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Citologia Tireoíde

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CITOPATOLOGIA DA TIREOIDE
• Tireoide é uma glândula em forma de H que fica na região anterior do pescoço,
abaixo da região conhecida como “pomo de adão”.
▪ Anatomicamente, o lado esquerdo é mais comprometido por situações
patológicas.
▪ É uma região muito irrigada, pois se localiza a vasos de grande calibre.
• Hiper ou hipofunção da glândula vai resultar em problemas fisiológicos.
• O epitélio glandular responde a estímulos normais do corpo para ser produzido.
▪ O hipotálamo libera o hormônio liberador do TSH, que ao agir na hipófise
promove a liberação do TSH. O hormônio TSH vai agir na glândula tireoide e
produzir triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4), a partir de proteínas do
colóide.
▪ T3 e T4 só vão diferir na quantidade de iodo na molécula.
▪ Células do epitélio glandular formam o folículo tireoidiano (organização em
círculos), a unidade morfofuncional da tireoide. 
▪ No centro do folículo se visualiza o colóide, que é produzido pelas células
foliculares, substância gelatinosa rica em tireoglobulina, utilizada na produção
de T3/T4. O coloide se cora como tecido, pois tem propriedades eosinofílicas.
• Células parafoliculares são outro tipo celular, conhecida também como células C, tem
o papel a síntese de calcitonina, hormônio que regula a absorção de cálcio.
• As células da tireoide no folículo tireoidiano vão ter uma forma cubóide em situação
fisiológica normal. Em casos de hipofunção, as células podem diminuir, ficando com
tamanho semelhante a células epiteliais. 
• Paratireoide
▪ Se situa na região posterior da glândula tireoide.
▪ Faz a produção de paratormônio (PTH), responsável pela regulação a captação
de cálcio.
▪ Histologicamente a paratireoide têm dois tipos celulares;
• Células principais: Menores e mais abundantes, responsáveis por secretar
PTH.
• Células oxifílicas: Maiores, mais eosinofílicas pela grande quantidade de
mitocôndrias, tendo função desconhecida.
• Amostras
▪ A punção aspirativa com agulha fina (PAAF) é a principal ferramenta para o
diagnóstico de lesões primárias na tireoide.
▪ A amostra obtida deve responder o carácter benigno ou maligno das células,
podendo ajudar na suposição do agente efetor e servir como forma de
tratamento, drenando lesões cíticas, por exemplo.
▪ 4 – 7% das lesões nos adultos apresentam nódulos palpáveis, enquanto > 70%
não são palpáveis.
• Desses não palpáveis, 95% se apresentam benignos.
▪ A técnica de PAAF rende:
• > 95% das amostras satisfatórias;
• 1 – 11% de falsos negativos;
• 94 – 99% de conseguir reconhecer a lesão e afirmar ser negativa;
• 43 – 98% de sensibilidade;
• 72 – 99% de especificidade.
▪ Exame físico
• Informações do paciente, como sexo, idade e uso de medicamentos são
essenciais para se concluir um diagnóstico de qualidade.
• Quando os nódulos não são palpáveis, usa-se a ultrassonografia para
localizar o nódulo/lesão no paciente.
• No ato da coleta, se realiza a palpação e utilização de seringa para
obtenção do material. O material costuma ficar na agulha, devendo-se
conservar a amostra imediatamente ou fazer uma lâmina para observação.
• Acidentes no ato da coleta podem gerar hematomas, raramente ocorrendo
acidentes com traqueia. 
▪ Processamento da amostra
• Podem ser feitas diversos métodos para garantir a visualização da amostra,
como esfregaço, preparação em monocamadas (imunocitoquímica), bloco
celular e utilização de centrífuga células (automação).
• Os métodos vão apresentar vantagens e desvantagens, como por exemplo,
em meio de conservação líquido, o coloide perde a consistência. 
▪ Análise da amostra
• Em citologia de nódulos sólidos, o esperado é o achado de células
foliculares com um coloide central.
▪ O coloide é uma tireoglobulina, que na presença do iodo leva a
formação dos hormônios T3/T4.
▪ Presença de capilares que tem como objetivo fazer a captura de
material, diferente dos capilares de cordonais, onde o capilar passar
pela região de dentro.
• Em citologia de cistos, o normal/não patológico que se encontra são
macrófagos, porém em lesões malignas, pode ser observado a presença de
células foliculares.
• Sistema Bethesda
▪ Classe I: Não diagnosticado/ insatisfatório
▪ Classe II: Benigno
▪ Classe III: Atipia/ Lesão de significado indeterminado
▪ Classe IV: Suspeito de neoplasia folicular ou neoplasia folicular
▪ Classe V: Suspeito para malignidade
▪ Classe VI: Maligno
CLASSE I – Risco de malignidade = 1-4%
• Amostra contém apenas fluído, é acelular ou contém muito sangue.
▪ Para dar amostra como insatisfatória, deve-se dizer o motivo.
• Exemplos de caso 
▪ Amostra processada e examinada, porém não conclusivo devido uma pobre
celularidade.
▪ Amostra processada e examinada, mas insatisfatória devido uma pobre
fixação e preservação. 
• A repetição da punção deve ser considerada se indicada clinicamente
• As exceções são: Nódulo colóide, nódulo sólido com inflamação ou atipia
CLASSE II – Risco de malignidade = 0-3%
• Nódulo folicular benigno
▪ Crescimento imprevisível, do total afeta 72% de mulheres e 41% de homens.
O risco de aparecimento aumenta linearmente com a idade, mas nem o
número de nódulos, nem o tamanho dos mesmos afirma características de
malignidades.
▪ De 100% dos acometidos, 18-20% teve caso de exposição a radiações
ionizantes.
▪ Existem quatro padrões para os nódulos
• Coloide predominante
• Epitélio predominante
• Cístico
• Inflamação ou linfoma
▪ Células foliculares não tem núcleo redondo como linfócito.
• Bócio nodular coloide
▪ Produção e retenção de muito coloide por ausência de eixo regulatório que
envolve os hormônios T3/T4. A ausência de iodo impede a síntese dos
hormônios, e com ausência de hormônios, o TSH estimula a produção de
coloide.
▪ Indivíduo apresenta pescoço inchado, com nódulo muito rígido, podendo
comprometer estruturas do pescoço.
▪ Considerado de classe II, como nódulo benigno.
• Lesões císticas
▪ Presença de macrófagos e siderófagos (macrófago que fagocitou hemácias ou
hemoglobina).
▪ Alguns nódulos podem conter material sólido e líquido, sendo classificado
como nódulo complexo.
• A maioria dos cistos é apenas líquido.
• Pode ser encontrado neoplasias foliculares e carcinoma papilífero.
• Lesões inflamatórias
▪ Pode se apresentar de quatro formas.
• Aguda
▪ Intensa presença de PMN.
• Subaguda
▪ Presença de linfócitos, macrófagos granulomatosos ou De Quervain
(Histiócito gigante epitelioide), com células de citoplasma irregular,
núcleos reniformes ou alongados.
▪ Tem subclassificação de subaguda linfocítica, sendo uma patologia
autoimune momentânea, com grande presença de linfócitos, restos
nucleares, células foliculares benignas, podendo aparecer em
grávidas pós-parto.
• Crônica
▪ Presença de histiócitos gigantes epitelioides, além de ter presença
de fibroblastos que fazem secreção de colágeno.
▪ Muito raro.
• Reidel
▪ Inflamação multifocal, com bócio doloroso.
▪ Pode existir a presença de histiócito gigante epitelioide, mas não
apresenta uma quantidade grande de linfócitos.
• Tireoidite de Hashimoto 
▪ Patologia autoimune, caracterizada por infiltração de linfócitos na tireoide,
causando morte de células foliculares devido resposta imune, gerando uma
insuficiência da função tireoidiana.
▪ Existe uma ↓ produção de T3/T4, com uma resposta aumentada na produção
de TSH.
▪ Existe presença de anticorpos contra a tireoide, destruindo a tireoide e
contando com ninhos cheios de linfócitos, chamado de centro germinativo.
▪ Pode ser classificado:
• Juvenil linfócito: Ausência ou raras células de Hürthle
▪ Citoplasma oxifílico, granular, núcleos grandes e variação no
tamanho dos núcleos.
• Hipertrófica linfocítica 
▪ Presençade linfócitos e plasmócitos, com pouco coloide.
• Linfocítica fibrosa
HIPERPLASIA DA TIREOIDE 
• Pode se apresenta nas formas de: Bócio difuso tóxico, hiperplasia coloidal difusa,
hiperplasia nodular e nódulo cístico.
• Bócio difuso tóxico (Doença de Graves)
▪ Aparece em idades de 20-40 anos, sete vezes mais comum em mulheres.
▪ É uma desordem autoimune que promove hipertireoidismo endógeno, a partir
de anticorpos primários que estimulam o receptor das células da tireoide,
induzindo a mesma a liberar mais hormônio. 
▪ Características
• Folículos pequenos; pouco ou nenhum coloide; infiltrado linfocitário focal
com formação de centro germinativo; vácuos no coloide (pode sumir
totalmente ou ficar aquoso).
• Células foliculares com grande volume (devido hiperfunção), com uma
cromatina mais dispersa e presença de anisonucleose; nucléolos evidentes;
vacúolos marginais com achados de chama de vela; núcleo vesiculado,
onde as bordas vão se apresentar mais grossas, significativo de reatividade.
• Presença de células de Hürthle, com citoplasma abundante e pleomorfismo
nuclear.
▪ Células de Hürthle são como as “metaplásicas” da tireoide, estando
presentes na tireoide normal, mas em pequena quantidade, e um
desequilíbrio causa um descontrole celular. 
▪ Para diferenciação da Tireoidite de Hashimoto, pode ser fazer busca de
Anticorpos anti receptor de TSH.
• Hiperplasia coloidal difusa
▪ Mais presente em adolescentes, principalmente do sexo feminino.
▪ O bócio vai ser formado pela incapacidade da célula de eliminar o coloide,
uma resposta da tireoide a menor quantidade de tiroxina periférica.
▪ Características
• Abundante coloide âmbar, denso e grosseiro; células foliculares dispersas,
soltas ou formando monocamadas; coloide rachado devido excesso.
• Hiperplasia nodular
▪ Mais comum, podendo haver nódulos isolados ou múltiplos, podendo ser
hipocelulares ou hipercelulares.
• Nódulo hipocelular: Grande quantidade de coloide, células foliculares
isoladas, macrofolículos, células granulares com alterações degenerativas,
com fragmentos de estroma e macrófagos.
• Nódulo hipercelular: Coloide escasso, grande quantidade de células
foliculares, também havendo alterações degenerativas.
▪ Diferente da doença de Graves, os nódulos não vão ser funcionantes, sendo
chamados de nódulos frios.
• Cisto nodular
▪ 15-25% de todos nódulos, formados a partir de isquemia em bócio nodular ou
neoplasias foliculares.
▪ Características
• Líquido marrom-escuro, machado de sangue ou amarelo-urina; células
foliculares degeneradas; macrófagos espumosos e siderófagos; as vezes
presença de células atípicas.
• Lesão folicular celular
▪ Citologia indeterminada ou lesão folicular de significado indeterminado, é o
início da zona cinza da citologia.
▪ Coloide escasso ou ausente, fundo hemorrágico variável, polimorfismo médio
com presença de micro e macrofolículos (é variável).
CLASSE III – Risco de malignidade = 5-15%
• Atipia de significado indeterminado, apresentando variação no diagnóstico dado
pelos citologistas clínicos.
• Suspeito para neoplasia folicular x suposto para malignidades.
• Características
▪ Baixa celularidade com predominância de microfolículos.
▪ Núcleos atípicos, não estando monomórficos (em camada).
▪ Aumento nuclear e raros pseudoinclusões, com cromatina altamente irregular.
▪ Necessário atenção, pois células degeneradas podem mimetizar a forma de
células atípicas.
• Células degeneram em situação fisiológica mesmo, ou podem estar tendo
uma maior atividade, levando a uma morte prematura.
• Citologias da tireoide geralmente apresentam muito sangue, pois a região é altamente
vascularizada, podendo coágulos formados na lâmina distorcer os arranjos das
células foliculares.
CLASSE IV – Risco de malignidade = 15-30%
• Segunda mais comum, surgindo entre os 40-50 anos, com predomínio em mulheres.
• Os nódulos vão aparecer de forma mais isolada, frequentemente em pessoas que tem
deficiência no consumo de iodo, com características citológicas mais avançadas se
comparar com a classe III.
• Neoplasia folicular x Proliferação celular – Indiferenciáveis 
• Existem 3 características principais a serem observadas
▪ Celularidade: Não deve ser usado como fator conclusivo, hipercelularidade é
um detalhes que está presente no maligno e benigno, juntamente como
hipocelularidade.
▪ As categoriais individuais sob títulos de neoplasias foliculares ou proliferação
folicular não são bem definidos, logo, diferenciar classes III, IV e V pode ser
complicado.
• Bócio nodular x adenoma folicular x carcinoma folicular.
▪ Vários critérios citológicos devem ser observados para concluir diagnóstico.
• Características
▪ Sangue, pouco coloide, abundante quantidade de células foliculares de forma
tridimensional, microfolículos, presença de figuras como roseta e trabécula.
CLASSE V e VI – Risco de malignidade = 60-75% / 97-99%
• Carcinoma folicular / Neoplasia folicular
▪ Aparição pode voltar dos 60 anos, um PAAF não tem a capacidade diferir
adenoma de carcinoma, sendo necessário uma biópsia + cirurgia.
▪ Tem um prognóstico melhor do que o carcinoma papilífero, porém é capaz de
fazer metástase.
▪ Características
• Agrupamento sincicial de células foliculares, com núcleos sobrepostos,
normalmente de forma mais organizada.
• Hipercelular, microfolículos, sobreposição sem coloide no fundo,
agrupamento 3D, sangue, anisonucleose, hipercromasia, nucléolos,
grupamentos grande, limites celulares pouco definidos e células soltas.
• Neoplasia de Hürthle
▪ Presença de macronucléolos, aparência plasmocitóide, citoplasma abundante,
núcleos pleomórficos, com ausência de células foliculares e predomínio de
células oxifílicas (grânulos no citoplasma).
• Carcinoma papilar da tireoide 
▪ 30-50 anos, sendo o mais incidente dos malignos 
▪ Características
• Arranjo em monocamadas desordenado com sobreposição; núcleos
redondos e ovais; presença de inclusões intranucleares, podendo ter várias
formas e tamanhos; inclusões redondas não podem fechar diagnóstico.
• Células formando figuras de papilas.
• Carcinoma medular
▪ Células parafoliculares, com tamanho maior do que foliculares; padrão
nuclear mais disperso; núcleo oval; podem haver inclusões semelhante as
achadas no carcinoma papilar.
▪ Pode haver presença de células de Hürthle.

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