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Articulações do quadril Rodolfo Ribeiro Ferreira Sâmella Cassemiro da Silva Borges Docente: Drª. Uitairany do Prado Lemes Articulações do Quadril A verdadeira articulação do quadril, onde ocorrem os principais movimentos desta região é a Coxo-Femoral, onde ocorre a união entre o acetábulo (acidente ósseo do osso pélvico) e a cabeça do Fêmur. Cintura pélvica é o nome dado à união do esqueleto axial ao esqueleto apendicular nos membros inferiores e é composta por duas articulações: Sacro-Ilíaca, que é o local de junção entre o sacro e o osso pélvico; Sínfise Púbica, onde ocorre a junção entre o púbis direito e o esquerdo. Articulações do Quadril Sínfise Púbica Classificação: Sínfise Movimentos permitidos: mobilidade bidimensional e rotação de uns poucos milímetros em conjunto com a deformação da pelve quando na sustentação de carga Articulações do Quadril Sacro-ilíaca Classificação: articulação plana (deslizamentos bilaterais: diartrodial) Movimentos permitidos: deslizamento do sacro sobre a pelve em conjunto com a deformação da pelve durante a sustentação de carga Articulações do Quadril Articulação do quadril (triaxial) Coxo-femoral Classificação: Esferóide Movimentos permitidos: flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e rotação externa do quadril Cápsula Articular A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa. Principais Ligamentos Ligamento da Cabeça do Fêmur - O ligamento da cabeça do fêmur encontra-se no interior da articulação do quadril e passa da fossa acetabular para a fóvea da cabeça do fêmur no aspecto medial da cabeça femoral. Função indefinida. Os três ligamentos extra-capsulares: Ligamento iliofemoral - Maior dos 3, Formato de Y Invertido; Limitar Abdução de Quadril; Origem: Espinha ilíaca antero inferior; Inserção Linha Intertrocantérica. Ligamento pubofemoral insere-se proximalmente no ramo púbico superior e distalmente na porção inferior do colo do fêmur, tendo uma função biomecânica semelhante. Ligamento isquiofemoral é o menor dos três, estendendo-se da borda posterior do ísquio até o colo do fêmur, sendo um estabilizador do quadril em extensão. Principais Ligamentos Bursas São pequenas almofadas localizadas no interior de uma articulação, entre os músculos e tendões, as bursas reduzem o atrito entre os tecidos. Movimentos da Pelve Os movimentos realizados pela pelve são: Anteroversão (inclinação pélvica anterior): flexores do quadril . Retroversão (inclinação pélvica posterior): extensores do quadril Inclinações laterais; abdutores e adutores Rotação pélvica; músculos rotadores Movimentos e Planos Anatômicos Possui três eixos e três graus de liberdade. >> Eixo Longitudinal: situado no plano transverso, onde se efetuam os movimentos de rotação interna e externa; >> Eixo Látero-Lateral: situado no plano sagital permite os movimentos de flexão e extensão. >> Eixo ântero posterior: situado no plano frontal, onde efetua-se de abdução e adução. O ângulo entre o eixo do colo femoral e o corpo do fêmur normal é 125 graus. Um ângulo patologicamente maior é chamado de coxa valga e um ângulo patologicamente menor coxa vara. Movimentos e Planos Anatômicos Flexão de Quadril Ocorre no plano sagital entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do ilíaco. Amplitude articular com o joelho fletido: 0°-125°. Amplitude articular com o joelho estendido: 0 - 90°. (Marques 2003). Extensão de Quadril Ocorre no plano sagital. Amplitude Articular: 0°-10° (Marques, 2003). Movimentos e Planos Anatômicos Abdução de Quadril Na posição anatômica, o movimento ocorre no plano frontal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Adução de Quadril Na posição teste, o movimento de adução ocorre no plano frontal. Amplitude Articular: 0°-15° (Marques, 2003). Movimentos e Planos Anatômicos Rotação Interna/Medial de Quadril Na posição teste, o movimento de rotação medial ocorre no plano transversal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Rotação Externa/Lateral de Quadril Na posição anatômica, o movimento de rotação externa ocorre no plano transversal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Ilíaco Inserção Superior: 2/3 superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e asa do sacro Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo Femural (L2 – L3) Ação: Flexão de quadril, anteroversão da pelve e flexão da coluna lombar (30° – 90°) Psoas Maior Inserção Superior: Processo transverso das vértebras lombares, corpos e discos intervertebrais das últimas torácicas e todas lombares Inserção Inferior: Trocânter menor Inervação: Nervo superior e inferior do músculo psoas maior (L1 – L3) Ação: Flexão da coxa, flexão da coluna lombar (30° – 90°) e inclinação homolateral Músculos do Quadril e Coxa Músculos do Quadril e Coxa Psoas Menor Inserção Superior: Corpo vertebral de T12 e L1 Inserção Inferior: Eminência iliopectínea Inervação: L1 Ação: Flexão da pelve e coluna lombar Sartório Inserção Proximal: Espinha ilíaca ântero-superior Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Femoral (L2 – L3) Ação: Flexão, Abdução e Rotação Lateral da Coxa e Flexão e Rotação Medial do Joelho Músculos do Quadril e Coxa Tensor da Fáscia Lata Inserção Proximal: Crista ilíaca e EIAS Inserção Distal: Trato íleo-tibial Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4 – S1) Ação: Flexão, Abdução e Rotação Medial do Quadril e Rotação Lateral do Joelho Semimebranoso Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Côndilo medial da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho Músculos do Quadril e Coxa Bíceps Femoral: Inserção Proximal: Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática e ligamento sacro-tuberoso Cabeça Curta: Lábio lateral da linha áspera Inserção Distal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2), exceto L5 para a cabeça longa Ação: Extensão do Quadril, Flexão do Joelho e Rotação Lateral do Joelho Semitendinoso Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia. Inervação: Nervo Isquiático (L5 – S2) Ação: Extensão do Quadril, Flexão e Rotação Medial do Joelho Músculos do Quadril e Coxa Quadríceps Femoral Inserção Proximal: Reto Anterior: Espinha ilíaca antero-inferior Vasto Lateral: Trocânter maior, linha áspera, linha intertrocantérica e tuberosidade glútea Vasto Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica Vasto Intermédio: 2/3 proximais da face anterior e lateral do fêmur e ½ distal da linha áspera Inserção Distal: Patela e, através do ligamento patelar, na tuberosidade anterior da tíbia Inervação: Nervo Femoral (L2 – L4) Ação: Extensão do Joelho e o Reto Femural realiza Flexão do Quadril. O vasto medial realiza rotação medial e o vasto lateral, rotação lateral Músculos do Quadril e Coxa Glúteo Máximo Inserção Medial: Linha glútea posterior do ilíaco, sacro, cóccix e ligamento sacrotuberoso Inserção Lateral: Trato íleotibial da fáscia lata e tuberosidade glútea do fêmur Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5 – S2) Ação: Extensão e Rotação Lateral do Quadril Glúteo Médio Inserção Superior: Face externa do íleo entre a crista ilíaca, linha glútea posterior e anterior Inserção Inferior: Trocânter Maior Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1) Ação: Abdução e Rotação Medial da Coxa Músculos do Quadril e Coxa Glúteo Mínimo Inserção Superior: Asa ilíaca (entre linha glútea anterior e inferior) Inserção Inferior: Trocânter Maior Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4 – S1) Ação: Abdução e Rotação Medial da Coxa. As fibras anteriores realizam Flexãodo Quadril Piriforme Inserção Medial: Superfície pélvica do sacro e margem da incisura isquiática maior Inserção Lateral: Trocânter Maior Inervação: Nervo para o músculo piriforme (S2) Ação: Abdução e Rotação Lateral da Coxa Músculos do Quadril e Coxa Gêmeo Superior Inserção Medial: Espinha isquiática Inserção Lateral: Trocânter maior Inervação: Nervo para o músculo gêmeo superior (L5 – S2) Ação: Rotação Lateral da Coxa Obturador Interno Inserção Medial: Face interna da membrana obturatória e ísquio Inserção Lateral: Trocânter maior e fossa trocantérica do fêmur Inervação: Nervo para o músculo obturatório interno (L5 – S2) Ação: Rotação Lateral da Coxa Músculos do Quadril e Coxa Gêmeo Inferior Inserção Medial: Tuberosidade Isquiática Inserção Lateral: Trocânter Maior Inervação: Nervo para o músculo gêmeo inferior e quadrado femural (L4 – S1) Ação: Rotação Lateral da Coxa Obturador Externo Inserção Medial: Ramos do púbis e ísquio e face externa da membrana obturatória Inserção Lateral: Fossa Trocantérica do Fêmur Inervação: Nervo para o músculo obturatório externo (L3 – L4) Ação: Rotação Lateral da Coxa Músculos do Quadril e Coxa Quadrado Femoral Inserção Medial: Tuberosidade Isquiática Inserção Lateral: Crista Intertrocantérica Inervação: Nervo para o músculo quadrado femural e gêmeo inferior (L4 – S1) Ação: Rotação Lateral e Adução da Coxa Grácil Inserção Proximal: Sínfise púbica e ramo inferior do púbis Inserção Distal: Superfície medial da tuberosidade da tíbia (pata de ganso) Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L3) Ação: Adução da Coxa, Flexão e Rotação Medial do Joelho Músculos do Quadril e Coxa Pectíneo Inserção Proximal: Eminência ílo-pectínea, tubérculo púbico e ramo superior do púbis Inserção Distal: Linha pectínea do fêmur Inervação: Nervo Femoral (L2 – L4) Ação: Flexão do Quadril e Adução da Coxa Adutor Longo Inserção Proximal: Superfície anterior do púbis e sínfise púbica Inserção Distal: Linha áspera Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L4) Ação: Adução da Coxa Músculos do Quadril e Coxa Adutor Curto Inserção Proximal: Ramo inferior do púbis Inserção Distal: Linha áspera Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L4) Ação: Adução da Coxa Adutor Magno Inserção Proximal: Tuberosidade isquiática, ramo do púbis e do ísquio Inserção Distal: Linha áspera e tubérculo adutório Inervação: Nervo Obturatório (L2 – L4) e Nervo Isquiático (L4 à S1) Ação: Adução da Coxa Ossos do Quadril PELVE FÊMUR Testes Especiais Teste de Thomas Finalidade: Avaliar contratura dos flexores do quadril Execução: Paciente em D.D. – Observar a lordose lombar (aumentada quando há encurt. Dos flexores do quadril) – Flexionar um dos quadris ao máximo. (para testar reto femoral – joelho fora da maca). Teste positivo se a coxa elevar-se da maca. Testes Especiais Teste de Patrick Fabere Finalidade: Diagnosticar disfunção sacroilíaca ou espasmo do psoas. Execução: Cruzar uma perna sobre a outra e ir aumentando a abdução lentamente. Teste positivo se a abdução for pequena permanecendo acima da outra perna, ou dor sacroilíaca. Testes Especiais Sinal de Trendelenburg Finalidade: Avaliar estabilidade do quadril e a capacidade dos abdutores para estabilizarem a pelve. Execução: Pedir para paciente assumir apoio unipodal. Fazer primeiro do lado saudável. Se a pelve inclinar para baixo, o teste será positivo para glúteo médio fraco ou quadril instável (luxação). Testes Especiais Teste de Ober Finalidade: Diagnosticar o encurtamento do trato iliotibial. Execução: Paciente em DL com MI a ser avaliado para cima. Realizar passivamente abdução e extensão de quadril (máximas). Pode ser com o joelho fletido ou estendido. Se o quadril permanecer abduzido, teste positivo. Se houver dor no trocanter, investigar bursite. Testes Especiais Sinal de Galeazzi Finalidade: Luxação congênita unilateral do quadril. Execução: Criança em DD, joelhos fletidos, quadril fletido a 90º. com os pés apoiados na maca. Um joelho mais alto que o outro indica teste positivo. Patologias Síndrome do Impacto Fêmoro-Acetabular Surge em decorrência de alterações morfológicas da cabeça do fêmur ou do acetábulo, gerando maior impacto sobre essas estruturas. As alterações podem vir acompanhadas de outras patologias ou ocasionar problemas mais graves como lesões nas estruturas da articulação e cartilagens. O primeiro problema causado pela deformação é um impacto excessivo entre o fêmur e o acetábulo, que pode gerar bastante dor no paciente. A patologia é bastante comum em atletas que praticam atividades exigindo flexão e rotação de quadris como corredores e lutadores de artes marciais. Patologias Artrite Reumatóide Geralmente atinge as articulações das mãos e dos pés, mas também pode afetar os quadris. Consiste em uma inflamação crônica que ocasiona dor, redução do arco de movimento e edema local, podendo afetar, além de outras articulações, outros órgãos do corpo. Trata-se de uma doença auto-imune, e a principal causa dessa doença é a tendência hereditária. Patologias Bursite Trocanteriana A inflamação de qualquer uma das bursas trocantéricas é conhecida como bursite trocantérica e é uma das causas mais comuns de dor no quadril. As bursas trocantéricas possuem pequenos nervos em seu interior que irritados ou comprimidos podem causar dor. A bursite trocantérica é causada por movimento exagerado dos tendões e fáscias sobre o trocânter maior. Pressão direta pode causar ou agravar os sintomas. Com a evolução da inflamação, a bursa progressivamente perde a sua função deslizante (“como um saco vazio”) e engrossa suas paredes. Patologias Síndrome do Piriforme É uma doença neuromuscular caracterizada pela compressão (encarceramento) do nervo ciático pelo músculo piriforme, causando dor, formigamento e dormência nas nádegas e ao longo do trajeto do nervo ciático pela perna. Muitas vezes os sintomas são agravados ao se sentar ou correr. Patologias Artrose de Quadril Sendo assim, a artrose de quadril, também conhecida como coxartrose, osteoartrose de quadril ou artrose coxofemoral, nada mais é do que uma doença articular crônica, inflamatória e degenerativa, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular (cartilagem hialina) e posterior exposição e lesão do osso subcondral (osso localizado abaixo da cartilagem) da articulação do quadril. O desgaste da cartilagem leva ao atrito direto sobre o osso subcondral e ao longo da progressão da doença, por ser muito inervado, este passa a ser uma importante fonte de dor. Patologias Lesão do Labrum Acetabular Quando há uma lesão de labrum provocada por traumatismos agudos ou repetitivos, ocorre um extravasamento de líquido (derrame articular) com inflamação e liberação de substâncias químicas que irão causar danos à cartilagem articular e, consequentemente, dor. As rupturas labrais ocorrem, principalmente, devido ao impacto fêmoroacetabular (o labrum é lesionado, sobretudo, por intermédio desse mecanismo), normalmente provocado por traumas repetitivos, frouxidão capsular, hipermobilidade, displasia do quadril e degeneração articular. Os sintomas da lesão de labrum incluem dor na articulação do quadril, região inguinal (virilha) e na face interna da coxa, que pode irradiar até os joelhos. Patologias Pubalgia Pubalgia é uma condição dolorosa na região da sínfise púbica (região baixa do abdômen, púbis e virilha). Afeta cerca de 5% dos atletas, principalmente os praticantes de Futebol, Hóquei, Rúgbi e Tênis. Em geral, há uma piora gradativa e a aumento dos sintomas ocorre quando são realizados movimentos específicos de chute, rotação ou adução da coxa. Fraturas Fraturas A fratura do colo do fêmur, pode ser deslocada ou não deslocada. As fraturas trocantéricas ocorrem na chamada linha intertrocantérica e podem exibir as mais diversas conformações. As fraturas mais simples podem ser reduzidas e fixadas com um tipo de placae parafuso chamada DHS. Fraturas mais complexas dessa região podem necessitar a fixação com colocação de hastes céfalo-medulares. Outro tipo de fratura, embora menos frequente, é a subtrocantérica. Esse tipo de fratura poderá ser fixado com diversos tipos de placas ou hastes céfalo-medulares. São fraturas com elevado potencial de complicação pelo risco de não consolidação. Fraturas Procedimentos Cirúrgicos Artroplastia Total de Quadril Na artroplastia total de quadril (também chamada de prótese total do quadril), o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por componentes protéticos. Artroscopia de Quadril A artroscopia ou videoartroscopia do quadril é a principal ferramenta na cirurgia preservadora do quadril. Muitos pacientes se beneficiem desta técnica que permite a preservação do quadril natural. Tratamento Fisioterapêutico Fase Aguda Redução do Quadro Inflamatório Redução do Quadro Álgico Manutenção da ADM Redução de Edema Fase Crônica Reestabelecer Função Proprioceptiva Aumentar Força Muscular Diminuir Rigidez Muscular Reestabelecer Amplitude de Movimento Relação Sistema Visceral X Osteomuscular Podemos representar esse mecanismo na prática analisando, por exemplo, um processo de aumento do volume do cólon sigmoide. Anatomicamente, o cólon sigmoide se localiza superior e internamente sobre a fossa ilíaca esquerda. Relação Sistema Visceral X Osteomuscular Algumas das compensações no plano sagital seriam as seguintes: 1 – Aumento do volume sobre a região abdominopélvica. 2 – Diminuição do tônus dos músculos abdominais. 3 – Aumento do tônus dos músculos extensores da lombar. 4 – Aumento da lordose lombar. 5 – Anteversão pélvica. 6 – Hiperextensão de joelho. 7 – Plantiflexão. ARTICULAÇões DO JOELHO Rodolfo Ribeiro Ferreira Sâmella Cassemiro da Silva Borges Docente: Drª. Uitairany do Prado Lemes Articulações do Joelho Articulação sinovial complexa. As articulações do joelho são formadas por quatro ossos: o fêmur, a tíbia, a patela e a fíbula. Estes ossos se articulam formando 3 articulações: Fêmoro-Tibial: entre o fêmur e a tíbia; Fêmoro-Patelar ou Patelo-Femoral: entre o fêmur e a patela Tíbio-Fibular Proximal: entre a tíbia e a fíbula Articulações do Joelho Ligamentos O ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável por limitar a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur, a hiperextensão do joelho e a rotação interna; O ligamento cruzado posterior (LCP) limita a posteriorização da tíbia em relação ao fêmur, a hiperflexão do joelho e a rotação externa; Ligamento Colateral Medial - impede excessivos movimentos em valgo; Ligamento Colateral Lateral - impede excessivos movimentos em varo. Meniscos Os meniscos são estruturas em forma de meia lua e ficam aderidas sobre o “platô tibial”. O menisco medial fica apoiado sobre o côndilo tibial medial - Formato de C O menisco lateral fica apoiado sobre o côndilo tibial lateral - Formato de um O São compostos por fibrocartilagem Apresentam alta resistência para absorver cargas; Outras articulações que apresentam discos articulares: articulação têmporo-mandibular (ATM), a esterno-clavicular no ombro e a fibrocartilagem triangular no punho. Cápsula Fibrosa A cápsula fibrosa é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação como um manguito; Origem: Parte posterior do fêmur mais acima da cartilagem articular; Inserção: Na superfície articular da tíbia. Na parte anterior do joelho, a cápsula aumenta de espessura e forma o ligamento patelar que une a patela à tíbia. A membrana sinovial é em contato com a superfície interna da cápsula e é composta por um tecido conjuntivo fibroso. Produz o líquido sinovial que nutre a cartilagem e lubrifica a articulação para reduzir o atrito durante o movimento. Líquido Sinovial É um líquido transparente e viscoso das cavidades articulares e bainhas dos tendões. Segregado pelas membranas sinoviais. É um dos elementos que formam o Sistema Locomotor, juntamente aos ossos, músculos, ligamentos e articulações. Possui função de lubrificar as articulações sinoviais permitindo seu movimento suave e indolor, nas articulações móveis. Bursas São pequenas almofadas localizadas no interior de uma articulação, entre os músculos e tendões, as bursas reduzem o atrito entre os tecidos. Movimentos e Planos Anatômicos O joelho realiza movimentos de extensão, flexão e leve rotação lateral e medial. A flexão do joelho ocorre no plano sagital entre os côndilos do fêmur e da tíbia. 120º quando o quadril está estendido; 140º quando o quadril está flexionado; 160º quando o joelho é flexionado passivamente; A rotação medial é limitada a 10º e a lateral a 30º Só ocorre com o joelho flexionado. A extensão corresponde ao retorno a partir de sua flexão e ocorre no plano sagital. Músculos Flexores Flexores primários: Isquitibiais, Semitendinoso, Semimebranoso e Bíceps Femoral; Flexores acessórios: Grácil, Sartório, Gastrocnêmio e Poplíteo. Extensores Quadríceps Femoral: Vasto Medial, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Reto Femoral. Rotadores Rotação medial: Semitendinoso, Semimembranoso, Poplíteo, Grácil e Sartório; Rotação lateral: Bíceps Femoral. Pata de Ganso Entre os músculos da parte posterior medial , três são os que têm um tendão comum chamado “pata de ganso” que se insere na superfície interna da epífise proximal da tíbia. Sartório, Semitendíneo, Grácil. Estabilização do joelho e evita uma excessiva rotação externa. Reflexo Patelar O reflexo patelar é um tipo de reflexo miotático, também conhecido como reflexo profundo ou reflexo tendineo. O teste do tendão patelar testa a função do nervo femoral, seguimentos L2-L4 da medula espinhal. A ausência ou diminuição deste reflexo é conhecida como sinal de Westphal. Testes Especiais Teste de McMurray: Identifica lesões meniscais. Paciente em DD , o examinador segura o pé com uma mão e palpa a linha articular com a outra. O joelho é fletido completamente a tíbia é rotacionada interna e externamente enquanto o joelho é estendido. Um clique ou crepitação pode ser sentido na linha articular no caso de lesão meniscal, quando o joelho é estendido. Nesse momento o paciente refere uma dor muito forte no momento da extensão da perna, pois nesse momento ocorrerá a passagem do menisco lesionado sobre o côndilo femoral. 59 Testes Especiais Teste de Childress ou Marcha de Pato: Detecta lesão meniscal. Paciente irá agachar-se com uma perna fletida e a outra estendida. Pedir para ele se levantar; caso haja lesão meniscal o paciente irá relatar dor neste movimento. Testes Especiais Teste de Compressão de Apley Detecta lesões meniscais. O paciente deita-se em DV com os joelhos fletidos a 90o. O examinador aplica uma força compressora na planta do pé e faz uma rotação interna e externamente. O teste é positivo se o paciente relata dor em qualquer lado do joelho, sendo indicador de lesão meniscal no respectivo lado. Testes Especiais Teste de Lachman Identifica lesão no ligamento cruzado anterior (LCA). O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza o fêmur distal com uma mão e segura a tíbia proximal com a outra mão. Com o joelho mantido em flexão leve, a tíbia é movimentada para frente sobre o fêmur. O teste é positivo quando há uma sensação final macia e um movimento excessivo da tíbia. Testes Especiais Teste de Godfrey: Detecta frouxidão do LCP. Paciente DD, segura-se a perna do paciente distalmente em 80º. Teste positivo se houver um deslizamento da tíbia posteriormente. Testes Especiais Teste de Apreensão Identifica deslocamento da patela. O paciente deita-se em DD com o joelho em 30o de flexão. O examinador cuidadosa lentamente desloca a patela lateralmente. Se o paciente parece apreensivo e tenta contrair o quadríceps para trazer a patela de volta à posição neutra, o teste é positivo. Testes Especiais Teste de Gaveta AnteriorTeste de Gaveta Posterior Comumente usado para testar a integridade do ligamento cruzado anterior (LCA). O teste é realizado com o paciente deitado de barriga para cima, com os joelhos dobrados a cerca de 90º. A partir desta posição o examinador puxa a tíbia para si. Este teste é considerado positivo se houver translação anterior excessiva e uma sensação de fim de movimento mole O paciente é colocado em decúbito dorsal horizontal, com o quadril fletido e o pé apoiado na maca, com o joelho em 90 graus de flexão. O médico empurra a tíbia para trás. Comumente usado para testar a integridade do ligamento cruzado posterior (LCP). Patologias Rompimento de Ligamento Cruzado Anterior – LCA Quando ocorre o rompimento geralmente é necessária reconstituição cirúrgica, dependendo do nível de gravidade e atividade da pessoa. Pode ocorrer devido a uma mudança brusca de posição, parada repentina de um movimento, pancadas e outros. Patologias Rompimento do Ligamento Cruzado Posterior – LCP Está mais associado a acidentes de trânsito, porém pode acontecer durante práticas esportivas de maior contato. Em fases mais avançadas, pode gerar dor e derrame no joelho. Geralmente essa lesão não necessita de procedimento cirúrgico, sendo tratada com fisioterapia e fortalecimento muscular. Patologias Luxação Patelar A patela está localizada anteriormente ao joelho, fazendo parte do mecanismo extensor do joelho. A luxação ocorre quando esse osso sai da tróclea. A lesão pode ocorrer diretamente por uma pancada, ou indiretamente por entorse no joelho. O tratamento se inicia com a recolocação da patela no lugar e imobilização temporária com extensão do joelho. Logo após é necessário fortalecimento da musculatura próxima a região, visando a retomada da estabilidade. Patologias Condromalácia Patelar Conhecida como joelho de corredor, essa lesão decorre de amolecimento da cartilagem. Não possui causa exata, estando relacionada com fatores anatômicos, sendo a mais recorrente sobrecarga no joelho. O sintoma mais comum é a dor no joelho que piora ao subir ou descer escadas, ajoelhar, agachar. Patologias Artrose de Joelho A artrose é uma doença de caráter inflamatório e degenerativo das articulações (juntas) do organismo, marcada pelo desgaste das cartilagens que revestem as extremidades ósseas, causando dor e podendo levar a deformidades. A dor ao nível do joelho geralmente é o primeiro sintoma da artrose. Essa dor é de caráter progressivo e é diretamente proporcional ao excesso de peso. No início dos sintomas, o repouso é uma forma de alívio. Patologias Lesão no Menisco As lesões do menisco normalmente surgem devido a uma pancada forte no joelho, como acontece em vários tipos de esporte, como futebol, basquetebol ou tênis. No entanto, existem algumas situações do dia-a-dia que também podem lesionar o menisco como: Virar muito rápido o corpo sobre uma perna; Fazer agachamentos muito fundos; Levantar muito peso utilizando as pernas. Geralmente a ruptura do menisco lateral está associada ao rompimento do ligamento cruzado anterior enquanto que a ruptura do menisco medial está associada a formação do cisto de Baker. Fraturas Classificação de Hohl para as fraturas do platô tibial. Fraturas Procedimentos Cirúrgicos Artroplastia de Joelho A artroplastia de joelho é a cirurgia de joelho geralmente utilizada para o tratamento da artrose do joelho. A operação consiste na substituição da articulação afetada por um implante em metal e polietileno, a chamada prótese do joelho. Esta é fixa ao osso através de um cimento especial. Procedimentos Cirúrgicos Artroscopia de Joelho O procedimento artroscópico de joelho permite diagnosticar e tratar os problemas do joelho, oferecendo ao cirurgião uma visão clara e ampla do interior da articulação através de pequenas incisões. Um conjunto de câmera e fonte de luz, além de um endoscópio e instrumentais adequados para o procedimento auxiliam o cirurgião. As principais lesões que podem ser tratadas por Artroscopia no joelho são: •Remoção ou reparo de lesões do menisco •Recontrução de um ligamento rompido •Retirada de fragmentos de cartilagem ou osso soltos ou parcialmente soltos na articulação •Tratamento de tecido sinovial inflamado Procedimentos Cirúrgicos Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior - LCA Para reparar cirurgicamente a LCA e restaurar a estabilidade do joelho, o ligamento deve ser reconstruído. O seu médico irá substituir o seu ligamento rasgado por um enxerto de tecido. Este enxerto age como um guia para um novo ligamento para crescer. Os enxertos podem ser obtidos de várias fontes. Muitas vezes são tomadas a partir do tendão patelar, tendões isquiotibiais na parte posterior da coxa, tendão do quadríceps ou enxerto de banco de tecidos. Cirurgia para reconstruir um ligamento cruzado anterior é feito com um artroscópio usando pequenas incisões. Tratamento Fisioterapêutico Fase Aguda Redução do Quadro Inflamatório (Crioterapia) Redução do Quadro Álgico ( Laserterapia) Manutenção da ADM (Alongamentos Passivos) Redução de Edema (Drenagem Linfática) Fase Crônica Reestabelecer Função Proprioceptiva (Ex. Equilíbrio; Postura) Aumentar Força Muscular (Cinesioterapia Ativo-Assistida; Ativa e Resistida) Diminuir Rigidez Muscular (Termoterapia) Reestabelecer Amplitude de Movimento (Mobilização Articular; Alongamentos Passivos)
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