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CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - CPP
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E 
JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
Última atualização legislativa: Lei nº 13.769, de 20/12/18 (vide arts. 318-A e 318-B do 
CPP).
Última atualização jurisprudencial: 01/07/19 - Info 630 (art. 466, §1º); Info 640 (art. 581, 
XVI); Info 641 (art. 405, §2º); Info 933 (art. 78, IV); Info 939 (art. 798); Info 940 (art. 252, I)
Última atualização questões de concurso: 12/07/19 
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações 
relevantes, etc.
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a 
informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação 
contrária ao que dispõe no CPP).
 EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da 
Magistratura); BL (base legal, etc.
DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.
Vigência Código de Processo Penal.
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que Ihe confere o art. 180 da 
Constituição, decreta a seguinte Lei:
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
 Art. 1o O PROCESSO PENAL REGER-SE-Á, em todo o território brasileiro, por este 
Código, RESSALVADOS:
 I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
(PCRJ-2008-FGV): O processo penal rege-se pelo CPP, em todo o território brasileiro 
ressalvados, entre outros, os tratados, as convenções e regras de direito internacional. BL: 
art. 1º, I, CPP.
 II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, 
nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
 III - os processos da competência da Justiça Militar; (TJRN-2013)
 IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
 V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130
 Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV 
e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
(Téc. Judic.-/TJDFT-2015-CESPE): Em relação à aplicação da lei processual penal no 
espaço, vigora o princípio da territorialidade. BL: art. 1º, CPP.
(TJAC-2012-CESPE): Em relação à aplicação da lei no espaço, vigora o princípio da 
absoluta territorialidade da lei processual penal. BL: art. 1º, CPP.
 Art. 2o A LEI PROCESSUAL PENAL APLICAR-SE-Á DESDE LOGO, sem prejuízo da 
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (MPCE-2009) (TJRN-2013) 
(PCMA-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(TJCE-2018-CESPE): Aos processos em curso, a lei processual penal será aplicada 
imediatamente, mantendo-se, todavia, os atos praticados sob a égide da lei anterior. BL: art. 
2º do CPP.
(MPMS-2015): O princípio da lex fori admite relativização no processo penal. BL: art. 2º, 
CPP.
OBS: Enquanto à lei penal aplica-se o princípio da territorialidade (CP, art. 5º) e da 
extraterritorialidade incondicionada e condicionada (CP, art. 7º), o CPP adota o princípio da 
territorialidade ou da lex fori, que significa “A lei do local é aplicada no país”. Portanto, p 
CPP adota o princípio da territorialidade ou da lex fori, uma vez que a atividade jurisdicional 
é um dos aspectos da soberania nacional, logo, não pode ser exercida além das fronteiras 
do respectivo Estado. Na visão da doutrina, todavia, há situações em que a lei processual 
penal de um Estado pode ser aplicada fora de seus limites territoriais, a saber: a) aplicação 
da lei processual penal de um Estado em território nullius (ex.: Antártida); b) quando houver 
autorização do Estado onde deva ser praticado o ato processual (Brasil já negou cooperação 
com a Argentina que pediu para ouvir testemunhas no Brasil segundo as leis argentinas. No 
caso, não houve autorização do Brasil); c) em caso de guerra, em território ocupado (ex.: 
ocupação militar no Haiti). Fonte: (Manual de Processo penal, Renato Brasileiro, ano 2016 + 
anotações de aula Damásio).
(MPSP-2015): Se o ato processual for complexo e iniciar-se sob a vigência de uma lei de 
natureza processual penal e, antes de se completar, outra for promulgada, modificando-o, 
devem ser obedecidas as normas da lei antiga.
(MPSC-2014): São efeitos do princípio tempus regit actum, previsto no CPP: a) os atos 
processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos; b) as normas 
processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao 
processo é anterior à sua entrada em vigor. BL: art. 2º do CPP.
(TJPE-2015-FCC): Antonio está sendo processado pela prática do delito de furto qualificado. 
É correto dizer que, caso haja mudança nas normas que regulamentam o procedimento 
comum ordinário, os atos praticados sob a vigência da lei anterior são válidos. BL: art. 2º, 
CPP.
(TJAM-2013-CESPE): As normas previstas no CPP de natureza híbrida, ou seja, com 
conteúdo de direito processual e de direito material, devem respeitar o princípio que veda a 
aplicação retroativa da lei penal, quando seu conteúdo for prejudicial ao réu.
(TJPB-2013-CESPE): De acordo com o princípio da imediatidade, serão exercidos sob a 
disciplina de legislação superveniente os atos processuais de processo em andamento ainda 
não iniciados. BL: art. 2º, CPP.
(TJSP-2011-VUNESP): A lei processual penal tem aplicação imediata, alcançando, 
inclusive, os processos em andamento. BL: art. 2º, CPP.
(DPU-2010-CESPE): O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos 
processuais, de maneira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando o 
processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já realizados 
sob a vigência da lei anterior. BL: art. 2º, CPP.
(TJMS-2010-FCC): A lei processual penal é de aplicação imediata, sem prejuízo de validade 
dos atos já praticados. BL: art. 2º, CPP.
Explicação: Alterada a lei processual, a nova deve ser aplicada, sem prejuízo do que já 
ocorreu no processo. No entanto, a doutrina vem entendendo que, no que tange às normas 
a respeito de medidas cautelares pessoais privativas ou restritivas de liberdade, por 
possuírem conteúdo misto, ou seja, penal e processual, deve-se seguir a regra do art. 5º, LV 
da CF/88, que proíbe a retroação de norma penal, salvo para beneficiar o réu. Além disso, 
entende que ainda pode ser aplicado, mesmo que por analogia, o art. 2º da Lei de 
Introdução ao CPP, que prevê expressamente, quanto à prisão preventiva e à fiança, a 
aplicação da lei mais favorável no caso de intertemporalidade. 
(TJSC-2009): A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos 
atos realizados sob a vigência da lei anterior, vigendo em regra o princípio da 
irretroatividade, salvo quando a norma processual penal material tiver conteúdo de direito 
penal, retroagindo em benefício do acusado. BL: art. 2º, CPP; art. 5º, LV da CF/88 e art. 2º 
do Dec-lei 3931/41 (Lei de Introdução ao CPP).
(DPU-2007-CESPE): Em relação à lei processual penal no tempo, vigora o princípio do 
efeito imediato, segundo o qual tempus regit actum. De acordo com tal princípio, as normas 
processuais penais têm aplicação imediata, mas consideram-se válidos os atos processuais 
realizados sob a égide da lei anterior. BL: 2º, CPP.
 Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, 
bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. (TJRR-2015) (TJAM-2013)(MPAL-2012) (TJSP-2011)
(TJSE-2015-FCC): A lei processual penal, admite o suplemento dos princípios gerais de 
direito. BL: art. 3º do CPP.
(PCGO-2013): As normas genuinamente processuais admitirão interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito. BL: art. 3º do 
CPP.
(DPECE-2014-FCC): Em relação à lei processual penal, é correto afirmar que, em regra, 
admite suplemento dos princípios gerais do direito e aplicação analógica. BL: art. 3º do 
CPP.
(MPSC-2014): Segundo o CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e 
aplicação analógica. BL: art. 3º do CPP.
(TJRN-2013-CESPE): O julgador poderá aplicar por analogia uma lei processual, para a 
solução de questão pendente no curso da ação penal. BL: art. 3º do CPP.
(TJMG-2012-VUNESP): São admitidos no Direito Processual Penal a interpretação 
extensiva, a aplicação analógica e os princípios gerais do direito. BL: art. 3º, CPP.
(TJMG-2012-VUNESP): Com autorização pela EC 45/04 para o STF editar súmulas 
vinculantes, passamos a ter novas fontes material e formal das normas processuais penais. 
BL: art. 3º, CPP.
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL
(TJPE-2011-FCC): Se o crime for de alçada privada, a instauração de IP não interrompe o 
prazo para o oferecimento de queixa. 
OBS: O prazo para o oferecimento de queixa, normalmente de 6 meses, é decadencial, não 
sendo interrompido ou suspenso pela instauração de IP. Assim, o legitimado ativo não pode 
simplesmente esperar a conclusão das investigações, pois, se estas ultrapassarem o prazo 
decadencial, estará impedido de oferecer a queixa.
(TJPR-2012-PUCPR): A notitia criminis inqualificada, de per si, considerada pelos tribunais 
superiores como fundamento insuficiente capaz de ensejar a instauração de inquérito 
policial. BL: STF, HC 108.147/PR.
(TJPR-2012-PUCPR): O IP pode ser considerado uma importante garantia do Estado 
Democrático de Direito, na medida em que, ao promover diligências na tentativa da colheita 
preliminar de provas concretas da materialidade de um delito e de indícios robustos de sua 
autoria, pode emprestar à ação penal a justa causa necessária ao seu ajuizamento ao 
mesmo passo em que pode impedir o processamento criminal de inocentes, preservando-os 
de acusações judiciais infundadas e temerárias.
 Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de 
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995) (DPEMT-2009)
 Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades 
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
Vide art. 144, §4º da CF:
Art. 144º, § 4º, CF - às polícias civis, dirigidas por delegados de 
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
 Art. 5o Nos crimes DE AÇÃO PÚBLICA o inquérito policial SERÁ INICIADO:
 I - de ofício; (TJPE-2011) (ABIN-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (TJPE-2011) 
(DPEPB-2014) (DPEMA-2015) (Escrivão/PCMG-2018)
(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): Nos crimes de ação penal pública o inquérito policial 
pode ser iniciado a requerimento do ofendido. BL: art. 5º, II, CPP.
 § 1o O requerimento a que se refere o no II CONTERÁ SEMPRE QUE POSSÍVEL: 
(MPSC-2013) (Escrivão de Polícia/PCMA-2018)
 a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; (MPSC-2013)
 b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de 
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de 
impossibilidade de o fazer; (MPSC-2013)
 c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
(MPSC-2013)
(TJPI-2015-FCC): Conforme o CPP, certos requisitos, sempre que possível, deverão constar 
do requerimento de instauração de inquérito policial, EXCETO a classificação da infração 
penal em tese cometida. BL: art. 5º, §1º do CPP.
 § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito CABERÁ 
RECURSO para o chefe de Polícia. (MPCE-2009) (TJPR-2011) (PCSP-2012) (TJRJ-2012) 
(TJMG-2014) (PCMA-2018)
(PCBA-2018-VUNESP): Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito 
(CPP, art. 5º , § 2º) caberá recurso para o chefe de Polícia. BL: art. 5º, §2º, CPP.
(Escrivão da Polícia Federal-2004-CESPE): Se, em crime de ação penal privada, o 
ofendido formular requerimento para a abertura do inquérito, e o delegado de polícia, por 
despacho, indeferir o referido requerimento, caberá recurso ao chefe de polícia por parte do 
ofendido. BL: art. 5º, §2º do CPP.
 § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal 
em que caiba ação pública PODERÁ, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade 
policial, e esta, VERIFICADA a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
(TRF2-2013) (MPAM-2015)
(MPSP-2013): Diante de comunicação anônima, noticiando crime de ação penal pública 
incondicionada, a Autoridade Policial poderá instaurar inquérito policial se constatar a 
procedência das informações. BL: art. 5º, §3º, CPP.
 § 4o O INQUÉRITO, nos crimes em que a ação pública DEPENDER DE 
REPRESENTAÇÃO, NÃO PODERÁ sem ela ser iniciado. (DPECE-2008) (TJSC-2009) 
(TJRN-2013) (DPEPB-2014) (MPDFT-2015) (DPEMA-2015) (DPEAP-2018)
(Escrivão de Polícia Civil/SC-2017-FAPESE): A representação do ofendido é condição 
indispensável para a abertura de inquérito policial para apurar a prática de crime de ação 
penal pública condicionada.
(TJPE-2015-FCC): Ana, estudante de 20 anos, relatou à assistência social da universidade 
pública onde estuda que foi vítima de estupro no campus, não sofrendo lesões. É correto 
afirmar que: Ana precisa oferecer representação, para que seja instaurado inquérito policial. 
BL: art. 5º, §4º, CPP.
(MPMG-2013): A autoridade policial deverá negar-se a instaurar o inquérito, se for 
condicionada a ação penal e ausente a condição de procedibilidade.
(MPSP-2013): Nos casos em que a propositura da ação penal pública está condicionada à 
representação do ofendido, esta também é indispensável para a instauração do inquérito 
policial. BL: art. 5º, §4º, CPP.
(TJPR-2012-PUCPR): Em regra, nos delitos que ensejam ação penal pública condicionada à 
representação, o IP somente deverá ser instaurado se houver representação do ofendido ou 
de seu representante legal. Segundo orientação do STJ, a representação em comento não 
exige formalidade específica, bastando que expresse a vontade do legitimado na apuração 
do fato criminoso. BL: art. 5º, §4º, CPP. (TJES-2012)
Explicação: O próprio CPP exige a representação em tal caso. Quanto às formalidades de 
representação, o STJ entende que nas ações penais públicas condicionadas prescinde de 
qualquer formalidade, sendo suficiente a demonstração do interesse da vítima em autorizar 
a persecução criminal (STJ, RHC 26049).
(MPAL-2012-FCC): Nos crimes processados mediante ação penal de iniciativa pública 
condicionada à representação, é necessária a formulação desta para que o inquérito seja 
instaurado. BL: art. 5º, §4º, CPP.
(MPCE-2009): Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação 
penal pública condicionada, manifestando interesse em que o autor do crime seja 
processado, o requerimento poderá valer como representação. BL: art. 5º, II, §4º, CPP.
 § 5o Nos CRIMES DE AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial SOMENTE PODERÁ 
PROCEDER a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. (MPCE-2009) (DPEMT-2009) (TJPE-2011) (TJRJ-2012) (DPEMA-2015) (Anal. Legisl./ALESE-2018)
(MPPR-2017): Em data de 20 de dezembro de 2016, Astolfo pratica, em tese, crime contra 
a honra de Lucíolo, afirmando que este, na condição de funcionário público, subtraiu valores 
do departamento de obras públicas do município de Giramundo. Considere a data de hoje 
(28.05.2017) e que Lucíolo teve ciência da suposta ofensa em 29 de dezembro de 2016. 
Aponte a alternativa correta: Sem Lucíolo manifestar de forma clara que pretende 
responsabilizar criminalmente Astolfo, o delegado não poderá deflagrar a investigação da 
suposta infração contra a honra. BL: art. 5º, §5º, CPP. [questão adaptada]
(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): Nos crimes de ação privada, a autoridade policial 
somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-
la. BL: art. 5º, §5º, CPP.
(Anal. Judic.-TRERJ-2012-CESPE): O delegado de polícia não poderá instaurar inquérito 
policial para a apuração de crime de ação penal privada sem o requerimento de quem tenha 
legitimidade para intentá-la. BL: art. 5º, §5º, CPP.
OBS: A autoridade policial não pode instaurar IP e sequer lavrar auto de prisão em flagrante 
delito nos crimes de ação penal privada sem que haja requerimento do legitimado a propor a 
queixa-crime (art. 5º, §5º, CPP).
 Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá:
 I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 
8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973) (TJDFT-2012) (PCAC-2017) (PCMA-2018)
(Analista Judiciário/TJMS-2017-PUCPR): Logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, dentre outras providências, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, 
providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas até a chegada 
dos peritos criminais. BL: art. 6º, II, CPP.
(TJPB-2015-CESPE): A autoridade policial foi informada da descoberta de um cadáver, com 
perfurações por toda a região abdominal, às margens de uma rodovia. Próximo ao local, 
havia também uma faca com marcas de sangue e garrafas de bebida alcoólica. Em face 
dessa situação, e considerando-se o disposto no CPP, a autoridade policial deverá dirigir-se 
ao local e providenciar que o estado e a conservação das coisas não sejam alterados até a 
chegada de peritos criminais.
 II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (TJRN-2013)
 III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias;
 IV - ouvir o ofendido;
 V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do 
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas [obs.: 
testemunhas fedatárias] que Ihe tenham ouvido a leitura;
 VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; (DPECE-2008) 
(PCMA-2018)
 VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer 
outras perícias; (PCAC-2017)
 VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
 IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e 
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e 
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu 
temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se 
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos 
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
(Analista Judiciário/TJMS-2017)
(PCAC-2017-IBADE): Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a 
autoridade policial deverá colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades 
e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos 
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. BL: art. 6º, X, CPP.
OBS: Obrigação do Delegado de Polícia averiguar se a pessoa presa possui filhos e quem é 
o responsável por seus cuidados, fazendo este registro no auto de prisão em flagrante.
 Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado 
modo, a autoridade policial PODERÁ PROCEDER à REPRODUÇÃO SIMULADA DOS 
FATOS, DESDE QUE ESTA NÃO CONTRARIE a moralidade ou a ordem pública. (Agente 
Fed./PF-2004) (PCMS-2006) (Anal. Judic/TJDFT-2008) (MPSP-2017) (MPSP-2010) (Anal. 
Legisl./ALESE-2018)
(PCMA-2018-CESPE): Quanto à reprodução simulada, também denominada de 
reconstituição do crime, assinale a opção correta: A participação do indiciado é facultada à 
sua vontade. BL: art. 7º, CPP.
OBS: O investigado poderá́ ser conduzido à reprodução, mas não poderá́ ser obrigado a 
participar. Não pode contrariar a moralidade ou a ordem pública, razão pela qual não 
caberia reprodução simulada de um estupro. (Caderno de Processo Penal - CPIURIS).
(DPEPA-2015-FMP): Em relação aos sistemas de investigação, é correto afirmar: O 
Delegado de Polícia poderá determinar a reprodução simulada dos fatos objeto de sua 
investigação, desde que essa reprodução não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
BL: art. 7º, CPP.
(TJBA-2012-CESPE): O juiz pode determinar, de ofício, a reconstituição do crime durante a 
fase inquisitorial. BL: art. 7º, CPP.
Explicação: Com base no art. 156, I, admite-se que o juiz determine, mesmo antes de 
iniciada a ação penal, a reprodução simulada dos fatos. Porém, tal proceder do juiz não está 
de acordo com o princípio do acusatório, pois não deve, de ofício, imiscuir-se na fase 
investigatória, buscando a produção de elementos de informação.
 Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX 
deste Livro.
 Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a 
escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. (Técnico 
Judiciário/TRF2-2017)
 Art. 10. O inquérito DEVERÁ TERMINAR no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver 
sido PRESO EM FLAGRANTE, ou estiver PRESO PREVENTIVAMENTE, CONTADO O 
PRAZO, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no 
prazo de 30 dias, quando estiver SOLTO, mediante fiança ou sem ela. (TJMS-2010) (Anal. 
Judic./TJES-2011) (TJPR-2011) (TJRN-2013) (MPAM-2015) (PCAC-2017) (Anal. 
Judic./TRF2-2017)
(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária 
decretada no curso de uma investigação criminal. Ao final de cinco dias, o Ministério Público 
requereu a conversão de sua segregação em prisão preventiva. Assertiva: Nessa situação, 
o prazo para o término do inquérito policial será contado da data em que a prisão temporária 
tiver sido convertida em prisão preventiva. BL: art. 10, CPP.
OBS: O que tem prevalecido em relação ao prazo para término do IP na situação da prisão 
temporária é que, durante a prisão temporária, não transcorre o prazo do IP (no caso de 
conversão posterior em preventiva). O prazo iniciará contagem após o fim da prisão 
temporária. No caso em tela, nos cinco dias em que Pedro ficou preso em segregação 
temporária, não houve contagem para o prazo do IP. O prazo de 10 dias (investigado preso, 
se crime comum) começará a contar a partir da conversão em preventiva.
(PCAC-2017-IBADE): O inquérito policial deve terminar no prazo de 30 dias, quando o 
indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela. BL: art. 10, CPP.
(DPERS-2014-FCC):Jeremias foi preso em flagrante delito pelo cometimento do fato 
previsto no art. 157, § 2º, I e II, do Código Penal, e no mesmo dia decretada a prisão 
preventiva com a legítima finalidade de garantir a ordem pública. Com base nestes dados, 
sob pena de caracterizado o constrangimento ilegal (CPP, art. 648, II), impõe-se que o 
inquérito policial esteja concluído no prazo máximo de 10 dias. BL: art. 10, CPP.
DICA: Delegado só chega para trabalhar na Delegacia às 10 (réu preso): 30 (réu solto) 
horas.
(TRF4-2010): O prazo previsto para término do inquérito policial, no Código de Processo 
Penal, é de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso. Em caso de indiciado solto, é de 30 
(trinta) dias. BL: art. 10, CPP.
(TRF4-2010): Quando se tratar de indiciado preso preventivamente, o prazo para término do 
inquérito será contado da data em que for executada a ordem de prisão, segundo o Código 
de Processo Penal. BL: art. 10, CPP.
 § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao 
juiz competente. (TJPR-2011)
 § 2o No relatório PODERÁ a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido 
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. (PCAC-2017)
 § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver SOLTO, a autoridade 
poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas 
no prazo marcado pelo juiz. (PCAC-2017)
 Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito.
 Art. 12. O inquérito policial ACOMPANHARÁ a denúncia ou queixa, sempre que 
servir de base a uma ou outra. (TJMS-2010) (TJPE-2011) (PCGO-2013) (Téc. Judic./TRF2-
2017)
(MPSP-2017): O inquérito policial, por ser peça informativa, é dispensável para a propositura 
da ação penal, mas sempre acompanhará a inicial acusatória quando servir de base para a 
denúncia ou a queixa. BL: art. 12 e 39, §5º, CPP.
(TJAP-2009-FCC): O IP, no ordenamento jurídico, poderá ser dispensado pelo MP quando 
dispuser de elementos suficientes para oferecimento da denúncia constantes de peças de 
informação. BL: art. 12 e 39, §5º, CPP.
 Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento 
dos processos;
 II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
 III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
 IV - representar acerca da prisão preventiva.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do 
Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do 
poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima 
ou de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) (Técnico Judiciário/TRF2-
2017)
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
conterá: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação. 
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 13-B. SE NECESSÁRIO à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao 
TRÁFICO DE PESSOAS, o MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU o DELEGADO DE 
POLÍCIA PODERÃO REQUISITAR, mediante AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que DISPONIBILIZEM 
IMEDIATAMENTE os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. (Incluído pela Lei nº 
13.344, de 2016) (Vigência) (PCGO-2017) (Analista Judiciário/TJMS-2017) (TJMG-2018)
(PCAC-2017-IBADE): No que tange aos poderes e deveres da autoridade policial na 
condução do inquérito policial, especialmente, sobre as diretrizes que o Delegado de Polícia 
deve observar no enfrentamento ao tráfico de pessoas, leia a assertiva a seguir: Se 
necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o 
delegado de polícia poderá requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem 
imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informações e outros - que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. BL: art. 13-B, do 
CPP.
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, 
setorização e intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 
2016) (Vigência)
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que 
dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 
2016) (Vigência) (PCGO-2017)
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não 
superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; (Incluído pela Lei nº 
13.344, de 2016) (Vigência)
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a 
apresentação de ordem judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial DEVERÁ SER 
INSTAURADO no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da 
respectiva ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) (PCAC-2017)
(PCGO-2017-CESPE): O Código de Processo Penal prevê a requisição, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for necessário 
à prevenção e à repressão de crimes relacionados ao tráfico de pessoas. Essa requisição 
pode ser realizada pelo delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o 
inquérito policial ser instaurado no prazo máximo de setenta e duas horas do registro da 
respectiva ocorrência policial. BL: art. 13-B, §3º, CPP.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade 
competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou 
telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, 
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em 
curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
(PCGO-2017)
 Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado PODERÃO 
REQUERER qualquer diligência, que SERÁ REALIZADA, OU NÃO, a juízo da autoridade. 
[obs.: discricionariedade] (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (MPSP-2010) (DPEBA-2016) (Anal. 
Legisl./ALESE-2018)
(Anal. Legisl.-Câm. Cotia/SP-2017-VUNESP): As diligências requeridas pelo ofendido, no 
curso do inquérito policial, serão ou não realizadas a juízo da Autoridade Policial. BL: art. 
14, CPP.
(MPAL-2012-FCC): O indiciado poderá requerer à autoridade policial a realização de 
qualquer diligência. BL: art. 14, CPP. (TJMS-2010)
 Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
 Art. 16. O Ministério Público NÃO PODERÁ REQUERER a devolução do inquérito à 
autoridade policial, senão para novas diligências,IMPRESCINDÍVEIS AO 
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA. (MPAL-2012) (PCPA-2016) (Analista Judiciário/TRF2-
2017)
(TJPE-2011-FCC): Consoante a jurisprudência do STF, ainda que não se permita ao MP a 
condução do inquérito policial propriamente dito, não há vedação legal para que este órgão 
proceda a investigações e colheita de provas para a formação do opinio delicti. BL: STF, HC 
84.965/MG; HC 85.000/MG.
 Art. 17. A autoridade policial NÃO PODERÁ mandar arquivar autos de inquérito. 
(TJMS-2010) (Téc. Legisl.Câm. Deputados-2014) (MPDFT-2015) (Anal. Judic./TRF2-2017) 
(TJCE-2018) (MPPB-2018)
(MPAL-2012-FCC): A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito 
policial, mesmo se verificada a atipicidade do fato investigado. BL: art. 17, CPP.
OBS: O IP nunca poderá ser arquivado pela autoridade policial (art. 17, CPP) ou pelo MP, 
mas sempre pelo juiz.
(DPEMT-2009-FCC): O inquérito policial instaurado pela autoridade policial não pode ser por 
ela arquivado, ainda que não fique apurado quem foi o autor do delito. BL: art. 17, CPP.
 Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, 
POR FALTA DE BASE PARA A DENÚNCIA, a autoridade policial PODERÁ PROCEDER a 
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. (TJAL-2008) (TJRJ-2012) (TJPE-2013) 
(TJPR-2013) (DPEPB-2014) (DPEMA-2015) (MPSP-2017) (Anal. Legisl./ALESE-2018) 
(TJCE-2018-CESPE): Ocorrendo o arquivamento do inquérito por falta de fundamentos para 
a denúncia, a autoridade policial poderá dar continuidade à investigação se tiver notícia de 
outras provas. BL: art. 18, CPP.
(Anal. Judic./TJAL-2018-FGV): Gustavo, Delegado de Polícia, é a autoridade policial que 
preside duas investigações autônomas em que se apura a suposta prática de crimes de 
homicídio contra Joana e Maria. Após realizar diversas diligências, não verificando a 
existência de justa causa nos dois casos, elabora relatórios finais conclusivos e o Ministério 
Público promove pelos arquivamentos, havendo homologação judicial. Depois do 
arquivamento, chega a Gustavo a informação de que foi localizado um gravador no local 
onde ocorreu a morte de Maria, que não havia sido apreendido, em que encontrava-se 
registrada a voz do autor do delito. A autoridade policial, ademais, recebe a informação de 
que a família de Joana obteve um novo documento que indicava as chamadas telefônicas 
recebidas pela vítima no dia dos fatos, em que constam 25 ligações do ex-namorado de 
Joana em menos de uma hora. Considerando as novas informações recebidas pela 
autoridade policial, é correto afirmar que poderá haver desarquivamento dos inquéritos que 
investigavam as mortes de Joana e Maria, pois em ambos os casos houve prova nova, ainda 
que o gravador já existisse antes do arquivamento. BL: S. 524, STF e art. 18, CPP.
(PCMA-2018-CESPE): Após a instauração de inquérito policial para apurar a prática de 
crime de corrupção passiva em concurso com o de organização criminosa, o promotor de 
justiça requereu o arquivamento do ato processual por insuficiência de provas, pedido que 
foi deferido pelo juízo. Contra essa decisão não houve a interposição de recursos. Nessa 
situação, mesmo com o arquivamento do inquérito policial, a ação penal poderá ser 
proposta, desde que seja instruída com provas novas. BL: S. 524, STF e art. 18 do CPP.
(Anal. Judic./DPERS-2017-FCC): No tocante ao inquérito policial relativo à apuração de 
crime a que se procede mediante ação penal pública incondicionada, é correto afirmar: 
Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia. BL: art. 18, CPP.
(Anal. Judic../TRERR-2017-FCC): Acerca do inquérito policial, é correto afirmar: Mesmo 
depois de ordenado o arquivamento do inquérito pelo juiz, em razão de falta de elementos 
para a denúncia, a autoridade policial poderá reativar as investigações se tiver conhecimento 
de novas provas. BL: art. 18, CPP.
(TRF4-2016): De acordo com a jurisprudência do STF: Arquivado o inquérito policial, por 
despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada 
sem novas provas. BL: S. 524, STF e art. 18 do CPP.
(TJMG-2014): A decisão que determina o arquivamento do inquérito policial não gera, em 
regra, coisa julgada material. BL: art. 18, CPP.
(TJMA-2008): Na hipótese de arquivamento judicial do IP a requerimento do MP por falta de 
base para a denúncia, é incabível o posterior ajuizamento de ação penal de iniciativa privada 
subsidiária. BL: art. 18, CPP e Súmula 524, STF.
OBS: O IP nunca poderá ser arquivado pela autoridade policial (art. 17, CPP), mas apenas 
pela judiciária. As novas pesquisas devem ser efetuadas pela autoridade policial, não pela 
judiciária (art. 18, CPP). Então, não há preclusão da decisão judicial de arquivamento policial 
a requerimento do MP.
OBS: Súmula 524 do STF: “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a 
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas”.
 Art. 19. Nos crimes em que NÃO COUBER ação pública, os autos do inquérito 
SERÃO REMETIDOS ao JUÍZO COMPETENTE, onde AGUARDARÃO a iniciativa do 
ofendido ou de seu representante legal, ou SERÃO ENTREGUES ao requerente, se o 
pedir, mediante traslado. (TJRN-2013)
(MPPB-2018-FCC): Nos crimes em que não couber ação penal de iniciativa pública, 
concluído o inquérito policial, o delegado deverá remeter os autos ao juízo competente, onde 
aguardarão a iniciativa do ofendido. BL: art. 19, CPP.
 Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. (TJSP-2017) (Analista/DPEAM-2018)
(MPMG-2011): O caráter inquisitivo do inquérito policial permite impor o sigilo acerca das 
diligências não documentadas, inclusive ao defensor constituído.
 Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade 
policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito 
contra os requerentes. (Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012)
 Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e 
somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o 
exigir.
 Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por 
despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do 
Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do 
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redação 
dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
 Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição 
policial, a autoridade com exercício em uma delas PODERÁ, nos inquéritos a que esteja 
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de 
precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade 
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. (TJPB-
2011)
(DPF-2004-CESPE): Considere que o delegado de polícia de determinada circunscrição 
tenha ordenado diligências em outra, sem ter expedido carta precatória, requisições ou 
solicitações. Nessa situação, não houve nulidade no inquérito policial respectivo.
OBS: Não há necessidade de carta precatória ou requisições dentro de uma mesma 
comarca ou circunscrição.
 Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade 
policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, 
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infraçãopenal e à 
pessoa do indiciado.
(TRF2-2013-CESPE): Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta: Mesmo em 
caso de sigilo decretado no IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao instituto de 
identificação os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. BL: art. 23, CPP.
TÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
(TJSE-2008-CESPE): Ação penal secundária ocorre quando a lei estabelece um titular ou 
uma modalidade de ação penal para determinado crime, mas mediante o surgimento de 
circunstâncias especiais, prevê, secundariamente, uma nova espécie de ação penal para 
aquela mesma infração. 
Explicação: É exatamente o que essa classificação quer dizer. Ex: no caso de crime de 
calúnia, a ação penal é privada, em regra; mas, se o ofendido for funcionário público, 
atingido em sua honra em razão de suas funções, a ação penal será pública incondicionada.
(TJPR-2012-PUCPR): Não se admite, como regra, a denúncia alternativa ou queixa-crime 
alternativa sob o argumento de que dificulta a ampla defesa do réu. Contudo, a 
jurisprudência do STJ aponta exceções no sentido de sua admissibilidade quando eventual 
dúvida quanto à conduta ilícita praticada for satisfatoriamente suprida pela descrição 
circunstanciada dos fatos ou quando houver imputação de crime de ação múltipla. BL: STJ, 
REsp 399.858/SP.
Explicação: O problema da denúncia ou queixa alternativa é o prejuízo que acarreta para a 
defesa do acusado. Afinal, do que este deve se defender? De qual das imputações? A 
acusação, por isso, deve ser certa. O STJ tem o entendimento de que a denúncia alternativa 
é possível se houver compatibilidade lógica entre as imputações.
(TJBA-2012-CESPE): Segundo entendimento dos tribunais superiores, não é inepta a 
vestibular acusatória nos crimes societários que não descreva a conduta individualizada de 
cada sócio. BL: STJ, HC 260.390/PE. 
(TJMG-2008): Oferecida a queixa-crime, com materialidade e autoria comprovadas, foram 
os autos com vista ao Promotor de Justiça, tendo este do exame dos autos verificado tratar-
se de crime de ação pública. Que providência deve o Dr. Promotor adotar? Oferecer 
denúncia.
Explicação: Se a queixa não podia ser proposta, pois se trata de hipótese de ação penal 
pública, o MP deve oferecer denúncia, já que há prova da materialidade e indícios 
suficientes de autoria (princípio da obrigatoriedade).
 Art. 24. Nos CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA, esta será promovida por denúncia do 
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da 
Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
(TJAM-2013) (MPSP-2017) (Investigador de Polícia/PCMA-2018)
(Téc. Judic./TRF1-2017-CESPE): O Ministério Público detém, privativamente, a legitimidade 
para propor ação penal pública, ainda que a proposição seja condicionada à representação 
do ofendido ou à requisição do ministro da Justiça. BL: art. 24, c/c art. 257, CPP.
(PF-2004-CESPE): Quanto a ação penal, julgue o item que se seguem: Na ação penal 
pública condicionada à representação, a representação do ofendido é condição objetiva de 
procedibilidade. BL: art. 24, CPP.
 § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) (TJSP-2011) (DPEBA-
2016)
 § 2o Seja qual for o crime, quando PRATICADO em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, a ação penal SERÁ PÚBLICA. (Incluído pela Lei nº 
8.699, de 27.8.1993) (TJPR-2010) (Escrivão Pol. Civil/SC-2017)
(MPSC-2013): O crime cometido em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado 
e Município será, obrigatoriamente, de ação penal pública. BL: art. 24, §2º, CPP.
(PF-2004-CESPE): A ação penal será pública em qualquer crime praticado em detrimento do 
patrimônio ou interesse da União. BL: art. 24, §2º, CPP.
 Art. 25. A REPRESENTAÇÃO SERÁ IRRETRATÁVEL, depois de OFERECIDA a 
denúncia. (MPSP-2005) (TJSP-2011) (TJGO-2012) (MPTO-2012) (TJRN-2013) (TJAP-2014) 
(DPEAP-2018)
OBS: A representação, em regra, é retratável somente até o oferecimento da denúncia, nos 
termos do art. 25 do CPP. Mas há uma exceção. O art. 16 da Lei 11340/06 (Lei da Maria da 
Penha) possibilita a retratação feita pela ofendida, em audiência especialmente designada 
para tal fim, ainda que a denúncia já tenha sido oferecida, mas antes de seu recebimento 
pelo juiz.
 Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante 
ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 
OBS: Pelo art. 26 do CPP, o juiz através de uma simples portaria poderia dar início a um 
processo penal no caso de contravenções penais. É uma aberração. Não por outro motivo, 
esse art. 26 do CPP não foi recepcionado pela CF/88, exatamente à luz do art. 129, 
inciso I da CF, que consagra o ne procedat iudex ex officio (princípio da inércia da 
jurisdição).
 Art. 27. Qualquer pessoa do povo PODERÁ provocar a iniciativa do Ministério 
Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações 
sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. (Analista 
Judiciário/TRF5-2017)
 Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, 
requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o 
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do 
inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de 
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. (M)
(MPMS-2018): Um Promotor de Justiça entende que não tem atribuição para oficiar em 
autos de inquérito policial, requerendo sua remessa à Justiça Federal. O Juiz Estadual, 
todavia, discorda da manifestação do membro do Ministério Público, entendendo que possui 
competência para o processo e julgamento da infração penal em questão. Desse modo, é 
correto afirmar que: É caso de arquivamento indireto, cabendo ao magistrado proceder à 
remessa dos autos ao órgão de controle revisional no âmbito do respectivo Ministério 
Público. BL: art. 28, CPP.
OBS: O arquivamento indireto seria quando o Ministério Público declina explicitamente da 
atribuição de oferecer a denúncia por entender que o juiz/próprio Ministério Público são 
incompetentes para aquela ação penal e o juiz acata a opinião e determina a remessa ao 
juiz competente ou, discordando, aplica o previsto no art. 28 do CPP. Observe que na 
questão o Juiz Estadual discorda da manifestação do membro do Ministério Público.
(Téc. Judic./TJAL-2018-FGV): Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no 
cartório de determinada Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, o servidor 
identifica que há um inquérito em que foram realizadas diversas diligências para apurar 
crime de ação penal pública, mas não foi obtida justa causa para o oferecimento de 
denúncia, razão pela qual o Delegado de Polícia elaborou relatório final opinando pelo 
arquivamento. Verificada tal situação e com base nas previsões do Código de Processo 
Penal, caberá ao Ministério Público promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar a 
homologação em respeito ao princípio da obrigatoriedade. BL: art. 28, CPP.
(TJSC-2017-FCC): Concluído o Inquérito Policial pela polícia judiciária, o órgão do Ministério 
Público requer o arquivamento do processado. O Juiz, por entender que o Ministério Público 
do Estado de Santa Catarina não fundamentou a manifestação de arquivamento, com base 
no Código de Processo Penal, deverá remeter o Inquérito Policial ao Procurador-Geral de 
Justiça.BL: art. 28, CPP.
(TRF4-2016): De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: Se o 
arquivamento é requerido por falta de base empírica para o oferecimento da denúncia, de 
cuja suficiência é o Ministério Público árbitro exclusivo, o juiz, conforme o art. 28 do Código 
de Processo Penal, pode submeter o caso ao chefe da instituição, o procurador-geral, que, 
no entanto, se insistir nele, fará o arquivamento irrecusável. BL: STF, Inq 3609 GO, Rel. 
Min. ROSA WEBER, j. 13/08/2014 e art. 28 do CPP.
OBS: Falta de base empírica, em outras palavras, diz respeito à falta de lastro probatório 
mínimo para o ajuizamento da ação penal (elementos de informação colhidos no IP). Assim, 
se o juiz entender que HÁ SIM LASTRO PROBATÓRIO MÍNIMO PARA O AJUIZAMENTO 
DA AÇÃO PENAL, poderá fazer uso da regra insculpida no artigo 28 do CPP. 
(TJMG-2014): É vedado ao Juiz, ao discordar do pedido de arquivamento de inquérito 
policial formulado pelo Promotor de Justiça, determinar que a autoridade policial proceda a 
novas diligências. BL: art. 28, CPP.
(TJMT-2009-VUNESP): Considerando-se o art. 28 do CPP, se o órgão do Ministério Público, 
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou das peças de informação ao procurador-geral, e 
este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou 
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. BL: 
art. 28, CPP.
(TJMG-2008): Concluído o IP, determinou o magistrado que o inquérito fosse remetido ao 
promotor de justiça para oferecimento da denúncia, tendo este requerido o seu 
arquivamento. Discordando da conclusão do promotor, o juiz deverá remeter o inquérito ao 
Procurador-Geral de Justiça. BL: art. 28, CPP.
 Art. 29. SERÁ ADMITIDA AÇÃO PRIVADA nos crimes de ação pública, se esta NÃO 
FOR INTENTADA no prazo legal, CABENDO ao Ministério Público aditar a queixa, 
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, 
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, RETOMAR a ação como parte principal. (TJSE-2008) (TJPR-2010) (TJRS-
2012) (TJCE-2018)
(PCMA-2018-CESPE): Um garoto de sete anos de idade foi atendido no pronto-socorro de 
um hospital com quadro de crise asmática. Embora tenha sido regularmente medicado, ele 
faleceu trinta e seis horas depois devido a insuficiência respiratória. A médica plantonista foi 
indiciada por homicídio culposo com imputação de negligência no atendimento. O promotor 
de justiça, após exaustivas diligências, que incluíram o parecer de renomado pneumologista 
e outras diligências realizadas pela própria assessoria médica do órgão acusador, pediu o 
arquivamento da peça inquisitória um mês depois de encerrado o prazo previsto em lei para 
a propositura da ação penal, a partir da apresentação do relatório final pelo delegado. Nesse 
ínterim, o pai da criança, inconformado com a demora do MP em promover a denúncia no 
prazo da lei, ajuizou ação penal privada subsidiária. Acerca dessa situação hipotética e de 
aspectos a ela correlatos, assinale a opção correta à luz do entendimento dos tribunais 
superiores: Tendo a CF erigido como fundamental o direito da vítima e de sua família à 
aplicação da lei penal, a vítima e sua família podem tomar as rédeas da ação penal se o MP 
não o fizer no devido tempo. BL: arts. 29 c/c do CPP e Ag Rg ARE 859251 DF, STF.
OBS: Ementa: Recurso extraordinário com agravo. Repercussão geral. Constitucional. Penal 
e processual penal. 2. Habeas corpus. Intervenção de terceiros. Os querelantes têm 
legitimidade e interesse para intervir em ação de habeas corpus buscando o trancamento da 
ação penal privada e recorrer da decisão que concede a ordem. 3. A promoção do 
arquivamento do inquérito, posterior à propositura da ação penal privada, não afeta o 
andamento desta. 4. Os fatos, tal como admitidos na instância recorrida, são suficientes para 
análise da questão constitucional. Provimento do agravo de instrumento, para análise do 
recurso extraordinário. 5. Direito a mover ação penal privada subsidiária da pública. Art. 5º, 
LIX, da Constituição Federal. Direito da vítima e sua família à aplicação da lei penal, 
inclusive tomando as rédeas da ação criminal, se o Ministério Público não agir em 
tempo. Relevância jurídica. Repercussão geral reconhecida. 6. Inquérito policial relatado 
remetido ao Ministério Público. Ausência de movimentação externa ao Parquet por prazo 
superior ao legal (art. 46 do Código de Processo Penal). Surgimento do direito potestativo 
a propor ação penal privada. 7. Questão constitucional resolvida no sentido de que: (i) o 
ajuizamento da ação penal privada pode ocorrer após o decurso do prazo legal, sem 
que seja oferecida denúncia, ou promovido o arquivamento, ou requisitadas diligências 
externas ao Ministério Público. Diligências internas à instituição são irrelevantes; (ii) a 
conduta do Ministério Público posterior ao surgimento do direito de queixa não prejudica sua 
propositura. Assim, o oferecimento de denúncia, a promoção do arquivamento ou a 
requisição de diligências externas ao Ministério Público, posterior ao decurso do prazo legal 
para a propositura da ação penal, não afastam o direito de queixa. Nem mesmo a ciência da 
vítima ou da família quanto a tais diligências afasta esse direito, por não representar 
concordância com a falta de iniciativa da ação penal pública. (ARE 859251 RG, Relator(a): 
Min. GILMAR MENDES, julgado em 16/04/2015, PROCESSO ELETRÔNICO 
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-094 DIVULG 20-05-2015 PUBLIC 21-05-2015 )
(Anal. Judic./TRERJ-2017-Consuplan): Na ação penal privada subsidiária da pública, no 
caso de negligência do querelante, pode o Ministério Público retomar a ação como parte 
principal. BL: art. 29, CPP.
(MPMG-2014): Na ação penal privada subsidiária da pública, o Promotor de Justiça pode 
repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva, quando a queixa apresentada for inepta. 
BL: art. 29, CPP.
(MPTO-2012-CESPE): Nas ações penais privadas subsidiárias das ações públicas, o prazo 
decadencial para o oferecimento da queixa-crime inicia-se a partir do encerramento do prazo 
para o promotor de justiça oferecer a denúncia. BL: art. 29, CPP.
(MPCE-2011-FCC): A ação penal privada subsidiária será admitida se a denúncia não for 
apresentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e 
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos 
de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal. BL: art. 29, CPP.
(TJSP-2010-VUNESP): Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP pode aditar a 
queixa, intervir em todos os atos do processo e interpor recurso. BL: art. 29, CPP.
(MPCE-2009-CESPE): Avaliando inquérito policial instaurado para apurar eventual crime de 
roubo cometido por João, o promotor de justiça decide por requerer o arquivamento, sendo o 
pedido homologado pelo juiz. Menos de seis meses depois, o ofendido oferece queixa-crime. 
O juiz deverá rejeitar a queixa, com o fundamento de que a queixa subsidiária somente é 
cabível em caso de inércia do promotor, não quando este pede o arquivamento. BL: art. 29, 
CPP.
(DPEMA-2009-FCC): O Defensor Público que por atribuição institucional agir no interesse da 
vítima poderá, após o representante do Ministério Público receber o auto de prisão em 
flagrante devidamente relatado e concluído e não oferecer a denúncia no prazo legal, 
intentar ação penal privada subsidiária. BL: art. 29, CPP e art. 4º, XV da LC 80/94.
OBS: O defensor público está agindo no interesse da VÍTIMA. Ao ler defensor público,em 
processo penal, imediatamente pensamos em medidas em prol do acusado. Aqui, contudo, 
é a típica hipótese de inércia do MP que enseja propositura de ação penal privada 
subsidiária da pública.
 Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação 
privada.
 Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o DIREITO DE OFERECER QUEIXA ou PROSSEGUIR NA AÇÃO PASSARÁ ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (TRF3-2011) (TJRS-2012) (TJGO-2012) 
(DPEBA-2016) (DPEAP-2018)
(TJSP-2009-VUNESP): Considerando a hipótese de ter havido o falecimento do querelante 
durante o andamento de ação penal privada, antes da sentença. A companheira, que vivia 
em união estável com o falecido, tem legitimidade ativa para prosseguir na ação.
Explicação: Ainda que não esteja no rol do art. 31 do CPP, o nosso ordenamento equipara a 
união estável ao casamento, nada impedindo que se aplique a analogia (art. 3º, CPP), 
permitindo que tenha a companheira do ofendido o direito de prosseguir na ação.
(DPEMT-2009-FCC): A ação penal privada, quando o ofendido for declarado ausente por 
decisão judicial, poderá ser intentada por seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
BL: art. 31, CPP.
 Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua 
pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
 § 1o CONSIDERAR-SE-Á POBRE a pessoa que não puder prover às despesas do 
processo, SEM PRIVAR-SE dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da 
família. (DPEAL-2009)
 § 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja 
circunscrição residir o ofendido.
 Art. 33. Se o ofendido FOR menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou 
retardado mental, e NÃO TIVER representante legal, ou COLIDIREM os interesses deste 
com os daquele, o DIREITO DE QUEIXA PODERÁ SER EXERCIDO por CURADOR 
ESPECIAL, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz 
competente para o processo penal. (MPSP-2005) (MPCE-2009) (Anal. Judic./TRF5-2017)
(TJPI-2015-FCC): Na ação penal privada, se o ofendido for mentalmente enfermo e não tiver 
representante legal o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial nomeado de 
ofício pelo juiz competente. BL: art. 33 do CPP.
 Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito 
de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
 Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de 27.11.1997)
 Art. 36. SE COMPARECER mais de uma pessoa COM DIREITO DE QUEIXA, TERÁ 
PREFERÊNCIA o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de 
enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na 
ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. (TJRS-2012)
(TJMT-2009-VUNESP): Nos crimes de ação privada, se comparecer mais de uma pessoa 
com direito de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida pelo art. 31 do CPP, 
o cônjuge, que poderá prosseguir na ação penal. BL: art. 31 c/c art. 36 do CPP.
 Art. 37. As FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES ou SOCIEDADES LEGALMENTE 
CONSTITUÍDAS PODERÃO EXERCER a ação penal, DEVENDO SER REPRESENTADAS 
por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, 
pelos seus diretores ou sócios-gerentes. (TJGO-2012) (TJRN-2013) (Anal Judici./TRF5-
2017) (Escrivão de Polícia/PCMA-2018)
 Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, 
DECAIRÁ no DIREITO DE QUEIXA ou DE REPRESENTAÇÃO, se não o exercer dentro do 
prazo de seis meses, CONTADO do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, 
no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
(TJSE-2008) (TJMS-2008) (TJAP-2009) (TJPR-2010/2012) (TJGO-2012) (TJRJ-2016) 
(TJMSP-2016) (PCMA-2018) (MPPB-2018)
(DPEAP-2018-FCC): Em caso de ação penal de iniciativa pública condicionada, o direito de 
representação deve ser exercido dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier 
a saber quem é o autor do crime. BL: art. 38, caput, CPP.
(TJRS-2012): Na ação penal privada pelo delito de calúnia, a queixa-crime, além de 
observar os requisitos formais de elaboração e outorga de mandato específico, deve ser 
aforada dentro do prazo de 6 meses, contados do dia em que o ofendido vier a saber quem 
é o autor do crime, ressalvada a queixa-crime subsidiária. BL: art. 38, caput, CPP.
(MPMG-2011): A representação é direito renunciável, pode ser exercida por procurador com 
poderes especiais e sujeita-se à decadência. BL: art. 38, caput, CPP.
(TJPE-2011-FCC): Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial não 
interrompe o prazo para o oferecimento de queixa.. BL: art. 38, caput, CPP.
(DPEMS-2008-VUNESP): Assinale a alternativa que justifica corretamente qual o prazo para 
o ofendido ou o seu representante legal requerer a instauração de inquérito policial, quando 
o crime for de alçada privada: O CPP não disciplina expressamente a respeito e, assim, 
entende-se que o direito de requerimento de instauração de inquérito policial deve ser 
exercido no mesmo prazo do direito de queixa, ou seja, 6 meses, contados da data em que 
se souber quem foi o autor do crime. BL: art. 38, caput, CPP.
OBS: Nesse caso utiliza-se a analogia, entendendo ser o mesmo prazo do direito de queixa.
 Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, 
dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. (TJRS-2012)
(TJRS-2009): Acerca da ação penal, na contagem do prazo decadencial, inclui-se o dia do 
começo. BL: art. 10, 1ª parte, CP.
OBS: O prazo decadencial é considerado de natureza penal, razão pela qual deve ser 
contado o dia do começo (art. 10. 1ª parte, CP).
 Art. 39. O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO PODERÁ SER EXERCIDO, pessoalmente 
OU por procurador com poderes especiais, mediante DECLARAÇÃO, escrita ou oral, 
FEITA ao JUIZ, ao ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ou à AUTORIDADE POLICIAL. 
(DPEMT-2009) (TRF3-2011) (MPMS-2015) (DPEAP-2018) (Investigador de Polícia/PCMA-
2018)
(TJAM-2013-FGV): O STF entende que a representação é peça sem rigor formal, que pode 
ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na delegacia, quanto perante o magistrado 
ou membro do Ministério Público.
(Téc. Judic./TRF4-2004-FCC): O direito de representação SOMENTE poderá ser exercido 
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais. BL: art. 39, CPP.
 § 1o A REPRESENTAÇÃO FEITA oralmente ou por escrito, sem assinatura 
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, SERÁ 
REDUZIDA a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério 
Público, quando a este houver sido dirigida.
 § 2o A REPRESENTAÇÃO CONTERÁ todas as informações que possam servir à 
apuração do fato e da autoria.
(Escrivão de Polícia/PCMA-2018-CESPE): Assinale a opção correta relativamente ao 
direito de representação como condição de procedibilidade da ação penal: A representação 
deve conter todas as informações para a apuração do fato delituoso, permitindo a lei que 
estas possam ser apresentadas oralmente à autoridade policial. BL: art. 39, §§1º e 2º, CPP.
 § 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá 
a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for. (MPMS-2015)
 § 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será 
remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
 § 5o O órgão do Ministério Público DISPENSARÁ o INQUÉRITO, se com a 
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover aação penal, e, 
neste caso, OFERECERÁ A DENÚNCIA no prazo de quinze dias. (DPEMT-2009) (TJPR-
2010) (MPMT-2012) (MPAL-2012) (MPSP-2013) (MPMS-2015) (Escrivão de Polícia/PCMA-
2018)
(MPSP-2017): O inquérito policial, por ser peça informativa, é dispensável para a propositura 
da ação penal, mas sempre acompanhará a inicial acusatória quando servir de base para a 
denúncia ou a queixa. BL: art. 39, §5º, CPP.
(TJAP-2009-FCC): O IP, no ordenamento jurídico, poderá ser dispensado pelo MP quando 
dispuser de elementos suficientes para oferecimento da denúncia constantes de peças de 
informação. BL: art. 12 e 39, §5º, CPP.
(MPSP-2008-VUNESP): O inquérito policial não é indispensável à propositura da ação penal 
nos crimes em que se procede mediante queixa do ofendido. BL: art. 39, §5º, CPP.
 Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais 
verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e 
os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
 Art. 41. A denúncia ou queixa CONTERÁ a exposição do fato criminoso, com todas 
as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se 
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das 
testemunhas. (MPSP-2005) (DPEMT-2009) (MPAL-2012) (MPPA-2014)
(TJSP-2015-VUNESP): Conforme o artigo 41, do CPP, “A denúncia ou queixa conterá a 
exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado 
ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas”. Portanto, a peça acusatória necessita trazer a descrição 
do comportamento delituoso de forma escorreita. BL: art. 41 do CPP.
OBS: “É inepta denúncia que, ao descrever a conduta do acusado como sendo dolosa, o faz 
de forma genérica, a ponto de ser possível enquadrá-la tanto como culpa consciente quanto 
como dolo eventual. Com efeito, o elemento psíquico que caracteriza o injusto penal, em sua 
forma dolosa ou culposa, deve estar bem caracterizado, desde a denúncia, pois é tênue a 
linha entre o dolo eventual e a culpa consciente. Na hipótese em análise, há nítida violação 
da garantia do contraditório e da plenitude de defesa, por não despontar da exordial 
acusatória, com a clareza e a precisão exigidas, o dolo, em sua forma eventual, que teria 
animado o agente, sendo impossível conhecer no caso em apreço as circunstâncias 
subjetivas. RHC 39.627-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 8/4/2014”.
(MPMG-2013): A peça acusatória deve delimitar, com precisão, as ações praticadas pelos 
autores, distinguindo-as das condutas dos partícipes.
 Art. 42. O Ministério Público NÃO PODERÁ desistir da ação penal. (TJPR-2012) 
(TJSC-2012)
(MPDFT-2015): Nos termos do CPP, o Ministério Público não pode desistir da ação penal 
pública, mas pode pedir absolvição, hipótese em que, ainda assim, poderá o Juiz proferir 
sentença condenatória. BL: art. 42 c/c art. 385 do CPP.
(TJPR-2012-UFPR): O MP não pode desistir da ação penal depois da denúncia ter sido 
recebida, devendo se considerar, porém, a hipótese de transação penal para os delitos de 
menor potencial ofensivo. BL: art. 42 do CPP e art. 89 da Lei 9099/95.
 Art. 43. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
 Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo 
constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, 
salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser 
previamente requeridas no juízo criminal. (MPSC-2013) 
(MPPR-2017): Em data de 20 de dezembro de 2016, Astolfo pratica, em tese, crime contra 
a honra de Lucíolo, afirmando que este, na condição de funcionário público, subtraiu valores 
do departamento de obras públicas do município de Giramundo. Considere a data de hoje 
(28.05.2017) e que Lucíolo teve ciência da suposta ofensa em 29 de dezembro de 2016. 
Aponte a alternativa correta: Cabe oferecimento de queixa em juízo por Lucíolo, 
representado por advogado, atribuindo-se a este poderes especiais. BL: S. 714 do STF c/c 
art. 44, CPP. [questão adaptada]
(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da denúncia e da queixa-crime 
conforme o entendimento do STJ: Nos crimes de ação penal privada, na procuração pela 
qual o ofendido outorga poderes especiais para o oferecimento da queixa-crime, observados 
os demais requisitos previstos no CPP, não é necessária a descrição pormenorizada do 
delito, desde que haja, pelo menos, a menção do fato criminoso ou o nomen juris. BL: art. 
44, CPP e STJ, HC 106.423⁄SC.
(TJPR-2012-UFPR): Para a propositura da queixa, não basta a outorga de poderes ad juditia 
por instrumento de mandato, mas também poderes especiais para o ajuizamento, devendo 
constar do instrumento o nome do querelado e resumo dos fatos, quando possível. BL: art. 
44 do CP.
 Art. 45. A QUEIXA, ainda quando a ação penal FOR PRIVATIVA do ofendido, 
PODERÁ SER ADITADA pelo Ministério Público, a quem CABERÁ INTERVIR em todos os 
termos subseqüentes do processo. (MPSP-2005) (MPPR-2008) (TJPR-2010) (TJPR-2012) 
(TJPB-2015)
(MPPR-2017): Em data de 20 de dezembro de 2016, Astolfo pratica, em tese, crime contra 
a honra de Lucíolo, afirmando que este, na condição de funcionário público, subtraiu valores 
do departamento de obras públicas do município de Giramundo. Considere a data de hoje 
(28.05.2017) e que Lucíolo teve ciência da suposta ofensa em 29 de dezembro de 2016. 
Aponte a alternativa correta: Oferecida a queixa em juízo, poderá o Ministério Público aditá-
la. BL: art. 45, CPP. [questão adaptada]
 Art. 46. O PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA, ESTANDO o réu preso, 
SERÁ de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos 
do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, SE 
HOUVER devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), CONTAR-SE-Á o prazo da 
data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. (MPAL-2012) 
(MPRO-2013) (PCMA-2018)
(MPRS-2014): Eurípedes foi preso preventivamente por homicídio qualificado. Com o 
inquérito findo em mãos, o Ministério Público levou 15 dias para oferecer a denúncia. 
Encerrada a instrução em prazo razoável, nas alegações orais, a defesa sustentou, em 
preliminar, que a denúncia não poderia ter sido recebida, uma vez que ofertada fora do 
prazo do art. 46 do CPP. Nessa situação, o Magistrado deve afastar a prefacial, por ser 
mera irregularidade.
(MPMT-2012): Segundo o Código de Processo Penal, a denúncia deverá ser oferecida no 
prazo de 5 dias, estando o réu preso, contado da data em que o órgão do Ministério Público 
receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. BL: 
art. 46, CPP.
 § 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o 
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações 
ou a representação
 § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o 
órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, 
entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
 Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e 
documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, 
diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-
los. (TJPE-2013)
 Art. 48. A QUEIXA CONTRA QUALQUER DOS AUTORES DO CRIME OBRIGARÁ AO 
PROCESSO DE TODOS, e o Ministério Público VELARÁ pela sua indivisibilidade. (TJAL-
2008) (MPPR-2008) (MPTO-2012)
(Anal. Judic./TRF1-2017-CESPE): Na açãopenal privada, apesar de a vítima ou seu 
representante legal não serem obrigados a oferecer queixa-crime, uma vez ajuizada a ação, 
o querelante não pode deixar de processar quaisquer dos autores da infração penal. BL: art. 
48, CPP.
OBS: O princípio da indivisibilidade significa que a ação penal deve ser proposta contra 
todos os autores e partícipes do delito. Segundo a posição da jurisprudência, o princípio da 
indivisibilidade só se aplica para a ação pena privada (art. 48 do CPP). 
O que acontece se a ação penal privada não for proposta contra todos? O que ocorre 
se um dos autores ou partícipes, podendo ser processado pelo querelante, ficar de 
fora? Qual é a consequência do desrespeito ao princípio da indivisibilidade?
 Se a omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA): se o querelante deixou, 
deliberadamente, de oferecer queixa contra um dos autores ou partícipes, o juiz 
deverá rejeitar a queixa e declarar a extinção da punibilidade para todos (arts. 104 e 
107, V, do CP). Todos ficarão livres do processo. 
 Se a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a intimação do 
querelante para que ele faça o aditamento da queixa-crime e inclua os demais 
coautores ou partícipes que ficaram de fora.
(MPF-2008): O PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE DA AÇÃO PENAL se aplica à ação penal 
privada. BL: art. 48, CPP.
 
 Art. 49. A RENÚNCIA AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE QUEIXA, em relação a um dos 
autores do crime, a todos se estenderá. (Téc. Judic./STJ-2004) (MPPR-2008) (TJRN-2013) 
(TJPE-2013)
(MPDFT-2015): No caso de ação penal privada, caso sejam dois os autores identificados de 
um crime, o oferecimento de queixa contra apenas um deles não é permitido, pois a 
renúncia ao direito de ação contra um deles estende-se ao outro. BL: art. 49, CPP.
OBS: Em razão do princípio da indivisibilidade, se o querelante não fizer constar do pólo 
passivo algum dos autores do crime, deverá o MP provocá-lo, para que adite a queixa. Se o 
querelante insistir em não oferecer queixa contra algum dos autores, deverá o juiz declarar a 
ocorrência de renúncia em relação a todos os demais (arts. 48 e 49, CPP).
(TJPA-2014-VUNESP): José, João e Luís são sócios de uma empresa. José e João 
redigem, assinam e divulgam entre os clientes e fornecedores da empresa uma carta aberta 
com afirmações desonrosas em desfavor de Luís. Após regular inquérito policial em que 
José e João são ouvidos, Luís promove queixa-crime unicamente contra José, uma vez que, 
por motivos pessoais, não quis processar João. Considerando que o acúmulo de acusações 
faça com que a demanda não seja julgada pelo rito sumaríssimo, que foi infrutífera a fase de 
reconciliação – o que remete o processo ao rito comum – e que não é caso de rejeição, deve 
o magistrado considerar que houve renúncia com relação a João, estender tal entendimento 
a José e extinguir a punibilidade de ambos. BL: art. 49, CPP.
 Art. 50. A RENÚNCIA EXPRESSA CONSTARÁ de declaração assinada pelo 
ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. (TJRS-
2012)
 Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 
(dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito 
do primeiro.
 Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que 
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. (PCMT-2017) (MPSP-2017) (MPMG-
2014) (TJPE-2013)
(TJSC-2009): Depende da aceitação do querelado a extinção da punibilidade pelo perdão do 
ofendido. BL: art. 51, CPP.
Explicação: O perdão do ofendido na ação penal privada é fruto do princípio da 
disponibilidade. Para ter efeito, deve ser aceito pelo acusado. E mais: em razão de outro 
princípio aplicável às ações penais privadas – o da indivisibilidade – o perdão concedido a 
um dos acusados aproveitará a todos, desde que, é claro, o aceitem (art. 51, CPP).
 Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá 
ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo 
oposição do outro, não produzirá efeito.
 Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver 
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitação do 
perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear.
 Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-á, quanto à aceitação do 
perdão, o disposto no art. 52.
 Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais. (MPTO-
2012)
 Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o disposto no art. 50. (TJRS-
2012)
(TJPR-2012-PUCPR): É admissível, no processo penal, o perdão concedido ao querelado 
extrajudicialmente, não se exigindo ratificação em juízo. BL: arts. 56, CPP.
 Art. 57. A RENÚNCIA TÁCITA e o PERDÃO TÁCITO ADMITIRÃO todos os meios de 
prova. (TJRS-2009) (MPMG-2014) (DPEPB-2014)
OBS: A renúncia é ato unilateral, já que não depende de aceitação do autor da infração 
penal. É voluntário, pois o ofendido não pode ser obrigado a renunciar. Contudo, não precisa 
ser expresso, admitindo a lei a renúncia tácita, isto é, a prática de ato incompatível com a 
vontade de processar o autor do delito (ex: convidá-lo para ser padrinho de casamento). 
Admite-se todo meio de prova para provar a renúncia tácita (art. 57, CPP).
 Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. (TJPE-2013)
(TJPR-2012-PUCPR): É cabível o perdão na ação penal privada desde que manifesto, 
expressa ou tacitamente, depois do recebimento da queixa-crime e antes do trânsito em 
julgado da sentença. Trata-se de ato bilateral que, concedido apenas a um querelado a 
todos alcançar, dependendo de aceitação para se efetivar. Por imposição legal, o silêncio do 
querelado é interpretado como aceitação tácita do perdão e só pode ser aceito por 
procurador com poderes especiais. BL: arts. 51, 55 e 58, CPP.
 Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.
 Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada pelo 
querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
 Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante QUEIXA, CONSIDERAR-
SE-Á PEREMPTA a ação penal: (TJSE-2008) (DPEMT-2009) (TJRS-2012) (TJPE-2013) 
(MPSC-2016)
 I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo 
durante 30 dias seguidos; (PCSC-2008) (TJDFT-2015)
(MPDFT-2015): Caso o querelante abandone a causa, sem promover o andamento do 
processo durante trinta dias seguidos, considerar-se-á perempta a ação penal, não podendo 
ser ajuizada novamente. BL: art. 60, I do CPP.
(TJMT-2009-VUNESP): Nos casos em que somente se procede mediante queixa, 
considerar-se-á perempta a ação penal, considerar-se-á perempta a ação penal quando, 
tendo-se por perspectiva a seguir, o querelante deixar de promover o andamento do 
processo durante 30 dias. BL: art. 60, I do CPP.
 II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não 
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) 
dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
(DPEMT-2009) (MPPR-2012) (MPSC-2013)
 III - quando o querelante deixar de comparecer, SEM MOTIVO JUSTIFICADO, a 
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais; (MPSP-2006) (TJRO-2011) (TJMS-2015)
(TJMS-2015-VUNESP): XISTO, querelante em ação penal privada, ao término da instrução 
e

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