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Exercícios_ Variação linguística_ENEM

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Enem 2014
Óia eu aqui de novo
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo para xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raquel
Diz que eu tou aqui com alegria
BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www. luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).
A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é
a) “Isso é um desaforo”
b) “Diz que eu tou aqui com alegria”
c) “Vou mostrar pr’esses cabras”
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”
e) “Vem cá morena linda, vestida de chita”
Resposta comentada:
A maioria dos termos destacados é de uso comum e não regional. A única alternativa com um termo regional claro é a que contém “cabras” no lugar de homens.
Alternativa C.
Variante histórica – Enem 2014
Em bom português
         No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:
– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.
SABINO, Fernando. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que:
a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações.
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes.
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante.
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões.
Resposta comentada:
A crônica de Fernando Sabino é sobre as inovações no vocabulário das gerações, como usar mulher no lugar de esposa, por exemplo.
Resposta B.
Variante regional – Enem 2015
Assum preto
(Baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)
Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez  por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum  preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá.
As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra, a:
a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”.
b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”.
c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”.
d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”.
e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.
Resposta comentada:
A letra de Assum Preto é toda ela escrita em variante regional de linguagem, presente nas cinco alternativas. A pergunta pretendeu apenas testar a capacidade de leitura e observação do leitor. No caso, a troca do L pelo R, em “tarvez” e “sorto”.
Resposta B
Variante social – Unicamp 2017
No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores?
Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.”
(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www  melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.)
Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.)
b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
Resposta comentada:
O texto de Sérgio Rodrigues é claro ao criticar os que indicaram como erro o título coloquial do filme, como explicitado pelo filólogo e linguista mineiro Marcos Bagno.
Resposta C.
Variante social – Enem 2013
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.
Resposta comentada:
A linguagem usada por Gabriel, O Pensador é típica do rap e do funk atuais, ligada à fala e a uma coloquialidade proposital para alcançar o público.
Alternativa D.
Variante social – Fuvest 2012
“A correção da língua é um artificialismo, continuei episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que a gramática só se atreve a meter o bico quando escrevemos. Quando falamos, afasta-se para longe, de orelhas murchas.”
LOBATO, Monteiro, Prefácios e entrevistas.
a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, pode-se concluir corretamente que a língua falada é desprovida de regras? Explique sucintamente.
b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão.
Respostas:
a) A língua falada objetiva a comunicação e, por isso, se permite não utilizar a norma padrão ou culta, o que não deve serconsiderado erro. A fala utiliza a gramática descritiva, que é o uso da língua pelos seus falantes.
b) O termo “episcopalmente” segue a norma padrão. Podemos substituir “meter o bico” por “intrometer-se” e “de orelhas murchas” por “envergonhada”.
"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
                   Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.
A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico.
Resposta Questão 1
Alternativa “a”. Embora as variedades linguísticas sejam consideradas importantes do ponto de vista comunicacional, a língua padrão ainda alcança maior prestígio social.
Enem 2012 (Variações linguísticas no Enem)
Texto I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
Texto II
	Expressão
	Significado
	Cair nos braços de Morfeu
	Dormir
	Debicar
	Zombar, ridicularizar
	Tunda
	Surra
	Mangar
	Escarnecer, caçoar
	Tugir
	Murmurar
	Liró
	Bem-vestido
	Copo d'água
	Lanche oferecido pelos amigos
	Convescote
	Piquenique
	Treteiro de topete
	Tratante atrevido
	Abrir o arco
	Fugir
	Bilontra
	Velhaco
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.
Resposta Questão 3
Alternativa “e”. O texto de Carlos Drummond de Andrade apresenta exemplos de palavras ou expressões que caíram em desuso, o que comprova o dinamismo da língua e as variações sofridas ao longo do tempo.
Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:
a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que deve ser evitado na língua.
b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais.
c) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo social.
Alternativa “a”. É fundamental que as variações linguísticas sejam respeitadas e compreendidas, já que dizem respeito a um organismo vivo, que é a língua. Esta, por sua vez, jamais deve ser utilizada como instrumento de opressão, pois cada variante exerce uma função dentro de um grupo social. Respeitar as variações linguísticas é um dos princípios da cidadania.
ENEM 2009
A norma-padrão está vinculada à ideia de língua modelo, seguindo as regras gramaticais de acordo com o momento histórico e com a sociedade
Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma-padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio
a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”.
b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar de escrevê-lo!”.
c) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor.
d) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho.
Alternativa “b”. A oração está de acordo com a norma-padrão culta da língua portuguesa, especialmente no que se refere ao emprego do pronome oblíquo no verbo escrever.
Enem 2010
	S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. 
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010 (fragmento adaptado).
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso
a) regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil.
b) literário, pela conformidade com as normas da gramática.
c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.
d) coloquial, por meio do registro de informalidade.
e) oral, por meio do uso de expressões típicas daoralidade.
Alternativa “c”. Por ser um texto direcionado a um público específico, os professores, apresenta características próprias por meio de marcas linguísticas, fato que se comprova nas expressões empregadas: código, regras gramaticais e modalidades.
QUESTÃO 115
De domingo
 — Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
—É.
— O que que tem?
—Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é.Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é óbice.
— “Ônus.
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”.
(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto  Alegre: LP&M, 1996).
No  texto, há uma  discussão  sobre o uso de  algumas  palavras da língua portuguesa. Esse uso  promove o (a)
(A) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.
(B) tom humorístico, ocasionado  pela ocorrência de  palavras empregadas em  contextos  formais.
(C) caracterização da identidade linguística dos  interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
(D) distanciamento entre os  interlocutores, provocado pelo  emprego de palavras com  significados poucos  conhecidos.
(E) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por  parte de  um dos   interlocutores do  diálogo.
Gabarito: B
Comentário:
O  tom   humorístico do texto  utilizado  na questão 115 é  construído  a  partir do  conceito de uma das  variações  linguísticas: a  situacional. Ela  corresponde  às  diferentes  formas  que  o  falante escolhe para  se  comunicar, dependendo da  situação de   comunicação. É  a  situação  que determina, por  exemplo, o  vocabulário  a ser  empregado:  com quem estamos falando? Em que  evento  estamos?  Em que   lugar?
QUESTÃO 121
Texto I
Entrevistadora  — Eu  vou  conversar aqui  com  a  professora A.D. …  O  português então   não  é  uma  língua  difícil?
Professora — Olha se  você  parte do princípio… que a  língua  portuguesa  não  é  só  regras  gramaticais… não se  você   se apaixona pela  língua que  você…  já  domina… que  você  já  fala ao  chegar na  escola se teu  professor  cativa você a  ler obras da  literatura…  obra da/ dos  meios de comunicação… se você tem acesso a  revistas… é…  a  livros  didáticos… a… livros de  literatura  o mais  formal o  e/ o  difícil é  porque  a  escola  transforma como  eu  já  disse as  aulas de  língua  portuguesa  em análises  gramaticais.
Texto II
Professora — Não, se  você parte do princípio que  língua  portuguesa não  é  só  regras  gramaticais. Ao chegar à escola, o aluno   já domina e   fala a  língua. Se o  professor  motivá-lo a  ler  obras  literárias e se tem acesso a  revistas, a  livros didáticos, você se  apaixona  pela  língua. O  que  torna  difícil é  que a escola  transforma as  aulas de  língua  portuguesa em análises  gramaticais.
(MARCUSCHI,  L. A. Da  fala para  a escrita: atividades de  retextualização. São  Paulo: Cortez, 2001)
O  texto  I  é  a  transcrição de entrevista  concedida por   uma professora de  português a  um programa de  rádio. O texto II é  a adaptação dessa  entrevista para a modalidade escrita. Em comum, esses  textos
(A) apresentam ocorrências de  hesitações  e reformulações.
(B) são  modelos de  emprego de regras gramaticais.
(C) são exemplos de uso  não  planejado da língua.
(D) apresentam marcas da linguagem  literária.
(E) são  amostras do  português  culto  urbano.
Gabarito:  E
Comentário:
A questão 121 trata da  variação sociocultural, referente às  diferenças  linguísticas decorrentes das características  sociais  e culturais de   cada falante: idade, profissão, sexo, grau de  instrução grupo social,  nível econômico.  É importante  observar  a  expressão “português culto urbano”, utilizado  na  alternativa indicada como  correta  pelo gabarito  oficial do  INEP:  o conceito é   utilizado em  Sociolinguística para designar o   uso  linguístico  do indivíduo com grau de escolaridade superior completa, nascido e criado em  zona  urbana. Como já explicamos  em outro  texto, o conceito  da Linguística não está relacionado às  noções  de culto e  inculto disseminadas  por  aí com  base no  senso comum!
QUESTÃO 126
Mandinga — Era a denominação que, no  período das  grandes  navegações, os  portugueses davam à  costa ocidental da  África. A  palavra se tornou sinônimo  de feitiçaria porque os  exploradores  lusitanos consideram bruxos  os africanos que ali  habitavam — é que eles davam  indicações sobre a  existência de ouro na região. Em idioma nativo, manding designava terra de  feiticeiros. A palavra acabou  virando sinônimo de feitiço, sortilégio.
(COTRIM, M. O  pulo do gato 3.  São  Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento)
No  texto,  evidencia-se que a construção do significado da palavra  mandinga resulta de um (a)
(A) contexto sócio-histórico.
(B) diversidade técnica.
(C) descoberta geográfica.
(D) apropriação religiosa.
(E) contraste cultural.
Gabarito: A
Comentário:
A  questão 126 aborda a  variação histórica da  língua  portuguesa.   Toda  língua  natural  modifica-se com  o tempo:  mudam o   modo de  falar,  a  maneira de  estruturar  as frases, o  vocabulário e, muitas  vezes,  o  significado das palavras.
QUESTÃO 131
PINHÃO sai ao  mesmo tempo que BENONA entra.
BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e  quer  falar  com  você.
EURICÃO: Benona, minha  irmã, eu  sei  que ele  está   lá  fora, mas não  quero falar com ele.
BENONA:  Mas, Eurico, nós lhe devemos  certas  atenções.
EURICÃO: Passadas para  você, mas  o  prejuízo foi  meu.  Esperava que  Eudoro, com todo aquele  dinheiro, se tornasse meu  cunhado. Era  uma boca a  menos e  um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que  ouviu  dizer que eu  tenho  um tesouro. E vem   louco atrás dele, sedento, atacado da  verdadeira  hidrofobia. Vive farejando  ouro, como  um cachorro  da  molest’a, como  um urubu, atrás do  sangue dos outros. Mas ele  está enganado. Santo  Antônio  há de  proteger minha pobreza e  minha  devoção.
(SUASSUNA, A.   O  santo e  a porca. Rio de  Janeiro: José Olimpyio, 2013)
Nesse texto teatral, o  emprego das  expressões “o peste” e  “cachorro da  molest’a” contribui para
(A) marcar  a classe social das personagens.
(B) caracterizar usos  linguísticos de  uma região.
(C) enfatizar a  relação familiar entre as  personagens.
(D) sinalizar a  influência do  gênero nas  escolhas vocabulares.
(E) demonstrar o  tom autoritário da fala de  uma das personagens.
Gabarito  oficial: B
Comentário:
Nessa questão, aborda-se  a  variação  geográfica. Ela corresponde às  diferenças  observadas na comparação entre o  uso linguístico em diversas  regiões  do  país ou quando  comparamos  os usos dos  diferentes países  de língua portuguesa.
(UFTM) – Leia os quadrinhos abaixo para as questões 01 e 02.
  
01. Sobre a tira, analise as afirmativas.
 I - Pode-se identificar, no último quadrinho, a fala de um nordestino, exemplo de variedade linguística regional.
II - É apresentada uma visão estereotipada de uma fala que suprime, quase sempre, as sílabas finais das palavras.
III - A fala no último quadrinho retoma o exemplo dado no terceiro quadrinho, tornando-se mais inteligível.
IV - O produtor da tira usou seu conhecimento das variedades lingüísticas existentes entre as regiões do país para
produzir efeitos de humor.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. A tira exemplifica o uso de variedades linguísticas. Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a afirmativaINCORRETA.
a) Preconceito linguístico é o julgamento negativo dos falantes em função da variedade linguística que utilizam.
b) A maior ou menor proximidade entre os falantes faz com que usem variedades mais ou menos formais, denominadas registros de linguagem.
c) Diferenças significativas nos aspectos fonológicos e morfossintáticos da língua marcam as variedades sociais, seja devido à escolaridade, à faixa etária, ao sexo.
d) Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da mesma comunidade.
e) Gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em vocabulário criado por um grupo social e serve de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.
03. Analise a tirinha a seguir.
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.
a) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”
b) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
c) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”
d) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”
e) “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”
04. (INSPER-2008) Analise a tirinha abaixo.
Na tira, a presença do termo “Vossa Mercê” na fala do Vovô revela
a) variedade de língua arcaica, para deixar claro à interlocutora a importância da diferença de idade.
b) respeito excessivo dele ao dirigir-se à interlocutora, para contestar a ideia de que é antiquado.
c) diferença de usos linguísticos entre as gerações, corroborando a avaliação da interlocutora sobre ele.
d) intolerância da interlocutora com ele, cuja linguagem se mostra tão informal quanto a dela.
e) opção por uma linguagem mais à vontade para agradar a interlocutora, que mostra ter princípios.
05. Leia a tirinha.
Levando-se em consideração a tira de Maurício de Sousa apresentada, que elementos linguísticos constituem uma tentativa de aproximação com a língua oral?
a) A onomatopeia hum e os pontos de exclamação, que demonstram a entonação.
b) Os pronomes demonstrativos isto, este e esta.
c) Os recursos visuais: balões, expressões faciais e gestuais.
d) O verbo dizer e o uso do substantivo no diminutivo.
e) As escolhas lexicais, em geral, realizadas por Maurício de Sousa.
Analise a tira e, a seguir, faça o que se pede nas questões 06 e 07. 
  
06. O efeito humorístico do texto:
a) Concentra-se nas especificidades de pronúncia das personagens.
b) Constrói-se a partir da exploração de dois dos significados do verbo “tocar”.
c) Compõe-se a partir do significado que se atribui ao verbo “entender” , nas áreas rurais do Brasil.
d) Deriva do fato de Rosinha dominar, melhor do que Chico Bento, a língua portuguesa.
e) Constrói-se a partir da ridicularização do falar e da cultura do homem do campo.
07. É possível, além da pronúncia” ocê”, encontrar, entre os diferentes grupos de falantes do português do Brasil, as formas “cê” e “você”. Considere os enunciados abaixo, assinale a alternativa correta a respeito deles.
I) “Você vem conosco?”
II) “Trouxe este presente para você.”
a) Na fala popular e informal, “ocê” e “cê” poderiam substituir você tanto em I quanto em II.
b) Em usos informais da língua, “cê” poderia ser encontrado apenas em I.
c) Em ambientes rurais, como o de Chico Bento, a forma “ocê” jamais ocorre em I.
d) Em usos coloquiais da língua, especialmente no meio rural, “ocê” aparece apenas em II.
e) A gramática normativa aceita as três variantes (“cê”, “ocê” e “você”), na escrita e na fala.
08. (FGV-2001)
Nos três primeiros quadrinhos, a linguagem utilizada é mais formal e, no último, mais informal. Assinale a alternativa que traga, primeiro, uma marca da formalidade e, depois, uma marca da informalidade presentes nos quadrinhos.
a) Vilania; vosso.
b) Vós; você.
c) Estou; você.
d) Tenhais; segui.
e) Notícias; falem.
09. (Santa Marcelina- Medicina/2013)
(www.tirinhasdoze.com. Adaptado.)
As personagens da tirinha empregam uma variedade linguística
a) que mescla uma modalidade padrão com elementos de uma modalidade não padrão, exemplificadas pelo uso de está e tá.
b) que apela predominantemente a uma modalidade popular, com gírias do tipo assim não dá.
c) que exagera na adoção de uma modalidade rigorosa e formal, como no tratamento em Seu Vinícius.
d) que mistura uma modalidade coloquial, a partir de gírias, com uma modalidade regionalista, como em pinga.
e) exclusivamente pertencente a uma modalidade padrão, com vocábulos rebuscados e preciosos, como oculista.
10. (UFES-2002) Em meio a opiniões favoráveis ou contrárias aos estrangeirismos, o uso de palavras de outras línguas, como se observa na tirinha abaixo, é corrente no português do Brasil.
Assinale a alternativa que NÃO contém estrangeirismo:
a) “[...] Era impressionante o seu mister de busca incessante de recursos para construir o novo prédio e depois para continuar de pé aquela importante obra.” (Alencar Garcia de Freitas, A Gazeta - 6/8/2001)
b) “[...] Em dezembro de 1998 o quadro mundial era mais tenso [...] e o Brasil conseguiu US$ 41 bilhões do fundo e de um pool de bancos.” (Ângelo Passos, A Gazeta - 6/8/2001)
c) “[...] A crise ganha status de vírus letal, contra o qual não há remédio e cura.” (Milton Mira Assumpção, A Gazeta - 22/8/2001)
d) “[...] O momento da eleição, longe de ser motivo de reflexão, de troca de idéias entre os eleitores [...] transforma-se num grande show.” (Sérgio Fonseca, A Gazeta - 2/9/2001)
e) “[...] No mesmo período, o sistema portuário do Estado ocupou segundo lugar no rankingnacional em valor de produtos embarcados.” (A Gazeta - 4/9/2001)
11. Analise os quadrinhos abaixo.
As variações linguísticas permitem a evocação de certos aspectos de determinada parte do país, produzindo efeitos diferentes conforme o ouvinte ou leitor seja ou não dessa região. Nos quadrinhos acima, a variação linguística é de natureza:
a) fonética.       
b) lexical.    
c) morfológica.     
d) semântica.    
e) sintática.
12. (Enem 2ª aplicação-2010)
 
Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque 
a) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma criança.   
b) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresentação de sua obra de arte.   
c) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos. 
d) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal.   
e) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este último.   
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GABARITO – VARIEDADES LINGUÍSTICAS
1 – D
2 – D
3 – A
4 – C
5 – E
6 – B
7 – B
8 – B
9 – A
10 – A
11 – A
12 – D
ATIVIDADE DE PORTUGUÊS SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
1.       Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir:
a)Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem culta ou coloquial?
b)Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o personagem fale dessa forma?
c)Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por quê?
d)Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê?
e)Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?
2.       Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:
	A LEI PROTEGE TEMER DE INVESTIGAÇÃO POR ATOS FORA DO MANDATO?
Apesar de aparecer em dois pedidos de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer não entrou, pelo menos por ora, na lista de políticosinvestigados sob o escrutínio da mais alta corte do país.
A razão para isso, segundo o próprio Janot, é que Temer possui uma espécie de “imunidade temporária” determinada pela Constituição para quem ocupa o cargo de Presidente da República.
(Disponível em: http://www.msn.com)
a)   Que gênero textual é esse acima?
b)   Que variedade linguística foi usada para escrever esse texto?
c)   Por que foi usado essa modalidade de linguagem e não outra?
3.    Leia a letra da música abaixo e responda o que se pede:
	Malandramente,
A menina inocente
Se envolveu com a gente
Só pra poder curtir
Malandramente,
Fez cara de carente
Envolvida com a tropa
Começou a seduzir
Malandramente,
Meteu o pé pra casa
Diz que a mãe tá ligando
Nós se vê por aí
a)Qual o significado da expressão “Só pra poder curtir”?
b)Que sentido a palavra “malandramente” dá a história contada na música?
c)Que variedade linguística está presente nesta música?
d)Qual o significado da expressão “Nós se vê por aí”, ou seja, onde se refere a palavra “aí” nesta música?
e)Retire desta música palavras ou expressão consideradas gírias?
4. Que variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações sociais:
a)   Falando sobre política num canal de televisão
b)   Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.
c)   Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português.
d)   Numa carta de reclamação para o presidente.
e)   Numa conversa na praça entre amigos.
f)    Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente.
g)   Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
h)   Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje.
i)     Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português.
j)    Na redação do ENEM.
5.    Leia o texto retirado do Facebook de uma adolescente e responda as perguntas:
a)A linguagem deste texto é considerada culta ou coloquial?
b)Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?
c)Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por quê?
d)Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto?
e)Reescreva essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.
f)Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo de escrita nas redes sociais?
6. Observe a imagem acima para responder as questões:
a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?
b)Como deveria ter sido escrita este anúncio?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?
7. Observe a imagem acima para responder as questões por escrito:
a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?
b)Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?
e)Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta.
8. Observe a imagem ao lado para responder as questões por escrito:
a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?
b)Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?
e)Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta.
QUESTÕES OBJETIVAS
9. Leia o texto abaixo:
	Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra 
de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. 
O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou
funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá
em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de
Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado))
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
a)  à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
b)   à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c)   ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d)   à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e)   ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
10. Observe a charge abaixo e MARQUE A ALTERNATIVACORRETA:
A linguagem da tirinha revela:
a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar.
b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante e professora.
c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em qualquer situação.
d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos fatores (regional, escolaridade, idade, financeiro e etc).
e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento, podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
11.  Leia o texto abaixo e assinale a única alternativacorreta:  
	“Iscute o que to dizeno,
Seu  dotor, seu coroné:
De fome tão padeceno
Meus fio e minha muiér.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefas pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dexe deserdado
Daquilo que Deus me deu”.
(Patativa do Assaré)
Esse falante, pelos elementos explícitos e implícitos no poema, é identificável como:
a)  Escolarizado proveniente de uma metrópole.
b)  Sertanejo de uma área rural.
c)  Idoso que habita uma comunidade urbana.
d)  Escolarizado que habita uma comunidade no interior do país.
e)  Estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país.
12.  Leia a música abaixo e marque a única alternativacorreta:
	Esmola
Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola pro ceguinho, pro menino
Em toda esquina tem  gente só pedindo.
Uma escola pro desempregado
Uma esmola pro preto, pobre, doente
Uma esmola pro que resta do Brasil
Pro mendigo, pro indigente (...)
(Samuel Rosa/Chico Amaral)
A música registra um pedido de esmola, em que o eu - lírico utiliza uma linguagem:
a) Pouco compreensiva, já que contém vários erros de gramática.
b) Coloquial, crítica, compreensiva, comunicável.
c) Imprópria para os poemas da literatura brasileira.
d) Crítica, porém não-coloquial.
e) Descuidada e cheia de repetições.
13. Analise as proposições com relação à música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e responda corretamente:
	“Quando oiei a terr’ ardeno
Na fogueira d’san João
Eu preguntei a Deus do céu ai
Pro que tamanha judiação (...)”
(  )Este trecho, em uma análise linguística, está correto, pois, apesar dos desvios da norma culta, o trecho não apresenta dificuldades para a compreensão.
(  )Por se tratar de expressões regionais este trecho não pode ser considerado como erro gramatical.
(  )A música regional tem grande aceitação, principalmente, na região do compositor, mas, podemos dizer que as falhas linguísticas prejudicam a aceitação da música Asa Branca.
A sequência correta é:
a) VFF   
b) VVV 
c) FFF
d) FVF 
e) VVF
14. Com relação ao texto retirado de um SMS, assinale a alternativa correta:
              
	Vc viu como ele xegô em kza hj? Tôdu lascadu. blz!
a)Não pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.
b)Por ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras da gramática, logo não é um texto.
c)Esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.
d)Mesmo por se tratar de linguagem abreviada, cumpresua função comunicativa, mas só deve ser utilizada situações informais como internet, celular etc.
15. Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque Vou F nos parênteses:
(  ) Pela linguagem utilizadas pelos falantes eles não conseguem se comunicar.
( ) Os fatores regional, escolar e social influenciam o modo de falar dos personagens acima.
(  ) Esse modo de falar é totalmente inaceitável em qualquer situação, porque é linguagem matuta.
(  ) Mesmo sendo linguagem matuta cumpre sua função comunicativa.
(  )Não devemos ter preconceitos com exemplos de língua como essa acima, pois há diversos motivos que explicam esse modo de falar.
16. Assinale a opção que  identifica  a  variação  linguística presente nos textos abaixo.
	Assaltante Nordestino
 –Ei, bichin…Isso é um assalto… Arriba os braços e num  se bula nem faça muganga… Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim  se não  enfio  a  peixeira  no  teu  bucho  e  boto  teu  fato  pra fora! Perdão, meu PadimCiço, mas é que eu to com uma fome da moléstia…
Assaltante Baiano
 – Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado… Vai
passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa).   Vou deixar teus
documentos na encruzilhada…
Assaltante Paulista
 –Orra, meu…  Isso  é  um  assalto, meu…  Alevanta  os  braços, meu… Passa a grana logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda  preciso  pegar  a  bilheteria  aberta  pra  comprar  o
ingresso  do  jogo  do  Corinthians,  meu…  Pó,  se  manda, meu…
a)   fator padrão
b)   fator pessoal
c)   fator escolar
d)   fator regional
e)   fator humorístico
17. Leia o texto abaixo e julgue as afirmações em VERDADEIRAS ou FALSAS:
	E AÍ, DOIDERA, CADÊ A PARADA LÁ?!
(  ) As gírias são expressões que marcam a língua coloquial, ou seja, é uma variante mais espontânea, utilizada nas relações informais entre os falantes.
(  ) O emprego intensivo de gírias entre os falantes faz com que essa variedade linguística se propague rapidamente.
(  ) O autor do texto expõe sobre um processo linguístico que sofre influência de inúmeros fatores entre eles: a relação entre falantes e ouvintes.
( ) “doidera” e “parada”  são expressões resultantes de variação linguística, empregadas entre falantes, marcadas por uma época e o grupo social de que fazem parte.
18. Assinale a alternativa que contém uma informação FALSAem  relação ao fenômeno da variação linguística.
a) A variação linguística consiste num uso diferente da língua, num outro modo de expressão aceitável em determinados contextos.
b) A variedade linguística usada num texto deve estar adequada à situação de comunicação vivenciada, ao assunto abordado, aos participantes da interação.
c) As variedades  que  se  diferenciam  da  variedade  considerada  padrão devem ser vistas como imperfeitas, incorretas e inadequadas.
d) As línguas  são  heterogêneas  e  variáveis  e,  por  isso,  os  falantes apresentam  variações  na  sua  forma  de  expressão,  provenientes  de diferentes fatores.
19. São várias as diferenças linguísticas das diversas regiões e das diferentes camadas sociais do Brasil. Todas, porém, fazem parte de nossa realidade e são compreensíveis por seus falantes. Como exemplo disso, podem-se verificar as variantes linguísticas para  as  palavras  “tangerina” e  “mandioca”. Considerando essas informações acerca das variações linguísticas da língua portuguesa, assinale a ÚNICA opçãoCORRETA.
a) As palavras tangerina, mexerica e laranja-cravo são sinônimas, assim como mandioca e macaxeira.
b) São corretas apenas as formas “mandioca” e “tangerina”, uma vez que são palavras mais bem aceitas na língua culta e laranja-cravo é errado falar.
c) O uso da palavra macaxeira não é correto, pois  faz  parte da língua indígena do nordeste do País.
d) quando um  falante usa o termo macaxeira, em vez de  mandioca,  demonstra  pertencer  a  uma  classe social baixa.
e) Os brasileiros falam o Português mais corretamente na região Sul do que na região Nordeste. 
20. (ENEM 2009) A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem varias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que você esta a procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você
a) fará uso da linguagem metafórica.
b) apresentar elementos não verbais.
c) utilizar do registro informal.
d) evidenciar da norma padrão.
e) fará uso de gírias.
21. A partir da leitura do poema Pronominais e o seu contexto de criação, podemos considerar CORRETAMENTE que:
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)
a) Oswald de Andrade tinha intenção de criar uma nova forma de falar no Brasil.
b) o primeiro verso de Pronominais segue a forma falada no cotidiano das pessoas cultas, que frequentaram a escola e que são da classe alta.
c) no poema percebemos claramente vemos a importância da gramática normativa para o poeta.
d) a comparação entre o primeiro e o último verso exemplifica de forma clara uma das muitas diferenças existentes entre a língua que a gramática normativa considera correta e a língua efetivamente falada pela maioria das pessoas.
e) o poema demostra que não há diferenças entre as classes sociais e que todos falamos da mesma maneira, seja negro, branco ou mulato, mas o importante é seguir a gramática brasileira.
22. Observe o quadro abaixo:
	VOSSA MERCÊ
VOSMICÊ
MERCÊ
VOCÊ
ÔCÊ
CÊ
VC
C
(J. R)
Você é um pronome pessoal de tratamento. Refere-se à segunda pessoa do discurso, mas, por ser pronome de tratamento, é empregado na terceira pessoa (como "ele" ou "ela"). Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência vossa mercê, que se transformou sucessivamente em tantas outras variações. Sobre a variação desse pronome de tratamento analise as afirmações a seguir:
  I. Esse pronome sofreu uma variação através do tempo, a qual os linguistas  a chamam de variação diacrônica.
II. Esse tipo de fenômeno é raro na língua portuguesa. Dificilmente uma palavra ou expressão sofre influência do tempo como aconteceu com esse pronome.
III. A forma “você” é a representante da língua culta atual. Já as variações “vc” e “c”, típicas das redes sociais, não deveriam ser aceitas pelos brasileiros, tendo em vista empobrecer nossa língua.
IV. Fenômenos como esse provam que as línguas não são estáticas, mas sim sofrem variações provocadas por diversos fatores externos (tempo, geografia, escolar, social, etc).  
Marque a alternativa que apresenta, apenas, a(s) correta(s).
a) I e IV
b) I, III e IV
c) I e II
d) I, II e IV
e) IV apenas 
23. (ENEM 2014)
	Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo para xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria
BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).
A letra da cançãode Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é:
a)   “Isso é um desaforo”.
b)   “Diz que eu tou aqui com alegria”.
c)   “Vou mostrar pr’esses cabras”.
d)   “Vai, chama Maria, chama Luzia”.
e)   “Vem cá morena linda, vestida de chita”.
24. (ENEM 2014)
	Só há  uma  saída para a escola se ela quiser ser  mais bem-sucedida: aceitar a  mudança da  língua como um fato. Isso deve significar que a  escola deve aceitar qualquer forma de  língua em  suas  atividades escritas? Não deve mais  corrigir?  Não!
Há  outra dimensão a ser  considerada:  de fato, no  mundo real da escrita,  não existe  apenas  um português correto,  que  valeria para todas  as  ocasiões: o estilo dos  contratos não  é  o  mesmo dos  manuais de  instrução; o dos  juízes do  Supremo não  é  o  mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos  jornais  não  é  o mesmo dos dos cadernos de  cultura dos  mesmos  jornais. Ou  do de  seus  colunistas.
(POSSENTI,  S.  Gramática  na cabeça. Língua  Portuguesa,  ano 5, n. 67,  maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
a)   descartar  as  marcas de informalidade do texto.
b)   reservar o  emprego da  norma  padrão aos textos de  circulação ampla.
c)   moldar  a  norma  padrão do português pela   linguagem do discurso jornalístico.
d)   adequar as  formas  da língua a diferentes tipos de  texto e contexto.
e)   desprezar as formas  da língua  previstas pelas  gramáticas e  manuais divulgados  pela escola.
25. (ENEM 2006)
	Aula de português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Gois, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)
Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em
a)   situações formais e informais.
b)   diferentes regiões do país.
c)   escolas literárias distintas.
d)   textos técnicos e poéticos.
e)   diferentes épocas.
26. (ENEM 2006)
	No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.
(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.)
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:
a)   “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1).
b)   “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).
c)   “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).
d)   “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).
e)   “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).
27. (ENEM 2005)
Leia com atenção o texto:
	[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?). (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto
a)   ao vocabulário.
b)   à derivação.
c)   à pronúncia.
d)   gênero
e)   à sintaxe.
28. (ENEM 2007)
As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema:
	“(….)
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?
Que tem se os quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! (….)”
(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)
O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito
a)   étnico e religioso.
b)   linguístico e econômico.
c)   racial e folclórico.
d)   histórico e geográfico.
e)   literário e popular.
Texto para as questões 29 e 30:
29. O texto acima exemplifica um pouco da variação linguística da região nordeste do Brasil. Pelo que se apresenta no texto, há uma variação quanto ao aspecto
a)   sintática
b)   morfossintático
c)   semântico
d)   vocabulário
e)   estilístico
30. Considerando-se a variedade linguística reproduzida no texto da questão anterior, é correto afirmar:
a)O termo “estribado”, por exemplo, reflete formalidade, portanto pode ser usado em requerimentos, cartas oficiais, redações escolares.
b)Todas as variantes nordestinas mostradas no quadro cumprem sua função comunicativa quando utilizadas nos contextos adequados.
c)Todas as variantes nordestinas mostradas no quadro são consideradas erradas do ponto de vista gramatical.
d)Esse quadro exemplifica o quanto a língua de uma nação é homogênea.
e)As variantes nordestinas desfavorecem as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
GABARITO OFICIAL
1.
a)    Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem culta ou coloquial? Linguagem coloquial
b)    Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o personagem fale dessa forma? Fator regional e fator escolar, por exemplo.
c)     Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por quê? Sim, porque reconhecemos pela som familiar e aproximado com a forma adequada segundo as gramáticas.
d)    Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê? Ela é considerada ADEQUADA de acordo com o contexto social, geográfico, escolar, etário, etc do falante.
e)    Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?
       Indica um pensamento incompleto. 
2. 
a)   Que gênero textual é esse acima? Notícia
b)   Que variedade linguística foi usada para escrever esse texto?Formal/culta
c)   Por que foi usado essa modalidade de linguagem e não outra? Porque esse gênero exige essa modalidade de linguagem. 
 3. 
a)    Qual o significado da expressão “Só pra poder curtir”? Aproveitar, divertir-se
b)    Que sentido a palavra “malandramente” dá a história contada na música? É a forma/maneira esperta como a sujeita agiu.
c)    Que variedade linguística está presente nesta música? Linguagem coloquial
d)    Qual o significado da expressão “Nós se vê por aí”, ou seja, onde se refere a palavra “aí” nesta música? Refere-se a qualquer lugar.
e)    Retire desta música palavras ou expressão consideradas gírias? “Meteu o pé”, “Nós se vê”
4. 
a)      Falando sobre política num canal de televisão. culta
b)      Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.Coloquial
c)       Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português.Cultad)      Numa carta de reclamação para o presidente. Culta
e)      Numa conversa na praça entre amigos. Coloquial
f)        Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente. Culta
g)      Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão. Coloquial
h)      Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje. Culta
i)        Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português. Culta
j)        Na redação do ENEM. Culta 
5. 
a)    A linguagem deste texto é considerada culta ou coloquial? Coloquial
b)    Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita? Pelo grau de intimidade com o interlocutor.
c)    Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por quê? Não, porque a escola requer a linguagem culta.
d)    Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto? Não,
e)    Reescreva essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.
“Olá, tudo bem? Estou com saudades de vocês. / Olá! Também estou com saudades de você. O que você está fazendo agora? Estou estudando para a avaliação. O que você vai fazer hoje?/ Depois do meu trabalho, irei para casa jogar vídeo game com um colega!”
f)     Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo de escrita nas redes sociais? Tornar o diálogo mais rápido ou o mais próximo possível de uma conversa presencial
6.
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a linguagem coloquial, devido alguns desvios ortográficos.
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio? “Oficina Mecânica”
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio? O fator escolar.
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata de um gênero que requer um mínimo da linguagem formal.  
7. 
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a linguagem coloquial, devido alguns desvios ortográficos.
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial? Deveria ter sido na culta
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio? O fator escolar
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata de um gênero que requer um mínimo da linguagem formal.  
e)    Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta. “Seja bem-vindo a nosso bar! Experimente a nosso tira-gosto da casa: linguiça na brasa”
8.  
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a língua coloquial
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial? Na linguagem culta
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente este anúncio? O fator escolar
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata de um anúncio.
e)    Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta. “Tapioca feita na hora! Quem ainda não adquiriu a sua, peça agora” 
9 -   D
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11-  B
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