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PENA DE MULTA

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PENA DE MULTA 
 
Art. 32, CP – As penas são: 
I – privativas de liberdade; 
II – restritivas de direitos; 
III – de multa. 
 
Pena Pecuniária ou Pena de Multa: Trata-se de uma sanção 
penal, ao tempo do ato; não é, portanto, um tributo e, sim 
uma sanção penal impondo ao condenado a obrigação de 
pagar ao Fundep (Fundação de Desenvolvimento da 
Pesquisa), uma quantia em dinheiro, calculada na forma de 
dias-multa “dies a quo” , diminuindo , ou seja, atingindo o 
patrimônio do condenado. Assim se a pena de multa tiver 
acompanhada de pena restritiva de direito, o Juiz observará o 
artº 59 do Código Penal para aplicação da pena restritiva de 
direito e ao artº 49 do Código Penal, aplicação da dias multa. 
Prestação Pecuniária: Trata-se da sanção aplicada, ao 
tempo da sentença, surgiu com a Lei. 9.714/18, consiste no 
pagamento de valores em dinheiro a vitima, dependentes, ou 
ainda entidades públicas ou privadas, ou seja, a prestação 
pecuniária é revertida em pagamento de valores a vitima, o 
Juiz levará em consideração as condições financeiras do 
condenado, e o valor fixado não deverá ser inferior AA 1(um) 
salário mínimo. Os valores não pagos nem superior a 369 
salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de 
eventual condenação em ação de reparação civil, se 
coincidentes os beneficiários. 
Busca-se a tendência a descarcerização, só se leva o agente a 
prisão em medidas de extrema necessidade. 
Art. 60, CP – Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, 
principalmente, à situação econômica do réu. § 1º – A multa 
pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em 
virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora 
aplicada no máximo. 
Como se calcula o valor da pena de multa? Art. 49, CP – A 
pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário 
da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. 
Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos 
e sessenta) dias-multa. 
Art. 58 – A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem 
os limites fixados no Art. 49 e seus parágrafos deste Código + 
situação econômica do acusado = pena de multa. 
Art. 33, Lei de drogas: Importar, exportar, remeter, preparar, 
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, 
ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, 
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – 
reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
Art. 50, CP: A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias 
depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento 
do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode 
permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
O juiz para se convencer do parcelamento e da quantidade do 
parcelamento, poderá efetuar diligências à Art. 169, §1º, LEP: 
O juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências para 
verificar a real situação econômica do condenado e, ouvido o 
Ministério Público, fixará o número de prestações. 
Se for, por exemplo, um funcionário público ou qualquer 
pessoa que tenha uma renda fixa: multa pode efetuar-se 
mediante desconto no vencimento ou salário do condenado 
 
Se o condenado não pagar: cobrança da pena de multa à 
cobrança por meio de execução (art. 51, CP: Transitada em 
julgado a sentença condenatória, a multa será considerada 
dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação 
relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que 
concerne às causas interruptivas e suspensivas da 
prescrição) seguido o rito da lei de Execução Fiscal, Lei 6830-
80. 
Pela lei 9268/96, uma vez não paga a multa poderia haver a 
conversão em pena privativa de liberdade , porém foi 
revogada, pelo fato de que se a pessoa não tem condições de 
pagar, não poderia ter sua liberdade restrita. 
Quem cobra a multa? MP ou Procuradoria? 
A corrente majoritária é a de que, preservada a multa 
enquanto sanção de natureza penal, cabe ao Ministério 
Público promover a sua cobrança, já que este é atrelado ao 
princípio da indisponibilidade da persecução penal, o que 
equivale dizer que não ficará ao seu bel-prazer a cobrança ou 
não da sanção pecuniária. Portanto, pode-se dizer que a 
função institucional do Ministério Público, aliás outorgada 
por norma constitucional, é de promover, privativamente, a 
ação penal pública, o que inclui também a execução da pena.

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