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PATOLOGIA GERAL

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PATOLOGIA GERAL 
 
 
Obtenção de energia pela célula 
Através da alimentação e da respiração, obtém-se as moléculas de ATP, essenciais ao funcionamento das 
células. A produção de ATP nas células ocorre a partir de 02 mais um substrato, o principal é a glicose. 
A glicose no organismo é usada de 3 maneiras: 
1. Consumo imediato, as células capturam as moléculas. 
2. Transformação em glicogênio, quando há o excesso da molécula, e assim é armazenada no fígado. 
3. Transformado em gordura, armazenada nos adipócitos. 
 
No caso do jejum prolongado... Acabando a glicose circulante, o glicogênio armazenado volta à forma de 
glicose e volta para a circulação para uso das células. Com o fim da reserva de glicogênio, usa-se gordura 
para a produção de ATP, sendo esta a segunda fonte de energia. 
 
Via glicolitica 
Os ATPs necessários para a reação são formados de outras reações. Saldo de 2 ATPs. 
A ATP sintase é inativada na mitocôndria e é ativada após receber o potencial energético (NADH,FADH). 
Glicose – piruvato – acetil coa – FADH/NADH – cadeia transportadora de elétrons – remoção do potencial 
energético – ativação da enzima ATP sintase – ADP + Pi =ATP. 
 
Fígado (hepatócitos) 
Gordura (ácidos graxos) – piruvato – acetil-coa – Krebs – fosforilação oxidativa – ATP. 
A gordura passa pelo fígado para ser metabolizada, e depois é armazenada nos adipócitos. Em jejum 
prolongado, essa gordura passa novamente pelo fígado para ser usada como fonte de energia. Esse ATP é 
produzido no fígado, e ara que ele possa ser distribuído pelo corpo, acontece uma segunda via. 
Acetil-coa – corpos cetonicos – sangue – cels – acetil-coa – Krebs – fosf ox – ATP. 
Os corpos cetonicos conseguem circular, entrando na cel e formando acetil-coa para que ocorra a 
formação de ATP e ocorra energia para todo o corpo. 
 
ETIOPATOGENESE GERAL DAS LESOES 
Etio=causa/patogenia=doença 
 
HIPOXIA 
È a falta de O2 nos tecidos e pode ser localizada: causada por problemas vasculares ou sistema causada 
por problemas nas hemácias, danos pulmonares etc. 
Acomete as cels, ocorrendo simultaneamente: 
 Acumulo de acetil-coa (se transforma em ac graxo) – esteatose (acumulo de gordura nas cels. 
 Acumulo de piruvato (se transforma em ac lático) faz com que abaixe o PH da cel.A queda do PH 
degrada as proteínas histonas – condensação do DNA – diminui as sinteses – ruptura da membrana 
citoplasmática.O DNA condensado não funciona, inibindo a função da cel. 
 Alteração nas bombas de Na/K, que necessitam de ATP. Na hipóxia, as bombas param. Com a 
entrada de Na nas cels, entra também a agua, causando acumulo de agua (degeneração hidrópica). 
 Alteração nas bombas de cálcio, existente nas membranas citoplasmáticas, mitocondrial e do RE. O 
cálcio quer entrar no citoplasma e a bomba de Ca impede o acumulo. Com a falta de ATP as 
bombas param, e a partir do acumulo de cálcio na cel, ativa a enzima fosfolipase que degrada 
citoesqueleto e membranas. 
 
Logo as alterações das cels são: 
 Esteatose 
 Condensação do DNA 
 Bombas de Na/K 
 Bombas de cálcio 
OBS: se o DNA não estivesse condensado, ele repararia essas alterações. 
 
Ponto de não retorno: mesmo com o retorno de O2 a cel morre, ocorre quando a alteração é extrema na 
mitocôndria. O tempo que a célula suporta sem O2 varia. 
A dor causada pela hipóxia é a ANGINA. Ocorre porque o acumulo de ADP e fosfato irrita terminações 
nervosas, causando a dor. 
No caso de infarto (por obstrução): normalmente no esforço físico os vasos dilatam. Quando há uma 
obstrução, não ocorre a dilatação. 
O infarto do metabolismo acelerado ocorre porque aumenta a demanda de O2 por causa do esforço, e 
como há obstrução, não irá dilatar levando a hipóxia das cels. 
 O infarto em repouso ocorre por aumento da obstrução. 
Lesão por reperfusão: quando oxigênio é reestabelecido subitamente após uma lesão de hipóxia. Ocorre 
porque as mitocontrias foram danificadas e para a fosforilação oxidativa, liberam muitos RLs. 
 
RADICAIS LIVRES 
São moléculas altamente reativas que conseguem reagir com qualquer outro tipo de molécula, inclusive 
com o DNA. Iniciam as reações de amplificação, levando a produção de quantidades cada vez maiores de 
RLs. 
Fontes: fumaça de cigarro, alimentos, poluição, medicamentos etc. 
Podem ser produzidos pelas próprias cels, especialmente na reação que transforma O2 em H2O. Os 
radicais produzidos pelas cels são necessários. 
Metais de transição: ferro e cobre tem grande afinidade pelo RLs. 
Mecanismo anti-oxidantes: 
1. Enzimas varredoras de RLs: se ligam ao radical e o bloqueiam. 
2. Proteínas transportadoras ou de estocagem: ligadas a ferro e cobre, assim estas não se ligam aos 
radicais. 
3. Vitaminas A, C e E. 
 
Todo agente lesivo que altera o DNA, pode causar câncer. 
Com o tempo os radicais estragam as cels, causando o envelhecimento precoce. 
 
VARIAÇOES NA TEMPERATURA 
1. BAIXA TEMPERATURA LOCALIZADA 
Há vasoconstrição periférica para evitara perda de calor – se prolongada, pode levar a hipóxia localizada e 
necrose. 
 
2. BAIXA TEMPERATURA SISTEMICA 
Em ambientes frios. A queda da temperatura corporal leva á queda das atividades das enzimas – queda 
progressiva do metabolismo – parada do centro cardiorrespiratório. 
 
3. ALTA TEMPERATURA LOCALIZADA 
Por queimaduras. O calor ativa mastócitos que liberam histamina – aumenta a permeabilidade vascular – 
forma bolhas, pois o plasma acumula no tecido. Há risco de choque hipovolêmico (queda da volemia) e 
séptico (bactérias). 
 
4. ALTA TEMPERATURA SISTEMICA 
Sudorese excessiva - hipovolemia – hipóxia sistêmica 
Perde agua do sangue, ficando viscoso e diminui a oxigenação do corpo. 
 
A temperatura do corpo estando normal possibilita ações das enzimas intracelulares. 
Se não retirar o tecido morto da queimadura, algumas bactérias moram nesse tecido e produzem toxinas 
que podem entrar no sangue e causar choque séptico. 
 
BAIXA PRESSÃO ATMOSFERICA 
Ocorre em granes altitudes, as moléculas de O2 ficam mais espalhadas. 
Há uma baixa tensão de O2 na atmosfera – hipóxia sistêmica. Ocorre por mudança súbita de altitude. 
Ocorre vasoconstrição periférica para aumentar sangue e O2 no pulmão. 
Na inspiração as hemácias não captam todas as moléculas de O2. Para adaptar, o organismo aumenta a 
produção de hemácias, para que pegue mais O2. 
Quem esta em grandes altitudes possui mais hemácias. 
 
MONOXIDO DE CARBONO 
Fumaça em local fechado. O monóxido de carbono tem grande afinidade pela hemoglobina, com a qual se 
liga formando carboxihemoglobina, incapaz de transportar O2 – hipóxia sistêmica. 
 
RADIAÇÃO IONIZANTE 
É muito lesiva e atua de 2 formas ao mesmo tempo. 
1. Ação direta: altera diretamente qualquer tipo de molécula da célula, inclusive o DNA. 
2. Ação indireta: atua na agua intracelular, quebrando-a em RLs que por sua vez, vão degradar 
moléculas. 
Cels mais sensíveis: cels tronco, epiteliais, linfócitos, endoteliais, plaquetas etc. As que se proliferam mais 
rápido. 
Cels mais resistentes: ósseas, serosas, cartilaginosas e musculares. 
Os efeitos da radiação dependem da dosagem. 
Uma irritação de corpo todo com uma dosagem baixa vai causar náuseas, vômitos e uma pequena 
destruição de linfócitos. A medida que aumenta a dosagem, outras cels passam a ser afetadas, e o 
organismo começa a apresentar hemorragia e diarreia. Doses altas conseguem afetar o SNC levando a 
convulsão e morte. 
Na baixa dose de radiação a cel consegue reparar. 
Náusea e vomito são sinais prodromico/inespecífico. Porque destrói o ep gastrointestinal. 
A destruição do endotélio de vasos e das plaquetas causa a hemorragia. 
Destruição de linfócitos e neutrófilos
causa infecção. 
PESTICIDAS 
Pode ser por contato direto, inalado ou ingerido. Atuam em praticamente todos os órgãos, causando 
diversas alterações. 
DDT: permanecem na cadeia alimentar 
Cianeto: presente nos fumicidas (mata formiga) causa a morte em poucos minutos. 
Para de produzir ATP porque bloqueia a cadeia respiratória. 
Causa câncer de fígado. 
 
CHUMBO 
Presente em tintas, pilhas, baterias, soldas metálicas etc. 
Depositam-se em ossos (mas não o altera), onde permanece por muitos anos. 
Causa diversas alterações. 
1. Prejudica a bomba de Na/K das hemacias, diminuindo sua meia vida e causando anemia hemolítica 
– por causa do acumulo de agua. 
2. Causa insuficiência renal pela via de excreção. 
3. Prejudica o metabolismo da Vit D. A vitamina D é essencial para absorção de cálcio. 
4. Prejudica o desenvolvimento cerebral de filhotes. 
5. Causa diversos efeitos no cérebro já desenvolvido. 
6. Causa “linha de chumbo” gengival. 
 
A molécula de chumbo é semelhante a de cálcio. Os osteoblastos não os diferem, por isso acumula 
chumbo. Os osteoclastos devolvem o chumbo a circulação e assim eles causam seus efeitos. 
Por ser semelhante ao cálcio, atrapalha a sinapse dos neurônios. 
 
ACUMULOS INTRACELULARES 
 
DEGENERAÇÃO HIDROPICA 
Acumulo e agua nas cels. Causada por qualquer agente lesivo que interfere no funcionamento das bombas 
de Na/K. Para funcionarem corretamente, as bombas precisam de: 
1. ATP 
2. Integridade da membrana citoplasmática 
3. Integridade do mecanismo da bomba 
Aspectos morfológicos: 
Micro: cels grandes, claras e com núcleo central. 
Macro: órgão pálido e aumentado de volume. 
Evolução: sem grandes consequências a menos que seja muito intensa e demorada. 
DEGENERAÇÃO HIALINA 
Acumulo de proteínas nas cels: proteínas endocitadas, corpos apoptoticos, material virótico etc. Podem ser 
proteínas fisiológicas ou patológicas. 
 
ESTEATOSE 
Acumulo de gordura nas cels (exceto adipócitos). 
Mais comum no fígado. A gordura quando entra nos hepatócitos é metabolizada em corpos cetonicos, 
fosfolipideos, esteres de colesterol e triglicerídeos. Para conseguirem sair dos hepatócitos, os triglicerídeos 
precisam se ligar a apopreoteina, formando lipoproteína. 
Dentro do hepatócito, a gordura fica em vesículas que são transportadas pelo citoesqueleto ate a 
membrana citoplasmática. 
Causas: 
1. Hipóxia: acumula acetil-coa, causa esteatose em qualquer cel. 
2. Ingestão excessiva de gordura: o fígado não consegue processar na mesma medida. 
3. Desnutrição/inanição: Esgotada a glicose, é usada a gordura. A chegada de gordura é mais intensa, 
o fígado não consegue processar. Além de não produzir apoproteina por não ingerir aminoácidos. 
4. Aumento do aporte de gorda proveniente da lipólise 
5. Diminuição da apoproteina. 
Proteínas endocitadas: a célula captura proteína. Apoproteina não é estocada, é produzida a partir de 
aminoácidos da dieta. 
O citoesqueleto guia as vesículas, para que essas se fundem a membrana plasmática e liberem a gordura. 
Álcool provoca esteatose. 
 
Aspectos morfológicos: 
Micro: hepatócitos com macro e microvesículas de gordura. 
Macro: fígado grande, amarelado e untuoso (gosmento). 
Evolução: reversível ate certo ponto. Pode evoluir para cirrose hepática. Em caso de traumatismo hepático, 
os hepatócitos podem se romper e a gordura liberada pode entrar nos vasos sanguíneos (embolia 
gordurosa). 
Fígado tem capacidade regenerativa. Regenera poucos hepatócitos, quando a lesão é grave ocorre o 
reparo, deixando o fígado com tecido conjuntivo que não se refaz ao estado original. 
Cirrose: reparo. 
 
ACUMULO DE COLESTEROL – ATEROSCLEROSE 
Ocorre quando a taxa de colesterol é alta devido a dieta ou problemas genéticos (hipercolesterolemia 
congênita). Afeta principalmente vasos sanguíneos com fluxo turbulento como as coronárias. 
Mecanismo de formação: o sangue circulante possui muitas moléculas de colesterol que lesam as cels 
endoteliais. Essas cels lesadas se afastam criando microespaços. O colesterol infiltra na camada intima. 
Com a lesão, são atraídos monócitos, se infiltrando também na camada intima – macrófagos. 
Vai acumular colesterol no macrófago. Enquanto o SI esta atuando, ele libera mediadores químicos, alguns 
destes fazem com que cels da camada muscular migrem para a camada intima. 
Esta cel da camada muscular também absorbe glicose como um “reforço” para o macrófago. 
Outros mediadores químicos induzem a formação de uma capsula de tecido conjuntivo fibroso no local 
(ateroma ou placa ateromatosa). 
Aumento do colesterol no sangue, continuando esses processos que fazem com que a capsula aumente, 
empurrando o endotélio. 
 
OBS: receptores de superfície. 
São proteínas altamente especificas presentes na membrana citoplasmática, e que fazem a interligação 
entre o meio extra e intracelular. 
Alguns receptores também auxiliam no transporte de moléculas para dentro da cel, como é o caso dos 
receptores de colesterol auto-regulaveis exceto macrófagos e cels musculares lisas que possuem 
receptores permanentes. 
 
Ateroma: capsula de tecido conjuntivo fibroso 
 Macrófago e cels musculares lisas normais 
 Macrófago e cels musculares lisas com colesterol = cels espumosas 
 Colesterol 
 Cristais de colesterol. 
A capsula fibrosa regride com a correção da dieta. 
 
MORTE CELULAR 
Dependendo da intensidade do agente lesivo, a cel pode morrer por necrose ou por apoptose. A apopstose 
requer que a cel tenha um mínimo de integridade para acionar o sistema. 
 
NECROSE 
Sempre acompanha processo inflamatório. É a morte celular seguida de autolisee ocorre em organismos 
vivos. 
 
1. Necrose isquêmica ou por coagulação 
É a morte por hipóxia em todos os tecidos, exceto o cérebro. 
Aspectos morfológicos: 
Micro: a arquitetura tecidual é mantida por algum tempo, porem as cels já não apresentam núcleo. 
Macro: área cuneiforme, com base voltada para a superfície do órgão, esbranquiçada e com halo 
eritematoso ao redor. 
 
2. Necrose por liquefação 
Ocorre pus. Em 2 situaçoes, na morte por hipóxia do tecido cerebral e em infecções bacterianas focais nas 
quais há grande liberação de enzimas que liquefazem o tecido. 
 
3. Esteatonecrose ou necrose enzimática de tecido adiposo 
Ocorre quando há ruptura de adipócitos: a gordura extravasada reage com sais alcalinos do meio 
extracelular (reação de saponificação) formação de estruturas com aspecto de pingo de vela. Ocorre 
geralmente em traumas. 
 
4. Necrose caseosa 
Ocorre na tuberculose.Macro: aspecto de massa de queijo. 
 
Evolução das necroses: 
1. Regeneração: ocorre quando o tecido tem capacidade de proliferação e a lesão é pequena. O tecido 
morto é fagocitado e as cels normais da região proliferam e refazem o local 
 
2. Reparo: substituição da área necrosada por tecido conjuntivo fibroso. Ocorre em 2 situaçoes: 
quando o tecido não tem capacidade proliferativa, ou quando tem capacidade proliferativa mas a 
lesão é muito extensa, ocorre uma certa proliferação mas não é suficiente. 
 
3. Encistamento: ocorre em necroses volumosas. Há formação de uma capsula de tecido conjuntivo 
em torno da lesão. Enzimas de lisossomos liquefazem o tecido e é absorvido ate desaparecer. 
Processo lento. 
 
4. Eliminação: ocorre quando o material necrótico é eliminado do organismo através de alguma 
estrutura que se comunica com o meio externo. 
 
5. Calcificação: o tecido necrosado atrai o cálcio. É comum em necrose caseosa. È dura e amarelada e 
uma vez calcificada não há reversão. 
 
6. Gangrena: ocorre quando a necrose sofre influencia do meio externo: 
a) Gangrena seca: a área desidrata e fica
escura e ressecada. Comum em necrose isquêmica de 
extremidade. 
b) Gangrena úmida: há contaminação da necrose por bactérias produtoras de enzimas que liquefazem 
o tecido, e gases fétidos que se acumulam em bolhas. Há rico de choque séptico. 
c) Gangrena gasosa: há contaminação por bactérias que vivem na terra. 
 
APOPTOSE 
Também chamada de morte celular programada, pode ser fisiológica ou patológica. A cel aciona 
mecanismos que levam a sua fragmentação e endocitose por cels vizinhas, sem acionar um processo 
inflamatório. A cel não morreu, mas foi danificada ou não tem mais utilidade. Não há processo 
inflamatório pois não há dano a membrana citoplasmática, são atraindo cels do SI. 
Aspectos morfológicos: a cromatina se condensa junto a carioteca – membrana citoplasmática emite 
brotamentos ao mesmo tempo em que o núcleo é fragmentado – os brotos (corpos apoptoticos) se soltam 
e são endocitados por cels vizinhas. 
 
Vias de ativação 
1. Fisiológica: via receptores de superfície, dependendo do receptor ativado, a apoptose pode ocorrer 
ativada através de BAX ou CASPASE. 
2. Patológica: Via dano a membrana mitocondrial 
3. Patológica: via dano a membrana citoplasmática – ativa a esfingonuclease que liga com a 
membrana produzindo ceramidas que ativam bax. 
4. Patológica: via dano ao DNA p/53 
 
Gene bax é próprio do mecanismo da apoptose, esse gene codifica a proteína bax, age na mitocôndria 
abrindo o meca canam mitocondrial. Pelo canal sai citocromo C e AIF, esses no citoplasma ativam a enzima 
caspase provocando alteração no citoesqueleto para que a cel emita os brotamento, e ativa uma enzima 
no núcleo, a endonuclease que o fragmenta. 
 
1. Fisiológica: via receptores de superfície, dependendo do receptor ativado, a apoptose pode ocorrer 
ativada através de BAX ou CASPASE. 
 A ordem de sofrer apoptose vem de outra cel normal. Essa cel libera proteínas sinalizadoras, e na 
membrana da cel danificada tem receptores para essas proteínas. 
Ao ocorrer a ligação da proteína, o receptor do lado de dentro se altera, alterando também as 
proteínas do próprio receptor, criando uma serie de reações, resultando na ativação do gene bax. 
Via de sinalização extracelular: das proteínas ate o receptor. 
Via de sinalização intracelular: dentro da cel, ate ativação do gene bax. 
 Ou a reação em cadeia ativa diretamente a caspase. Da mesma forma, so que com outras proteínas 
e pulando etapas do ciclo. 
 
2. Patológica: Via dano a membrana mitocondrial 
 Um agente lesivo (RLs) altera a mitocôndria e há liberação de citocromo C e AIF ativando a caspase. 
 
3. Patológica: via dano a membrana citoplasmática – ativa a esfingonuclease que liga com a 
membrana produzindo ceramidas que ativam bax. 
 Internamente a membrana existe uma enzima inativa, a esfingonuclease. Com a lesão da 
membrana, a enzima é ativada e reage com componentes da membrana e produz ceramidas e essa 
ativa o gene bax... 
 
5. Patológica: via dano ao DNA p/53 
 No ciclo celular, logo após a fase G1, antes da duplicação do DNA, ocorre um checkpoint para 
conferir e reparar erros. Nesse momento ativa um gene P/53 que ativa a proteína p/53 e essa 
percorre o DNA procurando erros: 
 Não tem erro: a cel é liberada e vai para a fase S. 
 Erro: ativa o gene de reparo do DNA, a cel é reparada e segue para a fase S. 
 Erro e genes de reparo não funcionam: a p/53 ativa bax e tem apoptose 
 Mutação no p/53 – não tem checkpoint e a cel se duplica com erro, pode causar câncer. 
 
PIGMENTAÇOES PATOLOGICAS 
BILIRRUBINA 
Pigmento amarelo produzido a partir da fagocitose de hemácias velhas por macrófagos do baço. 
Mecanismo de síntese: macrófago fagocita hemácias e a hemoglobina é quebrada em 3 partes – 
porção heme, globina e ferro. 
 Porção heme: biliverdina (verde) – Bb não conjugada (amarela) – sangue – porção ligada a 
albumina – fígado – hepatócito – ligação com as proteínas ligandina e Z – conjugação com o 
acido glicuronico – Bb conjugada – intestino – ação das bactérias – urobilinogenio – reabsorvido 
– eliminado pela urina em forma de urobilina (amarelo). 
 Parte da porção heme é solta no sangue na porção livre. 
 Parte da Bb conjugada vira estercobilina que da cor as fezes. 
 Antes de cair no sangue o processo é dentro do macrófago. 
 
Icterícia: sinal clinico da hiperbilirrubinemia. O excesso de Bb se deposita nos olhos, órgãos internos e pele. 
Causas: 
1. Aumento da produção de Bb (destruição de hemacias) 
2. Insuficiência hepática: produz Bb normalmente, mas o fígado não há processa e acumula Bb no 
sangue. As fezes ficam claras e a urina escura (hepatite) a Bb vai para urina. 
 
HEMOSSIDERINA 
Pigmento marrom dourado produzido a partir do ferro das hemácias. Dentro do macrófago, o ferro livre se 
liga com apoferritina (proteína de estocagem), formando ferritina. 
Se houver excesso de ferritina elas vão se fundindo e formam a hemossiderina (grânulos no macrófago). 
Deposição sistêmica: em macrófagos de vários órgãos (anemia hemolítica). Não tem hematoma. 
Deposição localizada: em equimose, hematomas etc. 
1. Roxo: hemoglobina desoxigenada (antes do macrófago) 
2. Amarelo esverdeado (durante macrófago) 
3. Amarelo claro (depois do macrófago) 
Trauma com rompimento vascular, a hemácia morre. 
 
HEMATINA 
Pigmento negro produzido a partir do contato do sangue com um meio acido. È importante para 
diagnostico das hemorragias digestivas: 
 Alta severa: hematênese com sangue vermelho. 
 Alta branda: melena com sangue escuro. 
 Baixa severa ou branda: melena com sangue vermelho. 
 
Hemorragia alta: do estomago para cima, cai no estomago e dá reflexo de vomito. 
Hemorragia baixa: abaixo do estomago, no intestino. 
Hematenese: vomito com sangue 
Melena: sangue nas fezes 
CALCIFICAÇOES PATOLOGICAS 
O excesso de cálcio é eliminado pelo suor, urina e fezes. O controle da calcemia é extremamente 
importante para o organismo. 
 
Fatores que influenciam a calcemia: 
1. Cálcio e vitamina D: para que o cálcio seja absorvido no intestino precisa de vit D. A síntese da Vit D 
é feita por precursores presentes na pele que não ativado pelas luz UV – fígado – rins – intestino. 
A vit D é sintetizada pelo próprio organismo, pela luz solar. Nos rins os precursores viram vit D – 
depende da integridade de fígado e rins. 
 
2. Cálcio e fosfato: excesso de fosfato (hiperfosfatemia) inibe os precursores da vit D, diminuindo a 
absorção de cálcio. 
 
3. Paratormônio PTH: hormonio liberado pela paratireoide em caso de hipocalcemia. Funciona a partir 
do cálcio da dieta. Atua das seguintes formas: 
 Aumenta atividade de osteoclastos (sempre). 
 Atua no intestino, aumentando absorção de Ca (depende de vit D). 
 Atua nos rins, aumentando a excreção de fosfato e retenção de Ca (depende do rim integro). 
Osteoclastos: removem o cálcio dos ossos e mandam para corrente sanguínea. 
 
CALCIFICAÇÃO DISTROFICA 
Não é reversível. É a deposição de cálcio em lesões (geralmente lesões antigas), comum em ateromas, 
trombos, focos de necrose caseosa etc. não depende da calcemia mas é favorecida pela hipercalcemia. 
 
CALCIFICAÇÃO METASTATICA 
Deposição de cálcio em tecidos moles, devido a hipercalcemia. 
 
Causas de hipercalcemia: 
1. Aumento de PTH: aumenta a absorção de cálcio. 
 Tumor benigno na paratireoide (produção alta e continua de PTH) 
 Tumor maligno inicial em paratireoide (aumenta PTH) 
 Produção ectópica de PTH por tumor maligno avançado ( produção de PTH fora da paratireoide 
 
2. Destruição/reabsorção óssea: 
 Imobilidade prolongada 
 Tumor maligno ósseo primário 
 Metástase óssea 
 Doenças osseas variadas 
 
3. Insuficiência renal
 Diminui vit D – diminui Ca – aumenta PTH – desregula – hipercalcemia – calcificação 
metastática. 
 Com retenção de fosfato: diminui vit D – diminui Ca – aumenta PTH – desregula... 
 Com o rim lesado são há como o paratormônio stuar no intestino, pois produção de Vit D é 
no rim. 
Fosfato inibe os precursores de Vit D. 
 
4. Insuficiência hepática 
 Diminui vit D – diminui Ca – aumenta PTH – desregula – hipercalcemia – calcificação 
metastática. 
 
5. Desnutrição: não tem cálcio da dieta 
 Diminui Ca – aumenta PTH – desregula – hipercalcemia – calcificação metastática. 
 Esteatose – insuficiência hepática – diminui vit D - diminui Ca – aumenta PTH – desregula – 
hipercalcemia – calcificação metastática. 
 
Aspecto morfológico – macro: áreas ou nódulos esbranquiçados, de consistência pétrea e radiopaca. 
Evolução/consequências: dependem do local e tamanho, de modo geral são inócuas, inertes e 
permanentes. A hipercalcemia é mais importante do que a calcificação. 
 
OBS: Tumor benigno não é câncer, são replicas da cels locais e com mesma função. 
Tumor maligno é câncer. Inicialmente as cels são semelhantes ao tecido de origem (bem diferenciado), 
com o avanço essas cels alteradas se proliferam com erros, cels atípicas (mal 
diferenciadas/indiferenciadas). Um câncer avançado pode produzir qualquer hormônio. 
Metástase: as cels do tumor migram pelo sangue pu pela linfa e se proliferam em outros locais. 
Quando um tumor produz PTH, a paratireoide para de produzir e hipotrofia. 
 
INFLAMAÇÃO 
Reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor, caracterizada pela saída de líquidos e de cels do 
sangue para o interstício. 
Cels que participam: 
 Mastócitos: cels residentes, liberam vários mediadores químicos, sendo o principal a histamina 
(potente para causar vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular) – inicia a inflamação. 
 Basófilos: pequeno numero circulante, também liberam histamina. 
 Plaquetas: liberam diversos mediadores pro-inflamatórios. 
 Terminações nervosas: liberam taquicininas. Ex: substancia P – quimiotática para neutrófilos e 
macrófagos, causa vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, induz a degranulação de 
mastócitos. 
 Monócitos/macrófagos: no sangue e no tecido respectivamente, grande capacidade fagocitária, 
possuem receptores para componentes bacterianos, anticorpo etc. 
M1 são pro-inflamatórios. 
M2 são anti-inflamatórios e pro-cicatrização. 
 Neutrófilo: migram do sangue para os tecidos, onde sobrevivem de 24 a 48 hrs. São as primeiras 
cels no processo inflamatório. 
 Linfócitos: libera diversos mediadores que regulam o processo inflamatório. 
 Endotélio: participa ativamente da exsudação celular (célula ir para o tecido). 
 
O processo de cicatrização ocorre durante o processo inflamatório. Inflamação consiste em levar os 
leucócitos e cels de defesa para o sitio da injuria, onde há cels mortas. 
Pro-inflamatorios: atrai leucócitos ou causar vasodilatação e aumento da permeabilidade. 
Inflamação aguda: mais neutrófilos e cels do SII. 
Inflamação crônica: mais macrófagos, linfócitos, plasmocitos e cels do SAI. 
 
É a resposta imediata e inicial a um agente agressor, tem 3 componentes principais: 
1. Alteração no calibre vascular, levando a um aumento do fluxo sanguíneo. 
2. Alteração no endotélio para permitir a saída de cels e plasma. 
3. Migração dos leucócitos e seu acumulo no sitio da injuria. 
 
Mecanismo das alterações vasculares (aguda ou crônica): 
 Mediadores químicos provenientes do sitio da injuria estimula a dilatação dos vasos sanguíneos da 
região (rubor e calor) – mediadores estimulam um aumento da permeabilidade vascular, com a 
abertura de GAPs endoteliais – extravasamento de plasma (edema – tumor) – aumento da 
viscosidade do sangue e diminuição da velocidade do fluxo – exsudação celular – leucócitos passam 
a circular próximo do endotélio – marginação leucocitária – mediadores do sitio da injuria 
estimulam o endotélio a expressar as molecular de adesão E-selectina e P-selectina - ligação 
química frouxa entre as selectinas do endotélio e a L-selectina já existente na superfície dos 
leucócitos – o fluxo de sangue empurra os leucócitos sobre o endotélio (rolamento leucocitário) – 
mediadores estimulam o endotélio a expressar a molécula ICAM-1 – enquanto rolam, leucócitos 
aumentam a expressão das moléculas LFA-1 – ligação química forte entre ICAM-1 e LFA-1 – 
leucócitos param sobre o endotélio (pavimentação leucocitária) – através da emissão de 
pseudopodes, o leucócito força a passagem entre as cels endoteliais – ligação química entre as 
integrinas beta2 dos leucócitos e moléculas de adesão interendoteliais CD31 – leucócitos passam 
para o interstício (transmigração) – leucócitos iniciam locomoção na direção de maior gradiente de 
concentração dos mediadores quimiotaticos através da emissão de pseudopodes na direção dos 
receptores ativados (quimiotaxia) 
 Fagocitose: usando receptores de superfície, leucócitos reconhecem o alvo (reconhecimento e 
adesão) – a adesão dispara, via sinalização intracelular, o englobamento – formação de um vacúolo 
fagocitico chamado fagossomo – fusão de lisossomas do fagócito com o fagossomo, formando o 
fagolisossomo - a fagocitose estimula uma explosão no consumo de O2 e há formação de grandes 
quantidade de radicais livres dentro do fagolisossomo – enzimas e RL’s destroem o alvo – injuria 
tecidual – quando o lisossomo se funde com a membrana do fagossomo, que ainda não esta 
completamente fechado, permitindo que enzimas caiam na matriz – radicais e enzimas também são 
jogadas na matriz, contribuindo para a injuria tecidual. 
 
Sinais cardinais: dor (bradicinina), rubor, calor e tumor. 
Vasodilatação e aumento da permeabilidade: quanto mais sangue , mais vermelho a área e mais quente. 
 
CICATRIZAÇÃO 
Pode ser feito através da regeneração ou do reparo, dependendo do tipo celular envolvido e do tamanho 
da lesão. 
 
Tipos celulares: 
 Cels lábeis: proliferam o tempo todo para repor as cels perdidas (epitélio). 
 Cels estáveis: proliferam apenas se houver necessidade (fibroblastos,vasos). 
 Cels perenes: não proliferam (cels nervosas, musc. Cardíacas e musc esqueléticas.) Nesse caso 
ocorre reparo. 
 
Mediadores químicos: 
1. Fator de crescimento: produzido por varias cels, tem a função principal de proliferação celular. 
2. Fator de diferenciação: ativando e inativando genes, faz com que a cel adquira uma nova função 
necessária para uma situação especifica. A função antiga não é recuperada – apoptose via receptor 
de superfície. 
 
Componentes do processo: 
 Formação de novos vasos sanguíneos 
 Migração e proliferação de fibroblastos. 
 Deposição de matriz extracelular (colágeno). 
 Maturação e organização do colágeno (remodelação). 
 
Eventos na cicatrização de um ferimento por reparo 
 Os processos de inflamação, coagulação e cicatrização começam juntos. 
 Ferimento – rompimento de vasos sanguíneos – extravasamento de sangue – formação do coagulo 
sanguíneo que servira de matriz provisória para migração das cels nos vasos rompidos: ativação do 
sistema de coagulação para formar o tampão plaquetario – as plaquetas são as primeiras cels que 
liberam fatores de crescimento para os fibroblastos – fibroblastos começam a proliferar e a migrar 
em direção ao sitio da injuria, já iniciando a produção de colágeno. 
 OBS: produção de colágeno: utilizando vitamina C, os fibroblastos produzem o pro-colageno que é 
lançado na matriz. La ele forma fibrilas colágenas, que se fundem formando fibras colágenas. Após 
produzirem todo o colágeno necessário, os fibroblastos colocaram as fibras na orientação 
adequada par aquele tipo
tecidual, de forma que a fibrose adquira resistência. 
 Ao mesmo tempo: o processo inflamatório já iniciou. Há vasodilatação e o aumento da 
permeabilidade vascular no sitio da injuria – neutrófilos exsudão e atuam por 48hrs (inf. Aguda) – 
neutrófilos são substituídos por macrófagos, linfócitos e plasmocitos (inf. Crônica) – os macrófagos 
M2 assumem a função de produzir fatores de crescimento para os fibroblastos. 
 Devido ao grande acumulo de cels na região, há necessidade de proliferação dos vasos sanguíneos 
na região (angiogenese). O pico de neovascularização é em torno do quinto dia. 
 O coagulo sanguíneo é invadido por fibroblastos, leucócitos e vasos sanguíneos, passando a ser 
chamado tecido de granulação. 
 A camada basal do epitélio prolifera, fechando a superfície do sitio da injuria em +- 24 hrs. A 
proliferação das cels basais continua para formar as camadas superiores do epitélio. 
 Apesar do processo de cicatrização começar junto com o processo inflamatório, a prioridade é a 
inflamação. A medida que a inflamação vai diminuindo (começa a reduzir em torno do 15º dia), a 
cicatrização vai se intensificando. 
 No final forma-se a fibrose (ou cicatriz, ou área de reparo). 
 
Cicatrização por primeira intenção 
 Ocorre em ferimento com bordas aproximadas naturalmente ou por sutura. 
 No 3º dia se forma o tecido de granulação. 
 No 5º dia ocorre o pico de angiogenese. 
 Com 15 dias a inflamação começa a diminuir, a síntese de colágeno aumenta e os vasos sanguíneos 
recém-formados começam a entrar em apoptose. 
 Com 1 mês a produção de colágeno esta finalizada e a sua remodelagem começa (feita pelas 
enzimas metaloproteinases de matriz e pela ação dos fibroblastos). 
 
Cicatrização por segunda intenção 
 Ocorre em ferimentos com bordas afastadas. 
 Há diferenciação de alguns fibroblastos em miofibroblastos. 
 Tem mais tecido de granulação, inflamação, é mais intenso e demora mais para cicatrizar. 
 
Resistência tecidual 
 Com uma semana, a região tem no máximo 10% da resistência original. 
 Ela aumenta durante +- 4 semanas e atinge um platô de no máximo 80% no 3º mês. 
 
Fatores sistêmicos X cicatrização 
 Fatores circulatórios: quanto mais irrigado a área, mais provável a inflamação, coagulação e 
cicatrização. 
 Alteração de medula óssea (radiação). 
 
Fatores locais X cicatrização 
 Infecção 
 Presença de corpos estranhos (devem ser removidos). 
 Movimentação precoce do ferimento, por arrebentar fibras colágenas. 
 
Complicações: 
 Deiscência: ferimentos abertos. 
 Contratura ou retração: comum em queimaduras e estica o colágeno. 
 Excesso de tecido de granulação: tecido esponjoso que impede a fusão do epitélio deixando a 
ferida aberta, deve ser removido. 
 Queloides: excesso de colágeno ou em suturas. 
 
Inf. aguda. (48hrs) 
Exsudação: saída de cels, proteínas e fluidos do sangue para o tecido. 
Exsudato: fluido rico em cels, proteínas que indica o aumento da permeabilidade vascular devido a injuria. 
Transudato: fluido claro com baixo conteúdo proteico e pouca ou nenhuma cel (rinite). 
 
Resposta dos vasos linfáticos e linfonodos: 
Toxinas provenientes do sitio da injuria (e ate mesmo microrganismos) podem ser drenados pela cadeia 
linfática e inicia processo inflamatório no linfonodo (linfadenite) ou no vaso (linfangite). 
O linfonodo apresenta os sinais cardinais, aumenta de tamanho e mantem a mobilidade. 
 
Padrões morfológicos: sempre há vasodilatação e acumulo de plasma, mas alguns padrões morfológicos se 
sobrepõem. 
 
1. Inflamação serosa: exsudato pobre em cels, fluido e sem injuria. Ex: rinite. 
 
2. Inflamação fibrinosa: há um aumento da permeabilidade vascular mais intenso, permitindo a saída 
de fibrinogênio que se transforma em fibrina (cola de plaquetas). 
Característica de inflamação no revestimento de cavidades (pleura, pericárdio, peritônio, 
meninges). Esses exsudatos podem ser removidos por macrófagos ou ser transformados em tecido 
conjuntivo (organização), nesses casos, a membrana ir a se aderir ao órgão e prejudicar sua 
movimentação. 
 
3. Inf. Purulenta ou supurativa: há produção de pus (leucócitos mortos + debris celulares + tec. 
Liquefeito). São causados por bactérias piogenicas. Nesses casos os neutrófilos podem ser 
chamados de piocitos. Podem adquirir aspectos clínicos variáveis: 
a) Pústula: (espinha interna) ocorre em pele e mucosas. O pus se acumula em um espaço e é 
circundado por um halo inflamatório (membrana piogenica). Possui cavidade central com 
pus, camada interna e camada externa ( vasodilatação e proliferação de fibroblastos). 
Geralmente se cura por reparo (de fora para dentro) após a absorção do pus, ou sua 
eliminação através de uma ulcera ou fistula. 
Se o pus não for absorvido/eliminado, o abscesso é encapsulado – encistamento. 
b) Furúnculo: abscesso causado por estafilococos que penetram nos folículos pilosos ou em 
glândulas sebáceas. Indica baixa imunidade. 
c) Fleimao: o pus se infiltra no tecido conjuntivo que fica endurecido. Não há membrana 
piogenica. 
d) Abscesso frio: o pus segue por estruturas anatômicas e se acumula longe da origem, pode 
ocorrer na tuberculose. 
 
Evolução da inf aguda: 
1. Resolução completa (regeneração). 
2. Reparo (fibrose): em casos de grande destruição tecidual, quando o tecido não tem capacidade 
proliferativa ou quando há um exsudado fibrinoso abundante que não pode ser removido. 
3. Progressão para inf. Crônica. 
 
Inflamação crônica 
É uma resposta de duração prolongada na qual a inflamação, injuria tecidual e tentativas de reparo 
coexistam. É feita por macrófagos e linfócitos e pode vir direto ou seguida da aguda. Os sinais cardinais 
podem ou não estar aparentes. Algumas vezes a inf. Crônica pode sofrer modificações como por ex: 
1. Inf. Crônica granulomatosa: é uma tentativa de conter um agente lesivo difícil de erradicar. Há 
modificação nas cels do exsudato, que se organizam formando agregados chamados granulomas. 
a) Granuloma epitelioide ou imunogênico: os macrófagos agrupam-se e formam 
interdigitaçoes, unindo-se de forma semelhante as cels epiteliais (são chamadas cels 
epitelioides). As cels epiteliodes tendem a se organizar em camadas ao redor do agente 
lesivo. Ocorre na tuberculose. 
b) Granuloma tipo corpo estranho: provocado por partículas inertes não imunogênicas, como 
fio de sutura, partículas de talco, algodão etc. há cels epitelioide em um arranjo frouxo em 
torno do corpo estranho. 
Frequentemente são encontrados cels gigantes nos granulomas: 
Cels de langhans: possuem núcleos na periferia e aparecem nos granulomas imunogênicos. 
(tuberculose). 
Cels gigantes tipo corpo estranho: núcleos distribuídos no citoplasma. 
Obs: granulomas evoluem para fibrose, com o avanço do tecido conjuntivo da periferia para o 
centro dando o aspecto de casca de cebola. 
Se o agente lesivo e/ou o material necrosado no centro do granuloma não for absorvido, a 
fibrose se estabiliza, encapsulando-os. Se tudo for absorvido, a fibrose é remodelada. 
 
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
I- HIPERTROFIA 
- aumento quantitativo dos componentes e das funções celulares 
- a célula aumenta de tamanho 
- é uma adaptação a um aumento do trabalho celular 
- Exigências: - O2 e nutrientes em quantidades adequadas 
 - integridade celular 
 - inervação preservada (músculos) 
- ex: músculos devido a exercícios físicos 
 
II- HIPOTROFIA 
- redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares 
- a célula diminui de volume 
- Mecanismo: diminuição do metabolismo celular por inanição, desuso, falta de inervação,
etc 
- ex: senilidade( envelhecimento), paralisias 
 
III- HIPOPLASIA 
- diminuição da população celular de um tecido 
- Mecanismo: diminuição do ritmo de renovação celular e/ou aumento da taxa de destruição 
- ex: senilidade, hipoplasia de medula óssea, etc 
Geralmente em hipotrofia também tem hipoplasia 
 
IV- HIPERPLASIA 
- aumento do número de células de um órgão 
- só células lábeis e estáveis 
- Exigências: - O2 e nutrientes 
 - integridade celular 
- ex: hiperplasia secundária a estímulo hormonal, como o útero na gestação 
(não se enquadra em músculos) 
Geralmente a hipertrofia leva a hiperplasia 
 
V- METAPLASIA 
- mudança de um tipo celular adulto para outro de mesma linhagem, porém mais resistente 
- é uma adaptação a uma agressão repetitiva ou prolongada – processo inflamatório-fator de diferenciação-
modificaçoes das cels – tecido fica mais resistente. 
- Mecanismo: ativação e inativação de genes 
- ex: mudança de tecido conjuntivo para tecido cartilaginoso ou ósseo 
 
VI- DISPLASIA 
- condição caracterizada por aumento da proliferação celular e atipias celulares ( =as cels de origem com poucas 
alterações) 
- podem se originar de uma metaplasia 
- podem dar origem a uma neoplasia maligna(câncer) 
Desenho: 
Um agente lesivo altera o dna das cels- cels se multiplicam descontroladas com o dna alterado-não há mais check 
point-duplica a camada basal. 
Progressão pra câncer: quando as cels infiltram para o tecido conjuntivo – progressão em gota. 
 
- NEOPLASIAS (TUMORES) BENIGNAS- 
 
- células bem diferenciadas (cels iguais ao tecido de origem) 
- crescimento lento 
- células unidas e não-infiltrativas 
- tendem a formar massas esféricas expansivas 
- possuem cápsula fibrosa 
- remoção fácil (não requerem margem de segurança) 
Margem de segurança: tirar mais tecido para garantir total remoção. 
- não tendem a recidivar (aparecer novamente) 
- superfície íntegra 
- não causam efeitos sistêmicos 
# EXCEÇÕES: recidivas-ocorre quando a capsula é incompleta, localização complicada- ex : glândulas e aumenta a 
produção de hormônios. 
 
OBS: uma metaplasia pode progredir para uma displasia e esta pode progredir para uma neoplasia benigna. 
 
-NEOPLASIAS (TUMORES) MALIGNOS- câncer. 
 
- crescimento rápido 
- superfície ulcerada e com hemorragia branda 
- cels inicialmente bem diferenciadas; à medida em que o tumor progride vão ficando mal diferenciadas 
(indiferenciadas), até ficarem anaplásicas-não parece o tecido de origem , impossível identificar. 
- cels vão perdendo a coesão-vão se separando e infiltram no tecido. 
- crescimento infiltrativo com limites mal definidos 
- não possuem cápsula 
- exigem margem de segurança na remoção 
- tendem a recidivar 
- podem dar metástase 
- podem causar efeitos sistêmicos 
-neoplasias possuem o sufixo:oma 
-geram caquexia. 
OBS: neoplasia maligna em glândulas : bem diferenciada ( aumenta produção de horm) ,indiferenciada(diminui a 
produção de horm) e anaplasia ( destrói a glândula e não produz mais horm). 
- No osso leva a calcificação metastática. 
 
# Genes e neoplasias malignas não tem mais check point. 
 
1- protooncogenes: são os genes que comandam a divisão celular. Quando mutados, são chamados de oncogenes e 
favorecem a proliferação descontrolada 
2- genes supressores de tumor: controlam a proliferação celular, evitando a divisão desordenada 
3- genes de reparo do DNA 
4- genes da apoptose 
 
# Carcinogênese 
 
1- Carcinogênese viral: alguns tipos de câncer podem ser causados por vírus 
 
2- Carcinogênese química: 
 - agente iniciador: aquele capaz de alterar o DNA(sozinho causa câncer) 
 - agente promotor: aquele que causa inflamação em um local iniciado, favorecendo assim a proliferação das cels 
alteradas. Sozinho não causa câncer.( se associa ao iniciador e causa câncer facilmente) 
 Ex: -hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (alcatrão) presente em alimentos defumados + sal (agente promotor) 
 - aminas aromáticas (câncer no sistema urinário e fígado)-corante. 
 - aflatoxinas (câncer de fígado) –produzida por um fungo que pode ficar na ração,causa mutação em p53. 
 
3- Carcinogênese por radiação ultravioleta: a luz UV(sol) causa mutação em protooncogenes e em genes supressores 
de tumor 
OBS: sol é promotor e iniciador,ele afeta genes supressores de tumor e protoncogenese. A melanina é mais resistente 
ao UV ,logo animais com focinho rosa e pelo branco são mais sensíveis. 
-carcinoma epidermoide ou de cels escamosas(mais comum). 
 - melanoma: crescimento muito rápido, infiltração vertical, baixa sobrevida (pode ou não ser por sol).Comum na 
boca e da metástase muito rápido. 
OBS:uma pinta exposta ao sol tem mais chances de desenvolver câncer. 
 
4- Carcinogênese por radiação ionizante: afeta mais as cels com maior taxa de proliferação, como os epitélios 
 
# Metástase 
Antes da metástase o tumor invade o local. 
 
A) Invasão local: 
 1- receptores para fibronectina e laminina 
 2- produção do Fator Autócrino de Motilidade 
 3- produção de enzimas hidrolíticas 
 4- perda da coesão 
- alvo: vênulas e vasos linfáticos 
 
B) Metástase: formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas 
 1- Via linfática: 
 - regra geral: primeiro linfonodo ipsilateral 
 - Macro: firme, fixo e frio 
 2-Via sanguínea: 
 - geralmente a primeira metástase é nos pulmões 
 - pode haver seletividade 
 - mecanismos de evasão 
 
-O tumor invade o local .As cels tumorais produzem enzimas hidroliticas que lesam amatriz extracelular ,facilitando sua 
disseminação(causa também a ulceração) 
-Algumas cels expressam receptores para laminina e fibronectina que ajudam nessa disseminação na matriz e em 
vasos. 
-algumas cels produzem fator autocrino que faz a motilidade da cel. 
-o tumor ira nutrir com prioridade as cels que possuem todas as características e estas vão vazer a invasão local. 
-metastase: quando entra na corrente sanguínea ou linfática. 
-o tumor geralmente não altera membrana plasmática das cels ,por isso não é fagocitado e cria mecanismo para se 
manter no organismo. 
 
# Efeitos locais e sistêmicos 
 
- Locais: dor (compressão e infiltração de nervos), deslocamentos, destruição óssea, ulceração, hemorragia 
- Sistêmicos: caquexia (emagrecimento intenso- mediadores químicos que tiram o apetite, devido ao aumento do 
metabolismo dos tumores.), produção de substâncias, invasão de medula óssea, etc 
 
# A questão da heterogeneidade biológica 
Varias cels diferentes no tumor,por isso usa quimio e radioterapia,porque atua em cels que se proliferam mais. 
 
DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS 
 
Para o sangue levar O2 aos tecidos,necessita de um fluxo e uma velocidade significantes ,maiores problemas:hipóxia. 
 
I HIPEREMIA 
# aumento do volume de sangue nos vasos 
- pode ser: 
 
a) Hiperemia ativa: ocorre quando há um aumento do volume de sangue arterial devido a um aumento da demanda. 
O tecido precisa de mais sangue. 
 Ex: mucosa gastrointestinal na digestão, músculos no exercício físico, inflamação(vasodilatação), etc 
 
 
b) Hiperemia passiva ou congestão: o sangue se acumula nos vasos devido a uma dificuldade no fluxo 
 - localizada: obstruções, compressões vasculares, etc 
 - sistêmica: -insuficiência cardíaca D: congestão sistêmica(direito) o coração não bombeia o sangue. 
 -insuficiência cardíaca E: congestão pulmonar(esquerdo)o sangue não vai para a aorta e acumula nos 
vasos sanguíneos
do pulmão. 
 
- Congestão de longa duração: (diminui o fluxo) a estase do sangue pouco oxigenado leva a uma hipóxia, podendo 
resultar em morte celular, inflamação e cicatrizes (às vezes microscópicas). A ruptura de capilares nesses sítios pode 
levar ao aparecimento de petéquias e macrófagos com hemossiderina. 
 - Congestão pulmonar: há edema nos septos e dentro dos alvéolos; a longo prazo os septos se tornam 
fibrosados(colágeno,o pulmão perde a elasticidade e causa dificuldade respiratória). Os macrófagos com 
hemossiderina, nesses casos, são chamados de “cels da insuficiência cardíaca” – no caso de insuf esquerda. 
 
OBS: congestão sempre causa edema. 
 
II- EDEMA 
 
# é o acúmulo de líquidos no interstício ou em cavidades do organismo 
- pode ser transudato (com baixo conteúdo proteico-H2O pura) ou exsudato (rico em proteínas e cels, indica 
processo inflamatório) 
- se forma pelos seguintes mecanismos: 
 
 - aumento da pressão hidrostática intravascular (H2O) 
 - diminuição da pressão oncótica intravascular(proteínas) 
 - aumento da permeabilidade vascular 
 - diminuição da drenagem linfática ( diminui a drenagem do plasma) 
 
1. Edema generalizado 
 
-também conhecido como anasarca 
- há aumento do líquido intersticial em muitos ou todos os órgãos 
- manifesta-se predominantemente no subcutâneo e é mais evidente nas pernas 
- ocorre em várias situações, como pex: 
 - insuficiência hepática: há diminuição de albumina → diminuição da pressão oncótica 
 - desnutrição: - há insuf hepática → diminuição de albumina 
 - diminuição das proteínas da dieta(ajuda no equilibriooncotico) → diminuição da pressão oncótica-
edema. 
 - insuficiência renal: - com proteinúria(elimina proteína na urina – diminui P.O 
 - com retenção de sódio e água(+comum –urina pouco ,o rim retem agua ,aumenta a PH e 
causa o edema. 
 - insuficiência cardíaca: - D: edema generalizado 
 - E: edema pulmonar (a origem é npo coração) 
 
OBS: dificilmente ocorre no corpo todo, geralmente nas pernas. Generalizado é quando a origem ´q fora do local do 
problema. 
OBS: congestão aumenta a PH e causa edema. 
B- Edema localizado 
 
- obstrução/compressão da veia cava inferior 
- diminuição de drenagem linfática (obstrução de vasos) 
- insuficiência valvular venosa (varizes) 
 
# Edema cerebral: paredes rígidas + ausência de drenagem linfática 
O trombo se solta e vai para o cérebro,não há como expandir o plasma , logo aumenta ainda mais a lesão porque o 
plasma contido obstrui os vasos. Deve drenar os vasos. 
 
III – HEMOSTASIA 
 
Quando o entotelio é lesado ,ativa o sistema de coagulação. As plaquetas formam um tampão plaquetario ate a 
resolução da lesão. A plaqueta se fixa por colágeno e essa fixação é feita pelo fator VW. 
O tampão não pode ser muito grande se não se transforma em um trombo. 
As plaquetas liberam mediadores , um deles é a tromboxana que é um agregador plaquetario. 
-plaqueta libera cálcio. 
- o endotélio lesado ,libera tromboplastina que ativa a cascata de coagulação 
OBS: proteínas( Fatores) produzidos pelo fígado usando a vitamina K , que ficam na corrente sanguínea e são 
ativados em sequencia após o contato com o fator tecidual. A ativação dos fatores depende de cálcio. 
No fim da cascata forma a trombina e esta transforma fibrinogênio em fribrina ( cola de plaqueta ). A tendência é o 
tampão aumentar , logo um sistema anticoagulante evita a formação de um tombo: 
1. Antirombina III- inibe a trombina. 
2. Proteína C e S –ativado pela ligação de trombina com a trombomodulina- inibe a cascata 
3. Sistema fibrinolítico- endotélio libera T-PA que transforma plasminogenio em plasmina ,que degrada a fibrina. 
 
A plasmina é pro inflamatória , e faz o vinculo entre coagulação e inflamação 
Coagulação-inflamação-plasmina 
Coagulação-cicatrização-plaqueta (fc) 
Inflamação-cicatrização-macrofagos(fc) 
 
IV- HEMORRAGIA 
 
# é a saída de sangue dos vasos ou do coração para o espaço extravascular 
a- Hemorragia por rexe: ocorre quando há ruptura vascular 
b- Hemorragia por diapedese: ocorre quando as hemácias saem dos vasos uma a uma, devido a lesão visível apenas 
no microscópio eletrônico 
 
-Nomenclatura- 
 
1- hematoma= sangramento circunscrito formando coleção volumosa 
2- petéquia= sangramento puntiforme na pele ou mucosas, tipicamente associado a aumento local da pressão 
intravascular, contagem baixa de plaquetas (trombocitopenia), deficiência na função plaquetária e deficiência de 
fatores da cascata 
3- púrpura= múltiplos pequenos focos de sangramento que podem estar associados às mesmas causas das 
petéquias, além de traumatismos, vasculites e fragilidade vascular ( vários roxos) 
4- equimose= sangramento subcutâneo 
5- epistaxe= sangramento nas fossas nasais 
6- hemartrose= sangramento nas articulações (no liquido sinovial) 
7- hematêmese= vômito com sangue 
8- melena= sangue nas fezes 
9- sufusão= sangramento plano, difuso e extenso em mucosas (equimose grande) 
 
OBS: vasculite: é sempre grave. Parede de vasos inflamados-necrose isquêmica . Inflamação de paredes dos vasos 
sanguíneos , edema comprime o vaso causa má irrigação. Enzimas e radicais liberados na parede dos vasos –processo 
de cicatrização – tecido fibroseo- o vaso perde a elasticidade. 
 
-Consequências/ complicações- 
 
Dependem: 1- do volume de sangue perdido 
 2- da velocidade da perda 
 3- do local afetado 
As principais são: 
- anemia 
- choque hipovolêmico: perda rápida de grande volume de sangue 
- asfixia 
- tamponamento cardíaco: ruptura do miocárdio mais ou menos 6 dias após um infarto – o sangue no pericárdio 
comprime o coração , mais os furos que há no miocárdio. 
- hemorragia intracraniana: ampliação da lesão = edema. 
 
- Diátese hemorrágica- 
 
# tendência para sangramento sem causa aparente (hemorragia “espontânea”) ou sangramento intenso ou 
prolongado após um traumatismo 
- pode ser causada por inúmeros problemas, entre eles: 
1- elastose senil: diminuição fisiológica na síntese de colágeno e elastina que acontece na senilidade(vasos frágeis) 
2- deficiência congênita de fatores da cascata: (não coagula ,não tem fibrina) 
 - deficiência do Fator I: caprinos e cães (mais São Bernardo) 
 - deficiência do Fator II: cães 
 - deficiência do Fator VII: beagles, malamutes do alasca e schnauzer miniatura 
 - deficiência do Fator VIII (hemofilia A): cães, cavalos e gado (macho). É comum haver hemartrose levando a 
claudicação(manqueira) 
 - deficiência do Fator IX (hemofilia B): cães e gatos 
 - deficiência do Fator X: cães Cocker spaniel 
 - deficiência do Fator XI: bovinos e cães 
 - deficiência do Fator XII: cães e gatos 
3- doença de von Willebrand: cães, gatos, porcos, cavalos e coelhos 
4- deficiência de função plaquetária: congênita, por medicamentos (ex:aspirina) 
5- trombocitopenia devido a: (diminui plaqueta) 
 - CID – ocorre em politraumatizados, grandes queimados,e durante grandes cirurgias. É a coagulação intravascular 
disseminada: coagula sangue em grande numero de pequenos vvasos,levanso a formação de milhares de tampões. 
Conmsequentemente há um esgotamento do sistema de coagulação e hemorragias difusas . muita lesão endotelial. 
 
 - púrpura trombocitopênica idiopática(não sabe a causa): sozinha ou associada a outras doenças (como febre do 
carrapato, imunodeficiência felina); mais em cães e cavalos 
 - medicamentos, drogas, venenos (samambaia, trevo doce (antagonista
da vit k), ingestão de roedores intoxicados 
com varfarina) 
 - infecções (cólera suína, hepatite canina, leptospirose, etc) 
 - alterações da medula óssea por infecções, toxinas, medicamentos, irradiação, tumores 
 - hiperesplenismo( o baço aumenta de tamanho e retem e destrói plaquetas) 
6- insuficiência hepática ( fígado produz os fatores da cascata , o animal é hemorrágico) 
7- desnutrição: levando à insuficiência hepática E falta de vit K 
8- produção de tPA(anti-coagulante) por tumores malignos indiferenciados (ectópica) 
 
Trombose 
È um processo patológico caracterizado pela solidificação do sangue em grandes vasos – funciona como 
um grande tampão. 
-resulta da ativação patológica do processo normal de coagulação (erro nesse processo) do sangue por 
inúmeros motivos. Por ex: 
1. Lesão endotelial – mais comum 
2. Retardamento do fluxo sanguíneo – ocorre hipóxia no endotélio e ativa a cascata de coagulação . 
ocorre em animais que ficaram por muito tempo imobilizados ou que sofrem de insuf. Cardíaca 
3. Turbulência do fluxo – ocorre em vasos onde há maior fluxo sanguíneo. 
4. Aumento do numero de plaquetas ( trombocitose-congenito) 
5. Mutação do gene do fator V – fica resistente a ação da proteína C que normalmente inibe a cascata 
,criando um sistema de coagulação muito forte. 
6. Deficiência no sistema anti-coagulante – o tampão vai aumentando de tamanho. 
7. Politraumatizados ,pós cirúrgicos e grandes queimados imobilizados – há uma associação entre o 
sistema de coagulação super ativado com um fluxo lento ,o que favorece a TVP (trombose venosa 
profunda) ocorre em geral nas pernas. 
 
Evolução dos trombos 
 
1. Crescimento – agrega outras cels como : hemácias e leucócitos ao trombo , fazendo com que ele 
aumente de tamanho. 
2. Lise – com o uso de medicamentos ,promove a quebra do trombo. 
3. Organização-em trombos antigos ,pode ocorrer a formação de tecido conjutivo , levado ao 
desaparecimento do trombo. 
4. Infecção – se houver colonização por bactérias. 
5. Calcificação distrófica. 
6. Embolização- onde o trombo se solta e atinge outros locais. 
 
 
Embolia 
Consiste na existência de um corpo solido , liquido ou gasoso transportado pelo sangue e capaz de 
obstruir um vaso. 
-em 90% dos casos , são resultados de trombos que se soltaram. 
 
Tromboembolia venosa pulmonar- depende do tamanho. 
- Quando o trombo ”sobe” ex: um trombo da perna se solta e passa pelo coração , parando em um 
vaso antes da artéria pulmonar. 
 Tromboembolo grande – obstrui o tronco da artéria pulmonar causando morte em poucos 
minutos. 
 
 Tromboembolo médio 
1. Em um animal previamente saudável , é assintomático, pois o pulmão possui muitos vasos e a 
obstrução de um deles não causa dano significativo. 
2. Em um animal com insuf cardíaca previa – necrose isquêmica no pulmão (infarto vermelho-porque 
deposita sangue) causa uma insuf respiratória. 
 
 Múltiplos tromboembolos pequenos-bloqueia muitos vasos do pulmão, os demais ficam 
sobrecarregados - hipertensão pulmonar-insuf respiratória. 
Tromboembolia arterial - o trombo geralmente se forma na aorta e pode ir para qualquer lugar. 
Embolia gasosa ( mais raro , ocorre geralmente em procedimentos cirúrgicos) 
Presença de bolhar de ar na corrente sanguínea- o ar aciona o sistema de coagulação e predispõe a 
trombose. 
-muito ar em veias pode formar espuma( sangue + ar) do lado direito do coração,impedindo a passagem de 
sangue e levando a morte. 
 
Embolia gordurosa 
- fratura de ossos longos – pois a medula amarela destes contem gordura. - Queimadura/traumatismo em 
tecido adiposo. 
- traumatismo hepático quando há lagos de gordura.

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