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�PAGE \* MERGEFORMAT�7� UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE DIREITO Adriano Sbardelotto, Athos Sartori, Luis Paulo, Marcos Vinícius e Tamara Leite Decisão jurisprudencial sobre refugiado São Leopoldo 2016� Adriano Sbardelotto, Athos Sartori, Luis Paulo, Marcos Vinícius e Tamara Leite Decisão jurisprudencial sobre refugiado Trabalho apresentado para a disciplina Direito Internacional Público, pelo Curso de Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, ministrada pelo(a) professor(a) Gabriel Adam São Leopoldo 2016� SUMÁRIO 31 História DO refugiado � 42 PEDIDO � 53 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E ARGUMENTAÇÃO � 53.1 Contestação da União � 53.2 Réplica da parte autora � 64 Conclusão � � � 1 História DO refugiado Trata-se de uma ação proposta em desfavor da União Federal, cujos autores são Berjuna Jusme e seu marido Widny Ornelus, na qual pleiteiam o ingresso da autora no Brasil sem que lhe seja requerido qualquer tipo de visto. A autora requer seja concedido a ela o ingresso no Brasil, sob o argumento de que seu marido, cuja nacionalidade também é haitiana, reside em solo brasileiro desde 11/02/2015, motivo pelo qual deixou seu país de origem por causa do abalo que sofrera o Haiti em 2010. A autora solicita através da ação o status de reunião familiar, sem que seja exigido qualquer visto, enquanto faz a viagem aérea do Haiti até o Aeroporto de Porto Alegre. � 2 PEDIDO Mediante o relato, à haitiana requer um documento apresentável para que não seja necessário apresentar o visto, sendo que seu marido, Widny Ornelus, reside no Brasil, e conforme a Resolução Normativa nº 108/2014, poderá haver concessão do ingresso do cônjuge e dos familiares do refugiado no Brasil, desde que necessitem economicamente dele para seu sustento. A autora ainda susta que, conforme os tratados de Direitos Humanos firmados pelo Brasil, e bem como o Estatuto dos Refugiados, ela teria o direito de se valer do princípio que atende a reunião familiar. 3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E ARGUMENTAÇÃO 3.1 Contestação da União O autor postulou seu requerimento de condição de refugiado juntamente ao CONARE, que ainda não foi concedido, estando sob procedimento administrativo, não concedendo a ele a condição de refugiado, com isso, não seria aplicável a Resolução Normativa nº 108/2014, que visa ceder a condição de refugiado ao cônjuge, descendentes e ascendentes do refugiado a título de reunião familiar. A legislação brasileira, tanto em tratados como em estatuto referente ao estrangeiro, deve ser seguida. Existem procedimentos extremamente importantes na legislação vigente que devem ser observados. O mero requerimento quanto à condição de refugiado, é insuficiente para a concessão de visto para reunião familiar. O Autor se encontra sob mera expectativa da autorização de condição de refugiado, não sendo suficiente o pedido postulado pela autora. Outrossim, a autora poderia ter solicitado no Haiti, na cidade de Porto Príncipe, juntamente a embaixada brasileira, um visto por razões humanitárias, tendo em vista a situação que o país se encontra. 3.2 Réplica da parte autora A Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997 em seu art. 1º diz que: Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país. No inciso II da presente lei, diz que os efeitos da condição de refugiado podem ser estendidos aos familiares e ao cônjuge. Não obstante, poderão ser concedidos tais direitos aos familiares e ao cônjuge que reside no país, que no caso é o Brasil, mas o refugiado deverá estar com seus documentos de refugiado completamente em dia, e não pendente, como é o caso. O autor se encontra em solo brasileiro, mas não caracterizado sob condição de refugiado, pois a lei exige que para tal condição, estar o requerente sofrendo os tipos de perseguições que a lei define, não sendo o caso da presente ação. Ele se encontra em território nacional por causa da grave condição social em que passa seu país de origem, configurando uma condição humanitária, e não perseguição. 4 Conclusão Não poderia o magistrado competente ignorar o Estatuto do Refugiado (Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997) para contemplar o autor, visto que a lei brasileira é reconhecida como uma das mais avançadas sobre o assunto, sendo usada como modelo para países da região. Também, é mais abrangente que a Convenção de 1951, pois prevê também a concessão de refúgio em casos de grave e generalizada violação de direitos humanos. Sendo assim, a apelação foi negada, tendo em vista a fundamentação legal e a devida argumentação pautada na legislação e nos tratados. �
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