissem a mesma dor de estímulos próximos à pré-dentina.
Suprimento vascular – seguem o mesmo trajeto das fibras nervosas. São ramos das artérias alveolares superiores e inferiores. As veias atravessam longitudinalmente o canal radicular, recebendo ramos colaterais da polpa radicular. Os vasos linfáticos estão sempre presentes, se originam na polpa coronária e se dirigem ao forame apical. Com o passar da idade o números de vasos sanguíneos e linfáticos, assim como o de neurônios diminuem e o tecido frouxo pulpar fica mais rígido pela deposição de colágeno.
Cárie Dental
Fase inicial–a cárie é uma ligeira destruição do esmalte dentário. Não existe dor e apenas o dentista a pode detectar.
Fase avançada cárie dentária – numa cárie profunda, existe a destruição do esmalte e da dentina, formando-se uma cavidade no dente. Nesta fase pode existir dor com o contato de alimentos frios ou quentes. 
Fase muito avançada – numa cárie em estado muito avançado, vasos e nervos são atingidos, a destruição do dente atinge a polpa, existe dor dando muitas vezes origem a um abcesso que se não for tratado poderá evoluir para granuloma e consequentemente quisto.

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