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Sistema Renal

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FISIOLOGIA 
RENAL 
CURSO DE EXTENSÃO 
 
 
Vanessa Duarte Ortiz 
2017 
TÓPICOS 
1) INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA RENAL – Aspectos funcionais e estruturais 
2) FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
3) REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR 
4) MECANISMOS DE CONCENTRAÇÃO E DILUIÇÃO DA URINA 
5) EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
1. INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA RENAL 
 Aspectos funcionais e estruturais 
Os rins são órgãos REGULADORES mais que 
excretores! 
FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL 
Regulação ou Excreção? 
Regulação 
• Regulação do EQUILÍBRIO HÍDRICO (água) e ELETROLÍTICO (íons) 
• Regulação da OSMOLALIDADE DOS LÍQUIDOS CORPORAIS 
• Regulação do EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
• Regulação do VOLUME EXTRACELULAR e da PRESSÃO ARTERIAL 
Excreção 
• Excreção de resíduos metabólicos (ureia, creatinina, ácido úrico, bilirrubina), 
fármacos, toxinas, substâncias químicas estranhas, excesso de água e íons. 
FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL 
Função metabólica 
• Gliconeogênese 
Atividade endócrina 
• Produção de hormônios: 
 Eritropoetina (produção de hemácias) 
 Renina (sistema renina-angiotensina-aldosterona) 
 Vitamina D na sua forma ativa (1α,25-diidroxi-vitamina D ou calcitriol) – 
regulação da reabsorção do cálcio 
FUNÇÕES DO SISTEMA RENAL 
• RINS 
• URETERES 
• BEXIGA 
• URETRA 
T12 
rins 
ureter 
bexiga 
uretra 
Obs.: No topo de cada rim há uma glândula supra-renal (adrenal), uma glândula endócrina que não 
está funcionalmente relacionada com o rim. 
ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO 
Marieb, 2009. 
ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO 
Guyton, 2011 
MACROSCÓPICA 
• Córtex renal 
• Medula renal: 
• Conjunto de pirâmides renais 
• Sistema coletor: 
• Cálice menor 
• Cálice maior 
• Pelve renal 
 
MICROSCÓPICA 
• Néfron 
• Ducto coletor 
ESTRUTURA RENAL 
Silverthorn, 2010. 
ESTRUTURA RENAL 
MACROSCÓPICA 
• Córtex renal 
• Medula renal: 
• Conjunto de pirâmides renais 
• Sistema coletor: 
• Cálice menor 
• Cálice maior 
• Pelve renal 
 
MICROSCÓPICA 
• Néfron 
• Ducto coletor 
UNIDADE FUNCIONAL 
dos RINS! 
Unidade funcional = “menor estrutura que 
pode realizar todas as funções de um órgão” 
ESTRUTURA RENAL - NÉFRON 
Silverthorn, 2010. 
CORPÚSCULO RENAL: 
- Glomérulo 
- Cápsula de Bowman 
 
TÚBULO RENAL 
- Túbulo proximal 
- Alça de Henle (3 segmentos) 
• Descendente (fina) 
• Ascendente (fina e espessa) 
- Túbulo Distal (inicial e final) 
- Ducto coletor 
• Cortical 
• Medular 
ESTRUTURA RENAL - NÉFRON 
Silverthorn, 2010. 
Silverthorn, 2010 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
Células mesangiais 
GLOMERULARES 
Marieb, 2009. 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
Silverthorn, 2010 
• GLOMÉRULO = contém uma rede de capilares glomerulares (endotélio fenestrado). É um enovelado capilar formado a partir da arteríola 
aferente. 
 
• CÁPSULA DE BOWMAN = dupla camada celular entre as quais fica o espaço de Bowman ocupado pelo filtrado glomerular. 
 Camada parietal  epitélio pavimentoso simples; contribui apenas para a estrutura da cápsula, não exercendo nenhum papel na 
formação do filtrado 
 Camada visceral  podócitos aderentes aos capilares glomerulares 
 
• Podócitos  células epiteliais modificadas que recobrem o endotélio dos capilares glomerulares. 
 
• Células mesangiais glomerulares (formam o mesângio)  cercam os capilares glomerulares, servindo-lhes de suporte estrutural (secreção 
de MEC); contêm elementos contráteis (propriedades das células musculares lisas; importante na regulação do fluxo sanguíneo); têm 
capacidade de fagocitar macromoléculas presas à parede capilar devido à filtração glomerular. 
 
 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
Silverthorn, 2010 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
Endotélio capilar + Membrana (lâmina) basal + Podócito 
fenestrado! 
Silverthorn, 2010 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
fenestrado! 
Silverthorn, 2010 
 Barreira/membrana de filtração = É uma membrana porosa que permite livre passagem de água e de solutos menores, mas não 
permite a passagem de proteínas plasmáticas ou células sanguíneas. 
 
 Os poros do endotélio capilar fenestrado permitem a passagem de todos os componentes do plasma, menos as células sanguíneas. 
 
 Membrana basal = possui glicoproteínas com carga negativa  repulsão elétrica contra as proteínas plasmáticas (que na sua 
maioria são carregadas negativamente; por isso que não passa quase nada de proteínas para o filtrado) 
 
 Podócitos  pedicelos dos podócitos formam entre eles um espaço chamado FENDA DE FILTRAÇÃO (= vai servir de FILTRO de 
seleção de moléculas pelo seu tamanho, bloqueando macromoléculas que tenham passado pela membrana basal) 
Endotélio capilar + Membrana (lâmina) basal + Podócito BARREIRA DE FILTRAÇÃO 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 CORPÚSCULO RENAL 
Renina 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 APARELHO JUSTAGLOMERULAR 
Marieb, 2009. 
Estruturas compõem o aparelho justaglomerular: 
 
1. Mácula densa (céls.epiteliais especializadas do ramo ascendente espesso da alça de Henle) 
• Estão em íntimo contato com as células granulares da parede da arteríola aferente. 
• São quimiorreceptores que respondem a modificações na quantidade de NaCl do filtrado. 
• Detectam a variação de volume (fluxo do filtrado) e composição do fluido tubular (carga de NaCl filtrada) e enviam essas informações às células 
granulares (via sinalização parácrina), e isso irá exercer um importante controle sobre a secreção de renina pelas células granulares 
 
2. Células granulares ou justaglomerulares – sintetizam e secretam renina 
 
3. Células mesangiais extraglomerulares – suporte estrutural; contêm elementos contráteis; capacidade fagocítica . 
 
4. Arteríola aferente 
 
5. Arteríola eferente 
É o principal local de CONTROLE da FILTRAÇÃO GLOMERULAR e do 
FLUXO SANGUÍNEO RENAL! 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
 APARELHO JUSTAGLOMERULAR 
TIPOS DE NÉFRONS 
 
• Néfron CORTICAL (85%) – possui alça de Henle CURTA que 
vai até a medula externa; corpúsculo renal na zona cortical. 
Vascularização feita por capilares peritubulares. 
 Função = FORMAÇÃO da urina (filtração, reabsorção, secreção) 
 
• Néfron JUSTAMEDULAR (15%) – possui alça de Henle 
LONGA que vai até a medula interna; corpúsculo renal na zona 
cortical, mas perto da zona medular. Vascularização feita por 
capilares peritubulares especializados  vasos retos 
 Função = CONCENTRAÇÃO da urina 
Guyton, 2011 
CORPÚSCULO RENAL  SEMPRE no CÓRTEX RENAL! 
ESTRUTURA RENAL – NÉFRON: 
TIPOS DE NÉFRONS 
Estrutura Renal - NÉFRON 
Néfron CORTICAL 
Silvethorn, 2010 
Estrutura Renal - NÉFRON Néfron JUSTAMEDULAR 
Silvethorn, 2010 
Circulação Renal 
• ARTÉRIAS RENAIS  ramos da parte abdominal da aorta 
(fornecem sangue p/ os rins) 
 
• VEIAS RENAIS  levam sangue dos rins para a veia cava inferior. 
 
• Circulação renal tem dois leitos capilares, o glomerular e o 
peritubular 
CIRCULAÇÃO RENAL 
Marieb, 2009. 
Circulação Renal 
• ARTÉRIAS RENAIS  ramos da parte abdominal da aorta 
(fornecem sangue p/ os rins) 
 
• VEIAS RENAIS  levam sangue dos rins para a veia cava inferior. 
 
• Circulação renal tem dois leitos capilares, o glomerular e o 
peritubular 
CIRCULAÇÃO RENAL 
Marieb, 2009. 
Circulação Renal 
• ARTÉRIAS RENAIS  ramos da parte abdominal da aorta 
(fornecem sangue p/ os rins) 
 
• VEIAS RENAIS  levam sangue dos rins para a veia cava inferior. 
 
• Circulação renal tem dois leitos capilares, o glomerular e operitubular 
CIRCULAÇÃO RENAL 
Marieb, 2009. 
• Nos CAPILARES GLOMERULARES, ocorre a FILTRAÇÃO glomerular. 
 
• Nos CAPILARES PERITUBULARES, ocorre REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
CIRCULAÇÃO RENAL 
 
2. FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
 
Silverthorn, 2010 
FORMAÇÃO DA URINA 
COMPOSIÇÃO DO FILTRADO GLOMERULAR 
• ISOSMÓTICO em relação ao plasma 
• Filtrado é SEMELHANTE AO PLASMA, porém sem as células sanguíneas 
e sem a maioria das proteínas plasmáticas 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
Contém: 
Água 
 Íons inorgânicos (Na+, K+, Cl-, HCO3-) 
 Solutos orgânicos de BAIXO peso molecular (glicose, ureia, AA) 
 nas mesmas concentrações do plasma! 
COMPOSIÇÃO DO FILTRADO GLOMERULAR 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
Barreira de filtração que 
determina a composição do 
filtrado glomerular através da 
sua permeabilidade seletiva! 
PERMEABILIDADE SELETIVA 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
Considera-se: 
 TAMANHO – moléculas menores que 4 nm (ou com até 7.000 Da) passam livremente; 
  FENDA DE FILTRAÇÃO (formada entre os pedicelos dos podócitos) = filtro de moléculas de acordo com o tamanho 
 
 CARGA: 
 Moléculas de cargas POSITIVAS ou NEUTRAS  MAIOR filtração 
 Moléculas de cargas NEGATIVAS  MENOR filtração 
  CARGAS NEGATIVAS (componentes da barreira de filtração) = filtro de moléculas de acordo com a carga 
PERMEABILIDADE SELETIVA 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
O que faz ocorrer a filtração 
glomerular? 
O que faz ocorrer a filtração 
glomerular? 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
O que faz ocorrer a filtração 
glomerular? 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Pressões hidrostáticas e 
coloidosmóticas que atuam através 
da barreira de filtração 
1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PCG) 
2. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 
3. Pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares glomerulares (CG) 
 
4. Pressão coloidosmótica (oncótica) na cápsula de Bowman (B) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Silverthorn, 2010 
1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PCG) 
2. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 
3. Pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares glomerulares (CG) 
 
4. Pressão coloidosmótica (oncótica) na cápsula de Bowman (B) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Silverthorn, 2010 
1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PCG) 
2. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 
3. Pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares glomerulares (CG) 
 
4. Pressão coloidosmótica (oncótica) na cápsula de Bowman (B) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Porque basicamente NÃO há proteínas no filtrado 
glomerular presente na cápsula de Bowman 
(isso numa situação FISIOLÓGICA NORMAL!) 
Silverthorn, 2010 
1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PCG) 
2. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 
3. Pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares glomerulares (CG) 
 
4. Pressão coloidosmótica (oncótica) na cápsula de Bowman (B) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Porque basicamente NÃO há proteínas no filtrado 
glomerular presente na cápsula de Bowman 
(isso numa situação FISIOLÓGICA NORMAL!) 
Silverthorn, 2010 
1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PCG) 
2. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 
3. Pressão coloidosmótica (oncótica) nos capilares glomerulares (CG) 
 
4. Pressão coloidosmótica (oncótica) na cápsula de Bowman (B) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Porque basicamente NÃO há proteínas no filtrado 
glomerular presente na cápsula de Bowman 
(isso numa situação FISIOLÓGICA NORMAL!) 
PCG CG PB 
PCG – CG – PB 
Favorável à 
filtração 
Opõem-se à 
filtração 
PB 
CG 
PCG 
Silverthorn, 2010 
Pressões FAVORÁVEIS à filtração: 
Pressão hidrostática nos capilares glomerulares – 55 mmHg 
Pressão coloidosmótica na cápsula de Bowman – 0 mmHg (NULA!) 
 
Pressão que se OPÕEM à filtração: 
Pressão hidrostática na cápsula de Bowman – 15 mmHg 
Pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares – 30 mmHg 
 
Pressão efetiva de filtração = 55 – 15 – 30 = + 10 mmHg 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
Pressões FAVORÁVEIS à filtração: 
Pressão hidrostática nos capilares glomerulares – 55 mmHg 
Pressão coloidosmótica na cápsula de Bowman – 0 mmHg (NULA!) 
 
Pressão que se OPÕEM à filtração: 
Pressão hidrostática na cápsula de Bowman – 15 mmHg 
Pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares – 30 mmHg 
 
Pressão efetiva de filtração = 55 – 15 – 30 = + 10 mmHg 
CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO 
DINÂMICA DA FILTRAÇÃO – Forças de Starling 
A taxa de filtração glomerular depende da 
PRESSÃO DE FILTRAÇÃO RESULTANTE 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
A taxa de filtração glomerular depende da 
PRESSÃO DE FILTRAÇÃO RESULTANTE 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Depende das 
3 PRESSÕES DE STARLING 
(PCG, PB, CG ) 
Qualquer alteração nessas 
pressões ALTERA a TFG 
São produzidas por mudanças nas RESISTÊNCIAS das ARTERÍOLAS AFERENTES E EFERENTES 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Alterações na 
Pressão HIDROSTÁTICA nos CAPILARES GLOMERULARES (PCG) 
Costanzo, 2007. 
Resistência na AA = 
 FSR = PCG = TFG 
Resistência na AE = 
 FSR =  PCG =TFG 
* Simpático 
* Altos níveis Ang II * Baixos níveis Ang II 
CONSTRIÇÃO AA CONSTRIÇÃO AE 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
São produzidas por mudanças nas 
RESISTÊNCIAS das ARTERÍOLAS 
AFERENTES E EFERENTES 
Alterações na 
Pressão HIDROSTÁTICA nos CAPILARES GLOMERULARES (PCG) 
Eaton e Pooler, 2006. 
São produzidas por mudanças na 
CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE PROTEÍNAS 
[proteínas]   CG  TFG 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Alterações na 
Pressão COLOIDOSMÓTICA nos CAPILARES GLOMERULARES (CG) 
São produzidas por mudanças na 
OBSTRUÇÃO DO FLUXO URINÁRIO 
 “Cálculos” alojados em alguma porção do trato urinário 
 Frequentemente no ureter  constrição do ureter 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Alterações na 
Pressão HIDROSTÁTICA na CÁPSULA DE BOWMAN (PB) 
Refluxo de urina de volta 
p/ o rim  PB  TFG 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Alterações na 
Pressão HIDROSTÁTICA na CÁPSULA DE BOWMAN (PB) 
São produzidas por mudanças na 
OBSTRUÇÃO DO FLUXO URINÁRIO 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
Alterações na 
Pressão HIDROSTÁTICA na CÁPSULA DE BOWMAN (PB) 
São produzidas por mudanças na 
OBSTRUÇÃO DO FLUXO URINÁRIO 
Pressão HIDROSTÁTICA nos 
CAPILARES GLOMERULARES 
Pressão COLOIDOSMÓTICA nos 
CAPILARES GLOMERULARES 
Pressão HIDROSTÁTICAna 
CÁPSULA DE BOWMAN 
Causa 
Resistência das arteríolas 
AFERENTES e EFERENTES 
Concentração das PROTEÍNAS 
PLASMÁTICAS 
OBSTRUÇÃO DO FLUXO 
URINÁRIO 
Consequências 
sobre a TFG 
Constrição AA =  Resistência na 
AA = FSR = PCG = TFG 
[ptns]=CG =TFG 
PB = TFG 
 
Constrição AE =  Resistência na 
AE = FSR (  sangue represado) = 
PCG = TFG 
RESUMO 
ALTERAÇÕES NAS PRESSÕES ENVOLVIDAS NA 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR (alterações nas forças de Starling) 
É o volume de líquido que é filtrado para dentro do espaço 
de Bowman por unidade de tempo (dia, hora, minuto) 
TFG 
TFG = Kf x Pressão filtração resultante 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) 
TFG 
TFG = Kf x Pressão filtração resultante 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) 
 Kf (coeficiente de filtração) é o produto da condutividade hidráulica da parede capilar glomerular (sua permeabilidade à 
ÁGUA) pela área total de superfície de filtração efetiva. Ou seja, representa a “permeabilidade à água por unidade de área 
de superfície dos capilares glomerulares”. *É 100x maior nos capilares renais do que nos capilares sistêmicos! 
PCG – PB – CG 
É o volume de líquido que é filtrado para dentro do espaço 
de Bowman por unidade de tempo (dia, hora, minuto) 
TFG 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) 
A TFG em uma adulto normal fica em torno 
de 180 L/dia. Ou seja, 180 L de plasma são 
filtrados pelos rins por dia! 
É o volume de líquido que é filtrado para dentro do espaço 
de Bowman por unidade de tempo (dia, hora, minuto) 
Rim recebe cerca de 
 20-25% do débito cardíaco 
FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
Por que um órgão tão pequeno (0,4% do peso corporal) recebe um 
porcentagem tão grande de sangue comparado a outros órgãos? 
Rim recebe cerca de 
 20-25% do débito cardíaco 
FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
Por que um órgão tão pequeno (0,4% do peso corporal) recebe um 
porcentagem tão grande de sangue comparado a outros órgãos? 
Silverthorn, 2010 
• Assim como outros tecidos, o fluxo sanguíneo supre os rins com nutrientes e remove produtos indesejáveis. 
Entretanto, o elevado fluxo para os rins excede em muito essa necessidade. 
 
• O propósito desse fluxo adicional é suprir plasma suficiente para se ter altas intensidades da filtração 
glomerular, necessárias para a REGULAÇÃO PRECISA da COMPOSIÇÃO e dos VOLUMES dos líquidos 
corporais 
Rim recebe cerca de 
 20-25% do débito cardíaco 
FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
Como a TFG e o FSR são regulados ao 
longo da mesma faixa de variação de pA 
e como o FSR constitui importante 
determinante da TFG não é de 
surpreender que os mesmos mecanismos 
regulem ambos! 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
Controle INTRÍNSECO Controle EXTRÍNSECO 
SNA 
SIMPÁTICO 
CONTROLE 
HORMONAL e 
AUTACOIDE 
RINS 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
Controle INTRÍNSECO Controle EXTRÍNSECO 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL E DA TAXA DE FILTRAÇÃO 
GLOMERULAR 
Controle INTRÍNSECO Controle EXTRÍNSECO 
Faixa: 
80 – 180 mmHg 
AUTORREGULAÇÃO 
RENAL 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL E DA TAXA DE FILTRAÇÃO 
GLOMERULAR 
Controle INTRÍNSECO Controle EXTRÍNSECO 
Faixa: 
MENOR que 80 ou MAIOR que 180 mmHg 
SNA 
SIMPÁTICO 
CONTROLE 
HORMONAL E 
AUTACOIDE 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL E DA TAXA DE FILTRAÇÃO 
GLOMERULAR 
Controle INTRÍNSECO Controle EXTRÍNSECO 
Faixa: 
MENOR que 80 ou MAIOR que 180 mmHg 
Situações de ESTRESSE EXTREMO ou 
EMERGÊNCIA 
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
SNA 
SIMPÁTICO 
CONTROLE 
HORMONAL E 
AUTACOIDE 
POR QUE O PLASMA TEM QUE PASSAR TANTAS 
VEZES PELOS RINS PARA SER FILTRADO? 
POR QUE O PLASMA TEM QUE PASSAR TANTAS 
VEZES PELOS RINS PARA SER FILTRADO? 
EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE SUBSTÂNCIAS 
INDESEJADAS OU EM EXCESSO DO CORPO 
E 
PARA UM CONTROLE PRECISO DO VOLUME E 
COMPOSIÇÃO DOS LÍQUIDOS CORPORAIS 
Sofrem REABSORÇÃO 
 
3. REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
TUBULAR 
 
Costanzo, 2007. 
DINÂMICA DA REABSORÇÃO 
Guyton, 2010. 
Substâncias transportadas durante a 
reabsorção se movem através de 3 barreiras: 
1. Membrana luminal da cél.tubular 
2. Membrana basolateral da cél.tubular 
3. Endotélio dos capilares peritubulares 
1 2 3 
DINÂMICA DA REABSORÇÃO 
Guyton, 2010. 
1 2 3 
Para que uma substância seja reabsorvida, ela deve: 
 
1º) LÚMEN TUBULAR  DENTRO DA CÉLULA TUBULAR 
(atravessar a membrana luminal da cél.tubular) 
 
2º) DENTRO DA CÉLULA TUBULAR  INTERSTÍCIO 
(atravessar a membrana basolateral da célula tubular) 
 
3º) INTERSTÍCIO  SANGUE (capilares peritubulares) 
(atravessa a membrana das células endoteliais dos 
cap.peritubulares por ultrafiltração) 
Mediada por forças 
hidrostáticas e coloidosmóticas 
SOLUTOS 
Na+, outros cátions, ânions (ex.: Cl-, HCO3-), 
moléculas orgânicas (glicose, AA, vitaminas) 
ÁGUA 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
SOLUTOS 
Na+, outros cátions, ânions (ex.: Cl-, HCO3-), 
moléculas orgânicas (glicose, AA, vitaminas) 
ÁGUA 
QUEM VAI REGER A REABSORÇÃO DA MAIORIA 
DOS SOLUTOS E DA ÁGUA VAI SER O SÓDIO 
(Na+)!!! 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
Guyton, 2010. 
 Transporte ocorre quase sempre pela via transcelular, 
mas também pode ocorrer via paracelular 
 
 Entra (lúmen p/ cél.tubular) via: transporte PASSIVO (a 
favor do seu gradiente) via difusão simples ou via 
difusão facilitada 
 
 Sai (cél.tubular p/ interstício) via: transporte ATIVO 
PRIMÁRIO (contra seu gradiente) via Na+/K+ ATPase 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
Guyton, 2010. 
 Transporte ocorre quase sempre pela via transcelular, 
mas também pode ocorrer via paracelular 
 
 Entra (lúmen p/ cél.tubular) via: transporte PASSIVO (a 
favor do seu gradiente) via difusão simples ou via 
difusão facilitada 
 
 Sai (cél.tubular p/ interstício) via: transporte ATIVO 
PRIMÁRIO (contra seu gradiente) via Na+/K+ ATPase 
O que favorece essa difusão passiva de Na+ através da 
membrana luminal da célula: 
 
(1) Gradiente de concentração que favorece a difusão de Na+ 
para dentro da célula, pois a concentração IC de Na+ é 
baixa e a concentração de Na+ do líquido tubular é 
elevada. 
 
(2) O potencial IC negativo de – 70 mV atrai os íons Na+ 
positivos do lúmen tubular para dentro da célula. 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
Guyton, 2010. 
ETAPAS DA REABSORÇÃO DO Na+: 
1. Na+ se difunde através da membrana luminal p/ dentro da célula a 
favor do gradiente eletroquímico estabelecido pela bomba Na-K 
ATPase, na porção basolateral da membrana. 
 
2. Na+ é transportado ativamente, através da membrana basolateral, 
contra o gradiente eletroquímico pela bomba de Na-K ATPase, em 
direção ao interstício. 
 
3. Na+ reabsorvido do líquido intersticial para os capilares 
peritubulares por ultrafiltração, processo passivo movido pelos 
gradientes de pressão hidrostática e coloidosmóticas. 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
Guyton, 2010. 
IMPORTANTE! 
Reabsorção de Na+ é a PRINCIPAL FORÇA 
que induz a reabsorção da maioria dos 
outros solutos e da água! 
ÂNIONS seguem o Na+, positivamente carregado, para FORA do lúmen 
(CÉLULA TUBULAR/INTERSTÍCIO) 
Reabsorção por OSMOSE (via transcelular e/ou paracelular) a favordo 
GRADIENTE OSMÓTICO estabelecido pela reabsorção dos solutos a qual foi 
induzida pela reabsorção do sódio 
Reabsorção do 
Na+ 
Com a saída do Na+, o lúmen fica – e o interior da cél.tub. e 
o interstício ficam + 
GRADIENTE 
ELÉTRICO! 
TRANSPORTE ATIVO 2ÁRIO  GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO DO Na+ criado 
pela bomba de Na/K ATPase favorece o transporte ativo secundário dessas 
substâncias 
REABSORÇÃO DE SOLUTOS E ÁGUA 
• SECREÇÃO  importante meio de retirar do plasma substâncias desnecessárias. 
 
• SUBSTÂNCIAS SECRETADAS  H+, K+, NH4
+, creatinina, certos ácidos e bases orgânicas, entre outros. 
 
• Envolve tanto TRANSPORTE PASSIVOS quanto ATIVOS, mas a maioria das substâncias secretadas sofrem transporte ativo via proteínas 
transportadoras específicas (ex.: H+-ATPase, H+/K+-ATPase) 
 
• A secreção tubular é importante para: 
 Eliminação de substâncias ligadas às proteínas plasmáticas que NÃO são filtradas, mas precisam ser secretadas no lúmen para serem 
excretadas! 
 Eliminação de substâncias indesejáveis ou produtos finais que foram reabsorvidos por processos passivos (ureia e ácido úrico). 
 Eliminar do corpo o excesso de K+ 
 Controle do pH do sangue  secreção de íons H+ 
SECREÇÃO TUBULAR 
 
 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
• TP tem elevada capacidade para reabsorção e secreção, 
devido às suas características celulares especiais: 
 
 Muitas mitocôndrias  energia p/ suportar transportes 
ativos 
 
 Borda em escova  área de superfície  presença de 
muitos transportadores  reabsorção e secreção 
TÚBULO PROXIMAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
TÚBULO PROXIMAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
• REABSORVE: 
 Praticamente todos os nutrientes (~100%): glicose, AA, 
lactato, vitaminas 
 65% do Na+ e da água 
 90% do bicarbonato (HCO3
-) 
 60% Cl- 
 55% do K+ 
 
Reabsorção da 
“mais alta prioridade” 
Guyton, 2010. 
TÚBULO PROXIMAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
• SECRETA: 
 Ácidos e bases orgânicos: sais biliares, oxalato, urato e 
catecolaminas. Muitas dessas substâncias são produtos 
finais do metabolismo, e devem ser removidas 
rapidamente do corpo. 
 
 Íons H+: transporte ativo 2ário (antiporte com o Na+) 
 
 Fármacos ou toxinas também pode ser secretados 
Guyton, 2010. 
TÚBULO PROXIMAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
• Filtrado: ISOSMÓTICO 
 
 REABSORÇÃO ISOSMÓTICA – é uma característica do 
funcionamento do TP: a reabsorção do soluto e a da água 
ocorrem em conjunto, e são PROPORCIONAIS entre si. Assim, 
se 65% do soluto filtrado é reabsorvido pelo TP, então 65% da 
água filtrada também é reabsorvida! 
 
 
Guyton, 2010. 
• PERMEÁVEL À ÁGUA (~20%) 
 
• Não reabsorve quantidades significativas de soluto 
 
• Filtrado = HIPEROSMÓTICO 
ALÇA DE HENLE – Ramo DESCENDENTE 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
• IMPERMEÁVEL À ÁGUA 
 
• PERMEÁVEL À NaCl (*capacidade de reabsorção MENOR em 
relação ao ramo asc.espesso; reab. de NaCl por transporte 
passivo) 
 
ALÇA DE HENLE – Ramo ASCENDENTE FINO 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
• IMPERMEÁVEL À ÁGUA 
 
• PERMEÁVEL À NaCl (25%), K+, Ca2+, Mg2+, HCO3- (ou 
seja, são REABSORVIDOS) 
 
• SECREÇÃO: íons H+ 
 
• Filtrado = HIPOSMÓTICO 
ALÇA DE HENLE – Ramo ASCENDENTE ESPESSO 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
• IMPERMEÁVEL À ÁGUA 
 
• PERMEÁVEL À NaCl (25%), K+, Ca2+, Mg2+, HCO3- (ou 
seja, são REABSORVIDOS) 
 
• SECREÇÃO: íons H+ 
 
• Filtrado = HIPOSMÓTICO 
Solutos são reabsorvidos, mas a água 
não os acompanha, diluindo o líquido 
tubular 
ALÇA DE HENLE – Ramo ASCENDENTE ESPESSO 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
• IMPERMEÁVEL À ÁGUA 
 
• PERMEÁVEL À Na+ (5%), Cl-, Ca2+, Mg2+ (são 
REABSORVIDOS) 
 
• Filtrado = HIPOSMÓTICO 
TÚBULO DISTAL INICIAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
TÚBULO DISTAL FINAL DUCTO COLETOR CORTICAL 
• Características anatômicas e funcionais similares 
• Compostos por 2 tipos distintos de células: 
 
 Células principais – reabsorvem Na+ e secretam K+, 
reabsorção de água dependente de ADH 
 
 Células intercaladas – reabsorvem HCO3
- e K+ e secretam H+ 
(via bomba H+-ATPase) 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
• REABSORVE: Na+, Cl-, HCO3
-, K+ 
• SECRETA: H+ e K+ 
• IMPERMEÁVEIS À UREIA 
• PERMEABILIDADE À ÁGUA CONTROLADA PELO ADH (ocorre nas 
células principais) 
 Sem ADH – impermeável à H2O (urina diluída) 
 COM ADH – permeável à H2O (urina concentrada) 
TÚBULO DISTAL FINAL DUCTO COLETOR CORTICAL 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
DUCTO COLETOR MEDULAR 
• PERMEÁVEL À UREIA 
• PERMEABILIDADE À ÁGUA CONTROLADA PELO ADH 
• REABSORVE: UREIA, NaCl, H2O (dep.ADH), HCO3
- 
• SECREÇÃO DE ÍONS H+ 
 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO 
AO LONGO DO TÚBULO RENAL 
Guyton, 2010. 
 
4. MECANISMOS DE CONCENTRAÇÃO E 
DILUIÇÃO DE URINA 
 
• OSMOLALIDADE = é a quantidade de partículas osmoticamente ativas dissolvidas por quilo de água 
(solvente). 
Osmolaridade x Osmolalidade 
 (Osm/L) x (Osm/kg) 
 
Osmolaridade refere-se ao número de osmoles (Osm) por litro de solução enquanto 
Osmolalidade refere-se ao número de osmoles (Osm) por quilo de água (solvente). 
Obs.: nº de osmoles = nº de partículas osmoticamente ativas 
 
• A osmolalidade dos líquidos corporais é mantida em cerca de 290 mOsm/Kg (por simplicidade, 300 mOsm/Kg). 
OSMOLALIDADE 
Participam da 
REGULAÇÃO DA OSMOLALIDADE dos 
líquidos corporais 
OSMOLALIDADE 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Costanzo, 2007. 
 ADH  ADH 
 Reabsorção de H2O  Reabsorção de H2O 
Urina CONCENTRADA Urina DILUÍDA 
 Osmolalidade 
plasmática 
 Osmolalidade 
plasmática 
 Sede  Sede 
 Osmolalidade plasmática em direção ao 
normal 
 Osmolalidade plasmática em direção ao 
normal 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Costanzo, 2007. 
 Osmolalidade plasmática em direção ao 
normal 
 ADH  ADH 
 Reabsorção de H2O  Reabsorção de H2O 
Urina CONCENTRADA Urina DILUÍDA 
 Osmolalidade 
plasmática 
 Osmolalidade 
plasmática 
 Sede  Sede 
 Osmolalidade plasmática em direção ao 
normal 
 ADH 
Costanzo, 2007. 
 ADH 
ADH 
Principal (mas não o único!) determinante da excreção 
de uma urina mais diluída ou mais concentrada 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Os requerimentos básicos para a formação de urina CONCENTRADA incluem: 
 
• ALTOS níveis de ADH  aumenta a permeabilidade do túbulo distal final e ducto coletor cortical e medular à água, 
permitindo que esses segmentos reabsorvam água com avidez. 
 
• INTERSTÍCIO MEDULAR HIPEROSMÓTICO  produz o gradiente osmótico necessário para reabsorção de água em 
presença de altos níveis de ADH. 
GRADIENTE OSMÓTICO MEDULAR 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
 
• Que solutos contribuem para a formação desse 
gradiente osmótico? 
 
• Que mecanismos depositam esses solutos no 
interstício? 
GRADIENTE OSMÓTICO 
MEDULAR 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
• SISTEMA MULTIPLICADOR POR CONTRACORRENTE – 
uma função das alças de Henle, quedepositam NaCl 
nas regiões mais profundas do rim. 
 
• RECICLAGEM DA UREIA – uma função dos ductos 
coletores medulares dos rins, que depositam UREIA 
GRADIENTE OSMÓTICO 
MEDULAR 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
• SISTEMA MULTIPLICADOR POR CONTRACORRENTE – 
uma função das alças de Henle, que depositam NaCl 
nas regiões mais profundas do rim. 
 
• RECICLAGEM DA UREIA – uma função dos ductos 
coletores medulares dos rins, que depositam UREIA 
GRADIENTE OSMÓTICO 
MEDULAR 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Guyton, 2010. 
• SISTEMA MULTIPLICADOR POR CONTRACORRENTE – 
uma função das alças de Henle, que depositam NaCl 
nas regiões mais profundas do rim. 
 
• RECICLAGEM DA UREIA – uma função dos ductos 
coletores medulares dos rins, que depositam UREIA 
GRADIENTE OSMÓTICO 
MEDULAR 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Guyton, 2010. 
CONCENTRAÇÃO DA URINA DILUIÇÃO DA URINA 
MECANISMOS DE DILUIÇÃO E 
CONCENTRAÇÃO DA URINA 
Guyton, 2010. 
 
5. EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
 
Ingestão ou 
produção de íons H+ 
Remoção efetiva 
do H+ do corpo 
IMPORTÂNCIA DA 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA 
Ingestão ou 
produção de íons H+ 
Remoção efetiva 
do H+ do corpo 
IMPORTÂNCIA DA 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA 
Ingestão ou 
produção de íons H+ 
Remoção efetiva 
do H+ do corpo 
Essenciais para manter as concentrações 
normais de H+, tanto no LEC quanto no LIC 
IMPORTÂNCIA DA 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA 
Atividades de quase todos os sistemas de enzimas 
no corpo são influenciadas pela concentração de H+. 
 
Portanto, variações da concentração de H+ alteram, 
praticamente, todas as FUNÇÕES celulares e corporais. 
POR QUE REGULAÇÃO PRECISA 
DO H+ É ESSENCIAL? 
IMPORTÂNCIA DA 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA 
Atividades de quase todos os sistemas de enzimas 
no corpo são influenciadas pela concentração de H+. 
 
Portanto, variações da concentração de H+ alteram, 
praticamente, todas as FUNÇÕES celulares e corporais. 
POR QUE REGULAÇÃO PRECISA 
DO H+ É ESSENCIAL? 
IMPORTÂNCIA DA 
REGULAÇÃO ÁCIDO-BÁSICA 
Controle PRECISO do pH envolve: 
Para manter o equilíbrio ácido-básico é necessário que o corpo 
constantemente ajuste o pH do seus fluidos 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
• 1ª linha de defesa 
• Resposta em segundos 
• 2ª linha de defesa 
• Resposta em minutos 
• 3ª linha de defesa 
• Resposta em horas/dias 
3 sistemas de defesa que regulam a concentração de H+ nos líquidos 
corporais, para evitar acidose ou alcalose: 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
• 1ª linha de defesa 
• Resposta em segundos 
• 2ª linha de defesa 
• Resposta em minutos 
• 3ª linha de defesa 
• Resposta em horas/dias 
Mais POTENTE! 
3 sistemas de defesa que regulam a concentração de H+ nos líquidos 
corporais, para evitar acidose ou alcalose: 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Retêm excessos de 
ácidos ou de bases 
temporariamente, mas 
não conseguem eliminá-
los do corpo. 
Lidam com o ácido 
carbônico (H2CO3), um 
ácido volátil, para 
eliminar o CO2. 
 
SOMENTE os rins podem 
eliminar do corpo outros ácidos 
gerados pelo metabolismo 
celular (ácidos não 
voláteis/fixos) sob a forma de 
H+ e, também, podem eliminar 
bases sob a forma de HCO3
-. 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Retêm excessos de 
ácidos ou de bases 
temporariamente, mas 
não conseguem eliminá-
los do corpo. 
Lidam com o ácido 
carbônico (H2CO3), um 
ácido volátil, para 
eliminar o CO2. 
 
SOMENTE os rins podem 
eliminar do corpo outros ácidos 
gerados pelo metabolismo 
celular (ácidos não 
voláteis/fixos) sob a forma de 
H+ e, também, podem eliminar 
bases sob a forma de HCO3
-. 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Por isso que o sistema renal é 
considerado a defesa contra 
variações de pH 
MAIS POTENTE! 
Os rins regulam o pH dos líquidos corporais por 3 mecanismos fundamentais: 
 
 Secreção de H+ 
Reabsorção de HCO3
- filtrado 
Produção de novo HCO3
- 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Os rins regulam o pH dos líquidos corporais por 3 mecanismos fundamentais: 
 
 Secreção de H+ 
Reabsorção de HCO3
- filtrado 
Produção de novo HCO3
- 
Envolve 
a secreção de H+ 
Para cada HCO3
- reabsorvido, um H+ precisa ser 
secretado 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
SECREÇÃO DE H+ e 
 REABSORÇÃO DE HCO3
- 
• A secreção de íons H+ e a reabsorção de HCO3- ocorrem 
praticamente em todas as partes dos túbulos, exceto nas 
porções finas descendentes e ascendentes da alça de Henle. 
• Túbulo proximal (~85% HCO3
-) 
• Alça ascendente espessa (~10% HCO3
-) 
• Túbulo distal e Ducto coletor (~5% HCO3
-) 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Guyton, 2010. 
• 4.320 mEq/dia HCO3
- são filtrados, logo, 
• ~4.320 mEq/dia HCO3
- são reabsorvidos, logo, 
• ~4.320 mEq/dia H+ são secretados, (apenas para reabsorver o HCO3
-) 
SECREÇÃO DE H+ e 
 REABSORÇÃO DE HCO3
- 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Guyton, 2010. 
MAS, 4.400 mEq de H+ são 
secretados nos túbulos renais por dia; 
LOGO: 80 mEq de H+ em excesso é eliminado pela urina. Esse H+ 
em excesso retira do corpo os ácido não voláteis produzidos pelo 
metabolismo 
Obs.: Grande parte do H+ não é excretada como H+ livre, mas sim em 
combinação com outros tampões urinários, especialmente fosfato e amônia 
SECREÇÃO DE H+ e 
 REABSORÇÃO DE HCO3
- 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Guyton, 2010. 
Sempre que um H+ secretado no lúmen tubular se combinar com tampão que não o HCO3
- (com tampão 
FOSFATO ou AMÔNIA), o efeito líquido é a adição de novo HCO3
- ao sangue 
Sistema-tampão urinário FOSFATO Sistema-tampão urinário AMÔNIA 
DEFESAS CONTRA VARIAÇÕES DO pH 
Guyton, 2010. 
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS 
Metabólica 
Respiratória 
Metabólica 
Respiratória 
Distúrbio metabólico : compensação respiratória 
 
Distúrbio respiratório : compensação renal 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Elimina ou retém CO2 
atuação em minutos a horas 
SISTEMA RENAL 
 
Excreção de urina ácida ou básica 
atuação em horas a dias 
Mecanismos compensatórios 
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
 
METABÓLICA 
 
RESPIRATÓRIA 
 
METABÓLICA RESPIRATÓRIA 
CAUSA 
Aumento de ácidos ou perda de 
bases no organismo, fazendo diminuir 
o pH 
• Diabetes 
• Diarreia (+freq.) 
• Ingestão de ácidos (raro) 
• Insuficiência renal 
CAUSA 
Elevação da PCO2, diminuindo o pH; 
• Desigualdade na relação 
ventilação perfusão 
• HIPOVENTILAÇÃO 
• Obstrução das vias aéreas 
• Pneumonia, enfisema, etc 
CAUSA 
Aumento de bases ou perda de 
ácidos no organismo, fazendo 
aumentar o pH; 
• Perda de suco gástrico 
(vômito); 
• Ingestão de agentes alcalinos 
(bicarbonato de sódio) 
 
CAUSA 
Diminuição da PCO2, fazendo aumentar 
o pH; 
 
• HIPERVENTILAÇÃO (grandes 
altitudes, ansiedade); 
 
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA : 
 
Pulmão reage com hiperventilação, 
elimina o CO2 e normaliza o pH: 
 
Acidose metabólica compensada por 
uma alcalose respiratória 
COMPENSAÇÃO 
RENAL: 
 
Rim retém HCO3
- (reabsorção total de 
HCO3
- e formação de novo HCO3
-) e 
excreta excesso de H+ na urina: 
Acidose respiratória compensada por 
uma alcalose metabólica 
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA : 
 
Pulmão reage com hipoventilação, 
aumenta a PCO2 e normaliza o pH: 
 
Alcalose metabólica compensada 
por uma acidose respiratória 
 
COMPENSAÇÃO 
RENAL: 
 
Rim aumenta a eliminação deHCO3
- 
(reabsorção HCO3
-) e retém H+ 
(secreção H+) e normaliza o pH: 
 
Alcalose respiratória compensada por 
uma acidose metabólica 
 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
Berne e Levy, 2009. 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
DISTÚRBIOS ÁCIDOS-BÁSICOS 
• Berne e Levy. Fisiologia – 6a ed., Elsevier, 2009. 
• Costanzo. Fisiologia – 3a ed., Elsevier, 2007. 
• Guyton e Hall. Tratado de Fisiologia Medica – 11a ed., Elsevier, 2006. 
• Netter. Atlas de Anatomia Humana – 5a ed., Elsevier, 2011. 
• Silverthorn. Fisiologia Humana, uma abordagem integrada – 5a ed., Artmed, 2010. 
• Douglas Eaton, John Pooler. Fisiologia renal de Vander – 6ª ed., ARTMED, 2006. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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