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1-Introdução ao Direito- Origens, Conceitos e Perspectivas Metodológicas

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08/05/2019 AVA UNINOVE
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Introdução ao Direito: Origens,
Conceitos e Perspectivas
Metodológicas
A PRIMEIRA PARTE VERSA SOBRE A TEORIA DO DIREITO, A QUAL ESTUDA A CIÊNCIA JURÍDICA, O
ESTUDO DA DOGMÁTICA, SOCIOLOGIA E FILOSOFIA. VEREMOS, PORTANTO, COMO SE DESENVOLVE O
DIREITO NO DECORRER DA HISTÓRIA HUMANA.
Origens
Origem do vocábulo Direito. O vocábulo Direito não tem um significado único, sendo utilizado em vários
sentidos. Assim, nasce então o questionamento de como definir ou conceituar o Direito? Haja vista que o
senso comum entende, em parte, como sendo o Direito um conjunto de ideias que vão de encontro a real
conduta social, reconhecendo, portanto, uma situação anômala como sendo uma declaração do Direito.
 
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Temos com isso que para a Sociedade o Direito muitas vezes se torna um conjunto de preceitos
complicados, antagônicos e às vezes coerente. Um mundo que resguarda o que é ordenado, reto, e também,
o que mostra desordens.
Eis que, por isso, o Direito apresenta uma difícil tarefa para ser definido de forma estrita. E há de se
considerar que os juristas procuram compreender o Direito como um fenômeno universal.
Ferraz Jr. (2001 p. 34) diz que, a compreensão do que seja o Direito não e uma tarefa fácil, haja vista, a sua
amplitude e as múltiplas faces, e, também, a própria expressão Direito e os seus correlatos que possuem
diferenças significativas que não podem ser desprezadas.
Portanto, são várias as definições que postulam alcançar uma definição do Direito, pois não apenas os
juristas buscam compreender o Direto para defini-lo, mas também os filósofos e os cientistas sociais dão
sinais de busca semelhante, na busca de uma compreensão universal, nas concepções de língua e a
definição de Direito.
Conceitos
A palavra Direito provem do baixo latim directum, rectum, que significa direito, reto, aquilo que é conforme
uma régua, e sucessivamente, designando aquilo que e conforme a lei, a própria lei, conjunto de leis,
ciência que tem por objeto as leis. O vocábulo latino apresentou variações semânticas em quase todas as
línguas – Derecho (espanhol), Diritto (italiano), Droit (francês), Recht (alemão), Rigth (inglês), Dreptu
(romeno), Dret (catalão), Ret (dinamarquês), Rätt (sueco), Rett (norueguês) e Rétt (islandês). Para completar
a indicação das origens do vocábulo direito, convém citar, também, a palavra grega diké, de raiz indo-
européia dik que significa indicar. Todavia, ao lado dessas, há outro conjunto de palavras que na linguagem
moderna estão ligadas à noção de Direito. Esse conjunto é apresentado pelos vocábulos: jurídico,
jurisconsulto, judicial, jurisprudência etc., a origem dessas palavras encontra-se no termo latino jus (júris),
que significa Direito, todavia a sua origem divide os filósofos.
Em português, guardou tanto o sentido do jus como aquilo que é consagrado pela justiça, e quanto o Direito
como um exame da retidão da balança, por meio do ato do aparato judicial ao dizer o Direito.
Ao estudar o Direito como ciência, se busca examinar a sua definição, pois buscar a essência do fenômeno
nos traz segurança ao estudo proposto. Mas em razão do princípio metódico da divisão do trabalho, existe a
necessidade de se decompor analiticamente o Direito que é objeto de várias ciências como a sociologia
jurídica, filosofia do direito, história do direito e outras,de maneira a constituir o aspecto que será
abordado.
A doutrina, seguindo a lógica, nós diz que temos duas espécies de definição: a nominal e a real.
Nominal: designa o que uma palavra ou nome significa.
Real: expressa o que é uma coisa ou realidade, indicando a natureza do objeto ou da coisa a ser definida.
No tocante a definição real a palavra Direito apresenta várias realidades, eis a razão da dificuldade de
estabelecer uma única realidade, isto é assim porque o termo Direito não é unívoco, nem tampouco
equívoco, mas análogo, pois designa realidades conexas, do ponto de vista jurídico são cinco as acepções
fundamentais, as quais veremos.
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Dessa forma, a definição nominal de Direito e aquilo que é conforme a regra, assim o Direito passou a ser
sinônimo de regra, de norma. E por outro lado, estabelecer uma definição real do termo Direito se torna
difícil na medida em que esse vocábulo apresenta várias realidades, sendo praticamente impossível
estabelecer uma única definição que corresponda à essa diversidade, exigindo, para tanto, tantos conceitos
quantas forem as realidades a que se refere.
Direito Norma - significa a norma, a regra social obrigatória
Direito Faculdade - significa o poder, a prerrogativa que o Estado tem de criar leis
Direito Justo - aquele Direito que é devido por justiça
Direito Ciência - o estudo do Direito como uma ciência
Direito Fato Social - considerado fenômeno da vida social coletiva, encontrando-se ao lado dos
fatos econômicos, artísticos, culturais, etc.
Uma das acepções mais comuns do vocábulo é o Direito Norma, pois conceitua o Direito como uma regra
social obrigatória, uma norma ou lei um Direito objetivo, se opondo ao subjetivismo, como o direito
faculdade; devemos considerar que nesta acepção, o Direito ainda indica realidades diferentes quando se
refere ao Direito positivo e ao natural, ao estatal e não-estatal.
Conceitos de Direito:
“O Direito é a ordenação bilateral atributiva das relações sociais, na medida do bem comum.” Miguel
Reale.
“Regra social obrigatória.” Clovis Beviláqua
Definimos o Direito como um conjunto de Normas, institucionalizadas, pelo Estado que serve para
organizar a vida em Sociedade e busca a Justiça Social.
Perspectivas Metodológicas
No tocante a universalidade do fenômeno jurídico, os problemas dos diferentes pontos de vista teóricos
como a Zetética Jurídica e a Dogmática Jurídica, e segundo Ferraz Jr. (2001 p. 39-51), esta última pretende
designar claramente a distinção entre Direito público e Direito privado, a linguagem do enfoque dogmático
é caracterizada pelo uso prescritivo, pois sua função é derivativa, orienta a ação,ou seja, ela diz como deve
ser algo.
Enquanto a Zetética tem função especulativa, põe em dúvida, levantando questionamentos que podem ser
infinitos, pois ao ser de cunho filosófico está livre de qualquer dogmatismo, destarte seja possível
didaticamente dogmatizar até um pensamento dito filosófico.
A linguagem do trabalho zetético é caracterizada pelo uso descritivo e o uso do verbo ser, que é algo; estes
termos seu questionamento é infinito, haja vista que admite uma questão sobre a própria questão. Zetéticas
são, por exemplo, as investigações que têm por objeto o direito no âmbito da Sociologia, Antropologia,
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Psicologia, História, Filosofia, Ciência Política etc. Por isso a zetética é mais aberta, porque suas premissas
são dispensáveis, podendo ser substituídas se o resultado não é bom,desejado, ficando dessa forma a
questão em aberto até que as condições de conhecimento e estudo sejam favoráveis.
Por outro lado a dogmática é mais fechada, considerando que ela está vinculada a conceitos fixados,
obrigando-se a fazer interpretações que sejam capazes de conformar os problemas às premissas. Isto
porque, o seu compromisso com a orientação da ação a impede de deixar soluções ao questionamento em
aberto ou em suspenso.
Ante o exposto, necessário se faz reconhecer que o fenômeno jurídico, dentro de toda a sua complexidade,
admite tanto o enfoque zetético, quanto o enfoque dogmático em sua investigação.
ATIVIDADE
Marque a alternativa abaixo que define o conceito de Direito:A. Direito é um conjunto de Princípios, Normas no sentido de Leis
elaboradas pelo Estado, que serve para organizar a vida em Sociedade.
B. O Direito é uma ciência exata.
C. O Direito é um mero enunciado existente tanto na Ciência Jurídica 
como nos demais campos.
D. Direito é a Lei não escrita, pois em nosso País vige o principio que a Lei
não precisa ser escrita, basta haver um costume.
REFERÊNCIA
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito, São Paulo:Saraiva, 2005.
FERRAZ JR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito. 3ª Ed., São Paulo: Atlas, 2001.
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª Ed., São Paulo:Saraiva, 2002.
SIQUEIRA JR, Paulo Hamilton. Teoria do Direito. São Paulo: Saraiva, 2009.
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