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Ensino de história nas séries iniciais

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Ensino de história nas séries iniciais: história enquanto disciplina
Ensino de história nas séries iniciais: história enquanto disciplina PEDAGOGIA
A História enquanto disciplina escolar surgiu no Brasil a partir do século XIX, abrangeu parte do período imperial e o início da República, inspirada no modelo francês, pautava-se na formação cultural das elites, privilegiando feitos e heróis nacionais, os conteúdos abordavam as práticas cotidianas como: ritos cívicos: festas, desfiles e eventos de culto aos símbolos da Pátria. 
As transformações econômicas e culturais pelas quais o Brasil passou influenciaram diretamente a educação e consequentemente o ensino de História, movimentos como da Escola Nova influenciou o ensino da história fazendo surgir outras possibilidades metodológicas, dentre elas a preocupação em despertar hábitos de investigação, crítica e raciocínio lógico, pretendiam preparar o aluno para uma vida ativa e atuante por meio dirigido, ou seja, o aluno recebia um caderno com questões e respostas, consultava a resposta correta para cada questão e testava seus conhecimentos adquiridos em pesquisas e experiências, dessa forma ele seria agente do seu conhecimento (NEMI & MARTINS, 1996).
Mas a história continuou sendo ministrada de forma pouco reflexiva, as mudanças metodológicas e didáticas não trouxeram muitos avanços, as festividades cívicas, memorização de datas, nomes das personalidades históricas e a seleção de conteúdos ainda predominaram.
Há uma supervalorização do fato: a história se resume naquilo que se pode perceber e observar, não sendo permitido abstrações. Como a filosofia positivista procurava valorizar o homem como indivíduo, não há uma preocupação historiográfica com o coletivo, com as massas populares, e sim com os heróis e homens que produzem os fatos. 
Os historiadores positivistas seguiam as sequências cronológicas dos fatos, tendo o homem como sujeito de transformação e nunca objeto. Essa História Tradicional identificada como historiografia positivista, trabalha com o conceito de que a história é o fato, e que só se constrói história a partir de documentos, se esse não existir, não há história, pois não há comprovação de fatos, portanto, na história positivista o documento é o objeto principal de análise.
Para os historiadores tradicionais ou positivistas, os métodos utilizados pelas ciências naturais deveriam ser os mesmos aplicados às ciências humanas. Dessa maneira, creem que a história pode ter uma interpretação científica dos fatos, sendo “verdadeira” e isenta de abstrações. 
A pesquisa nos documentos oficiais é realizada apenas no âmbito da descrição já que eles não podem ser discutidos e analisados. Com isso a história é contada a partir de uma estrutura política, privilegiando os governos e os governantes. A sociedade assim como a natureza é regida por leis naturais e invariáveis, independentes da vontade e da ação humana, e que caminha para um estágio final de progresso, sem que haja retrocessos e atrasos durante a evolução dessa sociedade.
Essa visão da historia fez com que historiadores repensassem essa metodologia surgindo assim, novas tendências historiográficas preocupadas com os processos de transformação da sociedade, entre essas tendências podemos destacar a teoria marxista. 
Na teoria marxista, a história é explicada através dos fatos materiais, essencialmente econômicos onde chama de infraestrutura a estrutura material da sociedade, sua base econômica consiste nas formas pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida e de superestrutura à estrutura política e a estrutura ideológica. Sendo assim, a infraestrutura determina a superestrutura.
Na infraestrutura podemos conhecer a divisão do trabalho de uma sociedade e a forma como ele é distribuído, já na superestrutura a sociedade divide o poder político entre seus membros.
Dessa forma, o historiador marxista trabalha na investigação do processo histórico concreto, e intervém de modo prático sobre eles. A estrutura econômica é privilegiada com a produção material determinando as demais esferas da vida social.
Marx dizia que a história é construída ideologicamente para o benefício econômico das classes abastadas, contrariando Comte que dizia que a História era pautada nos fatos documentais. Na historiografia marxista as condições econômicas são as responsáveis pela regulamentação e determinação do curso da história. Um historiador marxista enfatiza a economia na construção da história.
Outra corrente historiográfica que surgiu foi a Escola dos “Annales” considerada uma inovação da historiografia, a atenção voltava-se para a história de longa duração, a vida política, a economia, a organização social, o cotidiano, eram fontes de pesquisa, essa proposta trouxe a história para mais perto da geografia, antropologia, sociologia, psicologia, filosofia, sendo possível com esses novos instrumentos de pesquisa, chegar a uma resposta ou várias respostas sobre o objeto ao que se pesquisa e na maioria das vezes chegando a inúmeros questionamentos, coisa que antes não existia.
Essa nova visão destacou a importância de estudar o cotidiano das pessoas ao longo dos tempos, representando uma ruptura com a história positivista e com a análise reducionista do marxismo.
Para os Annales, diferente da interpretação marxista, a economia não desempenha um papel determinante no conjunto dos funcionamentos sociais. Sendo estas as principais críticas de Bloch e de Febvre à percepção marxista. Os Annales defendem que a tarefa das ciências humanas é explicar o social complexificando-o e não simplificando através de abstrações.
Como vimos à narrativa dos grandes acontecimentos durante muito tempo dominou a produção historiográfica, as primeiras mudanças significativas ocorreram a partir de 1930 trazendo discussões políticas que influenciaram diretamente o ensino público e consequentemente a disciplina de História, promovendo um fomento para a renovação da historiografia, tanto marxistas, quanto da chamada escola dos Annales.
As propostas curriculares foram colocadas em debate, surgiram discussões de caráter psicológico e pedagógico sobre o papel do sujeito que aprende e as novas formas de se compreender o ensino. Buscava-se, nesse momento, o trabalho com a História temática, tendo-se a História Local como um recurso pedagógico fundamental.
Fonte de pesquisas: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/ensino-de-historia-nas-series-iniciais-historia-enquanto-disciplina/39057
https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-ensino-de-historia/124021

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