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Educação baixa idade média

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Na baixa idade média, houve as novas invasões bárbaras, húngara, eslavas e árabes. Após a renascença carolíngia, se promoveu uma nova desagregação político-territorial.
Na igreja, houve o desparecimento das escolas régias e a sobrevivência letárgica das escolas paroquiais, episcopais e cenobiais. O reflorecimento da vida social promoveu reformas nas regulas dos mosteiros, repensando a instrução dos monges, sobretudo dos oblatos. Em Montecassino as regras prescreveram que todos os monges aprendessem as letras. A escola de oblatos acabou se tornando hegemônica.
A vida que o mosteiro levava, era uma vida menos santa e mais humana. Havia o estabelecimento do trabalho manual diante dos poucos que liam e escreviam, enquanto a maioria dormia o tempo todo, davam-se a conversas sem sentido e maliciosas. Eles se flagelavam sem as roupas, para conservá-las e aplicar melhor a punição por ter feito algo de errado.
As escolas do clero secular (episcopais e paroquiais) foi uma responsabilidade transferida por bispos e párocos com autorização para ensinar, que este por sua vez transmitia ao proscholus. A constituição do costume do magischola de vendia a autorização para ensinar. Isso era caracterizado como simonia. 
Um novo despertar para a vida cultural aconteceu em torno do ano 1000. O fim das pressões e invasões estrangeiras, reabertura do Mediterrâneo, reconciliação entre papado e reinados, surgimento de novos centros urbanos. A crise do Império Carolíngio transferiu para a Igreja a responsabilidade e o direito escolar, bem como o controle político sobre as escolas eclesiásticas. A Igreja promoveu a abertura de novas escolas (episcopais e paroquiais) para a instrução literária e religiosa dos leigos. Instaurou-se o monopólio da instrução por parte da Igreja.
O Papa Gregório VII defendeu a obrigação dos bispos ensinarem as artes liberais nas escolas episcopais. O que envolvia também os mosteiros. Havia a ressalva de não confundir os conteúdos religiosos com as ciências naturais e mundanas que se firmavam. A proibição do Concílio de Tours em abril de 1163. 
O Papa Alexandre III reafirmou a obrigação e a inovação em relação a Lotário e bispos franceses do século IX: a obrigação dos mosteiros e da igrejas de levar o ensino aos leigos pobres. Coíbe a simonia e ordenou aos magischola impedir a proibição de qualquer clérigo de ensinar, sobretudo, fora dos muros da cidade. Criaram o benefício para o mestre, de prover os pobres nos estudos, a simonia caracterizada como crime contra a Igreja 
Papa Inocêncio III, Concílio de Latrão de 1215 confirmou e esclarece o compromisso: o magischola eleito pelo bispo e seu cabido, ensino gratuito, aos clérigos e pobres, instrução na gramática e demais disciplinas (artes liberais). O grande objetivo é a teologia. 
Honorário III reforça o ensino da teologia e inova ao defender a venialidade da ciência e renda por cinco anos quando se deixa o ensino para aprofundar nos estudos. A mudança dos bispos situa-se num novo contexto: o investimento na instrução de monges e clérigos indicam o aparecimento de uma nova luta, a do desenvolvimento burguês e mercantil do sistema de ensino por parte da Igreja. 
O livro destaca também, o implemento da economia mercantil das cidades em forma de comunas que promoveu um novo movimento na instrução como o aparecimento dos mestres livres (clérigos ou leigos). Os mestres livres ensinavam fora das escolas episcopais e paroquiais, e quase sempre, fora dos muros da cidade. Respondem às demandas culturais das novas classes sociais, sobretudo na Itália. Ensinavam artes liberais (trívio e quadrívio), mas também outras disciplinas. Os que atuavam junto às escolas episcopais e paroquiais provavelmente contribuíram para o surgimento das universidades (Campos de ensino: artes liberais, medicina, direito e teologia). 
No século XIII, era o período de consolidação e difusão das universidades que surgiram as novas ordens religiosas que promoveram a renovação das escolas e dos estudos, bem como desenvolveram o espírito missionário para fora da Igreja. Elas são resultado da nova realidade cultural urbana.
Sobre as universidades medievais, a sua primeira organização aconteceu por confluência de espontânea de clérigos diversos às aulas de doutores famosos, como os clérigos vagantes, antes condenados e depois assumidos pela Igreja.
Clérigos que haviam conseguido licença para afastarem-se dos mosteiros para estudarem, poucos se dedicavam a seriedade dos estudos. Festejavam até tarde da noite e levantavam tarde. Organizavam-se em associações e sociedades escolares, que mais tarde transformaram-se em universidades, em forma de associações reconhecidas na forma jurídica por todos os escolares. 
Na relação com os mestres e com os estudos, existiam os vagantes honestos e os vagantes goliardos. Ambos em seus conflitos com as cidades hospedeiras conseguiram apoio, privilégios, e proteção da Igreja e dos governantes (como de Frederico Barba Roxa, em Bolonha que os retirou da jurisdição do magistrado local e os submeteu ao bispo) em nome do empenho cultural. A Igreja foi abrigada a reconhecer os direitos adquiridos, mas manteve supervisão sobre as universidades por meio da concessão do direito de ensinar. Prolongou-se, então a direção política entres escolas episcopais e universidades. 
Os vagantes continuariam por muito tempo sendo problema para as cidades hospedeiras, para o poder político e para a Igreja. Assim, as decretais condicionavam os privilégios sacerdotais à mudança de comportamento. Concílios e decretos reais procuravam coibir os comportamentos inadequados, sobretudo a vadiagem. 
Os goliardos são mais que uma questão moral. São resultado de uma nova configuração social: são estudantes de tipo laico que moravam em cidades estranhas (não eram as suas) e estão envolvidos na dinâmica daquelas cidades (novos centros econômicos, culturais e sociais).
A educação cavaleiresca, trata-se da educação guerreira à qual se acrescenta aspetos intelectuais e de gentileza, bem como para a política. Trata-se do treinamento dos meninos nobres em jogos que conformam a valentia e a honra. A partir dos quinze anos torna-se escudeiro de algum cavaleiro experiente, aos 20 é proclamado cavaleiro em solene cerimônia (recebimento de ofensa e das armas de milícia). 
Tem o princípio de que não se educa ou disciplina-se pela vara e responde ao estado da evolução histórica segundo o rei, o governante. A educação cavaleiresca insere-se no contexto da educação do rei sábio (conhecer as ciências, saber ler): condição para agir melhor e tomar as melhores decisões, dominar suas fraquezas, aprender com os exemplos da história, entender melhor sua fé, etc).
A História após o ano 1000 encontrava-se mestres livres e universidades, comunas e corporações de artes e ofícios e uma maior aproximação entre ciência e produção econômica que exigiu uma nova formação, mas próxima da escolar. Mas, ainda realizada no trabalho pela conivência de adolescentes e adultos. 
Ciência e trabalho se aproximam: trata-se de uma nova aprendizagem, embrião da escola moderna. Os que exercem os mesmos ofícios consolidam-se e se organizam juridicamente em, torno de costumes antigos e estatutos. Tais estatutos regularam as relações da corporação de arte com o poder público e com o mercado; as relações entre os trabalhadores (mestres, sócios, aprendizes, diaristas assalariados), da idade e número de aprendizes, e do processo de aprendizagem. 
No interior das corporações os aprendizes expressam uma relação educativa de magistri e discipulo. Também apresentava uma participação no trabalho que visava adquirir conhecimentos e habilidades profissionais para se tornar mestre. Embora, trabalho e aprender não se separem, não se trata de uma escola do trabalho. O trabalho é a escola ao qual se acrescenta aspectos intelectuais. Não existe uma pedagogia do trabalho. 
As vagas para aprendizes atendiam primeiros aos da família, depois algumas poucas vagas para outros, dos quais se exigia ficha limpa de antecedentes criminais,nascido de matrimônio legítimo, contrato formal com testemunhas, pagamento do ensino (normalmente não realizado porque eram muito pobres), o que tornava o aprendiz propriedade do mestre por certo tempo.
Os estatutos tratavam também de direitos dos aprendizes: a corporação assume o ensino que tivesse algum impedimento, caixa de socorro. Regulavam ainda as fugas do aprendizes, impedimento de recebê-lo de volta, nem por outro mestre do mesmo ofício. Advertência ao mestre quando a responsabilidade fosse dele e encaminhasse o aprendiz a outro mestre. 
Compromisso dos membros de cada corporação de arte em trabalhar segundo os usos e normas da arte e denunciar as transgressões. Ainda, preservar o segredo da arte, sobretudo em relação aos que não são aprendizes.

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