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Manual de acompanhamento nutricional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE 
CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE 
ACOMPANHAMENTO 
NUTRICIONAL 
2 
 
ÍNDICE 
 
GESTANTES.................................................................................................................................3 
 
LACTANTES..............................................................................................................................16 
 
CRIANÇAS..................................................................................................................................20 
 
ADOLESCENTES.......................................................................................................................25 
 
ADULTOS...................................................................................................................................30 
 
IDOSOS.......................................................................................................................................57 
 
ATLETAS....................................................................................................................................64 
 
EXAMES BIOQUÍMICOS..........................................................................................................69 
 
ANEXOS......................................................................................................................................80 
 
RECÉM-NASCIDO.......................................................................................................80 
ADOLESCENTES - MATURAÇÃO SEXUAL...........................................................85 
COMPOSIÇÃO CORPORAL CRIANÇAS E ADOLESCENTES..............................88 
SITUAÇÕES ESPECIAIS (DOWN E PC) ................................................................101 
PIRÂMIDE ALIMENTAR INFANTIL......................................................................104 
PIRÂMIDE ALIMENTAR ADULTO........................................................................105 
PORÇÕES ALIMENTARES......................................................................................106 
LISTA DE SUBSTITUTOS........................................................................................112 
10 PASSOS ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.............................................................126 
RECOMENDAÇÕES DRI..........................................................................................127 
ORIENTAÇÕES BIA..................................................................................................132 
EXAME FÍSICO..........................................................................................................135 
FÓRMULA DE HARRIS BENEDIT..........................................................................147 
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL.......................................150 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................159 
 
 
 
3 
 
GESTANTES 
 
PRIMEIRA CONSULTA - COLETAR OS SEGUINTES DADOS: 
 Idade gestacional, materna e atividade profissional; 
 Fatores de risco: idade materna < 17 anos e > 35 anos; esforço físico; stress; exposição a 
agentes físicos, químicos e biológicos; baixa escolaridade; 
 Altura < 1,45 m; peso < 45 kg e > 75 kg; uso de drogas; 
 História reprodutiva anterior desfavorável; 
 Doença obstétrica atual: pré-eclâmpsia e eclâmpsia, ganho de peso inadequado, etc; 
 Intercorrências clínicas: cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes gestacional, doenças 
infecciosas, edemas, etc; 
 Avaliação dos sinais, sintomas digestivos e função intestinal; 
 Anamnese alimentar detalhada; 
 Avaliação das condições para o aleitamento materno e orientações para 
condicionamentos dos mamilos; 
 Avaliação de exames complementares: glicemia, hemograma, lipidograma e PA; 
 Coletar peso (pré-gestacional e atual) e estatura, CB, DCT, CP; 
 Realizar altura uterina; 
 Calcular o IMC atual; 
 Calcular o IMC pré – gestacional; 
 Avaliar o estado nutricional da gestante; 
 Classificar a gestante segundo o IMC. 
 
 CONSULTAS SUBSEQUENTES, segundo Vitolo (2014). 
 Avaliação do ganho de peso e reavaliação deste ganho até a 40a semana; 
 Calcular IMC atual segundo IG. 
 Anamnese alimentar detalhada; 
 Investigação de sinais e sintomas digestivos e da função intestinal; 
 Acompanhamento dos exames complementares; 
 Ajuste da orientação nutricional, conforme exames e ganho de peso; 
 Reforço dos cuidados com as mamas. 
 
 
 
 
IDADE GESTACIONAL 
 1º dia da última menstruação até o dado momento da gravidez ou parto. 
 
PARA O CALCULO DO VET: DRIS 
 DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal 
 EUTROFICA: Fazer o cálculo com o peso atual pré-gestacional 
 SOBREPESO/ OBESA: Fazer o cálculo com o peso atual pré-gestacional e não 
adicionar energia de deposição. 
 
ATENÇÃO: Toda gestante deve fazer suplementação de ácido fólico durante os TRÊS primeiros meses; 
Verificar a necessidade de suplementação (polivitamínico, minerais e ácidos graxos insaturados). 
4 
 
AUMENTO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO 
As recomendações para aumento de peso dependem de como estava seu peso antes da gravidez, 
para isso utiliza-se o IMC pré-gestacional. 
 
 IMC pré-gestacional = peso antes da gravidez (em quilos) 
 Altura ²(em metros) 
 
Recomendação do ganho de peso de acordo com a classificação do IMC pré-gestacional 
IMC pré-
gestacional 
Classificação Ganho de 
peso total 
Ganho de peso 
total no 1° 
trimestre 
2° e 3° trimestre 
Peso/semana 
< 18,5 kg/m
2
 Baixo peso 
(BP) 
12,5 a 18 Kg 2,3 kg 510g (440g a 580g) 
18,5 – 24,9 
kg/m
2
 
Adequado (A) 11,5 a 16 Kg 1,6 kg 420g (350g a 500g) 
25 – 29,9 kg/m2 Sobrepeso (S) 7 a 11,5 Kg 0,9 kg 280g (230g a 330g) 
≥ 30 kg/m2 Obesidade (O) 5,0 a 9,0 Kg 0,0 kg 220g (170g a 270g) 
FONTE: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 2009. 
 
GESTANTE GEMELAR 
Recomendação do ganho de peso de acordo com a classificação do IMC pré-gestacional. 
FONTE: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 2009. 
 
GESTANTE ADOLESCENTE 
Classificar IMC pré-gestacional pela curva de IMC da OMS, 2007. 
 
Classificação do Estado Nutricional de Adolescentes segundo IMC pré-gestacional 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação do EN inicial da gestante adolescente e recomendação de ganho de peso (Kg) 
 
GESTANTES ADOLESCENTES (  2 anos menarca): sugere-se o maior ganho de peso 
(GP) de cada faixa, conforme o diagnóstico nutricional. 
Baixo peso – 12,5 a 18 kg. 
Eutrófica – 11,5 a 16 kg. 
Sobrepeso – 7 a 11,5 kg. 
Obesidade – 7 a 9,1 kg. 
 
Se a gestante apresentar Estatura inferior a 155 cm, utilizar o menor GP de cada faixa: 
Baixo peso – 12,5 a 18 kg. 
Eutrófica – 11,5 a 16 kg. 
Sobrepeso – 7 a 11,5 kg. 
Obesidade – 7 a 9,1 kg. 
 
 
 
6 
 
GANHO DE PESO: 
 
Para gestantes classificadas como baixo peso: 
- 12,5 a 18,0 Kg (0,5 Kg/semana) 
-  157cm de estatura: 9 a 16 Kg 
- Adolescente (  2 anos menarca): 12,5 a 18 Kg 
 
Para gestantes classificadas como eutróficas: 
- 11,5 a 16 kg (0,4 Kg/semana) 
-  157cm de estatura: 8 a 13,5 Kg 
- Adolescente (  2 anos menarca): 11,5 a 16 Kg 
 
Para gestantes classificadas como sobrepeso: 
- 7 a 11,5 kg (0,3 Kg/semana) 
- Adolescente (  2 anos menarca): 7 a 11,5 Kg 
- 
Para gestantes classificadas como obesas: 
- 5 a 9 kg(0,22 Kg/semana) 
- Adolescente (  2 anos menarca): 7 a 9,1 Kg 
 
 
CURVA DE IMC 
O Brasil não dispõe de uma curva de IMC para avaliação do estado nutricional de 
gestantes. Entretanto no Chile (Atalah, 1997) foi elaborada uma curva com 3.000 gestantes. 
Essa curva foi reproduzida pelo Ministério da Saúde e esta sendo utilizada no material do 
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). 
O IMC é uma medida que vem sendo comumente utilizada para a avaliação do estado 
nutricional de várias faixas etárias. O gráfico de IMC gestacional permite avaliar o estado 
nutricional da gestante segundo o IMC por semana gestacional. 
Este gráfico não é adequado para gestantes adolescentes com menos de 2 anos de 
menarca, devido estas ainda estarem em fase de crescimento e imaturidade biológica presente 
nesta fase da vida. Adolescentes que tiveram a menarca há dois anos ou mais, a interpretação 
dos achados é equivalente a das adultas. Para as que engravidaram com menos de dois anos, 
muitas vezes será considerada de baixo peso, por isso deve-se avaliar o ganho de peso 
gestacional. Importante: as adolescentes devem ter sua estatura medida sempre que vier a 
consulta. 
7 
 
 
8 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE SEGUNDO O ÍNDICE DE 
MASSA CORPORAL (IMC) POR SEMANA GESTACIONAL 
 
Semana 
gestacional 
Baixo peso (BP) 
IMC < 
Adequado (A) 
IMC entre 
Sobrepeso (S) 
IMC entre 
Obesidade (O) 
IMC> 
06 19,9 20,0 a 24,9 25,0 a 30,0 30,1 
08 20,1 20,2 a 25,0 25,1 a 30,1 30,2 
10 20,2 20,3 a 25,2 25,3 a 30,2 30,3 
11 20,3 20,4 a 25,3 25,4 a 30,3 30,4 
12 20,4 20,5 a 25,4 25,5 a 30,3 30,4 
13 20,6 20,7 a 25,6 25,7 a 30,4 30,5 
14 20,7 20,8 a 25,7 25,8 a 30,5 30,6 
15 20,8 20,9 a 25,8 25,9 a 30,6 30,7 
16 21,0 21,1 a 25,9 26,0 a 30,7 30,8 
17 21,1 21,2 a 26,0 26,10 a 30,8 30,9 
18 21,2 21,3 a 36,1 26,2 a 30,9 31,0 
19 21,4 21,5 a 26,2 26,3 a 30,9 31,0 
20 21,5 21,6 a 26,3 26,4 a 31,0 31,1 
21 21,7 21,8 a 26,4 26,5 a 31,1 31,2 
22 21,8 21,9 a 26,6 26,7 a 31,2 31,3 
23 22,0 22,1 a 26,8 26,9 a 31,3 31,4 
24 22,2 22,3 a 26,9 27,0 a 31,5 31,6 
25 22,4 22,5 a 27,0 27,1 a 31,6 31,7 
26 22,6 22,7 a 27,2 27,3 a 31,7 31,8 
27 22,7 22,8 a 27,3 27,4 a 31,8 31,9 
28 22,9 23,0 a 27,5 27,6 a 31,9 32,0 
29 23,1 23,2 a 27,6 27,7 a 32,0 32,1 
30 23,3 23,4 a 27,8 27,9 a 32,1 32,2 
31 23,4 23,5 a 27,9 28,0 a 32,2 32,3 
32 23,6 23,7 a 28,0 28,1 a 32,3 32,4 
33 23,8 23,9 a 28,1 28,2 a 32,4 32,5 
34 23,9 24,0 a 28,3 28,4 a 32,5 32,6 
35 24,1 24,2 a 28,4 28,5 a 32,6 32,7 
36 24,2 24,3 a 28,5 28,6 a 32,7 32,8 
37 24,4 24,5 a 28,7 28,8 a 32,8 32,9 
38 24,5 24,6 a 28,8 28,9 a 32,9 33,0 
39 24,7 24,8 a 28,9 29,0 a 33,0 33,1 
40 24,9 25,0 a 29,1 29,2 a 33,1 33,2 
41 25,0 25,1 a 29,2 29,3 a 33,2 33,3 
42 25,0 25,1 a 29,2 29,3 a 33,2 33,3 
Fonte: Atalah, E. e cols., 1997 
 
9 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO, DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL E 
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO 
 
Essas medidas são indicadas como parâmetro de comparação entre as medidas tomadas 
anteriormente para identificar modificações na condição nutricional. 
Considera-se que a circunferência do braço aumenta do início até o final da gestação, 
mas que é possível encontrar diminuição da medida do tríceps como padrão nutricional 
adequado da evolução gestacional, já que há transferência de reservas energéticas entre os 
segmentos corporais durante esse período fisiológico (Vitollo, 2014). 
Recomenda-se a utilização das duas medidas, circunferência braquial (CB) e medida do 
tríceps (DCT) para determinar a circunferência muscular do braço (CMB), de acordo com a 
fórmula: 
 
CMB (cm) = Circunferência do braço (CB cm) – 0,314 x Tríceps (mm) 
 
 O resultado pode ser comparado com padrões de referência para mulheres ou mesmo 
entre os valores iniciais e finais. 
 
ALTURA UTERINA 
A Altura Uterina começa a ser calculada por volta de 20 semanas de gestação e é uma 
ótima referência para que se avalie a posição do bebê, tamanho atual e crescimento. 
Para medi-la, com a gestante deitada, roupas leves e bexiga vazia, posicione uma fita 
métrica no osso púbico, que fica acima da vagina, e estenda até o topo do útero, este último 
sendo possível identificar quando se apalpa a barriga. 
A Altura Uterina equivale ao mesmo tempo de gestação – por exemplo, com 20 semanas 
a altura uterina seria de 20 cm – porém com uma margem de tolerância de 1 a 3 cm para mais 
ou para menos, ou seja: 20 semanas de gestação = 17 a 23 cm de altura uterina. O Ministério da 
Saúde utiliza uma tabela de dados de referência da Altura Uterina de acordo com percentil 
(sendo percentil 50 a média padrão e possível risco abaixo do P10 e acima do P90): 
10 
 
As principais causas para a Altura Uterina MAIOR do que o desvio padrão, ou seja, mais 
do que 3 cm, são: 
 Gestação gemelar; 
 Idade Gestacional maior do que a prevista (essa informação pode ser confirmada com 
exame de ultrassom); 
 Diabetes gestacional (mulheres com diabetes gestacional geralmente geram filhos 
maiores do que a média, um exame de sangue pode diagnosticar); 
 Bebê grande, já que fatores genéticos influenciam diretamente no desenvolvimento do 
bebê, há chances de ser apenas um bebê maior do que a média e perfeitamente 
saudável; 
 Miomas; 
 Líquido Amniótico em maior quantidade; 
 Bebê sentado, já que ao encaixar no colo do útero ele fica numa posição mais baixa; 
 Músculos abdominais flexíveis, que permitem uma expansão uterina maior por 
oferecem menor resistência ao crescimento. Comum em mulheres que já tiveram 
gestações anteriores. 
 
 
 
11 
 
 
As principais causas da Altura Uterina ABAIXO DO esperado são: 
 
 Idade gestacional menor do que a prevista (informação que pode ser confirmada com a 
ajuda do ultrassom); 
 Baixa estatura da gestante, pois mulheres mais baixas tendem a ter a barriga menor; 
 Líquido Amniótico em menor quantidade; 
 Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR), que deve ser avaliado para descobrir as 
causas que podem ser genéticas (pais pequenos), problemas no desenvolvimento do 
bebê ou com a saúde da gestante. 
 Pré-eclâmpsia; 
 Desnutrição da mãe; 
 Abuso de álcool e drogas; 
 Uso de certas medicações sem o devido acompanhamento médico; 
 Músculos abdominais definidos, que por serem mais fortes não deixam a barriga se 
expandir como na maioria das mulheres, porém isso não significa que o bebê não seja 
saudável. 
 
 
 
Se for o caso da Altura Uterina ser menor 
ou maior do que o esperado, solicite a gestante 
que realize todos os procedimentos e exames 
que o médico obstetra indicar e siga todas as 
orientações. Somente assim o médico poderá 
acompanhar se o bebê está se desenvolvendo 
adequadamente para que venha a nascer 
saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
VALORES LABORATORIAIS NORMAIS PARA MULHERES ADULTAS E 
GESTANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
Para o cálculo das necessidades energéticas durante a gestação é preciso: 
 Conhecer o estado nutricional pré-concepção (IMC); 
 Determinar o ganho de peso gestacional até a 40ª semana gestacional; 
 Calcular o VET da dieta a partir do Gasto energético somado ao adicional requerido para 
o ganho de peso materno de acordo com o trimestre gestacional. 
 
IMPORTANTE: 
 Gestantes que iniciam a gravidez baixo peso ou adolescentes devem adicionar + 300 
kcal já no primeiro trimestre; 
 Gestantes que iniciam a gestação com sobrepesoe obesidade devem ser informadas 
quanto aos riscos e não devem aumentar calorias adicionais durante a gravidez; 
 Para pacientes eutróficas: usar peso pré-gestacional ou ideal; 
 Para pacientes desnutridas: usar peso ideal; 
 Para pacientes com sobrepeso / obesidade usar peso atual (pré-gestacional) e não incluir 
o adicional de energia. 
 
PESO IDEAL: 
IMC = 22x A
2
 ou pela Compleição corporal conforme adultos. 
 
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS SEGUNDO DRI 2002. 
 
Gestantes = GET calculado com a fórmula específica + Reserva energética da gestação 
 
 Utilizar peso pré-gestacional para cálculo das necessidades. 
 Pacientes eutróficas: usar PPG ou ideal 
 Pacientes desnutridas: usar peso ideal 
 Pacientes sobrepesos / obesas: usar PPG e não aumentar calorias 
 
PARA MENINAS DE 9 A 18 ANOS: 
GET = 135,3 – 30,8 x idade (a) + Atividade Física x (10,0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 
(kcal para crescimento) 
 
Coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 (sedentário) 
PA = 1,13 se PAL é estimada como  1,4  1,6 (atividade leve) 
PA = 1,31 se PAL é estimada como  1,6  1,9 (atividade moderada) 
PA = 1,56 se PAL é estimada como  1,9  2,5 (atividade intensa) 
 
PARA MENINAS COM SOBREPESO E OBESAS DE 3 A 18 ANOS: 
GEB (kcal/d) = 516 – 26,8 x idade [a] + 347 x altura [m] + 12,4 x peso (kg) 
 
GET PARA MANUTENÇÃO DO PESO EM MENINAS COM SOBREPESO E 
OBESAS DE 3-18 ANOS: 
 
GET= 389 – 41,2 x idade (a) + Atividade Física x (15,0 x peso [kg] + 701,6 x altura [m]) 
14 
 
Coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 (sedentário) 
PA = 1,18 se PAL é estimada como  1,4  1,6 (atividade leve) 
PA = 1,35 se PAL é estimada como  1,6  1,9 (atividade moderada) 
PA = 1,60 se PAL é estimada como  1,9  2,5 (atividade intensa) 
 
PARA MULHERES DE 19 ANOS OU MAIS: 
GET = 354 – 6,91 x idade [a] + atividade física x (9,36 x peso [Kg] + 726 x altura [m]) 
 
Coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 (sedentário) 
PA = 1,12 se PAL é estimada como  1,4  1,6 (atividade leve) 
 PA = 1,27 se PAL é estimada como  1,6  1,9 (atividade moderada) 
PA = 1,45 se PAL é estimada como  1,9  2,5 (atividade intensa) 
 
PARA MULHERES COM SOBREPESO E OBESAS DE 19 ANOS OU MAIS: 
GET = 448 – 7,95 x idade [a] + atividade física x (11,4 x peso [Kg] + 619 x altura [m]) 
 
Coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 se PAL é estimada como  1,0  1,4 (sedentário) 
PA = 1,16 se PAL é estimada como  1,4  1,6 (atividade leve) 
 PA = 1,27 se PAL é estimada como  1,6  1,9 (atividade moderada) 
PA = 1,44 se PAL é estimada como  1,9  2,5 (atividade intensa) 
 
PARA GESTANTES: 
14- 18 anos GET= Adolescente GET + Reserva energética da gestação 
 1
o
 trimestre = GET da adolescente + 0 (reserva energética da gestação) 
 2
º
 trimestre = GET da adolescente + 160 kcal (8kcal/sem x 20 sem) + 180 kcal 
 3
º
 trimestre = GET da adolescente + 272 kcal (8kcal/sem x 34 sem) + 180 kcal 
 
19-50 anos GET= Adulto GET + Reserva energética da gestação 
1
o
 trimestre = GET da mulher + 0 (reserva energética da gestação) 
 2
º
 trimestre = GET da mulher + 160 kcal (8kcal/sem x 20 sem) + 180 kcal 
 3
º
 trimestre = GET da mulher + 272 kcal (8kcal/sem x 34 sem) + 180 kcal 
 
Gestantes gemelares: acrescentar 150 kcal além do valor da reserva energética da 
gestação. 
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
Proteína: IOM (2002) – a DRI recomenda a ingestão de 1,1 g/Kg/dia a 1,3g/Kg/dia de peso 
pré-gestacional para toda gestação e idades. 
As necessidades devem ser satisfeitas com aumento de 10g a 25g de proteínas por dia de 
gestação, em caso de feto único. 
Para gestação gemelar, o acréscimo mínimo deve ser de 20g por dia. 
Recomendação de aproximadamente 10 a 30% (mínimo de 71 g/dia) do VET diário. 
 
15 
 
Para adolescentes, a American Dietetic Association (ADA, 1989) recomenda para as menores 
de 15 anos 1,7 g/Kg/dia e para as maiores de 15 anos 1,5 g/Kg/dia. 
 
Carboidratos: existe a recomendação de que aproximadamente 55 a 75% do VET diário seja 
na forma de carboidratos, sendo o limite recomendado para a ingestão de açúcares simples 
menos de 10 % desses valores. 
 
Gorduras: o consumo de gorduras deve ficar entre 15 a 30 % do total do VET, sendo menos de 
10% na forma de gorduras saturadas. A indicação de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) n-
6 é de 13 g/dia e de n-3 PUFAs de 1,4 g/dia. 
 
Vitaminas e Minerais: 
- Cálcio: recomenda-se a ingestão de 1.300 mg/dia de cálcio para gestantes adolescentes e de 
1000mg/dia para gestantes entre 19 e 30 anos. 
 
- Ácido Fólico: as mulheres em idade fértil devem consumir 400 mg/dia de ácido fólico e 
mulheres grávidas devem consumir 600 mg/dia. No Brasil, em 2002, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) instituiu a adição de 100 mg de ácido fólico para cada 100 
gramas de farinha de trigo e milho, além de produtos derivados do milho comercializados no 
Brasil. 
 
- Ferro: a gestação a termo confere quantidades suficientes de ferro para o feto, mesmo em 
situações de anemia ou desnutrição da mãe, pois a formação de células vermelhas fetal é 
assegurada, utilizando-se as reservas maternas, mesmo que limitadas. 
Recomenda-se a ingestão de 27 mg/dia de ferro no segundo e terceiro trimestre da gestação, 
sendo a suplementação medicamentosa uma medida profilática recomendada pela OMS. Deve-
se concomitantemente recomendar o aumento na ingestão de ferro na dieta juntamente com 
alimentos ricos em vitamina C. 
 
- Vitamina A: a recomendação de vitamina A para gestantes (770 mg/dia) é muito próxima dos 
valores indicados para mulheres não grávidas (700 mg/dia). Apesar de sua importância na 
gestação, essa vitamina pode ser tóxica quando ingerida em grandes quantidades e parece ser 
teratogênica quando quantidades excessivas são utilizadas nos primeiros meses gestacionais, 
principalmente se a dose ultrapassar 25.000 UI. 
 
- Vitamina C: recomenda-se a ingestão diária de 85 mg para gestantes entre 19 e 50 anos. A 
quantidade máxima tolerada desta vitamina é de 2 g/dia. Deficiência de vitamina C na gestação 
já foi associada a parto prematuro, pré-eclâmpsia e aumento no risco de infecções. 
- Vitamina D: a recomendação para gestantes não difere daquela recomendada pera mulheres 
não grávidas, que é de 5 mg/dia. Mulheres grávidas ou não, com exposição regular aos raios 
solares não necessitam de suplementação. 
65 
- Zinco: a recomendação é de 11 mg/dia para gestantes > 19 anos e 13 mg para < 19 anos. A 
deficiência deste mineral na gestação está relacionada com aborto espontâneo, retardo do 
crescimento intrauterino, prematuridade e pré-eclâmpsia, entre outros. Uma dieta rica em 
alimentos integrais e fitatos, bem como a ingestão elevada de ferro, o tabagismo e o alcoolismo 
diminuem a concentração plasmática materna de zinco, reduzindo sua biodisponibilidade para o 
feto. Nestes casos, há indicação de suplementação de 25 mg/dia de zinco para minimizar o 
riscos de complicações associadas à carência deste mineral. 
16 
 
LACTANTES 
 Como não existem protocolos específicos para avaliação nutricional de lactantes, mesmo 
sabendo-se das mudanças do corpo da mulher neste ciclo da vida, a avaliação do estado 
nutricional seguirá os protocolos normais da faixa etária da lactante (adolescente ou 
adulta); 
 Realizar IMC, Circunferências e Dobras; 
 Considerar aumento de peso da mama e aumento de peso geral em função da gestação; 
 Avaliação da mama: detectar problemas na anatomia mamária (nódulos, fissuras, 
rachaduras, hiperemia,dores, flacidez); 
 Avaliação do processo de amamentação: detectar problemas (posição para 
amamentação, posição da criança, pega, horários, períodos, saída da criança da mama); 
 Atentar para o consumo de nutrientes suficientes para o aporte da amamentação. 
 Em média, uma nutriz produz 850mL de leite por dia = 500 Kcal (adicional); 
 TMB: Semelhante da mulher não nutriz; 
 Custo energético da lactação = Quantidade de leite produzido + Conteúdo energético do 
leite + Eficiência de conversão da energia dietética em energia láctea. 
 Necessidades aumentadas em função da produção de leite, portanto o adicional é feito 
somente para nutrizes em lactação; 
 Para nutrizes em sobrepeso ou obesidade, orienta-se calcular a necessidade energética 
sem a adição da energia para a produção de leite; 
 Para nutrizes em baixo peso, orienta-se calcular a necessidade energética sem descontar 
a energia para perda de peso; 
 Baixa ingestão de nutrientes pela nutriz = maior utilização das reservas para a produção 
de leite; 
 
 
RECOMENDAÇÕES DE ENERGIA: IOM 2002 
 
GET nutriz = GET calculado com a fórmula do adulto ou adolescente + Gasto da 
produção de leite - Energia para perda de peso 
 
 Usa-se peso pré-gestacional ou peso ideal pré-gestacional 
 
Primeiro semestre pós- parto = GET (pré- gestacional) + 500 – 170 
Segundo semestre pós- parto= GET (pré-gestacional) + 400 - 0 
 
POR QUE ADICIONAR MAIS 500 KCAL? 
Para produzir 1 litro de leite materno são necessárias 900 kcal. 1/3 dessas kcal são 
disponibilizadas das reservas maternas. A Média diária de produção fica em torno de 750 a 800 
ml de LM/dia primeiros 6 meses (adicional de 500 kcal no primeiro semestre) e 600 ml de 
LM/dia no segundo semestre (400 kcal adicionais). 
 
 
17 
 
 
Gasto Energético Total: GET para nutrizes adolescentes ( 14 a 18 anos) 
GET ou EER adolescentes de 14 a 18 anos: 
GET ou EER = 135,3 – ( 30,8 x idade [a]) + [PA x (10,0 x peso [kg])] + ( 934 x estatura [m]) 
+ 25 kcal 
 
Em que PA é o coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 (sedentária) 
PA= 1,16 (pouco ativa) 
PA = 1,31 (ativa) 
PA = 1,56 (muito ativa). 
 
Primeiro semestre pós- parto = GET (pré- gestacional) + 500 – 170 
Segundo semestre pós- parto= GET (pré-gestacional) + 400 - 0 
 
Gasto Energético Total : GET para lactante adultas de 19 a 50 anos: 
EER mulheres eutróficas a partir de 19 anos: 
GET ou EER ( pré-gest) = 354 – ( 6,91 x idade [a]) + [PA x ( 9,36 x peso [kg])] + ( 726 x 
estatura [m]). 
 
Em que PA é o coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 (sedentária) 
PA = 1,12 (pouco ativa) 
 PA = 1,27 (ativa) 
PA = 1,45 (muito ativa) 
 
Primeiro semestre pós-parto = EER ( pré-gest) + 500 – 170 
Segundo semestre pós-parto = EER ( pré-gest) + 400 – 0 
 
Gasto Energético Total : GET para lactante adultas de 19 a 50 anos OBESAS OU 
SOBREPESO: 
GET( pré-gestacional) = 448 – (7,95 x idade [a]) + [PA x (11,4 x peso [kg])] + (619 x 
estatura [m]) 
 
Coeficiente de atividade física: 
PA = 1,00 (sedentário) 
PA = 1,16 (atividade leve) 
 PA = 1,27 (atividade moderada) 
PA = 1,44 (atividade intensa) 
 
GET pré-gestacional SEM adicionar as 500 kcal. 
 
Primeiro semestre pós- parto = GET (pré- gestacional) – 170 
Segundo semestre pós- parto= GET (pré-gestacional) 
18 
 
PERDA DE PESO LACTANTE ADULTA DE 19 A 50 ANOS EUTRÓFICAS: 
 Perda de peso normal: perda de 500g/semana ou 1 kg/mês (crescimento adequado do 
lactente); 
 Perda considerada rápida e indesejável: 
 > 2kg/Mês para nutrizes com peso pré-gestacional normal (IMC 18,5 a 24,9). 
 Podem comprometer: 
 O estado nutricional da mãe; 
 E o aleitamento materno; 
 Crescimento do lactente. 
 
PERDA DE PESO LACTANTE ADULTA DE 19 A 50 ANOS OBESAS OU 
SOBREPESO: 
 Perda de 500 g/semana ou 2 kg/mês (crescimento adequado do lactente); 
Perda considerada rápida e indesejável: 
 > 3kg/mês para nutrizes com sobrepeso (IMC > 25 a 29,9) ou obesidade pré-gestacional 
(IMC > 30,0) 
Aquelas que querem perder peso não dar adicional da lactação 
 Nutriz com sobrepeso ou obesa em aleitamento exclusivo; 
 Energia: GET (utilizando peso pré-gestacional ou ideal pré-gestacional); 
 Sem adicionar as 500 kcal 
 
Sem redução de peso avaliar: 
 Ingestão calórica; 
 Diminuição de atividade física. 
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
RECOMENDAÇÃO DE PROTEÍNA 
 PTN 71 g/dia e/ou 10 – 35% 
 Dieta hiperprotéica: (em torno de 1,3 g/kg/dia) peso pré ou peso ideal ou atual 
 Ou 1,3 g/kg/dia ou + adição de 25 g/dia de proteína adicional para produção de leite ( 
IOM, 2002). 
 
RECOMENDAÇÃO DE CARBOIDRATO: 
 45 – 65% 
 
RECOMENDAÇÃO DE LIPÍDIO: 
 20 – 35% 
 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA LACTANTES GEMELARES 
Energia 500 kcal a 600 kcal por bebê para garantir a produção de leite. Lactantes gemelares 
produzem o dobro de leite relacionado a demanda. 
 Primeiro mês a produção de leite é 2,1 L; 
 Após segundo mês a produção de leite é > que 2L; 
19 
 
AMAMENTAÇÃO GEMELAR: 
Produção de leite depende do estimulo, lactação gemelar a demanda é dupla. 
Tabela 1 - Recomendações nutricionais diárias de macronutrientes e calorias totais para a 
lactante gemelar. 
 
NUTRIENTES RECOMENDAÇÃO 
Acréscimo calórico Peso (kg) x 36 kcal/kg +500/600 kcal por bebê 
Proteínas (%) 1,3g/kg ou + 25 g/dia ou 20% (IOM 2002) 
Carboidratos (%) 40% 
Lipídios (%) 40% 
 
 
ORIENTAÇÕES DE COMO AMAMENTAR: 
 Lavar bem as mãos com água e sabão. 
 Iniciar a amamentação na sala de parto, logo após o nascimento. Este procedimento 
facilita a rápida descida do leite. 
 Oferecer o peito sempre que o bebê quiser. Durante o dia e durante a noite ele não 
precisa de mais nada: nem água, chá, ou outros leites. 
 Manter a mãe bem posicionada e bem apoiada. 
 Limpar o peito somente com o próprio leite. 
 Esvaziar, manualmente, a aréola. Com os dedos polegar e indicador, retirar um pouco de 
leite. O bebê pega fácil e o mamilo da mãe não dói. 
 Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. Manter a posição “barriga com barriga”. O 
leite sai com facilidade e na quantidade suficiente. 
 Cuidar para que o bebê abocanhe a maior parte da aréola além de todo o mamilo, 
observar a abertura da boca e a posição dos lábios “boca de peixe” do bebê. 
 Deixar o bebê esvaziar um peito antes de oferecer o outro. O leite inicial supre a sede do 
bebê e o final, a fome. 
 Na próxima mamada, iniciar pela última mama oferecida. 
 Fazer o bebê arrotar antes de oferecer o segundo peito. 
 Acordar o bebê para mamar, sempre que o peito estiver muito cheio. 
 Esvaziar as mamas, após cada mamada, caso o bebê não consiga esvaziar. 
 Retirar o mamilo da boca do bebê introduzindo o dedo mindinho no canto da boca do 
bebê. 
 
 
 
20 
 
 
CRIANÇAS 
 
RECÉM-NASCIDO 
 
 Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso–
AIG, GIG ou PIG). 
 
 Avaliar peso e estatura ao nascer. 
 
Classificação do peso ao nascer (EUCLIDES, 2000): 
 Extremo baixo peso: crianças que nasceram com menos de 1Kg 
 Muito baixo peso: peso ao nascer de 1,5 a 1Kg de nascimento 
 Baixo peso: crianças que nasceram com 1,5 kg a 2,499 Kg 
 Peso adequado: crianças que nasceram com 2,5 kg a 3,99Kg 
 Excesso de peso ao nascer ou macrossomia: acima de 4 kg 
Comprimento: 
 Recém-nascido: mede ± 50cm. 
 Primeiro semestre: crescimento de ±15 cm. 
 
 Medir peso, estatura e perímetro cefálico (PC). 
 O PC deve ser usado com a idade corrigida até os 18 meses. 
 Avaliar ganho de peso/dia 
Ganho de peso da criança nascida a termo:Período Média de ganho de peso/dia 
1º Trimestre 30g/d 
2º Trimestre 20g/d 
3º Trimestre 15g/d 
4º Trimestre 13g/d 
2º Ano de Vida 8g/d 
Obs: Pode perder até 10% do peso na 1ª semana de vida. *Deve-se verificar ganho de peso abaixo destes 
valores. 
 
 Acompanhar a criança pela curva de crescimento da OMS, 2006. 
 
 
 
 
 
21 
 
Recomendações para necessidades energéticas 
 
 Para o cálculo do VET = DRI (anexo) 
 
- PREMATURA: de 150 a 200 kcal/Kg de peso atual –avaliar as condições – 
Usar idade corrigida* até os dois anos para realização da avaliação nutricional. 
- O comprimento até os 3 anos, ainda assim pode persistir uma diferença de 1 a 2 cm em relação 
a população geral. 
Idade corrigida* (IC) = idade cronológica (em semanas) - (40 - idade gestacional) 
 
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/I P50) 
- EUTROFICA: Fazer o cálculo com o peso atual 
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual 
- OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50) 
 
Cálculo para estimativa de Peso Ideal: 
Para estimar o peso ideal da criança até 05 anos, pode-se usar o peso encontrado no Indicador 
peso por idade, na tabela da OMS, no percentil 50. Crianças obesas e acima de 05 anos utiliza-
se o peso ideal para estatura, na tabela da OMS, no percentil 50. 
Para crianças de 10 a 16 anos, sugere-se ainda como cálculo de peso ideal utilizar o IMC médio. 
Pode-se ainda utilizar as fórmulas abaixo para cálculo de peso ideal: 
Lactente [Idade ( meses) + 9] / 2 
Criança de 1 a 6 anos Idade ( anos) x 2 +8 
 
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL – CRIANÇAS DE 0 A 6 MESES 
 
Em aleitamento materno, segundo Vitolo (2014): 
- Checar a técnica de amamentação se está correta (pedir à mãe que oferte o peito a criança); 
- Verificar a irritabilidade da criança; 
- Frequência de mamadas; 
- No de fraldas molhadas (8 a 10 fraldas/dia); 
- Realizar a promoção do Aleitamento Materno (AM) informando seus benefícios à mãe e a 
criança. 
- Conduta nutricional: aleitamento materno exclusivo até 6 mês e em livre demanda. 
 
Em aleitamento artificial, segundo Vitolo (2014), deve-se: 
- Observar a duração do aleitamento materno; 
- Ver a possibilidade de promover a relactação e se houver interesse buscar auxílio da 
enfermagem e atuar em equipe; 
- Levantar o tipo de leite usado, o número de mamadeiras, volume das mamadeiras, a 
composição em medidas caseiras e a diluição, técnica de preparo e o tipo de CHO (complexo ou 
22 
 
simples); 
- Instruir a mãe quanto ao preparo e reconstituição do leite; 
- Verificar as condições de higiene; 
- Observar o consumo de outros alimentos (tipo, início da introdução, consistência); 
- Verificar a ingestão hídrica; 
- Levantar o padrão alimentar da criança por meio de recordatório e frequência alimentar. 
- Observar os critérios para a seleção do tipo de leite ou fórmula (renda e local de moradia 
da família - urbana ou rural; acesso ao produto; condição de conservação; idade; maturidade e 
saúde da criança). 
 
 
Avaliar suplementações necessárias: 
 
 Prematuro  polivitamínico 1x a recomendações e ferro 2mg//kg/dia. 
 Crianças  Vit A até 2 anos inclusive em aleitamento materno. 
 Crianças  Ferro desde o nascimento se sem aleitamento 1mg/kg/dia ou ao desmame se o 
alimento não for enriquecido de ferro. 
 Crianças  não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido polivitamínico 1x a 
recomendação desde o nascimento. 
 
CRIANÇA DE 3 MESES A 2 ANOS 
 
 Avaliar as condições de gestação e nascimento (a termo, pré-termo, baixo-peso – AIG, 
GIG ou PIG) 
 
 Coletar peso, estatura e perímetro cefálico 
 
 Acompanhar a criança pelo gráfico de crescimento – OMS P/I, E/I, P/E e IMC/I 
Recomendações para necessidades energéticas 
 
 Para o cálculo do VET = DRI (anexo) 
- PREMATURA: Usar idade corrigida até os dois anos para realizar avaliação 
nutricional e seguir o cálculo de acordo com o estado nutricional. 
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso atual e multiplicar pelo fator 1,5 ou utilizar 
peso ideal (P/I P50). 
- EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50). 
23 
 
 
 
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL – CRIANÇAS DE 3 MESES A 2 ANOS 
 
- PRIORIZAR O ALEITAMENTO MATERNO (até 6 meses exclusivo) após seguir 
introdução dos alimentos. 
 
Avaliar suplementações necessárias: 
 Prematuro  polivitamínico 1x a recomendações e ferro 2mg//kg/dia. 
 Crianças  Vit A até 2 anos inclusive em aleitamento materno. 
 Crianças  Ferro desde o nascimento se sem aleitamento 1mg/kg/dia ou ao desmame se o 
alimento não for enriquecido de ferro. 
 Crianças  não amamentadas e em uso de leite de vaca não enriquecido polivitamínico 1x a 
recomendação desde o nascimento. 
 
ESQUEMAS ALIMENTARES DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
Referência: Ministério da Saúde (2010) 
 
Lactente alimentado com leite materno 
Idade (meses) Alimentos 
0 a 6 Aleitamento materno exclusivo 
6 
 
Leite materno livre demanda + papa de fruta + leite materno + papa salgada (almoço) + leite 
materno + papa de fruta + leite materno 
7 a 12 Leite materno livre demanda + papa de fruta + papa salgada (almoço) + papa de 
 fruta + papa salgada (jantar) + leite materno + leite materno 
Após 12 Leite materno e fruta ou cereal ou tubérculo + fruta +Refeição básica da família 
 (almoço) + fruta ou pão simples ou cereal ou tubérculo + refeição básica da 
 família (jantar) 
⇒ 6 meses: 3 refeições /dia (1 papa de frutas no meio da manha + 1 papa salgada no final da manhã + 1 papa de 
frutas no final da tarde) 
 
⇒ 7 a 12 meses: 4 refeições /dia (1 papa de frutas no meio da manha + 1 papa salgada no final da manhã + 1 papa 
de frutas no meio da tarde + 1 papa salgada no final da tarde) 
 
⇒ após 12 meses : 5 refeições /dia (1 porção de frutas ou cereal ou tubérculo no início da manhã + 1 porção frutas 
no meio da manha + 1 refeição da família no final da manhã + 1 porção frutas ou cereal ou tubérculo ou pão no 
meio da tarde + 1 refeição da família no final da tarde) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
Lactente alimentado artificialmente (fórmulas lácteas industrializadas) 
 
Idade (meses) Alimentos 
1 a 6 Fórmulas lácteas 
6 a 8 Fórmulas lácteas + papa de fruta + papa salgada (almoço) + papa de fruta + papa 
 salgada (jantar) + fórmulas lácteas 
8 a 12 Fórmulas lácteas + fruta + papa salgada ou refeição da família (almoço) + fruta + 
 papa salgada ou refeição da família (jantar) + fórmulas lácteas 
Após 12 Fórmula e fruta ou cereal ou tubérculo + fruta +Refeição básica da família (almoço) 
+ fruta ou pão simples ou cereal ou tubérculo + refeição básica da família (jantar) + 
Fórmula 
 
Lactente alimentado artificialmente (leite de vaca) * 
 
 Idade (meses) Alimentos 
 1 Aleitamento artificial (leite de vaca reconstituído) 
 4 a 6 Leite + papa de fruta + papa salgada (almoço) + Leite + Leite 
 6 a 8 Leite + papa de fruta + papa salgada (almoço) + papa de fruta + papa salgada (jantar) + 
 leite + leite 
 8 a 12 Leite + fruta + papa salgada ou refeição da família (almoço) + fruta + papa salgada ou 
 refeição da família (jantar) + leite 
 Após 12 Leite e fruta ou cereal ou tubérculo + fruta + Refeição básica da família (almoço) + fruta 
 ou pão simples ou cereal ou tubérculo + refeição básica da família (jantar) 
 
 
CRIANÇA DE 2 A 5 ANOS 
 Avaliar as condições de gestação e nascimento 
 Realizar peso, estatura, CB, DCT e CMB 
 Acampanhar a criança pelo gráfico de crescimento  OMS P/I E/I P/E e IMC 
 
Recomendações para necessidadesenergéticas 
 
 Para o cálculo do VET = DRI (anexo) 
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/I P50). 
- EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50). 
 
CRIANÇA DE 5 ANOS A 10 ANOS 
 Avaliar as condições de gestação e nascimento 
 Realizar peso, estatura, CB, DCT e CMB 
 Acampanhar a criança pelo gráfico de crescimento  OMS E/I e IMC 
 
25 
 
Recomendações para necessidades energéticas 
 
 Para o cálculo do VET = DRI (anexo) 
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/E P50). 
- EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50). 
 
ADOLESCENTES DE 10 A 19 ANOS 
 Condições de gestação e nascimento 
o Realizar peso, estatura, CB, DCT e CMB, DCSE 
 Avaliar o estadiamento puberal  Tanner 
 Acampanhar o adolescente pelo gráfico de crescimento - OMS E/I e IMC 
 Cálculo do peso ideal – IMC P50 
 
Recomendações para necessidades energéticas 
 
 Para o cálculo do VET = DRI (anexo) 
- DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal 
- EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual. 
- SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual ou ideal – avaliar o estádio puberal. 
- OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal 
Cálculo do peso ideal – IMC P50 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
EQUAÇÕES PARA ESTIMAR A NECESSIDADE DE ENERGIA – EER 
GASTO ENERGÉTICO TOTAL – GET 
FONTE: Institute of Medicine, Dietary Reference Intakes – DRI’s, 2002. 
 
Para indivíduos saudáveis ou com doenças leves 
 
BEBÊS E CRIANÇAS PEQUENAS DE 0 A 35 MESES (KCAL/DIA) 
 
DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/I P50) 
EUTROFICA: Fazer o cálculo com o peso atual 
SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual 
OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50) 
 
0 -3 meses 
EER = (89 x peso [kg] –100) + 175 
4 – 6 meses 
EER = (89 x peso [kg] –100) + 56 
7 – 12 meses 
EER = (89 x peso [kg] –100) + 22 
13 – 35 meses 
EER = (89 x peso [kg] –100) + 20 
 
CRIANÇAS DE 3 – 8 ANOS (KCAL/DIA) 
 
 Calculo do peso ideal/ teórico para crianças até 5 anos 
DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/I P50) 
EUTROFICA: Fazer o cálculo com o peso atual 
SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual 
OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50) 
 
 Calculo do peso ideal/ teórico para crianças de 5 a 8 anos 
DESNUTRIDA: Fazer o cálculo com o peso ideal (P/E P50). 
EUTRÓFICA: Fazer o cálculo com o peso atual. 
SOBREPESO: Fazer o cálculo com o peso atual. 
OBESA: Fazer o cálculo com o peso ideal para a estatura (P/E P50). 
 
Meninos de 3 – 8 anos 
EER = 88.5 – 61.9 x idade (a) + PA x (26.7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 20 
 
 
Meninas de 3 – 8 anos 
EER = 135.3 – 30.8 x idade (a) + PA x (10.0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 20 
 
 
28 
 
ADOLESCENTES DE 9 – 18 ANOS (KCAL/DIA) 
 
 Calculo do peso ideal/ teórico = IMC P50 (OMS, 2007) 
Desnutrida = fazer o cálculo com peso ideal 
Eutrófica = fazer cálculo com peso atual 
Sobrepeso = fazer cálculo com peso atual ou ideal 
Obesa = fazer cálculo com peso ideal 
 
Meninos de 9 – 18 anos 
EER = 88.5 – 61.9 x idade (a) + AF x (26.7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 25 
Onde 
AF = coeficiente de atividade física* 
AF = 1,00 (sedentário) 
AF = 1,13 (atividade leve) 
AF = 1,26 (atividade moderada) 
AF = 1,42 (atividade intensa) 
 
Meninas de 9 – 18 anos 
EER = 135.3 – 30.8 x idade (a) + AF x (10.0 x peso [kg] + 934 x altura [m]) + 25 
Onde 
AF = coeficiente de atividade física* 
AF = 1,00 (sedentário) 
AF = 1,16 (atividade leve) 
AF = 1,31 (atividade moderada) 
AF = 1,56 (atividade intensa) 
 
 
*AF = Atividade Física 
Sedentário = Atividades típicas do dia-a-dia. Ex. tarefas domésticas de esforço leve a 
moderado 
Atividade leve = Atividades típicas do dia-a-dia + 30-60 min. de atividade diária 
moderada, ex. caminhar 5-7 Km/h 
Atividade moderada = Atividades típicas do dia-a-dia + ao menos 60 min. de 
atividade moderada 
Atividade intensa = Atividades típicas do dia-a-dia + ao menos 60 min. de atividade 
moderada + 60 min. adicionais de atividade vigorosa ou 120 min de atividade 
moderada 
 
 
 
 
29 
 
VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DE DISTRIBUIÇÃO PARA 
MACRONUTRIENTES 
(AMDR - Acceptable Macronutrient Distribution Range) 
FONTE: Institute of Medicine, Dietary Reference Intakes – DRI’s, 2002. 
MENINOS E MENINAS DE 1 -3 ANOS 
Carboidrato Proteína Lipídio 
45 – 65% 5 – 20% 30 – 40% 
 
MENINOS E MENINAS DE 4 - 18 ANOS 
Carboidrato Proteína Lipídio 
45 – 65% 10 - 30% 25 - 35% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
ADULTOS 
 
 Avaliação nutricional de indivíduos: 
 
Conceito de avaliação nutricional: Condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo 
consumo e utilização de nutrientes necessários para garantir as demandas energéticas e 
nutricionais, manter as reservas corporais e compensar as perdas. 
A avaliação do estado nutricional envolve o exame das condições físicas do 
indivíduo, crescimento e desenvolvimento, comportamento, níveis de nutrientes na urina, 
sangue ou tecidos e a qualidade e quantidade de nutrientes ingerida. 
 
Fatores determinantes do estado nutricional: 
 
· Fatores econômicos (renda, acesso) 
 
· Fatores sociais (hábitos, modismos, estéticos, mídia, colegas,etc.) 
 
· Fatores culturais (descendência, costumes) 
 
· Fatores religiosos (mitos, tabus, crenças) 
 
· Fatores psicológicos (necessidade, prazer, desconforto, insegurança) 
 
· Fatores fisiopatológicos 
 
Alterações do estado nutricional: 
 
Definição: quando ocorre o consumo inadequado de alimentos, em quantidade e qualidade, 
provocando distúrbios ou carências nutricionais. 
 
- 
 
 
31 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL: 
 
* ANAMNESE ALIMENTAR: 
 
Ficha utilizada para orientar o entrevistador a coletar informações importantes e diversas, 
relativas ao indivíduo que está sendo avaliado. 
 
Geralmente é composta dos seguintes itens: 
 
• Dados pessoais 
 
• Condições socioeconômicas 
 
• História clínica 
 
• Avaliação dietética 
 
• Avaliação antropométrica 
 
• Exame físico/clínico 
 
• Avaliação bioquímica 
 
• Conduta nutricional 
 
Métodos de avaliação do estado nutricional: 
 
1) Métodos diretos: 
 
A) Exame clínico/físico (sinais e sintomas clínicos) 
B) Avaliação antropométrica (peso, altura, circunferências, dobras, IMC) 
C) Exames laboratoriais/bioquímicos (colesterol, hemoglobina, glicemia) 
 
1) Métodos indiretos: 
São estudos que se baseiam em fatores condicionantes do estado nutricional 
ou deles resultante. 
 
A) Inquéritos alimentares (R24h, QFCA, DA, HA) 
 
B) Avaliação subjetiva global (ASG) 
 
 
 
32 
 
A) INQUÉRITOS ALIMENTARES: 
 
Métodos indiretos, utilizados para avaliação do consumo alimentar de indivíduos e 
populações em um determinado período de tempo previamente estabelecido: DIA – MÊS - 
ANO 
 
Usado em crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. 
 
Podem fornecer tanto informações quantitativas como qualitativas sobre a ingestão 
alimentar, podendo relacionar a dieta ao estado nutricional de indivíduose sua relação com 
o aparecimento de doenças crônico-degenerativas. 
 
Pode ser o início de uma investigação e da identificação de deficiências nutricionais. 
 
Cada método apresenta vantagens e desvantagens. 
 
Diferença entre eles inclui a participação do entrevistado, necessidade do mesmo ser 
alfabetizado, dependência da memória, número de aplicações do instrumento, estimativa da 
ingestão habitual e interferência no comportamento alimentar. 
 
MÉTODOS QUANTITATIVOS: 
 
Baseados na quantidade e tipo de alimentos ingeridos pelo indivíduo em determinado 
período de tempo: 
 
1) Recordatório de 24 horas ( R24h): Proposto por Betha Burke ( 1930): para avaliar a 
ingestão de alimentos e nutrientes de indivíduos e grupos populacionais; não pode ser usado 
em dia seguintes a finais de semana e feriados. 
 
2) Registro ou Diário Alimentar(DA): Proposto por Burke e Stuart (década de 30); avaliar 
ingestão alimentar em um período de 3 a 7 dias; uso de formulários próprios; alternar 
períodos – semana e fim de semana. 
 
MÉTODOS QUALI-QUANTITATIVOS: 
 
3) História alimentar ou dietética (HA): Proposto por Burke (1947); avaliar o consumo 
alimentar habitual; informações sobre hábitos passados e presentes: n° refeições, apetite, 
preferências, uso suplementos, R24h e outras informações adicionais. 
 
4) Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA): Proposto por Burke (1947) 
e adaptado por Willet (final da década de 60); obter informação qualitativa, semi-
quantitativa ou quantitativa sobre o padrão alimentar e ingestão de alimentos ou nutrientes 
específicos; prevê medir a exposição. 
33 
 
 
 PESO: 
 
O peso é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos, músculos) e 
reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Peso atual é o peso verificado em uma balança calibrada, onde o individuo é posicionado 
de pé, descalço, no centro da balança e com roupas leves. O valor obtido corresponde ao 
peso atual do individuo na referida data. 
 
 Peso usual utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em 
casos de impossibilidade de medir o peso atual. Geralmente é o peso que se mantém por 
maior período de tempo. 
 
 Peso ideal ou desejável ou teórico é o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais 
como idade, biótipo, sexo e altura. Calculado por meio do Índice de Massa Corpórea (IMC) 
considerado ideal multiplicado pela estatura em m2. 
 
 Estimativa de peso* quando não se pode pesar o indivíduo, é possível estimar o peso por 
meio de algumas fórmulas, tais como circunferência da panturrilha, compleição, altura ou 
IMC; 
 
 Peso ajustado usado quando o indivíduo apresenta-se com o peso superior ou inferior ao 
considerado normal, especialmente para cálculo de adequação de dietas. 
 
 Adequação de peso é a relação entre o peso atual e o peso desejável/ideal. 
 
 Peso ideal para amputados: deve-se corrigir o peso corporal de amputados excluindo o 
membro inexistente. 
 
 
34 
 
MÉTODOS PARA CÁLCULO DO PESO IDEAL/TEÓRICO/ESTIMADO: 
 
a) PI (IMCm) = A²(m) x IMC desejado (médio) – WEST, 1980. 
 
Onde: IMC médio homens = 22 kg/m² e IMC médio mulheres = 21 kg/m² 
 
 a.1 - Padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS) – 2000 – 21,5 kg/m2 
Exemplo: 
Mulher, 58 kg, 1,62 m, CP: 16 cm 
Homem, 72 kg, 1,76 m, CP: 20 cm 
 
 Peso Ideal/Teórico Mínimo = IMC (18,5kg/m2) x altura2 
 Peso Ideal/Teórico Médio = IMC (21,7kg/m2) x altura2 
 Peso Ideal/Teórico Máximo = IMC (24,9kg/m2) x altura2 
b) Estimativa de peso ou peso ideal pela compleição física/corporal: GRANT, 1980. 
Utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade. Utiliza a relação entre a altura (A) e a 
circunferência de pulso/punho (CP). A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a 
estrutura física e a amplitude da ossatura do indivíduo, auxiliando no diagnóstico do estado 
nutricional. 
 
CP: medida distalmente ao 
processo estiloide da ulna. 
 
 
 
 CF = A (cm) 
 CP(cm) 
 
 
 
 
Circunferência de pulso/punho 
 
A partir do cálculo da compleição corporal chega-se ao tipo de estrutura física do indivíduo. 
Homens Estrutura corporal Mulheres 
> 10,4 Pequena > 11,0 
9,6 – 10,4 Média 10,1 – 11,0 
< 9,6 Grande < 10,1 
 
 
 
 
35 
 
Tabela de Peso esperado para a Estatura de acordo com Compleição: 
Estatura 
(cm) 
Peso em Kg – homens 
Compleição 
Pequena Média Grande 
155 50.0 53.6 58.2 
156 50.7 54.3 58.8 
157 51.4 55.0 59.5 
158 51.8 55.5 60.0 
159 52.2 56.0 60.5 
160 52.7 56.4 60.9 
161 53.2 56.8 61.5 
162 53.7 57.2 62.1 
163 54.1 57.7 62.7 
164 55.0 58.5 63.4 
165 55.9 59.5 64.1 
166 56.5 60.1 64.8 
167 57.4 60.7 65.6 
168 57.7 61.4 66.4 
169 58.6 62.3 67.5 
170 59.5 63.2 68.6 
171 60.1 63.8 69.2 
172 60.7 64.4 69.8 
173 61.4 65.0 70.5 
174 62.3 66.9 71.4 
175 63.2 66.8 72.0 
176 63.8 67.5 72.9 
177 64.4 68.2 73.5 
178 65.0 69.0 74.1 
179 65.9 69.9 75.3 
180 66.8 70.9 76.4 
181 67.4 71.7 77.1 
182 68.0 72.5 77.8 
183 68.6 73.2 78.6 
184 69.8 74.1 79.8 
185 70.9 75.0 80.9 
186 71.5 75.8 81.7 
187 72.1 76.6 82.5 
188 72.7 77.3 83.2 
189 73.3 78.0 83.8 
190 73.9 78.7 84.4 
191 74.5 79.5 85.0 
 
36 
 
Estatura 
(cm) 
Peso em Kg – mulheres 
Compleição 
Pequena Média Grande 
142 41.8 45.0 49.5 
143 42.3 45.3 49.8 
144 42.8 45.6 50.1 
145 43.2 45.9 50.5 
146 43.7 46.6 51.2 
147 44.1 47.3 51.8 
148 44.6 47.7 52.3 
149 45.1 48.1 52.8 
150 45.5 48.6 53.2 
151 46.2 49.3 54.0 
152 46.8 50.0 54.5 
153 47.3 50.5 55.0 
154 47.8 51.0 55.5 
155 48.2 51.4 55.9 
156 48.9 52.3 56.8 
157 49.5 53.2 57.7 
158 50.0 53.6 58.3 
159 50.5 54.0 58.9 
160 50.9 54.8 59.5 
161 51.5 55.3 60.1 
162 52.1 56.1 60.7 
163 52.7 56.6 61.4 
164 53.4 57.7 62.3 
165 54.5 58.6 63.2 
166 55.1 59.2 63.8 
167 55.7 59.8 64.4 
168 56.4 60.5 65.0 
169 57.3 61.4 65.9 
170 58.2 62.2 66.8 
171 58.8 62.8 67.4 
172 59.4 63.4 68.0 
173 60.0 64.1 68.6 
174 60.9 65.0 69.8 
175 61.0 65.8 70.9 
176 62.4 66.5 71.7 
177 63.0 67.1 72.5 
178 63.6 67.7 73.2 
 
 
37 
 
1) ESTIMATIVA DE PESO: 
 
a) Fórmula de Lorentz: estimativa de peso pela compleição 
 
 PI = (A-100) – (A-150) 
 4 
OBS.: A = altura em cm; 
 
Se compleição grande + 5kg; se compleição pequena - 5kg Se compleição média 
não muda 
 
 b) Estimativa de peso pela circunferência de panturilha: (Chumlea, 1988) 
 
Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DSE) - 81,69 
 
Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x DSE) - 62,35 
 
Onde: CP = circunferência da panturrilha (cm); CB = circunferência do braço (cm) 
AJ = Altura do joelho (cm); DSE = dobra subescapular (mm) 
 
b) FÓRMULA DE ESTIMATIVA DE PESO 
(Dan Waitzberg- Guia básico de terapia nutricional, Atheneu, 2° edição, 2007) 
 
IDADE RAÇA FEMININO MASCULINO 
6-18 
ANOS 
Negra ( AJ x 0,71) + ( CB x 2,59) – 
50,43 
(AJ x 0,59) + (CB x2,73) 
– 48,32 
 Branca ( AJ x 1,77) + ( CB x 2,47) – 
50,16 
(AJ x0,68) + (CB x 2,64) 
– 50,08 
19-59 
ANOS 
Negra ( AJ x 1,24) + ( CB x 2,97) – 
82,48 
(AJ x 1,19) + (CB x 3,14) 
- 86,82 
 Branca (AJ x 1,01) + (CB x 2,81) - 
66,04 
(AJ x 1,09) + (CB x 3,14) 
- 83,72 
60-80 
ANOS 
Negra ( AJ x 1,50) + ( CB x 2,58)– 
84,22 
(AJ x 1,10) + (CB x 3,07) 
- 75,81 
 Branca (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) - 
65,51 
(AJ x 0,44) + (CB x 2,86) 
- 39,21 
 
2) ESTIMATIVA DA ALTURA: 
 
Métodos Antropométricos para Estatura- 
 Medida Direta 
 Medida Indireta : altura do joelho ou medida da envergadura 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) PESO AJUSTADO: 
 
É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes, 
quando a adequação do peso for inferior a 90% ou superior a 110%. Utiliza-se 
especialmente para o cálculo de necessidades energéticas. É obtido pela equação: 
 
a) Peso ajustado = 
 
> 110% ou IMC > 30 kg/m
2 
= (peso atual - peso ideal) x 0,25 + peso ideal 
 
< 90% ou IMC < 18 kg/ m
2
 = (peso ideal - peso atual) x 0,25 + peso atual 
 
a.1) Peso ajustado para pacientes edemaciados: 
 
Define-se peso ajustado para retenção hídrica ( edema e ascite) como peso seco. 
Edema e ascite: alteração de peso por aumento no compartimento de água extracelular. 
 Peso: peso atual ( aferido ou estimado) peso resultante do edema. 
 
 
 
 
 
39 
 
Estimativa de retenção hídrica conforme o edema. 
 
Grau de edema 
Excesso de peso hídrico a ser 
subtraído 
+ Tornozelo 1 kg 
++ Joelho 3 a 4 kg 
+++ Raiz da coxa 5 a 6 kg 
++++ Anasarca 10 a 12 kg 
Fonte: DUARTE; CASTELLANI, 2002. 
 
Estimativa de peso de retenção hídrica conforme a ascite. 
Grau de ascite/ edema Peso ascético ( kg) Edema 
Leve Subtrair 2,2 1,0 
Moderado Subtrair 6,0 6,0 
Grave Subtrair 14,0 10,0 
 
 
4) ADEQUAÇÃO DE PESO: 
 
 A porcentagem de adequação do peso atual em relação ao peso ideal ou desejável é calculada 
 a partir da fórmula: 
 
Adequação de peso (%) = Peso atual (PA) x 100 
 Peso ideal (IMC) 
 
 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
 
 
5) PESO IDEAL PARA AMPUTADOS: Deve-se corrigir o peso corporal de amputados 
excluindo o membro inexistente. 
 
Peso ideal para amputados para corrigir o peso ideal de amputados, deve-se 
subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal calculado. O peso ideal é calculado 
como se não existisse a amputação e, posteriormente, subtraído da parte amputada. Segue a 
tabela abaixo: 
40 
 
Exemplo: 
Peso ideal (sem amputação, pois não a considero no cálculo do PI): 60 kg 
(Se não tiver o PI, calcular por meio da altura e o IMC médio) 
Parte amputada: pé até o joelho: 7% 
Cálculo: 60 x 7% = 4,2 kg (60 x 0,07) 
Peso ideal para este paciente: 55,8 kg (60 kg – 4,2 kg = 55,8 kg). 
 
Peso atual 62 kg – sem parte da perna (pé até joelho) 
Se conseguir pesar o paciente e tiver o peso atual, faz-se o contrário, soma-se o valor 
encontrado ao peso, pois se o paciente tivesse parte da perna, seu peso seria 62 + 7% da 
perna que ele não possui. Logo, 
Parte amputada: pé até o joelho: 7% 
Cálculo: 62 x 7% = 4,34 kg (62 x 0,07) 
Peso ideal para este paciente: 66,34 kg (62 kg + 4,34 kg = 66,34 kg). 
Se ele tivesse a perna, seu peso seria 66,34 Kg. 
Altura pós amp = (A antes da amp)
2
 x (100% – % amp) 100 
Obs: Utilizar somente quando houver comprometimento da altura (A). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
IMC pós amputação = P pós amputação / (A pós amputação) 
 
Porcentagem de peso para Amputação: (Nieman e Lee, 1995) 
MEMBRO AMPUTADO Proporção de Peso (%) 
 
Mão 0,7 a 0,8% 
 
Antebraço 1,6 a 2,3% 
 
Braço até o ombro 5 a 6,6% 
 
Pé 1,5 a 1,7% 
 
Perna abaixo do joelho 6 a 7,0% 
 
Perna acima do joelho 11,0% 
 
Perna inteira 16 a 18,6% 
 
 
Para amputação bilateral, as porcentagens dobram. 
 
6) MUDANÇA DE PESO: 
 
A perda de peso involuntária constitui-se num dado importante para a avaliação do estado 
nutricional. A fórmula abaixo fornece a determinação da variação do peso corporal. 
 
 
A significância da perda de peso em relação ao tempo pode ser verificada na tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
42 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS: 
Pelo IMC (Índice de Quetelet) 
 
O IMC (Índice de Quetelet) é o indicador simples do estado nutricional calculado a 
partir da seguinte fórmula: Peso atual (Kg) / Estatura (m)
2
: 
 
 IMC = Peso (kg) 
 Altura² (m) 
 
Os seguintes critérios de diagnóstico nutricional são recomendados para a população 
adulta: 
 
Classificação do Estado Nutricional de adultos pelo IMC (ambos os sexos): 
 
IMC (kg/m²) Estado Nutricional 
 
16,0 Magreza grau III - grave 
 
16,0 – 16,99 
Magreza grau II - 
moderada 
 
17,0 – 18,49 Magreza grau I - leve 
 
18,5 – 24,99 Eutrofia 
 
25,0 – 29,99 Sobrepeso 
 
30,0 – 34,99 Obesidade grau I 
 
35,0 – 39,99 Obesidade grau II 
 
 40,0 Obesidade grau III 
 
Fonte: OMS, 1998 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL: 
 
 CIRCUNFERÊNCIAS: 
 
São medidas de crescimento e podem indicar o estado nutricional e o padrão de gordura 
corporal, com exceção da circunferência cefálica, que indica o crescimento cerebral. 
 
As principais medidas são: 
Circunferência da cintura (CC) 
Circunferência do quadril (CQ) 
Circunferência do braço (CB) 
Circunferência do punho (CP) 
 
Técnica de medida das circunferências: 
 
a) CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO: avalia a soma das áreas constituídas pelos tecidos 
ósseos, muscular e gorduroso do braço. 
 
Casos de edema generalizado não é indicado seu uso, nem as dobras, devido ao acúmulo de 
líquido extravascular, mascarando o peso das medidas corporais. 
 
Técnica: Flexionar o braço a ser avaliado formando um ângulo de 90 graus. Localizar o 
ponto médio entre o acrômio e o olecrano. 
Solicitar ao indivíduo que fique com o braço estendido ao longo do corpo com a palma 
da mão voltada para a coxa. 
Contornar o braço com fita flexível no ponto marcado de forma ajustada evitando 
compressão da pele ou folga. O resultado é comparado aos valores de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Percentil 
 
Classificação do estado nutricional segundo a circunferência braquial. 
 
Percentil Estado nutricional 
<5 Desnutrido 
5-10 Risco de desnutrição 
10-85 Eutrofia 
85-90 Sobrepeso 
≥90 Obeso 
 
Ou Fazer adequação através do valor encontrado no P50: 
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50* 
 
Classificação do estado nutricional segundo adequação da CB 
 
 Adequação da CB (%) Estado nutricional 
 < 70 Desnutrição grave 
 70 a 80 Desnutrição moderada 
 80 a 90 Desnutrição leve 
 90 a 110 Eutrofia 
 110 a 120 Sobrepeso 
 > 120 Obesidade 
 Fonte: FRISANCHO, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 Distribuição em percentis da circunferência do braço de acordo com Frisancho,1990 –
Masculino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Distribuição em percentis da circunferência do braço de acordo com Frisancho,1990 –
Feminino.a.1) Adequação da CMB: é realizado por meio da fórmula abaixo e o estado nutricional 
classificado de acordo com a tabela. 
 Adequação da CMB(%) = CMB obtida (cm) x 100 
 CMB percentil 50 
Estado nutricional segundo a circunferência muscular do braço 
Adequação CMB (%) Classificação 
< 70% Desnutrição grave 
70 – 80% Desnutrição moderada 
80 – 90% Desnutrição leve 
90% Eutrofia 
Fonte: Adapta de BLACKBURN, G. L. & THORNTON, P.A., 1979. 
 
47 
 
 
 
 
Fonte: Frisancho, A R. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment 
of nutritional status. Am. J.Clin. Nutr., 34:2540- 2545,1981. 
 
Atenção: Não existe classificação de sobrepeso e obesidade através da CMB, pois 
esta medida avalia massa magra! 
 
48 
 
b) Circunferência da cintura : 
 
A medição deve ser realizada com o paciente em pé, com uma fita métrica inelástica. 
A região deve circundar o indivíduo na linha natural da cintura, na região mais estreita entre 
o tórax e o quadril, no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca 
(aproximadamente 2 dedos acima do umbigo e não necessariamente na parte mais 
‘fina’). A leitura deve ser feita no momento da expiração. 
. Esta medida pode ser utilizada isolada, avaliando risco de complicações 
metabólicas associadas à obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Risco associado com complicações metabólicas de acordo com a Cintura 
 Aumentado Muito Aumentado 
Homens > 94 cm > 102 cm 
Mulheres > 80 cm > 88 cm 
Fonte: NIH (2000) *CC verificada no ponto médio (OMS) 
 
 
c) Circunferência do quadril : 
 
A fita deverá circundar o quadril na região de maio 
perímetro entre a cintura e a coxa, com o indivíduo usando 
roupas finas. 
 
 
 
 
 
 
 
Relação cintura/quadril* (Bray, 1989) 
 
É um método utilizado para adultos (20 a 69 anos),de ambos os sexos. Este método 
utiliza um índice para classificar os indivíduos para o risco de desenvolverem doenças 
crônicas associadas à obesidade. A relação proposta é a seguinte: 
49 
 
 
RCQ = circunferência de cintura 
circunferência de quadril 
 
Onde alto risco de doenças cardiovasculares: 
 
RCQ > 0,95 para homens e > 0,80 para mulheres 
 
- Acima de 0,95 (homens) ou 0,80 (mulheres) – caracteriza-se pela obesidade androide. 
- Abaixo de 0,95 (homens) ou 0,80 (mulheres) – caracteriza-se pela obesidade ginecoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Circunferência da panturrilha 
 Técnica: o antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O avaliado coloca-se 
em pé, com os pés afastados 20 cm um do outro, de forma que o peso fique distribuído 
igualmente em ambos pés. Uma fita inelástica é colocada ao redor da panturrilha 
(circunferência máxima no plano perpendicular à linha longitudinal da panturrilha) e deve-se 
mover a fita para cima e para baixo a fim de localizar esta máxima circunferência. A fita 
métrica deve passar em toda a extensão da panturrilha, sem fazer compressão. O valor zero da 
fita é colocado abaixo do valor medido. Registre o valor obtido, imediatamente, sem 
arredondamentos. Ex: 31,3 cm. 
 
 
50 
 
DOBRAS CUTÂNEAS: 
As dobras são medidas que visam avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura 
contida no tecido celular subcutâneo e, a partir daí, podermos estimar a proporção de gordura 
em relação ao peso corporal do indivíduo. 
As dobras podem ser utilizadas por si só para avaliar a condição nutricional de um 
indivíduo, como é o caso da dobra cutânea triciptal, ou em conjunto para predizer a 
porcentagem de gordura total. 
A espessura da dobra cutânea reflete a espessura da pele e tecido adiposo subcutâneo em 
locais específicos do corpo. A aferição da dobra é um método relativamente simples, de baixo 
custo e não invasivo, para estimar a gordura corporal total, porém exige que o avaliador seja 
bem treinado. As dobras não são indicadas em indivíduos obesos, devido à dificuldade de medir 
os locais. 
São medidas que expressam a quantidade de tecido adiposo corporal, por meio de 
medida da espessura de algumas dobras/pregas cutâneas e utilizando equações matemáticas 
(preditivas) que sempre devem ser adequadas à população avaliada, por faixa etária, sexo, etnia, 
atividade física, entre outras características. O seu uso correto depende de uma adequada coleta 
das medidas, e para tanto se deve seguir as instruções de locais padronizados para sua coleta e 
posteriormente fazer a escolha da melhor equação a ser utilizada. 
As principais dobras utilizadas são: 
 
Dobra cutânea triciptal (DCT) 
Dobra cutânea biciptal (DCB) 
Dobra cutânea subescapular (DCSE) 
Dobra cutânea suprailíaca (DCSI) 
Porém existem outras dobras cutâneas que são utilizadas apenas para avaliação física, 
comumente empregadas em atletas ou praticantes de musculação para acompanhamento de 
hipertrofia. 
 
Dobra cutânea peitoral ou do tórax (DCP) 
Dobra cutânea abdominal (DCA) 
Dobra cutânea da coxa (DCC) 
Dobra cutânea da panturrilha (DCPant) 
Dobra cutânea axilar média (DCAx) 
 A dobra mais comumente utilizada para avaliar nutricionalmente o indivíduo é a dobra 
cutânea tricipital (DCT). Com o valor de circunferência do braço (CB) mais a DCT, é possível 
avaliar a circunferência muscular do braço (CMB), área muscular do braço corrigida (AMBc) e 
área de gordura do braço (AGB). 
 
 
 
 
 
 
51 
 
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DAS PRINCIPAIS DOBRAS CUTÂNEAS 
Instruções gerais para a aferição das pregas cutâneas 
 Identificar e marcar o local a ser medido; 
 Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador 
da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado; 
 Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local marcado; 
 Manter a prega entre os dedos até o término da aferição; 
 A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 3 segundos; 
 Utilizar a média de 3 medidas, feitas em rodízio. 
 Dobras CUTÂNEAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doba Cutânea Tricipital Dobra Cutânea Subescapular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dobra Cutânea Bicipital Dobra Cutânea Supra-ilíaca 
 
 
 
 
 
52 
 
Dobras 
Cutâneas 
Técnicas de medição 
Tricipital No mesmo ponto médio utilizado para a circunferência do braço, 
separar levemente a prega do braço não-dominante, 
desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar o calibrador 
formando um ângulo reto. O braço deverá estar relaxado e solto 
ao lado do corpo. 
Bicipital Com a palma da mão voltada para fora, marcar o local da 
medida 1 cm acima do local marcado para a prega tricipital. 
Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no local 
marcado. 
Subescapular Marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula. A 
pele é levantada 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula, de 
tal forma que se possa observar um ângulo de 45° entre esta e a 
coluna vertebral. O calibrador deverá ser aplicado estando o 
indivíduo com os braços e ombros relaxados. 
Supra-ilíaca A prega deverá se formada na linha média axilar, com o dedo 
indicador logo acima da crista ilíaca, na posição diagonal, ou 
seja, seguindo a linha de clivagem natural da pele no lado direito 
do indivíduo. 
 
 
 
Pela Somatória das dobras cutâneas para determinar o percentual de gordura corporal 
(% GC): 
* Utilizar o somatório das 4 pregas ( tr + bi + se + si) para adultos eutróficos 
* Avaliar o % de GC na tabela. 
* Realizar a bioimpedância para indivíduos obesos/sobrepeso.53 
 
SOMA DAS QUATRO DOBRAS PARA CALCULO DE % DE GORDURA 
Porcentagem estimada de gordura corporal obtida, por meio da soma de quatro pregas 
cutâneas (bíceps, tríceps, subescapular e supra- 
ilíaca)
 
 
 Valores de referência para porcentuais de gordura corpórea 
 Gordura corpórea (%) 
Homens Mulheres 
Risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição < 5 < 8 
Abaixo da média 6 a 14 9 a 22 
Média 15 23 
Acima da média 16 a 24 24 a 31 
Risco de doenças associadas à obesidade > 25 > 32 
Fonte: Lohman, T.G. et al., 1991. 
 
 
 
 
54 
 
a) Dobra cutânea tricipital (DCT) é a mais rotineiramente utilizada na prática clínica. Sua 
medida isolada é comparada ao padrão de referência de Frisancho. 
 
A adequação da PCT é calculada por meio da equação abaixo e a classificação do estado 
nutricional é feita de acordo com a tabela. 
 
 Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100 
 DCT percentil 50 
 
Distribuição em percentis da Dobra cutânea tricipital segundo gênero e idade de acordo com 
Frisancho,1990 –Masculino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Distribuição em percentis da Dobra cutânea tricipital segundo gênero e idade de acordo com 
Frisancho,1990 –Feminino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado nutricional segundo a dobra cutânea tricipital 
Adequação da PCT (%) Classificação 
< 70% Desnutrição grave 
70 – 80% Desnutrição moderada 
80 – 90% Desnutrição leve 
90 – 110% Eutrofia 
110 – 120% Sobrepeso 
> 120% Obesidade 
Fonte: BLACKBURN, G.L. & THORNTON, P.A., 1979. 
 
 
56 
 
AVALIAÇÃO DAS DOBRAS CUTÂNEAS EM OBESOS 
 
A avaliação das dobras cutâneas de pacientes obesos é de difícil aferição, o que implica erros de 
avaliação. Dessa forma, pode-se indicar a utilização de protocolos que levem em consideração a 
medida das circunferências corporais, como a proposta por Welman et al., para homens e 
mulheres. 
 
* Homens obesos de 24 a 68 anos: 
% de Gordura = 0,31457 (circunferência abdominal) – 0,10969 (massa corporal) + 10,8336 
 
* Mulheres obesas de 20 a 60 anos: 
% de Gordura = 0,11077 (circunferência abdominal) – 0,17666 (estatura em cm) + 0,187 (massa 
corporal) + 51,03301 
Classificação da obesidade segundo o percentual de gordura: 
 Mulheres (%) Homens (%) 
Leve 25 - 30 15 – 20 
Moderada 30 - 35 20 – 25 
Elevada 35 - 40 25 – 30 
Mórbida > 40 > 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
IDOSOS 
 
Deve-se ter atenção sobre as alterações corporais e fisiológicas existentes nos idosos para 
realizar avaliação nutricional nesta faixa etária. A quantidade de tecido adiposo se eleva e o tecido 
muscular reduz, inclusive a massa óssea. Ocorre uma redistribuição do tecido adiposo, diminuindo 
nos membros e aumentando na cavidade abdominal. Há uma diminuição na elasticidade da pele e 
hidratação. Portanto, existem padrões específicos para realizar sua avaliação nutricional. 
 
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL – IMC 
 
 
Classificação do estado nutricional de idosos pelo IMC: 
IMC (kg/m²) Estado Nutricional 
 
< 22 Magreza 
 
22 – 27 Eutrofia 
 
> 27 Sobrepeso 
(LIPSCHITZ, 1994) 
 
È importante ressaltar que o IMC não distingue o peso associado ao músculo ou a gordura 
corporal, assim é importante investigar a composição corporal sempre que os valores estiverem nos 
limites ou fora da normalidade. 
Percentis de IMC 
HOMENS 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 18,1 19,4 21,8 24,3 26,9 29,2 30,5 
70-74 18,9 20,2 22,6 25,1 27,7 30,0 31,3 
75-79 17,5 18,9 21,3 23,9 26,5 28,9 30,3 
80-84 18,1 19,4 21,4 23,7 26,0 28,1 29,3 
> 85 17,9 19,0 21,0 23,1 25,2 27,2 28,4 
 
MULHERES 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
 
65-69 17,2 19,2 22,7 26,5 30,3 33,8 35,9 
70-74 18,4 20,2 23,1 26,3 29,5 32,4 34,2 
75-79 18,1 19,8 22,8 26,1 29,4 32,4 34,1 
80-84 17,1 19,0 22,1 25,5 28,9 32,0 33,9 
> 85 16,7 18,2 20,8 23,6 26,4 29,0 30,5 
 
58 
 
Classificação: 
Percentil Classificação 
< 5 Desnutrição 
5 – 10 Risco de desnutrição 
10 – 90 Eutrofia 
90 – 95 Sobrepeso 
> 95 Obesidade 
Fonte: BURR & PHILLIPS, 1984. 
 
Peso ideal para idosos 
Deve-se utilizar o percentil 50, conforme tabela abaixo e multiplicar pela altura ao quadrado. 
PI = Percentil 50 x A
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÕES DE REFERÊNCIA DE NHANES III – 1988-1991. 
 
Prega Cutânea Tricipital – PCT (mm) 
 HOMENS MULHERES 
Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90 
60 – 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9 
70 – 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1 
80 + 6,6 11,2 18,0 9,3 18,1 28,9 
 
Circunferência Muscular do Braço – CMB (cm) 
 HOMENS MULHERES 
Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90 
60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4 
70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0 
80 + 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0 
 
 
 
59 
 
 
Classificação: 
Percentil Classificação 
< 10 Desnutrição 
10 – 90 Eutrofia 
> 90 Obesidade 
Padrões de referência de Burr & Phillips – 1984 
 
Circunferência do Braço – CB (cm) 
 
HOMENS 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 20,6 21,8 23,8 26,0 28,2 30,2 31,4 
70-74 20,9 21,9 23,6 25,5 27,4 29,1 30,1 
75-79 19,7 20,8 22,6 24,5 26,4 28,2 29,3 
80-84 19,3 20,2 21,9 23,7 25,5 27,2 28,1 
> 85 18,9 19,8 21,3 23,0 24,7 26,2 27,1 
 
MULHERES 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 21,2 22,3 24,3 26,4 28,5 30,5 31,7 
70-74 20,1 21,3 23,3 25,5 27,7 29,7 30,9 
75-79 19,3 20,6 22,6 24,9 27,2 29,3 30,5 
80-84 17,9 19,2 21,2 23,5 25,8 27,9 29,1 
> 85 16,4 17,6 19,8 22,1 24,5 26,6 27,8 
 
Prega Cutânea Tricipital – PCT (mm) 
 
HOMENS 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 3,6 4,3 5,9 8,1 11,3 15,2 18,2 
70-74 3,7 4,3 5,8 8,0 10,9 14,6 17,3 
75-79 3,6 4,2 5,3 7,0 9,2 11,7 13,6 
80-84 3,5 4,1 5,1 6,6 8,5 10,7 12,3 
> 85 3,4 3,9 5,0 6,5 8,4 10,6 12,2 
 
MULHERES 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 9,9 11,3 14,1 18,0 22,9 28,5 32,5 
70-74 8,2 9,5 12,1 15,9 20,9 26,8 31,1 
75-79 7,5 8,6 11,1 14,6 19,1 24,5 28,4 
80-84 6,2 7,2 9,5 12,7 17,1 22,4 26,2 
> 85 6,0 7,0 8,8 11,5 14,9 19,0 21,8 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
Área Muscular do Braço – AMB (cm2) 
 
HOMENS 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 26,8 30,4 36,5 43,2 49,9 54,2 59,6 
70-74 27,1 30,3 35,6 41,4 47,2 52,5 55,7 
75-79 25,3 28,4 33,6 39,4 45,2 50,4 53,5 
80-84 23,7 26,6 31,6 37,1 42,6 47,6 50,6 
> 85 22,7 25,4 29,8 34,7 39,6 44,0 46,7 
 
MULHERES 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 20,2 23,1 28,1 33,5 38,9 43,9 46,8 
70-74 18,4 21,6 26,9 32,7 38,5 43,8 47,0 
75-79 19,7 22,4 27,1 32,3 37,5 4,22 44,9 
80-84 17,2 20,0 24,6 29,7 34,8 39,4 42,2 
> 85 14,3 17,0 21,7 26,9 32,1 36,8 39,5 
 
 
Circunferência Muscular do Braço – CMB (cm) 
 
HOMENS 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 18,7 19,5 21,3 23,1 24,9 26,6 27,5 
70-74 18,4 19,4 20,9 22,7 24,5 26,0 27,0 
75-79 18,2 19,0 20,5 22,1 23,7 25,2 26,0 
80-84 17,6 18,4 19,9 21,5 23,1 24,6 25,4 
> 85 17,2 18,0 19,3 20,8 22,3 23,6 24,4 
 
 
MULHERES 
Idade P5 P10 P25 P50 P75 P90 P95 
65-69 16,3 17,2 18,7 20,4 22,1 23,6 24,5 
70-74 15,8 16,8 18,4 20,1 21,8 23,4 24,4 
75-79 16,1 16,9 18,4 20,0 21,6 23,1 23,9 
80-84 15,1 16,0 17,5 19,2 20,9