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PRINCIPIOS RETALHO

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MÓDULO DE TÉCNICAS AVANÇADAS 
Princípios do planejamento, execução 
E manuseio do retalho 
129
CAP ÍTULO
SUMÁRIO DO CAPÍTULO
PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E 
MANUSEIO DO RETALHO
Parâmetros do Planejamento de Retalhos de Tecidos Moles
Tipos de Retalhos Mucoperiósticos
Técnica para Realização de um Retalho Mucoperióstico
Princípios de Sutura
PRINCÍPIOS E TÉCNICAS DA EXTRAÇÃO ABERTA
Indicações para Extração Aberta
Técnica para Extração Aberta de Dentes Unirradiculares
Técnica para Extração Aberta de Dentes Multirradiculares
Remoção de Fragmentos da Raiz e dos Ápices Radiculares
Critérios para Permanência de Fragmentos Radiculares
EXTRAÇÕES MÚLTIPLAS
Plano de Tratamento
Extrações Sequenciais
Técnica para Extrações Múltiplas
considerar alguns parâmetros ao planejar um retalho para deter-
minada situação.
Quando o retalho é determinado, sua base deve ser mais 
ampla que a margem livre para manter o suprimento sanguíneo 
adequado. Isso signifi ca que todas as áreas do retalho devem ter 
uma via de vascularização ininterrupta a fi m de evitar necrose 
isquêmica de todo o retalho ou de partes dele (Fig. 8-1).
O retalho deve ter, por várias razões, tamanho adequado. O 
afastamento sufi ciente dos tecidos moles é necessário para for-
necer a visualização adequada da área. Deve haver, também, 
acesso adequado para a inserção de todos os instrumentos ne-
cessários à realização da cirurgia. Além disso, o retalho deve ser 
mantido afastado do campo operatório por um afastador que 
deve ser apoiado em osso sadio. É preciso que haja rebatimento 
sufi ciente do retalho, de modo a permitir ao afastador manter o 
retalho sem tensão. Além disso, o tecido mole cicatriza por meio 
da incisão, e não ao longo do comprimento da incisão, e incisões 
cortantes cicatrizam mais rapidamente que tecidos dilacerados. 
Portanto, uma incisão reta e longa, com afastamento adequado 
do retalho, cicatriza com mais rapidez que uma pequena, com 
dilaceração dos tecidos, a qual cicatriza lentamente por segunda 
intenção. Para que um retalho em envelope tenha um tamanho 
adequado, seu comprimento na direção ântero-posterior, geral-
mente, estende-se de dois dentes anteriores a um dente posterior 
à área da cirurgia (Fig. 8-2, A). Se for feita uma incisão relaxante, 
esta deverá estender-se desde um dente anterior até um posterior 
à área de cirurgia (Fig. 8-2, B).
O retalho deve ser mucoperióstico de espessura total. Isso 
signifi ca que ele deve incluir a mucosa, a submucosa e o periós-
teo. Como o objetivo da cirurgia é remover ou regularizar osso, 
todo o tecido subjacente deve ser afastado dele. Além disso, os 
retalhos de espessura total são necessários porque o periósteo é 
o principal tecido responsável pela cicatrização óssea, e a sua re-
posição no local original acelera o processo de cicatrização. Um 
tecido macerado, dilacerado, lesado, cicatriza mais lentamente 
que um retalho de espessura total corretamente desenhado e 
descolado. E o plano tecidual entre o osso e o periósteo é rela-
8
Princípios de Exodontia mais 
Complexa
JAMES R. HUPP 
A remoção da maioria dos dentes erupcionados pode ser reali-
zada pela técnica fechada, mas, ocasionalmente, essas técnicas 
não são sufi cientes. A técnica cirúrgica, ou aberta, de extração 
é o método usado para expor raízes que foram fraturadas du-
rante o método fechado de rotina ou dentes que não podem ser 
extraídos por esse método devido a uma variedade de razões. 
Além disso, a remoção de múltiplos dentes em uma só sessão 
exige mais que a simples extração do dente, conforme descrito 
no Capítulo 7. Retalhos são comumente necessários para resta-
belecer o contorno e alisar o osso alveolar.
Este capítulo descreve a técnica para extração dentária ci-
rúrgica. São explicados não só os princípios do planejamento 
do retalho, execução, manuseio e sutura, mas também extração 
aberta para dentes uni e multirradiculares. Serão, também, dis-
cutidos os princípios envolvidos nas extrações múltiplas e con-
comitante alveoloplastia.
PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO 
E MANUSEIO DO RETALHO
O termo retalho indica uma divisão dos tecidos moles que (1) é 
demarcada por uma incisão cirúrgica, (2) possui seu próprio 
suprimento sanguíneo, (3) permite acesso cirúrgico aos tecidos 
subjacentes, (4) pode ser recolocado na posição original e (5) pode
ser mantido com suturas e que se espera que cicatrize. Os reta-
lhos de tecidos moles são, frequentemente, usados em cirurgia 
oral e procedimentos periodontais e endodônticos para obter 
acesso ao dente subjacente e às estruturas ósseas. Para realizar 
corretamente uma extração dentária, o dentista deve ter nítido 
conhecimento dos princípios de planejamento, desenvolvimen-
to e manuseio dos retalhos de tecidos moles.
Parâmetros do Planejamento de Retalhos de 
Tecidos Moles
Para fornecer adequada exposição e promover rápida cicatriza-
ção, o cirurgião deve planejar o retalho corretamente. Ele deve 
130 PARTE II • PRINCÍPIOS DE EXODONTIA
tivamente avascular de modo que sangramento pequeno ocorre
quando um retalho mucoperióstico completo é rebatido.
A incisão que demarca o retalho deve ser feita sobre osso sa-
dio que estará presente após a conclusão do procedimento ci-
rúrgico. Se a condição patológica destruir a cortical vestibular, 
a incisão deve ser feita a, pelo menos, 6 a 8 mm de distância 
dessa perda de tecido ósseo. Além disso, se for feita remoção de 
osso sobre um determinado dente, a incisão deverá estar sufi -
cientemente distante deste, de modo que, após a remoção óssea, 
a incisão esteja de 6 a 8 mm de distância do defeito ósseo criado 
pela cirurgia. Se a linha de incisão não for sustentada por tecido 
sadio, ela tende a entrar no defeito ósseo, resultando em deiscên-
cia de tecido e demora na cicatrização (Fig. 8-3).
O retalho deve ser planejado de modo a evitar lesão às estru-
turas vitais da área da cirurgia. As duas estruturas mais impor-
tantes que correm o risco de serem danifi cadas localizam-se na 
mandíbula: são os nervos lingual e mentoniano. Ao realizarem-
se incisões na região posterior da mandíbula, especialmente na 
região de terceiro molar, as incisões devem estar bem afastadas 
do aspecto lingual da mandíbula. Nessa área, o nervo lingual 
pode estar próximo, aderente ao aspecto lingual da mandíbula, e 
incisões nessa área podem resultar em lesões graves àquele ner-
vo, com consequente prolongamento temporário ou anestesia 
permanente da língua. Do mesmo modo, a cirurgia na área api-
cal dos pré-molares deve ser planejada e executada com cuidado, 
para evitar danos maiores ao nervo mentoniano. As incisões em 
envelope devem ser usadas sempre que possível, e as incisões de 
alívio devem estar bem anteriores e posteriores à área do nervo 
mentoniano.
Os retalhos da maxila, raramente, põem em risco as estru-
turas vitais. No aspecto vestibular do processo alveolar maxi-
lar, não existem nervos ou artérias passíveis de sofrerem lesões 
ao rebater um retalho palatino; o dentista deve lembrar que o 
principal suprimento sanguíneo do palato vem através da arté-
ria palatina maior, que emerge do forâmen palatino maior no 
aspecto lateral posterior do palato duro. Essa artéria possui cur-
so na direção anterior e anastomose com a artéria nasopalatina. 
Os nervos e as artérias nasopalatinos saem do forâmen incisivo 
para irrigar a gengiva da região do palato anterior. Se o tecido 
do palato anterior precisar ser rebatido, tanto a artéria quanto 
o nervo podem ser incisados no nível do forâmen sem muitos 
riscos. Existe pouca probabilidade de sangramento incômodo, e 
o nervo regenera-se rapidamente. A dormência temporária não 
costuma incomodar o paciente. Porém, as incisões verticais de 
alívio no aspecto posterior do palato devem ser evitadas, porque, 
geralmente, cortam a artéria palatina maior dentro do tecido, o 
que resulta emsangramento que pode ser de difícil controle e 
pode levar à necrose isquêmica dos tecidos.
As incisões relaxantes de alívio só devem ser usadas quando 
necessárias, e não como rotina. As incisões em envelope, em ge-
A B
A B
FIGURA 8-2 A, Para ter acesso sufi ciente à raiz 
do segundo pré-molar, o retalho em envelope 
deve estender-se, anteriormente, à mesial do 
canino, e, posteriormente, à distal do primeiro 
molar. B, Se for usada uma incisão de alívio (p. 
ex., retalho triangular), o retalho estende-se até 
a mesial do primeiro pré-molar.
FIGURA 8-1 A, O retalho deve ter a base mais 
ampla que a margem gengival livre. B, Se o re-
talho for mais estreito na base, o suprimento 
sanguíneo será inadequado, levando à necrose 
do retalho.
A B
FIGURA 8-3 A, Ao planejar um retalho, é ne-
cessário prever a quantidade de osso que será 
removida, de modo que, após se concluir a ci-
rurgia, a incisão repouse em osso sadio. Nesse 
caso, a incisão vertical de alívio foi em um dente 
anterior à remoção óssea e deixou margem ade-
quada de osso sadio. B, Quando a incisão de alí-
vio é realizada muito perto da remoção de osso, 
resulta em cicatrização tardia.
 CAPÍTULO 8 • Princípios de Exodontia mais Complexa 131
ral, fornecem a visualização adequada para a extração dentária 
na maioria das áreas. Quando as incisões verticais de alívio são 
necessárias, apenas uma única incisão deve ser feita, geralmente 
na extremidade anterior do retalho em envelope. A incisão rela-
xante vertical não é uma incisão vertical reta, e sim oblíqua, para 
permitir que a base do retalho seja mais ampla que a margem 
gengival livre. A incisão relaxante vertical deve ser feita de modo 
a não cruzar as proeminências ósseas, como a eminência canina. 
Isso aumentaria a probabilidade de tensão na linha de sutura, 
resultando na deiscência da ferida.
A incisão vertical de alívio deve cruzar a margem gengival 
livre no ângulo do dente e não deve ser diretamente na região 
vestibular do dente nem diretamente na papila (Fig. 8-4). As in-
cisões que cruzam a margem livre da gengiva diretamente sobre 
o aspecto vestibular do dente não cicatrizam apropriadamente 
devido à lesão; o resultado é um defeito na gengiva inserida. 
Uma vez que o osso vestibular é, com frequência, muito fi no, tais 
incisões também resultam em fenda vertical do osso. As incisões 
que cruzam a papila gengival lesam, sem necessidade, a papila e 
aumentam os riscos de problemas periodontais localizados; tais 
incisões devem ser evitadas.
Tipos de Retalhos Mucoperiósticos
Uma variedade de retalhos intraorais pode ser usada. A incisão 
mais comum é a sulcular, que produz o retalho em envelope. No 
paciente que possui dentes, faz-se uma incisão no sulco gengival 
até a crista óssea através do periósteo, e rebate-se, apicalmente, 
um retalho mucoperióstico de espessura total (Fig. 8-2, A). Esse 
retalho, em geral, oferece acesso sufi ciente para realizar a cirur-
gia necessária.
Se o paciente for edentulo, a incisão em envelope é feita ao 
longo da cicatriz da crista do rebordo. Não há estruturas vitais 
nessa área, e a incisão em envelope pode ser tão longa quanto ne-
cessária para oferecer o acesso adequado. A única exceção ocorre 
em mandíbulas extremamente atrófi cas quando o nervo alveolar 
inferior pode correr no topo do rebordo alveolar residual. Uma 
vez que a incisão é feita, o tecido pode ser rebatido bucal ou lin-
gualmente, conforme o necessário para a remoção de um torus 
mandibular.
Se a incisão sulcular possui uma incisão relaxante vertical, é 
um retalho de três ângulos, com ângulos na extremidade poste-
rior da incisão em envelope, no aspecto inferior da incisão verti-
cal e no aspecto superior da incisão relaxante vertical (Fig. 8-5). 
Essa incisão fornece um acesso maior com uma incisão sulcular 
mais curta. Quando é necessário um acesso maior na direção 
apical, em especial na região posterior da boca, essa incisão é, 
frequentemente, necessária. O componente vertical é mais difícil 
de ser fechado e pode causar uma demora moderada da cicatriza-
ção, mas, se tomarmos cuidado na hora da sutura, o período de 
cicatrização não aumenta de maneia signifi cativa.
O retalho quadrangular é uma incisão em envelope com duas 
incisões relaxantes. Dois ângulos estão na região posterior da 
incisão relaxante e dois, nas duas extremidades do componente 
envelope da incisão (Fig. 8-6). Embora esse retalho forneça aces-
so substancial nas áreas que têm dimensão ântero-posterior limi-
tada, ele, raramente, é indicado. Quando as incisões relaxantes 
são necessárias, um retalho triangular é, em geral, sufi ciente.
Uma incisão usada ocasionalmente para oferecer acesso ao 
ápice radicular é a incisão semilunar (Fig. 8-7). Essa incisão evi-
ta trauma à papila e à margem gengival, mas oferece acesso limi-
1 2
A B
1
2
3 1
2
3
4
FIGURA 8-5 A incisão relaxante vertical transforma uma incisão 
em envelope em um retalho triangular (ângulos numerados).
FIGURA 8-4 A, A posição correta para o fi nal da incisão relaxante vertical é no ângulo (nesta fi gura, ângulo mesiobucal) do dente. Da 
mesma forma, a incisão não cruza a eminência canina. O cruzamento dessa eminência óssea resulta em um risco aumentado de deiscência da 
ferida. B, Essas duas incisões foram feitas de modo incorreto. (1) A incisão cruza a proeminência sobre o dente canino, o que aumenta o risco 
de cicatrização tardia. A incisão através da papila resulta em dano desnecessário. (2) A incisão cruza a gengiva inserida diretamente sobre o 
aspecto vestibular do dente, o que, é bem provável, resultará em defeito de tecido mole e em deformidade periodontal.
FIGURA 8-6 Incisões relaxantes verticais em cada uma das extre-
midades da incisão em envelope transformam a incisão em envelope 
em um retalho quadrado (ângulos numerados).
132 PARTE II • PRINCÍPIOS DE EXODONTIA
tado, pois a raiz do dente não fi ca totalmente visível. Tal incisão 
é mais útil para cirurgia periapical de extensão limitada.
Uma incisão útil no palato é aquela em Y. Essa incisão é 
útil para acesso ao osso palatino para a remoção de um torus 
palatino. O tecido sobre o torus é, em geral, muito fi no e deve 
ser rebatido com cuidado. Os prolongamentos ântero-laterais 
da incisão mediana são anteriores à região do dente canino. 
As extensões são anteriores sufi cientes nessa posição de modo 
que elas não lesem os ramos maiores da artéria palatina maior; 
consequentemente, sangramento não costuma ser um proble-
ma (Fig. 8-8).
Técnica para Realização de um Retalho 
Mucoperióstico
Diversas considerações específi cas são envolvidas para desenvol-
ver retalhos para extração cirúrgica de um dente. O primeiro 
passo é incisar os tecidos moles a fi m de permitir o descolamen-
to do retalho. A lâmina no 15 é usada em um cabo de bisturi no
3, apreendido como se fosse uma caneta (Fig. 8-9). A lâmina 
faz leve ângulo com o dente, e a incisão é feita de trás para a 
frente no sulco gengival, puxando-se a parte cortante na direção 
do operador. Utiliza-se força contínua e suave, mantendo a par-
te cortante da lâmina em contato com o osso durante a incisão 
(Figs. 8-10 e 8-11).
A lâmina de bisturi é um instrumento extremamente cortan-
te, mas que perde o corte muito rápido ao ser pressionado contra 
o osso; por exemplo, ao se fazer uma incisão mucoperióstica. 
Portanto, caso se realize mais de um retalho, devem-se mudar as 
lâminas entre as incisões.
Na realização de uma incisão vertical, o tecido é rebatido api-
calmente, com a mão oposta tensionando a mucosa alveolar, de 
modo que a incisão possa ser feita completamente e de forma 
regular. Se a mucosa alveolar não for tensionada, a lâmina não a 
corta por completo, o que resultará em uma incisão irregular.
O deslocamento do retalho começa pela papila. A extremida-
de cortante do destaca periósteo no 9 iniciao descolamento do 
retalho (Fig. 8-12). A extremidade cortante é introduzida sob 
a papila na área de incisão e girada lateralmente para afastar a 
papila do osso subjacente. Essa técnica é usada ao longo de toda 
a extensão da gengiva livre. Se houver difi culdade para descolar 
o tecido em um determinado ponto, é porque a incisão, prova-
velmente, está incompleta, e aquela área deve ser incisada mais 
uma vez. Uma vez que toda a margem livre do retalho tenha sido 
descolada com a extremidade cortante do destaca periósteo, a 
extremidade maior é usada para descolar o retalho mucoperiós-
tico até a extensão desejada.
Se for usado um retalho triangular, o descolamento inicial é 
feito com a extremidade cortante do destaca periósteo no 9 so-
mente na primeira papila. Após iniciar o descolamento, a parte 
mais larga do instrumento é inserida na parte mediana do reta-
lho, e a dissecção é realizada com um empurrão no sentido pos-
terior e apical. Isso facilita o descolamento rápido e sem trauma 
do retalho de tecido mole (Fig. 8-13).
Depois de o retalho ter sido descolado na extensão desejada, 
o destaca periósteo pode ser usado como afastador para manter o 
retalho na posição adequada de descolamento. Para que isso seja 
feito com sucesso, o afastador é mantido perpendicularmente ao 
FIGURA 8-8 A incisão em Y é útil no palato para acesso adequado 
na remoção do torus palatino. As duas extremidades anteriores ser-
vem como incisões de alívio para fornecer maior acesso.
FIGURA 8-7 Incisão semilunar, planejada para evitar a gengiva in-
serida marginal quando se trabalha no ápice da raiz. Ela é mais útil 
quando é necessário apenas um pequeno volume de acesso.
FIGURA 8-10 A lâmina no 15 é usada para incisar o sulco gengival.
FIGURA 8-9 O cabo do bisturi é segurado como uma caneta para 
conseguir máximo controle e sensibilidade tátil.
 CAPÍTULO 8 • Princípios de Exodontia mais Complexa 133
osso, apoiado em osso sadio e sem mucosa entre o afastador e 
o osso. O destaca periósteo é, portanto, mantido na sua posição 
apropriada sem tensionar a mucosa (Fig. 8-14). O descolador de 
Seldin ou o afastador de Minnesota ou de Austin podem ser usa-
dos de modo semelhante quando for necessária uma exposição 
mais ampla. Ele não deve ser forçado contra os tecidos moles na 
tentativa de puxá-los para fora do campo. Em vez disso, é posi-
cionado no local adequado e mantido fi rmemente contra o osso. 
Dessa maneira, o cirurgião pode concentrar-se, principalmente, 
no campo cirúrgico e não no afastador, e há menos chance de 
lesões inadvertidas ao retalho.
A B
FIGURA 8-13 Quando se usa um retalho triangular, somente a pa-
pila anterior é afastada com uma extremidade cortante de destaca 
periósteo. Depois, utiliza-se a extremidade mais larga para empurrar 
o retalho, elevando-o no sentido póstero-superior.
FIGURA 8-11 A, A porção cortante da lâmina é ligeiramente angulada em direção ao dente e corta os tecidos moles, inclusive o periósteo, 
até a crista óssea. B, A incisão inicia-se posteriormente e é levada em direção anterior, tomando-se cuidado para incisar completamente 
através da papila interdentária.
FIGURA 8-12 O descolamento do retalho inicia-se quando a ex-
tremidade cortante do destaca periósteo é introduzida na papila in-
terdentária.
FIGURA 8-14 O destaca periósteo (elevador de Seldin) é usado 
para rebater um retalho mucoperióstico. O instrumento é colocado 
de modo perpendicular ao osso e é mantido no local, sendo fi rme-
mente empurrado contra o osso, e não apicalmente contra o tecido 
mole.

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