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Nomenclatura citopatológica e histológica - Utilizada desde o início do uso do exame citopatológico para o diagnóstico das lesões cervicais e suas equivalências Classificação citológica de Papanicolau Classificação histológica Regan (1952) O.M.S Classificação histológica de Richart (1967) Sistema de Bethesda (2001) Classificação citológica brasileira Classe I Normal Normal Normal Normal Classe II Atipia Inflamação Alterações benignas ASCUS/AGUS Alterações benignas ASCUS/AGUS Classe III - Displasia leve - Displasia moderada - Displasia acentuada NIC – I NIC – II NIC – III LSIL HSIL LSIL HSIL Classe IV Carcinoma “in situ” NIC – III HSIL – célula escamosa Adenocarcinoma “in situ” – célula glandular HSIL AIS Classe V CARCINOMA INVASOR (já tem metástase) Legenda: - NIC: neoplasia intraepitelial cervical - ASCUS: Células escamosas atípicas de significado indeterminado - AGUS: células glandulares atípicas de significado indeterminado - AIS: Adenocarcinoma “in situ” - LSIL: lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (low) - HSIL: lesão intraepitelial escamosa de alto grau (high) - Histológico: biópsia - Citológico: análise celular - Classificação de Papanicolau não é mais utilizada, padronizou-se no mundo o sistema de Bethesda. No entanto no laudo pode aparecer a classificação de Papanicolau juntamente com a classificação de Bethesda Aula dia 17/04 Coloração de Shorr - cora o citoplasma e o núcleo - cora primeiro o núcleo depois o citoplasma - uso corante de Shorr para corar o citoplasma - núcleo é corado com Hematoxilina de Harris - o que diferencia a coloração de Papanicolau e a de Shorr são as tonalidades do citoplasma, dá um realce no Shorr, são mais marcantes - Preconizado para avaliação hormonal Corante de Shorr Dividido em 3 soluções que juntas formam o corante de Shorr Solução A - Escarlate de Biebrich - Ácido fosfomolíbdico - Ácido fosfotúngstico Solução B - Verde luz amarelado Solução C - Orange G Índices Citológicos: 1) Contagem diferencial dos tipos celulares: Profundas (P), Intermediárias (I) e Superficiais (S) - Cianofílicas/ Basofílicas(básicas) EX: célula escamosa intermediária e Eosinofílicas/Acidófilas (ácidas) EX: célula escamosa superficial = coram dessas cores - Índice de Eosinofílicas (I.E) 2) Obtenção do índice picnótico (I.P) - Soma das células Cianofílicas + Eosinofílicas - I.P e I.E são indicadores de atividade estrogênica pois o aumento de maturação das células é igual altos níveis de estrógeno 3) Obtenção índice de Frost (I.F) - Expressa a relação percentual (%) entre os tipos celulares EX 1: IM (índice de maturação) = 80 profundas / 20 intermediárias / 0 superficiais 80% de células profundas / 20% de células intermediárias / 0% de células superficiais Esta mulher esta na pós menopausa ou na infância pois não tem presença de células superficiais e suas células profundas e intermediárias estão em grande quantidade EX 2: 0% de células profundas / 40% de células intermediárias / 60% de células superficiais Esta mulher está na fase reprodutiva, é uma mulher jovem. Estrógeno está mais ativo nesta fase e tem maior quantidade de células intermediárias e superficial *Um recém-nascido tem 0% de células profundas, 90% de células intermediárias e 10% de células superficiais por conta dos hormônios da mãe (principalmente progesterona), após 15 dias este quadro se normaliza pois a criança não produz hormônios *Uma mulher na pós-menopausa, o médico indica para ela uma pequena dose de estrógeno para manutenção e pede uma nova coleta após um tempo de uso do estrógeno, então começa a ver uma maturação das células epiteliais escamosas profundas para INTERMEDIÁRIAS. - estrógeno influencia células superficiais - progesterona influencia células intermediárias 4) Descrição do padrão de descamação epitelial Esfregaço limpo: células planas e isoladas, indicativo de atividade estrogênica pura. Predomínio de células escamosas superficiais Esfregaço sujo: células pregueadas e aglutinadas, sugestivo de ação conjunta do estrógeno com outro hormônio (progesterona ou androgênios). Predomínio de células escamosas intermediárias A) 1º Semana do ciclo: células intermediárias (pico de progesterona) B) Meio do ciclo menstrual (pico de estrógeno): células superficiais C) Após pico do estrógeno surge também a predominância da Progesterona (3ª semana de ciclo): Células intermediárias (mais dessas) e superficiais D) Final do ciclo menstrual (citólise): epitélio descamativo (citólise) - 2º dia do ciclo: tem presença de hemácias e células endometriais (pois o endométrio está descamando) - 7º dia do ciclo: tem predominância de células intermediarias - 10º ao 12º dia: normal ter presença de células endometriais (forma de favo de mel) - 12º dia do ciclo: surgem mais células superficiais - 14º dia do ciclo: entrando na pré-evolução, aumento de estrógeno, mais células escamosas superficiais - 25º dia do ciclo: predominância de células intermediárias, é esfregaço sujo, tem os dois hormônios influenciando em conjunto. Citoplasma um pouco amarelado indica presença de glicogênio, podendo ter também lactobacilos, pode causar citólise dependendo da quantidade de lactobacilos Trofismo vaginal - profunda, intermediária e superficial - falamos que é trófico ou maturo e ocorre a descamação do epitélio Epitélio trófico ou maturo - 3 camadas funcionais (profunda, intermediária e superficial) EX: menacme (estimulação dos hormônios esteroides) – primeira menstruação Epitélio hipotrófico - predomínio de células intermediárias, pois não há diferenciação até a camada superficial EX: estimulação estrogênica fraca, fase luteínica/progestacional plena, na gravidez e na anovulação crônica Epitélio atrófico - padrão atrófico tem: leve, moderado e acentuado. Depende da idade da mulher. Menor estratificação epitelial, predomínio de células profundas. A atrofia está associada a diversos graus de HIPOESTROGENISMO (diminuição do estrógeno = diminuição das camadas). Pode ter presença de leucócitos EX: insuficiência ovariana fisiológica (infância, pós menopausa, pós-parto e lactação) ou patológica. Hiperestrogenismo Quando tem muito estrógeno = muitas células superficiais Ciclo reprodutivo Ciclo reprodutivo: normotrófico (bom nível estrogênico) Climatério: Menopausa e pós-menopausa Padrão gestacional - na gestação tem mais progesterona = mais células intermediárias e poucas células superficiais são vistas - tem glicogênio - pode ter citólise se tiver muitos lactobacilos (estes usam o glicogênio presente para fazer citólise) - comum esfregaço citolítico na gestação (ocorreu a lise da célula) - células que tem citoplasma dobrado e sã moldados juntos as vezes algumas literaturas chamam de CÉLULAS NAVICULAREA (lembram barquinhos) Padrão puerperal - pós- parto: muitas células parabasais e um pouco de células intermediárias - quando tiram a placenta diminui drasticamente a quantidade de hormônios - no esfregaço vemos mais células profundas (basais e parabasais) - nem todas as mulheres desenvolvem este padrão - puerpério tardio: tem padrão mais misto destas células e começam a surgir células superficiais. Reflete o progresso da regeneração do epitélio. Inflamação Resposta dos tecidos as lesões ocasionadas por vários agentes: bactérias, fungos, vírus, etc - na inflamação aguda tem presença de leucócitos - neutrófilos segmentados (tem lóbulos, segmentos, dentro), de novos vasos para o local onde tem apresentado a lesão - na inflamação crônica tem a presença de linfócitos (núcleo mais arredondado), de macrófagos - mulher com cervicite crônica folicular, o esfregaço cervico vaginal apresentará linfócitos em vários estágios de maturação Alterações citoplasmáticas - pode ter um halo perinuclear (um halo ao redor do núcleo). Pode formar halo em volta do núcleo: HPV por exemplo - vacuolização (vacúolos dentro do citoplasma) - presença de dobrascitoplasmáticas (mais escuro na parte dobrada) Alterações nucleares - cariólise (dissolução nuclear), núcleo se “apaga” - cariorrexe (fragmentação do núcleo) – quando ocorre lesão - binucleação (2 núcleos) - multinucleação (mais de 2 núcleos) *Se tem lesão, precisa de mais células para cobrir aquele local, então tem uma hiperplasia de células de reserva (células basais) para ocorrer uma reparação daquela lesão, depois ocorre maturação para virar estratificado Aula dia 24/04 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) Transmissão - são transmitidas principalmente por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) - sem o uso da camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada - a transmissão ainda pode ocorrer da mãe para criança durante a gestação, o parto ou a amamentação Porque IST não DST - não chama-se mais DST pois é inadequado - IST é mais adequado pois as infecções podem ter períodos assintomáticos, ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo - EX: HPV e o vírus do Herpes, detectadas por meio de exames laboratoriais - no exame vê-se as alterações/modificações que o vírus fez na célula não o vírus em si Fisiologia Fluxo vaginal normal é constituído por: secreções, transudado da parede, descamação do epitélio, liquido do endométrio e trompas, muco cervical. Geralmente é branco, inodoro e sem sintomas. A quantidade varia por conta do ciclo menstrual. PH de 3,8 a 4,5. Sempre sofre influência hormonal, orgânica, psíquica. Cada mulher pode apresentar variação na quantidade e na qualidade da secreção vaginal SEM NENHUMA INFECÇÃO. Mucorreia é a presença do muco (é normal, fisiológico) O que observo na bacterioscopia ou exame a fresco NORMAL: 1) microbiota vaginal com bacilos de Doderlein (defesa da vagina), 2) baixa PMN (células polimorfonucleares. Ex: leucócitos), 3) muco EPITÉLIO VAGINAL – importância dos lactobacilos - rico em glicogênio que os lactobacilos usam para deixar o ph ácido (para produzir este ph ácido eles usam o glicogênio, produzem ácido lático e assim deixa o ph ácido) - alguns lactobacilos produzem peróxido que é o que mantém o ph vaginal ácido = defesa contra patógenos - alguns lactobacilos usam o ácido lático e outros usam o peróxido para deixar esse ph vaginal ácido - se é rico em glicogênio está sofrendo influência do glicogênio - uma baixa quantidade de estrogênio na infância e pós-menopausa faz ter uma ausência de lactobacilos, isso não é patológico, porém deixa o Ph menos ácido e facilita a ocorrência de uma infecção. Causas do corrimento vaginal anormal IST: clamídia, gonorreia, tricomoniase, herpes simples Outras infecções: candidíase, vaginose bacteriana Outras causas: vaginite atrófica, gravidez, iatrogenia, câncer, outras condições dermatológicas Vaginose - alteração na microbiota vaginal normal com perda ou diminuição dos lactobacilos e assim cresce o nº de bactérias predominantemente anaeróbicas Cervicite - inflamação no colo uterino - no epitélio escamoso (pelos menos micro-organismo que causam a vaginite) ou no epitélio glandular/colunar Vaginites - processo inflamatório e ou infeccioso - acometem órgãos genitais femininos como a vulva, paredes vaginais, colo uterino (ectocérvice) - esta pode ocorrer se uma vaginose não for bem tratada, vaginite pode ser decorrente da vaginose - vaginite causa um alto fluxo vaginal (leucorréia), um corrimento purulmento, mais espesso 3 tipos que correspondem a 90% das desordens de origem infecciosa do trato genital feminino: Vaginose bacteriana (bactéria): Gardnerella vaginalis, Micoplasmas genitais (M. hominis, Ureaplasma urealyticum), Bacilos anaeróbios Gram negativos, Bacilos anaeróbios gram positivos, cocos anaeróbios gram positivos. Lembrando que alguns destes habitam o trato genital feminino normalmente mas se ocorre um desbalanço elas causam infecção Candidíase (fungo) Tricomoníase (protozoário) - Queixas ao médico na consulta ginecológica: alto fluxo vaginal, prurido e irritação, cheiro desagradável e desconforto Desequilíbrio da microbiota vaginal - culmina com a diminuição dos lactobacilos -> desencadeia o crescimento de bactérias anaeróbicas -> vaginose bacteriana -> corrimento vaginal excessivo - Mais comum na idade reprodutiva - jovens são mais propensos pois não se cuidam corretamente Infecção por Gardnerella – Vaginose bacteriana - agente causal: Gardnerella vaginalis - incidência em mulheres: idade reprodutiva e sexualmente ativas e geralmente com muitos parceiros sexuais - este agente está presente na microbiota vaginal normal -> presente em 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas -> desequilíbrio microbiota vaginal -> desencadeia a Gardnerella -> vaginose bacteriana - Sintomas: mais de 50% das mulheres são assintomáticas, porém se for sintomática pode ter odor vaginal forte (cheiro de peixe podre), que se intensifica após relações e menstruação. - Complicações/consequências: infertilidade, endometrite, risco de infecção (HIV, gonorreia, trichomoníase), ruptura prematura de membranas, abortos, prematuridade ou RN com baixo peso ALTERAÇÕES VAGINAIS DA VAGINOSE BACTERIANA - PH vaginal: 4,5 - Corrimento acinzentado ou branco, fino, fluido, pequena quantidade e pode formar microbolhas - Teste de odor da secreção vaginal = WHIFF-TESTE: irá sentir o odor fétido - visualização de clue cell/células guias no esfregaço cervico-vaginal. A bactéria adere à membrana celular, células ficam com um contorno granuloso e impreciso, é um dos melhores indicadores de vaginose. - diminuição das PMN que se tornam raras ou ausentes - pode ter núcleo aumentado Mobiluncus spp - “acompanhante da gardnerella” - é uma bactéria anaeróbica móvel e curva - parece uma virgula, um cabelinho - ela vai junto ou não com a Gardnerella para se aderir a membrana celular, mas geralmente vai junto - ao se colocar na membrana celular forma a comma cell ou célula cabeluda Clamydia trachomatis - causa mais comum: corrimento vaginal purulento e intenso - Sintoma: corrimento, pode ter sangramento pós-coito ou intermenstrual, dor abdominal baixa, dispareunia (dor na relação sexual) - é bactéria gram – imóvel - + frequente nas mulheres - ocorre em qualquer idade porém é prevalente na adolescência e também ocorre na pós-menopausa e gestação - ela invade a célula, causa oclusões dentro da célula, umas bolinhas - manda fazer PCR sempre! - infecta o epitélio da ectocérvice, ZT e uretra - 80% pacientes infectados são ASSINTOMÁTICOS, por isso é chamada de “silenciosa” - nos adultos pode causar doenças oculares como a conjuntivite - em crianças nascidas de grávidas com infecção genital por CT podem desenvolver conjuntivite e pneumonia - se fizer exame dá para identificar, o melhor é o PCR - se não tratada mulher pode ter gravidez ectópica, DIP, infertilidade, sempre importante fazer citologia oncótica e outros métodos complementares mais confiáveis e específicos para saber qual a espécie (cultivo celular, ELISA, PCR) - Ciclo de desenvolvimento: adere na célula -> tem um receptor na célula hospedeira que propicia a entrada da bactéria na célula -> e ocorre replicação dentro de vacúolos (RB) na célula hospedeira -> forma inclusões citoplasmáticas eosinofílicas -> lise da célula Vulvovaginite fúngica - candidíase ou monilíase - infecção da vulva e vagina - agente causal: fungo -> Cândida albicans (80 a 90% dos casos) - habita a mucosa vaginal e a digestiva - cresce em meio que torna-se favorável - fungo adora meio ácido - fatores predisponentes: gestação, DIU, espermicidas, estrógeno e contraceptivos orais em altas doses, etc Microbiota vaginal normal -> rica em lactobacilo: ph vaginal ácido -> dificulta a proliferação de patógenos -> EXCETO DE LEVEDURAS (fungos) -> estes crescem em ph ácido - Lactobacilos atuais são divididos em 3 diferentes níveis: 1) competem com os fungos pelos nutrientes 2) Co-agregação: bloqueiam receptores epiteliais vaginais e assim impedem a adesão para fungos 3) produção de bacteriocinas:que impede a germinação dos micélios (proliferação do fungo). Micélio é a massa ou conjunto de hifas que formam o corpo ou colônia de um bolor. - SINTOMAS: intensidade variável de prurido vulvovaginal, ardor ou dor na micção, irritação vulvovaginal e dispareunia - corrimento parece um leite coalhado, é espessa, parecem “placas” (leucorréia). Hiperemia da vagina e vulva (vermelhidão), edema (inchaço) e escoriação na vulva - na lâmina tem presença de hifas, pseudohifas, esporos (40 a 60% dos casos), sugere-se exame a fresco. - 1ª Lâmina que a prof mostrou: Presença de estrógeno e progesterona pois as células estão pregueadas - 2ª Lâmina que a prof mostrou: presença de esporos, hifas, inflamação aguda pois tem leucócitos, se fosse inflamação crônica teria linfócitos - PRESENÇA DE HIFAS É SUGESTÃO DE CANDIDÍASE Aula dia 08/05 Tricomoníase - IST - Agente causal: Trichomonas vaginalis (protozoário, flagelado, anaeróbico, gram negativo) - 25% das vulvovaginites - Encontra-se: uretra, vagina e cérvice Sinais e sintomas - 50% assintomáticos - aumento do fluxo vaginal (bolhoso) diferente da candidíase que o corrimento fica com a aparência de leite coalhado - cinza – esverdeado - prurido (coceira) vulvar e dispareunia Sintomas + intensos - na pós – menstruação e na gestação - no colo uterino: o médico verifica a presença de intenso pontilhado inflamatório caracterizando Colpite difusa ou focal Aspecto de framboesa Diagnóstico - exame a fresco -> identificação do protozoário - flagelados, ovoides e móveis - Aumento de células inflamatórias Trichomonas vaginalis e Leptothrix spp - Leptothrix: longo bacilo e que pode ser observado de forma concomitante (junto) ao Trichomonas (PARECE FIO DE CABELO) – as vezes acompanha o Trichomonas as vezes não - Coloração de Papanicolau - Parasita: dificilmente identificado em esfregaço cervico-vaginal - Quando observado no Papanicolau: forma de pêra com núcleos típicos e flagelo raramente identificado Nas células escamosas eosinofílicas: Halo perinuclear claro. Pode ser HPV e trichomonas Núcleo hipercromático (coloração mais intensa) Aumento de células inflamatórias Tomar cuidado ao liberar laudo (por isso importante outros exames complementares para confirmar como de urina, de biologia molecular, exame microbiológico, imunoensaio), pois se eu liberar um laudo escrito “lesão intraepitelial escamoso de baixo grau” só porque não vi o protozoário posso estar descartando a possibilidade de ser um protozoário, ou até mesmo HPV Herpes - vírus - infecção herpética por vírus - tem inclusões intranucleares = forma-se muitos núcleos = multinucleação - pode ter infecção herpética associada à infecção pelo Trichomonas vaginalis Cocos gram positivos Staphylococcus aureus: relacionados em usuárias de absorventes intravaginais (OB) - o uso do OB incorretamente pode gerar processo inflamatório e até mesmo a Síndrome do Choque tóxico Actinomyces spp: bactéria filamentosa - nos esfregaços cervico-vaginais ela aparece na forma de bolas, no centro denso e circundadas por filamentos - a infecção é comum nas mulheres que utilizam dispositivo contraceptivo intra-uterino (DIU) – 10% - bactéria = reação inflamatória Cocos gram negativos Neisseria gonorrhoeae: diplococo gram- - causa GONORRÉIA (IST) - geralmente apresenta processo inflamatório - identificação por meio de culturas bacterianas Parasitas Wuchereria bancrofti - causa elefantíase - parece um cabelo enrolado Carcinoma microinvasivo de células escamosas - mulheres em estágio inicial do câncer cervical podem se submeter ao procedimento de conização Se estão em processo de microinvasão: invasão mínima de 5mm abaixo de membrana basal, ausência de invasão vascular, sem metástases para linfonodos podem fazer este procedimento - Faz-se o tratamento de CONIZAÇÃO (processo cirúrgico): onde o médico remove o tecido doente em formato de cone para realização de uma biópsia. Esta biópsia irá indicar se o tumor foi removido ou se outros tipos de tratamento serão necessários para prevenir novas formas de câncer. - a conização pode ser um procedimento menos drástico, permitindo a manutenção da fertilidade feminina após o tratamento do câncer - pega a amostra, coloca na parafina, coloca no micrometro, para cortar (fino) e confeccionar as lâminas Exercícios Uma paciente de 26 anos queixa-se de sangramento intermenstrual, dispareunia e dor abdominal. Foi observado no exame clínico corrimento vaginal purulento e no exame citopatológico foram observadas inclusões citoplasmáticas eosinofílicas. Qual o agente etiológico do caso descrito? Clamydia trachomatis Assinale a alternativa que NÃO corresponde ao caso descrito: IST bacteriana com maior prevalência em adolescentes É uma infecção causada por bactéria intra-celular que infecta o epitélio da endocérvice, ZT e uretra A infecção por clamídia frequentemente está associada a infecção por Mobiluncus spp As complicações mais importantes são a gravidez ectópica, infertilidade e doença inflamatória pélvica 80% das mulheres infectadas são assintomáticas Uma paciente de 27 anos apresenta forte inflamação vaginal com prurido e ardor na colposcopia observou-se colpite difusa Qual o agente causal do caso descrito? Trichomonas vaginalis Assinale a alternativa INCORRETA sobre o caso descrito: O aumento do fluxo vaginal com aspecto bolhoso cinza-esverdeado A patologia diagnosticada é uma IST O Leptothrix spp parece de forma concomitante ao agente causal Na citopatologia observa-se células escamosas eosinofílicas com halo perinuclear Presença de secreção vaginal branca e espessa associada a hiperemia da vagina e vulva Uma paciente de 40 anos faz uso de DIU, mãe de 2 filhos, e apresenta queixa de prurido vaginal, ardor a micção e dispareunia. A paciente apresentava leucorreia branca consistente em placas Qual o diagnóstico dado pelo médico? Cândida albicans Aula dia 15/05 Genoma do HPV - HPV tem vacina! - mais de 200 tipos de HPV conhecidos - HPV = papiloma vírus humano - DNA do HPV é circular Sua replicação é intracelular na célula hospedeira. Sozinho ele não consegue fazer a replicação Esse genoma é envolto por um capsídeo. Intranuclear da célula hospedeira Organização (3 regiões) Zona larga de controle ou região controlada 15% Região “early” (precoce) 45% Região “late” (tardia) 40% Região controladora: Não codifica proteínas Está envolvida na regulação da transcrição dos genes late/early Atua na origem da replicação “Open Reading frames (ORFs) = janelas de leitura aberta São sequência de DNA envolvidas na codificação de proteína Região “early” – contém 6 ORFs (E1, E2, E4, E5, E6, E7) que são necessários para replicação viral, transcrição e transformação Região “late” contém 2 longas ORFs (L1 e L2) Os genes lates codificam (produzem) as proteínas estruturais que constituem o envoltório viral. Produção de proteína para a formação do capsídeo Desenho esquemático do genoma do HPV As proteínas codificadas por E1 – estão envolvidas na manutenção do genoma e replicação E2 - codifica as proteínas que controlam a síntese daquelas proteínas produzias por E6 e E7 A inativação de E2 implica no aumento da produção de E6 e E7. E4 - codifica uma proteína que se liga e interrompe a rede de queratina, com a formação da célula coilocitótica típica da infecção pelo HPV E5 – parece estar envolvido na transformação celular E6 e E7 – codificam proteínas que são capazes de induzir a proliferação e transformação celular (proliferação anormal) E6 – liga-se e inativa p53 P53 – “guardião do genoma” - (supervisiona o DNA, problemas na replicação, caso não seja reparado irá para apoptose). Ele tenta arrumar Funções de reparo do DNA lesionado ou envio da célula defeituosa para morte celular E7 – liga-se e inativa pRB (proteína do retinoblastoma) → desta forma as células com DNA lesionado são capazesde divisão celular (ocorre proliferação celular) pRB – regula o ciclo celular e inativa o fator de transcrição. Inativa. E2F (fator de transcrição). Ele se liga e impede a transcrição, caso isto não ocorra terá a divisão celular Este vírus entrará através de uma lesão e irá direto para as células mais profundas Vacinas Bivalentes Quadrivalante 9-valente 6 e 11 aparece verruga 16 e 18 = alto risco Carcinogênese do HPV - as vezes o subtipo do HPV é de alto risco = se desenvolve muito rápido Condiloma acuminado - infecção por HPV - Baixo risco, aparecem raramente em câncer invasivo - apresenta verrugas genitais Papel da infecção do papilomavírus humano no desenvolvimento do câncer cervical HPV: vejo coilocitose nuclear (nas células escamosas superficiais intermediárias) vemos um halo perinuclear, núcleo em geral é literalmente atípico. Mas pode ser Thichomonas vaginalis pois também tem haloperinuclear. Para isso, verificar sempre qual é com certeza para não liberar laudo errado. Neoplasias invasivas - das células escamosas do colo uterino precedidas para longa fase de doença pré-invasiva - neoplasia intraepitelial cervical (NIC) - Graus do NIC: II e III = determina a espessura do epitélio (composto por células indiferenciadas) - Inicial: pode durar meses = NIC I podendo ficar persistente por anos podendo virar NIC II e NIC III e 10 anos ou mais gera o câncer do colo do útero (carcinoma invasivo) por conta da persistência do HPV NIC I: pouca mitose, pouca alteração do núcleo, partículas infecciosas do vírus atingem a camada mais profunda do epitélio (basal) NIC II: mais mitoses, alteração do núcleo NIC III: diferenciação e estratificação podem estar presentes somente no ¼ superficial do epitélio Carcinoma invasivo: aqui todas células estão iguais, não tem mais diferenciação, atipia nuclear muito grande, várias mitoses, núcleos aumentados, irregulares, hipercromáticos (núcleo mais escuro) Tipos histológicos Adenocarcinoma = câncer nas células colunares, núcleos atípicos (maiores, menores), alguns formam ”rosetas”, núcleos que formam um círculo Carcinoma (escamoso invasor) epidermóide = câncer nas células escamosas, núcleo maior que o citoplasma Sintomas - hemorragias após o coito e intermenstrual - fluxos menstruais mais intensos - mais corrimento purulento e odos fétido - cistite recorrente, frequência urinária - Dor lombar, abdominal no quadrante inferior - estágios avançados, pode surgir DISPNÉIA UM EXAME DEPENDE DO OUTRO PARA DAR O DIAGNÓSTICO: citopatologia, histologia e colposcopia = é uma TRÍADE DIAGNÓSTICA Câncer de mama - tabagismo pois modifica o DNA das células - slides NP2: - nomenclatura de Bethesda, brasileira, Rishgan, Regan - alterações nucleares e citoplasmáticas - saber o que é uma célula escamosas estratificada NORMAL e ANORMAL
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