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Prévia do material em texto

B) DESENHO E CONSTRUÇÕES RURAIS
AUTOR
CARLOS MOISÉS MEDEIROS
Desenhos e
Construções Rurais
65
Introdução
Palavras do
professor autor
Introdução
A disciplina desenho e construções rurais está dividida em cinco 
unidades e várias subunidades para levar o máximo de informações na 
confecção de um projeto gráfico e de construção de uma instalação rural.
Na primeira unidade, você irá se deparar com algumas dicas 
de como fazer um desenho técnico, normas, escalas, tipos de tamanho 
de papel, tipos de linhas e seus respectivos traçados, com distribuir o 
desenho no papel, tipos de plantas gráficas, além de algumas tarefas que 
auxiliarão a fixação das informações necessárias para o seu desenvolvimento 
intelectual.
Na segunda unidade, vamos ter uma pequena introdução sobre 
a origem e classificação dos materiais de construção mais utilizados nas 
obras rurais. Nessa unidade também serão mencionadas algumas técnicas 
de construção comumente empregadas no canteiro de obra.
Lembramos sempre que toda construção tem um objetivo e 
no nosso é oferecer o máximo conforto térmico para os animais a ela 
confinados, resultando em diminuição do custo de produção. Essas 
informações serão vistas na terceira unidade do nosso caderno.
Ambiente é tudo aquilo que está na circunvizinhança do animal, 
logo podemos fazer mudanças para melhorá-lo utilizando os recursos 
oriundos da própria natureza ou aqueles produzidos pelo homem no 
intuito de artificializar o ambiente. Esse material é apresentado na quarta 
unidade. 
Na quinta unidade, apresentamos algumas maneiras de fazer o 
dimensionamento de algumas instalações zootécnicas mais comum como 
aviários, pocilgas e currais. Mas, nada impede que outras instalações sejam 
discutidas e desenvolvidas na forma de atividades da disciplina.
Palavras do professor autor
Prezado aluno, a presente disciplina tem por objetivo transmitir 
a vocês as primeiras noções sobre o desenho técnico e suas normas exigidas 
por Lei. Nesse sentido, os conhecimentos contidos nesse caderno gráfico 
são extraídos diretamente da ABNT- Associação Brasileira de Normas e 
Técnicas.
Desse modo procuramos transmitir conhecimentos que são 
aplicados na sua integra em todo o território nacional.
Aproveitamos a oportunidade e aplicamos também esses 
conhecimentos no planejamento e dimensionamento de instalações do 
Desenhos e
Construções Rurais
66
Orientações 
para estudo
Ementa
meio rural, assim como no entendimento das técnicas construtivas e na 
escolha dos materiais de construção.
Lembramos a você que uma construção rural tem por objetivo 
dar conforto aos animais que devem ser abrigados por ela. Desse modo, 
deve-se sempre conhecer e priorizar a relação desses animais com o meio 
ambiente em que vivem, para posteriormente pensamos na relação custo-
benefício e finalmente na eficiência produtiva do sistema.
Não pretendemos de maneira nenhuma esgotar esse importante 
assunto, pois essa disciplina e a junção de outras bastante importantes 
para a sua formação, porém como o espaço é pouco, resolve-se transmitir 
apenas uma noção de um todo e incentivar você que aprofunde os seus 
conhecimentos por meio das diferentes ferramentas oferecidas pelo ensino 
à distância.
Assim sendo espero que você aproveite bastante esse material 
e não se limite a ele, uma vez que há um universo de conhecimento a ser 
explorado. Portanto, não desanime, continue em frente.
Orientação para o estudo
Caro aluno do curso de Ciências Agrárias, este material impresso 
foi elaborado a partir de conhecimentos de diversos autores na área em 
questão, pois trabalhamos com diferentes linhas de pensamento. Como já 
disse anteriormente não esperamos aqui esgotar o assunto, esse material 
é apenas uma introdução ao universo do desenho técnico e na construção 
rural e que objetiva somente levar até você a importância de uma obra 
bem planejada.
A cada novo item que você vai adentrando no ensino superior e 
suas particularidades, novas portas vão se abrindo. Assim, para acompanhar 
o seu grau de aprendizagem, serão solicitadas algumas atividades, uma 
parte dessas atividades está expressa no material impresso e outra parte 
será postada no ambiente virtual.
Essas atividades terão prazos para a entrega, que devem ser 
obedecidos. Além disso, teremos fórum de discussão e um vídeo para 
consolidar os ensinamentos.
Ementa 
Introdução. Material de Desenho. Normas e Técnicas para Desenho. Projeto 
Arquitetônico: Planta Baixa, Cortes Transversal e longitudinal, Fachadas, 
Planta de Situação, Diagrama da Cobertura, Desenho de Detalhes. 
Unidade 1
Desenho técnico
Desenhos e 
construções Rurais
67
Perspectiva Cavaleira. Materiais de Construção e técnicas construtivas. 
Interação Animal-Ambiente. Modificações Ambientais. Planejamento 
Arquitetônico e Dimensionamento de Instalações Rurais.
Objetivos do ensino-aprendizagem
1. Transmitir ao aluno conceitos, métodos e técnicas aplicadas 
no planejamento, dimensionamento e execução de projetos de instalações 
zootécnicas e fitotécnicas mais empregados nas Ciências Agrárias.
2. Mostrar as normas e técnicas adotadas no desenho técnico 
para demonstrar graficamente o resultado final de uma instalação bem 
elaborada.
3. Informar sobre a origem e classificação dos diferentes 
materiais de construção utilizados na confecção de uma instalação rural. 
4. Entender a inter-relação existente entre os animais e o meio 
ambiente assim como o ambiente e a instalação.
5. Enfatizar as diferentes mudanças que podem ocorre no 
ambiente animal visando o conforto térmico do mesmo e conseqüentemente 
o aumento da produtividade.
6. Compreender como planejar e dimensionar instalações para 
a criação de animais com objetivos econômicos. 
Unidade 1 Desenho técnico
1.1 Conceito de desenho técnico
O desenho técnico é uma linguagem gráfica que tem por objetivo 
retratar por meio de linhas e retas o formato final de uma obra antes de 
ela ser construída. Essa técnica proporciona ao projetista, ao construtor, 
ao proprietário e as outras pessoas envolvidas no projeto uma imagem 
mais próxima da realidade de como ficará o objeto do projeto após a sua 
construção, também serve de guia durante as fases de execução da obra. 
 
1.2 Normas brasileiras de desenho técnico 
Toda e qualquer atividade relacionada a desenho técnico está 
regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. As 
Normas Brasileiras - NBR, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês 
Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), 
Unidade 1
Desenho técnico
Desenhos e 
construções Rurais
68
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes 
dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e 
neutros (universidades, laboratórios e outros). 
Nesse sentido as principais Normas Brasileiras empregadas no 
desenho técnico são: NBR 10647, NBR 8403, NBR 10068, NBR 10582, NBR 
13142, NBR 8196, NBR 10126, NBR 10067 e NBR 6492. No ambiente virtual 
você terá acesso ao material citado para compreender os tópicos que se 
seguem.
1.2.1 NBR 10647/1989 – Desenho técnico: Norma geral
Esta Norma define os termos empregados em desenho técnico. 
•	 Desenho projetivo: 
•	 Desenho não projetivo: 
•	 Grau de elaboração do desenho 
•	 Grau de pormenorização do desenho 
•	 Material empregado 
•	 Técnica de execução 
•	 Modo de obtenção
1.2.2 NBR 8403/1984 – Aplicação de linhas em desenhos
Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para 
uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes.
1.2.3 NBR 10068/1987 – Folha de desenho: leiaute e dimensões 
Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em 
branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos 
e o leiaute da folhado desenho técnico. 
1.2.4 NBR 10126 – Cotagem
Esta Norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados 
em todos os desenhos técnicos. As cotas representam sempre dimensões 
reais do objeto e não dependem da escala. 
1.2.5 NBR 6492 – Representações de projetos de arquitetura
O cliente diz qual é o problema e no dialogo com o engenheiro vão 
surgindo às soluções. Ao mesmo tempo o engenheiro fará suas pesquisas e 
anotações de modo a orientar suas primeiras idéias (croquis).
1.2.5.1 O anteprojeto
Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto, feito geralmente 
Unidade 1
Desenho técnico
Desenhos e 
construções Rurais
69
a mão livre ou com instrumentos, em cores, perspectivas internas e 
externas, entre outros.
1.2.5.2 O Projeto
Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feito as modificações 
necessárias, parte-se para o desenho definitivo o projeto, o qual é 
desenhado com instrumentos.
 
1.2.5.3 Os detalhes e os projetos complementares
O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos 
(portas, janelas, balcões, armários, e outros) e de especificações de 
materiais (piso, parede, forros, peças sanitárias, coberturas, ferragens, 
etc.). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os 
projetos complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, 
hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros.
1.2.5.4 Tipos de papel
Atualmente o papel mais utilizado para anteprojetos é o papel 
sulfurizê, que são transparentes apesar de opacos, recomendados para 
desenhos coloridos e desenhos a lápis. Para os desenhos feitos a tinta 
(nanquim) é utilizado o papel vegetal. Não pode ser dobrado. É o mais 
indicado para o desenho de projetos por ser resistente ao tempo e por 
permitir correções e raspagens. Os projetos realizados através de recursos 
computacionais são plotados em folhas sulfite e cortados nos tamanhos 
adequados. Neste caso, as cópias podem ser coloridas ou não. 
1.2.5.5 Sistemas de representação gráfica
As Normas Brasileiras de n° 10067 estabelecem a convenção usada 
também pelas normas italianas, alemãs, russas e outras, em que se 
considera o objeto a representar envolvido por um cubo. 
1.2.5.6 Símbolos gráficos
O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por 
abranger áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos 
gráficos. 
1.3 Montagem gráfica de um projeto
O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, 
acréscimo e modificação de edificação, constará, conforme a própria 
natureza da obra que se vai executar, de uma série de desenhos.
Unidade 1
Desenho técnico
Desenhos e 
construções Rurais
70
1.3.1 Planta baixa
É a seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo 
ao plano do piso a uma altura tal que o mesmo venha cortar as portas, 
janelas, paredes e outros.
1.3.2 Cortes
As seções ou cortes são obtidas por planos verticais que interceptam 
as paredes, janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir 
esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra.
1.3.3 Fachada
Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra; ou 
seja, é como se passasse um plano vertical rente à obra e se observasse do 
“infinito”, assim o desenho não seria bidimensional (planificado). 
 
1.3.4 Cobertura
A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando 
assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta.
1.3.5 Situação
Para locar uma obra é necessário representar o local exato onde 
ela ocupará no lote. Para isso necessita - se da obtenção de dados na 
prefeitura como os recuos frontal, laterais e fundos.
 1.3.6 Localização
É a representação do lote dentro da quadra. 
 1.3.7 Titulo
O titulo do projeto geralmente é a finalidade da obra, ou seja, se a 
construção é para fins residenciais, comerciais, assistências, religiosos e 
outros, seguido da localização da obra.
Ex.: Pocilga em alvenaria, situado na rodovia AM010 km 30, ramal 
bons amigos, Cidade/Estado.
1.3.8 Estatística
A estatística do projeto geralmente é colocada um pouco acima da 
legenda, se possível. Nela colocamos:
•	 Área do lote em m2;
•	 Área da construção (térreo, superiores e outros, todos em 
separado) em m2;
Desenhos e
Construções Rurais
71
Unidade 2
Materiais de 
construção
•	 Área total da construção em m2;
•	 Coeficiente de aproveitamento = área da construção total/
área do lote;
•	 Taxa de ocupação = (área da construção térrea/área do lote) 
x 100 %;
 
Observação: caso haja construções existentes, indicar também a 
área correspondente com o respectivo número de aprovação.
Unidade 2 Materiais de construção
Prezado aluno, os materiais de construção podem ser simples ou 
compostos, obtidos diretamente da natureza ou resultados de trabalho 
industrial. Para aprofundamento nesse assunto recomendo que leia o 
material disponibilizado na unidade 2 do ambiente virtual, o qual vamos 
discorrer sobre a origem, classificação e uso desses materiais na seqüência 
abaixo..
2.1 Agregados
Pode ser definido como um material granular, sem forma e volume 
definidos, de atividade química inerte e propriedades adequadas para uso 
em obras de engenharia. Que são: as britas, seixo rolado e areia.
2.2 Aglomerantes
Os aglomerantes são produtos ativos empregados para a confecção 
de argamassas e concretos. Os principais são: cimento, cal e gesso. 
2.3 Argamassas
São obtidas a partir da mistura de um ou mais aglomerantes com 
água e materiais inertes (areia e argila). 
2.4. Concretos
 São obtidas a partir da mistura de cimento, areia e pedra. Os mais 
comuns são: concreto simples, armado e ciclópico. 
2.5 Materiais cerâmicos
São materiais de construção obtidos pela moldagem, secagem 
e cozimento de argilas ou misturas de materiais que contém argilas. 
Exemplos: tijolos, telhas, azulejos, lajotas, manilhas e outros. 
Desenhos e
Construções Rurais
72
Unidade 2
Materiais de 
construção
2.6 Madeira
A madeira é um dos mais antigos materiais de construção, pode ser 
utilizada como: Andaimes, revestimento, empenas de telhado, formas 
para concreto, estrutura de telhado – madeira de lei, tacos, assoalhos, 
mourões para cercar pastos e currais, tábuas para cercas de curral, portas 
e janelas, portais e marcos, forros e outros.
2.7. Metais em geral
Pode ser definido como elemento químico que existe como cristal 
ou agregado de cristais, no estado sólido, caracterizado pelas seguintes 
propriedades: alta dureza, grande resistência mecânica, elevada 
plasticidade (grandes deformações sem ruptura) e alta condutibilidade 
térmica e elétrica. Os principais metais são: Alumínio, Chumbo, Cobre, 
Estanho e Zinco.
2.8. Material hidrosanitário
São materiais utilizados para fazer o abastecimento de água potável, 
retirar as águas servidas de uma instalação rural e seus acessórios. 
2.9. Materiais elétricos
São basicamente constituídos por eletrodutos e suas conexões, 
condutores (fiação) e aparelhos, passando geralmente a fiação por dentro 
dos eletrodutos. 
2.10 Vidro
O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida 
através do resfriamento de uma massa de fusão; suas principais qualidades 
são a transparência e a dureza. 
2.11 Tintas, vernizes, lacas e esmaltes
Compreende a dispersão de um ou mais pigmentos em um veículo, 
chamado de resina, que quando aplicada em uma camada adequada forma 
um filme opaco e aderente no substrato. Tem a função básica de proteger 
e embelezar as superfícies contra as intempéries.
Desenhos e
Construções Rurais
73
Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
Unidade 3 Interação animal-ambiente
O ambiente pode ser definido como a soma do impacto de fatores 
físicos, químicos, biológicos, sociais e climáticos circundantes.Há, 
portanto, variáveis biofísicas que atuam e interagem para influenciar o 
desempenho animal. Tais fatores variam com a estação do ano e com a 
localização da região. 
Segundo Curtis (1983) citado por Baêta e Souza (1997) o animal pode 
ser considerado um sistema termodinâmico aberto por estar em troca 
constante de energia com o ambiente. Entretanto, algumas vezes fatores 
ambientais tendem a provocar mudanças na homeocinese animal como: 
tensão que é qualquer reação funcional, estrutural ou comportamental a 
um estímulo do meio ambiente e o estresse que são reações homeocinéticas 
do animal, podendo ser crônico ou agudo e está relacionado com mudanças 
no meio ambiente.
 
3.1. Fatores físicos
3.1.1. Espaço 
O confinamento dos animais afeta a saúde e o desempenho dos 
mesmos. Um dos principais resultados desse processo é a redução do 
espaço comum por animal. A aglomeração favorece a disputa social. Alta 
densidade populacional causa hiperplasia e hipertrofia na glândula adrenal 
de aves e os animais mais velhos tendem a estabelecer uma ordem de 
dominância. 
3.1.2. Som
Os sons servem como meio de comunicação entre indivíduos e são 
importantes estímulos comportamentais (ex. avisam a aproximação do 
predador). Os animais usam os órgãos vocais para produzir sinais e os órgãos 
de audição para perceber estes sinais. Além dos sons sonoros os animais 
emitem ruídos não vocalizados que também serve para comunicação entre 
eles. 
“Imprinting” foi o termo usado por Lorenz (1935) citado por Macari 
(1995) para definir a ligação emocional da ave jovem com o primeiro 
objeto vivo, ou em movimento, que o animal encontra. É um fenômeno 
importante no controle emocional do animal jovem, em especial, para a 
redução da ansiedade e medo. 
3.1.3. Luz 
As ondas luminosas excitam a porção terminal do nervo óptico 
pela retina do olho dos animais. Esta luz é captada e transfere estímulos 
através do nervo e do complexo hipotalámico-hipofisário. Por mecanismos 
Desenhos e
Construções Rurais
74
Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
neurovasculares liberam-se hormônios, sendo FSH e LH, os mais conhecidos, 
ambos relacionados com o processo de formação do ovo, da postura, do 
leite e outros produtos, ativam células secretoras hipofisárias que liberam 
substâncias químicas que se difundem pelos vasos capilares da pituitária.
Segundo Curtis (1983), a função animal é tida como fotoperiódica 
se as mudanças que ocorrerem nestas venha ocorrer conjuntamente com 
mudanças na fase clara do dia. Existem diferenças genéticas frentes as 
mudanças no fotoperíodo e estas são mais intensas em pássaros do que em 
mamíferos. Muitos ritmos biológicos apresentam rotatividade diária ou em 
períodos de anos. Os ciclos circadianos ocorrem em 24 horas, enquanto 
que o circenial ocorre em aproximadamente 365 dias.
 A radiação apresenta quatro efeitos gerais diretos sobre os animais, 
ela pode ser prejudicial ao animal, fototóxica ou estimular as células 
animais não protegidas a fim de ganharem a proteção. Estimulam também 
os receptores visuais e ainda controlam o fotoperiodismo animal levando 
a sincronizar os ritmos circadianos e circenial.
 De acordo com Baêta e Souza (1997) um importante aspecto a ser 
considerado é a visão. Aves domésticas têm visão fotópica, enquanto 
mamíferos domésticos têm visão escotópica. A visão fotópica opera 
melhor em condições de brilho e permite ao animal distinguir cores em 
seu ambiente. A visão escotópica opera melhor em condições vagamente 
obscurecidas (ofuscada) e não envolve nenhuma visão colorida. A visão 
animal é altamente sensível a comprimentos de onda na faixa de 0,51 a 
0,56 mm sendo que a faixa visível para o olho humano é de 0,4 a 0,7 mm. 
 A vela é a unidade-padrão de intensidade luminosa e representa 
0,16667 cm2 de um corpo negro, com radiação a partir de uma superfície 
a 2046 K. O lúmen é a unidade-padrão de fluxo luminoso no sistema 
internacional de medidas, e é definido como o fluxo numa superfície 
unitária onde todos os pontos estão a uma distância unitária de uma fonte-
ponto, com a intensidade de uma vela. A densidade do fluxo luminoso é 
expressa em termos de lux, isto é um lúmen por m2.
3.1.4. Equipamentos
 Melhorar as ações na produção animal requer equipamentos 
especializados e facilidades que acomodem ambos os sexos e o 
comportamento dos mesmos. Divergência entre machos e fêmeas ocorre 
devido à seleção genética, particularmente na produção de frangos de corte. 
Planejar equipamentos para este tipo de indústria requer conhecimento a 
respeito das necessidades nutricionais, genética e comportamento de um 
particular conjunto de animais dentro do ambiente desejado.
Desenhos e
Construções Rurais
75
Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
3.2. Fatores químicos
3.2.1. O Ar
Hardoim (1995) afirma que o ar é a fonte do principal alimento dos 
animais (o oxigênio). É o veículo de dissipação de um conjunto de elementos 
liberados pelos animais, entre aos quais podemos citar: o excedente de 
calor, o vapor d’água proveniente da respiração e da transpiração, os gases 
oriundos da digestão, os gases provenientes da decomposição dos dejetos, 
a poeira liberada pelos animais e pela cama e finalmente os Aerossóis 
liberados pelos animais e decomposição dos dejetos.
O ar é constituído de gases que permitem a dissipação de calor e 
umidade. Na composição básica do ar encontram-se os gases: nitrogênio 
(78,09%), oxigênio (20,95%), argônio (0,93%) e o dióxido de carbono 
(0,03%). Estes gases constituem 99,99% da composição do ar atmosférico.
 Por outro lado, Baêta e Souza (1997) relatam que além dos gases 
N2, O2, CO2 e vapor de H2O, ainda fazem parte da constituição do ar as 
poeiras, as bactérias e os odores. O CO2 não é um gás nocivo, mas sua 
presença indica redução do oxigênio, o que é prejudicial à saúde. Dessa 
forma, aconselha-se 0,1% como índice máximo de anidrido carbônico para 
o ar destinado à respiração; 10% já provocam asfixia e aproximadamente 
15% causam morte. Sendo o ar contaminado, a ventilação é de grande 
importância, pois promove a diluição dos contaminantes até limites 
higienicamente admissíveis. 
 
3.2.2. Amônia
 A amônia e suas combinações químicas constituem importantes 
compostos responsáveis pela acidificação do meio ambiente. Os compostos 
nitrogenados: ácido úrico, uréia, amônia e ou amônio e as proteínas 
digeridas são fontes potenciais de volatilização da amônia. O ácido úrico 
e as proteínas não digeridas constituem os dois principais componentes 
nitrogenados das fezes, representando 70 e 30% do total de nitrogênio, 
respectivamente. O principal mecanismo de formação de amônia ocorre 
através da decomposição microbiana de ácido úrico, cujo processo 
bioquímico é complexo.
 Assim a amônia é um gás incolor irritante das mucosas. É detectável 
pelo homem a concentrações de 25 ppm no ar. Entretanto nas aves, 
concentrações tão baixas como de 20 ppm por longos períodos pode 
provocar uma série de distúrbios como a queratoconjutivite. Mas, as 
principais conseqüências do alto nível desse gás no ar ambiente ocorrem 
no trato respiratório.
 
Desenhos e
Construções Rurais
76
Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
3.3. Fatores biológicos
3.3.1. Nutrição
Existe hoje uma necessidade mínima de nutrientes para provocar 
a fotoestimulação nos animais, esta necessidade pode aumentar a cada 
geração de produção. Outro fator bastante importante e que deve ser levado 
em consideração são os níveis de vitaminas na ração. Os recentes avanços 
científicos na área de nutrição protéica para frangos de corte e suínos têm-
nos permitido mudar de uma formulação baseada no conteúdo da proteína 
bruta para uma mais eficiente e precisa. Isso otimiza a eficiência produtiva, 
gera maiores retorno econômico e reduz a contaminação ambiental. Ela é 
baseada na composição e nas necessidadesde aminoácidos digeríveis, de 
acordo com um padrão ideal de requerimento, conhecido como proteína 
ideal.
 
3.3.2. Água
 A água é o nutriente mais importante, somente a carência de 
oxigênio é mais crítica que a falta de água para manter a vida. Nos 
animais, um grau de desidratação de 10% produz perda de peso e 20% de 
mortalidade. Como os animais e os produtos agrícolas contêm 60 a 80% 
de água, é economicamente chave assegurar que esses animais estejam 
recebendo a quantidade e a qualidade de água adequada.
 Quimicamente a água é um composto que contém dois átomos de 
hidrogênio e um de oxigênio, ambos são gases. Basta condições físicas 
adequadas para eles formarem um composto estável. A água potável pode 
conter 58 elementos, pelo menos 10 elementos que configuram quase 
99% dos minerais dissolvidos são hidrogênio, oxigênio, sódio potássio, 
magnésio, cálcio, enxofre e carbono.
A qualidade da água é de suma importância para sua ingestão. Pode-
se avaliar a qualidade da água por três critérios básicos: físico, químico 
e bacteriológico. No critério físico determina-se as características como 
cor, sabor, odor, turbidez e temperatura. No critério químico analisa-se 
pH, dureza e porcentagem de certos elementos presentes; a água deve ter 
seu pH entre 6,8 e 7,5; pois valores abaixo de 6,3 reduzem a produtividade 
dos animais. A dureza deve ser menor que 50 ppm (magnésio e cálcio), 
águas acima de 180 ppm podem não solubilizar certos medicamentos. 
No critério bacteriológico, a analise determina o nível de contaminação 
microbiana por meio da identificação e contagem dos microrganismos. 
Normalmente determinam-se o número de bactérias por amostra, nos 
lugares onde a gastroenterite é um problema persistente, a analise da 
água inclui a contagem de coliformes fecais. 
Desenhos e
Construções Rurais
77
Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
A porcentagem de água em relação ao peso corporal dos animais é 
de aproximadamente dois terços e o volume de água ingerida é por volta 
do dobro da quantidade de ração consumida pelo mesmo; assim sendo, a 
água deve apresentar-se de boa qualidade para que o animal possa utilizá-
la, sem afetar o seu desenvolvimento.
3.3.3. Doenças
Os animais produzem normalmente somente quando estão em 
harmonioso balanço com outras formas vivas e os fatores físicos e químicos 
do ambiente. Cada um desses três fatores gerais, afeta os outros. Quando 
uma ou mais das ações mudam na intensidade a quebra do balanço pode 
ocorrer. Tal quebra pode levar a função anormal, o que é um sinal de 
doença. Portanto, o ambiente físico e biológico e o animal hospedeiro são 
co-determinantes de doenças infecciosas (CURTIS, 1983).
A maioria das doenças infecciosas resulta de mais do que a mera 
presença de algum micróbio patógeno no ambiente. Três fatores (agente 
patogênico primário, ambiente e animal) combinam-se para determinar 
doenças. A ação do agente patogênico primário representa o desafio 
ambiental direto para o animal continuar existindo. O animal resiste a tal 
desafio com vários mecanismos de defesa, os quais são custosos em termos 
de energia e balanço de nutrientes, mas se bem sucedidos, as doenças não 
ocorrem. Se as defesas são diminuídas ou inadequadas as doenças podem 
ocorrer.
 
3.4. Fatores sociais
3.4.1. Comportamento e ordem de dominância
É bem conhecido que a discussão social pode conduzir a 
comportamento anormal e pode deprimir o desempenho produtivo. 
Semelhantemente, doenças podem alterar o comportamento animal. 
Embora, menos conhecido a tensão social também pode alterar a resistência 
animal, influenciando, assim, a incidência de várias doenças. 
De acordo com Curtis (1983), embora ocorra em toda espécie animal, 
as evidências são mais fortes em aves infectadas por vários patógenos. A 
resistência das aves à E. coli diminuiu ao serem submetidas ao estresse 
social (misturada com estranhos), por apenas um dia. 
3.4.2. Número de animais por área
A densidade de animais pode ser definida em termos de número 
ou de peso de animais em uma dada área, em aves o Ministério da 
Agricultura recomenda a densidade máxima de 40 kg/m2, dentro de um 
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Construções Rurais
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Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
estágio de crescimento específico dos frangos. 20 aves/m2 representa 
aproximadamente 5 e 8 kg/m2 com 2 e 4 semanas de idade, respectivamente, 
e apresentam um pequeno desconforto nas semanas iniciais de vida das 
aves, mas pode reduzir o bem estar das mesmas em fases mais tardias pela 
restrição a locomoção. 
O aumento da densidade de criação de animais deve vir acompanhado 
de alta tecnologia, desde a construção do galpão até a qualidade da 
água de beber, e que somente essas condições permitem o adequado 
funcionamento dos equipamentos automáticos.
3.5. Fatores climáticos
Dentre os fatores do ambiente, os térmicos, representados por 
temperatura, umidade, velocidade do ar e a radiação, são os que afetam 
mais diretamente comprometendo sua função vital mais importante, que 
é a manutenção de sua homeotermia. Se estas condições estão próximas 
das ideais, a probabilidade de se obter alta produtividade é grande. Os 
altos valores de temperatura ambiente provocam problemas sérios no 
meio animal, devido a queda de produção e mortalidade elevada. Tal fato 
vem se acentuando a medida que o animal vem sendo melhorado e se 
torna mais precoce e produtivo.
3.5.1. Temperatura
Nos trópicos o maior problema para a criação de animais domésticos 
está na eliminação do calor corporal para o ambiente; entretanto, este 
fator não está relacionado somente às altas temperaturas, mas à associação 
destas com a elevada umidade relativa e baixa movimentação do ar.
 A quantidade de calor produzida ou incorporada ao corpo provém 
do metabolismo basal, da atividade muscular, da digestão do alimento 
e do meio ambiente térmico. Esse calor tem que ser dissipado através 
de mecanismos de trocas térmicas entre o corpo e o ambiente. Estes 
mecanismos envolvem trocas de calor sensível através da radiação, 
convecção e a condução e também trocas de calor latente que se produz 
através da evaporação da água oriunda dos pulmões e pele.
 A temperatura interna dos animais ditos superiores varia na escala 
de aproximadamente 38 a 41 oC, para mamíferos e aves respectivamente. 
Nos ambientes frios, esses animais para manter o calor, ativa através do 
centro termorregulador, localizado no sistema nervoso central, certos 
processos fisiológicos como a vasoconstrição, aumento a freqüência 
respiratória, modificação da taxa metabólica, maior isolamento da pele 
com a ereção dos pêlos e produção de calor através da ocorrência de 
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Construções Rurais
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Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
tremor muscular e o arrepio, quando a temperatura ambiental está abaixo 
da crítica inferior, ou de respiração acelerada e produção de suor, quando 
essa temperatura está acima da crítica superior (CURTIS, 1983).
 A zona de conforto ou de termoneutralidade é uma faixa de 
temperatura ambiente onde o calor dissipado pelo animal corresponde 
ao calor ganho do meio mais o resultante do seu metabolismo. Nesta 
condição, o animal possui o seu máximo conforto, saúde e produção.
 Contudo, quando o animal é submetido a uma temperatura acima 
da região de conforto, o seu sistema termorregulador ativa outros 
processos fisiológicos para manter a homeotermia, alterando o bem-estar 
e a produtividade. Neste caso, há um decréscimo na ingestão de alimentos 
e uma redução na eficiência de assimilação da energia dos alimentos 
resultando na diminuição da energia produzida. Da mesma forma, quando 
o animal é submetido a uma temperatura abaixo da região de conforto 
tem que destinar parte de sua alimentação para gerar calor necessário 
para manter a temperatura corporal, aumentando a ingestão de alimentos 
e diminuindoa produtividade.
A zona de conforto ou termoneutra varia de acordo com a espécie 
e dentro da mesma espécie animal. A mesma muda com a constituição 
genética, idade, sexo, tamanho corporal, peso, dieta, estado fisiológico, 
exposição prévia ao calor (aclimatação), variação da temperatura 
ambiente, radiação, umidade e velocidade do ar.
 A partir da segunda e terceira semanas de vida das aves, as 
temperaturas de conforto oscilam entre 15 e 26 oC, para valores de 
umidade relativa do ar de 50 a 70%, embora dentro desta faixa exista 
uma temperatura tida como a ideal para algum tipo de desempenho. Os 
sintomas do estresse calórico em aves, em geral, são representados por 
alguns comportamentos que demonstram estar a mesma fora de sua zona 
de conforto térmico:
•	 abrem o bico e aceleram a freqüência de respiração (polipnéia) 
para aumentar a dissipação de calor por evaporação;
•	 abrem as asas, numa tentativa de aumentar a superfície corporal 
sujeita a dissipação de calor por convecção;
•	 aumentam o consumo de água, para dissipar calor por condução 
e repor a água evaporada; esse aumento no consumo de água 
agrava a situação da ave, pois inicia o processo de desequilíbrio 
do metabolismo mineral; além disso, mais água é depositada na 
cama e com o calor, acelera-se a produção de amônia e atividade 
bacteriana indesejável.
•	 apresentam comportamento anormal (ficam agitadas) e, com a 
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Construções Rurais
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Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
permanência do calor, aparecem as perturbações na produtividade. 
Em casos e calor mais acentuado, ficam prostradas podendo chegar 
à morte.
 
3.5.2. Umidade relativa
Considerando que o principal mecanismo de dissipação de calor 
pelos animais, em temperaturas elevadas, ocorre por evaporação pela via 
respiratória, é certo que a capacidade do animal para suportar o calor é 
inversamente proporcional ao teor de umidade relativa do ar. Além disso, 
a decomposição microbiana de ácido úrico que resulta em amônia e gás 
carbônico é favorecida pela alta umidade. Assim, a alta umidade relativa 
do ar, constitui um fator negativo para a produtividade animal. 
Em temperaturas elevadas há um aumento da freqüência respiratória 
do animal para aumentar a dissipação de calor por evaporação. Esta maior 
perda de água por evaporação induz o animal a aumentar a ingestão de 
água, tornando as fezes mais líquidas e, conseqüentemente, mais umidade 
é adicionada ao ar e à cama, intensificando a dificuldade de dissipação de 
calor via evaporativa.
Os componentes que mais contribuem para a alta umidade das 
instalações animais são: a água evaporada via respiração, a água do próprio 
ar e a quantidade de água eliminada nas fezes (em torno de 70% do peso 
dos dejetos em condições de ambiente na zona de conforto ou próximo a 
esta). A produção de umidade pelos animais está diretamente relacionada 
com a temperatura ambiente.
3.5.3. Velocidade do ar
O ar em movimento afeta os fluxos convectivos e evaporativos. Assim 
um aumento da velocidade do ar, reduz a temperatura da superfície da pele 
e penas dos animais, especialmente em temperatura ambiente mais baixa. 
Apesar disto tais reduções em gradientes térmicos são contrabalançados 
por um aumento na taxa de produção de calor. Da mesma forma a taxa 
de calor perdido, aumenta com o aumento da velocidade do ar. Também 
ocorrerá um aumento na taxa de calor latente (evaporação pela pele).
A ventilação artificial (quando a ventilação natural é insuficiente) 
apresenta importância fundamental, para promover um ambiente 
confortável para o animal, tanto para reduzir a transferência de calor 
proveniente da cobertura, como para melhorar a eficiência da troca de 
calor do animal por convecção e evaporação, ou ainda para possibilitar 
adequadas condições de higiene.
 A ventilação deve obedecer a exigências higiênicas e térmicas. Nas 
regiões em que a temperatura se mantém quase sempre acima da requerida 
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Construções Rurais
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Unidade 3
Interação 
animal-ambiente
para conforto dos animais, deve prevalecer uma ventilação baseada em 
razão térmica, e o projeto deverá estar orientado para esta necessidade, 
ou seja, o de extrair o calor liberado pelos animais, bem como advindos 
da cobertura, para que a temperatura ambiente interior não aumente.
3.5.4 Radiação
 A radiação é um processo em que a superfície de todos os objetos 
emitem calor na forma de ondas eletromagnéticas. A potência da emissão 
é determinada pela temperatura da superfície que está irradiando calor. 
O calor é transferido da pele e superfície das penas e pelos para objetos 
que circundam os animais e vice-versa. Naturalmente se a temperatura 
ambiental for superior a da pele e penas, os animais ganharão calor
 Desse modo, Curtis (1983) define a radiação como sendo a 
transferência de calor por ondas eletromagnéticas através do maio 
transparente, entre dois ou mais pontos que se encontram em diferentes 
temperaturas. Essa transferência de calor consiste de três componentes 
que são: conversão de calor contido em ondas eletromagnéticas de 
energia, passagem destas ondas pelo espaço, e reconversão destas ondas 
eletromagnéticas de energia em energia térmica no corpo absorvedor de 
radiação. Essas trocas são regidas pelas seguintes leis:
•	 Lei de kirchhoff → quando a radiação atinge um animal, esta pode 
ser absorvida, refletida ou transmitida.
•	 Lei de Planck → a densidade do poder emissivo radiante de um 
corpo depende grandemente de sua temperatura superficial.
•	 Lei Wien → A máxima emissão para um corpo negro é inversamente 
relacionada com a temperatura absoluta de sua superfície.
•	 Lei de Stephan Boltzmann → A emissão ou a densidade do poder 
emissivo de uma superfície é igual ao produto da constante de 
Stephan Boltzmann (4,93 x 10-8 kcal/m2.hr1.K1) pela 4a potência da 
sua temperatura absoluta.
Assim, sempre ocorrerá troca de calor radiante entre o animal e a 
superfície que o circunda e sempre haverá ganho e perda de calor radiante 
pelo animal e, geralmente o resultado líquido é negativo para o animal.
A radiação vinda do sol é denominada radiação de ondas curtas e a 
radiação oriunda da superfície da terra é denominada radiação térmica, 
infravermelha ou de ondas longas. Portanto, o animal por estar no interior 
de uma instalação só troca energia radiante com seu meio ambiente via 
radiação de ondas longas. Contudo, o galpão que serve de abrigo para os 
animais está sujeito a radiação de ondas curtas como também de ondas 
longas. 
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Construções Rurais
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
Unidade 4 Modificações ambientais
Um ambiente é dito confortável, quando o calor produzido pelo 
metabolismo animal pode ser dissipado para o meio ambiente sem prejuízo 
apreciável ao rendimento animal. Desse modo, o ambiente em que os 
animais são criados constitui um dos principais responsáveis pelo sucesso 
ou fracasso do empreendimento agrícola (TINÔCO, 1996).
Assim sendo, vários parâmetros do ambiente podem favorecer ou 
prejudicar o desempenho animal, facilitando ou inibindo os processos 
produtivos e reprodutivos. Atualmente o manejo do ambiente tornou-se 
de fundamental importância, várias estratégias são usadas para remediar 
esses problemas. Porem, apesar da eficiência de alguns ambientes naturais, 
algumas modificações artificiais sempre são necessárias (BAÊTA E SOUZA, 
1997). 
Para Curtis (1983), as modificações ambientais podem ser classificadas 
em: primárias e secundárias. As modificações primárias são aquelas de 
simples execução que visam a proteção dos animais durante períodos de 
clima quente ou frio, ajudando-o a aumentar ou reduzir as perdas de 
calor corporal. As modificações secundárias têm como objetivo mudar 
o microambiente interno das instalações animais com o emprego de 
processos artificiais como ventilação,aquecimento ou resfriamento. 
4.1. Modificações ambientais primárias
As modificações ambientais primárias têm como objetivo proporcionar 
ao animal, proteção contra variações externas durante períodos quentes 
ou frios, incrementando ou diminuindo a perda de calor animal, utilizando 
recursos da natureza.
4.1.1. Sombreamento
Durante grande parte do dia, os animais mantidos no campo têm na 
radiação solar o fator mais importante contra o qual tem que lutar para 
manter o seu equilíbrio térmico. O sombreamento reduz tanto o ganho de 
energia por radiação solar pelo animal durante o dia, quanto à perda de 
energia para o céu no período noturno.
O sombreamento permite uma redução nos sintomas de estresse 
por calor nas horas mais quente do dia. Assim, o sombreamento pode 
reduzir cerca de 30% ou mais da carga térmica de radiação - CTR, quando 
comparada à carga recebida pelo animal ao ar livre.
A melhor sombra é a de uma árvore, pois a vegetação transforma a 
energia solar, pela fotossíntese, em energia química latente, reduzindo 
a incidência de insolação durante o dia, ao mesmo tempo em que, pelo 
metabolismo, o animal libera calor durante a noite.
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Construções Rurais
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
Contudo, ressalta-se que um animal mesmo à sombra está sujeito à 
radiação indireta que são oriundas do céu distante, do solo sombreado, do 
solo aquecido e de estruturas que estejam próximas ao local. 
4.1.2. Cobertura
O fator mais importante no meio radiante do animal sombreado é 
a superfície inferior da cobertura. Quanto mais fria ela for, menor calor o 
animal recebe dela. O fator determinante da temperatura da cobertura 
é a quantidade de radiação solar absorvida e a quantidade de calor que 
ela pode perder por radiação térmica e convecção. Desta forma, um 
bom material de cobertura deve ter alta refletividade e emissividade na 
sua superfície superior e baixa absortividade e emissividade térmica na 
superfície inferior (ESMAY, 1969).
A primeira condição para o conforto térmico dos animais é de que 
o balanço térmico de energia seja nulo. Neste caso, a energia térmica 
resultante do metabolismo animal, mais a recebida do ambiente devem ser 
igual à soma das energias dissipadas por radiação, convecção, condução e 
evaporação.
 As principais componentes da CTR incidente sobre um animal à 
sombra são: 20,8% oriundas da cobertura, 13,6% do céu distante, 26,3% do 
solo aquecido, 21,5% do horizonte e 17,8% do solo sombreado.
A cobertura reduz a carga térmica de radiação proveniente do sol 
e do céu e substitui uma área de solo aquecido por uma área de solo 
sombreado, mas adiciona uma nova fonte de energia: o material de 
cobertura.
4.1.3. Material da cobertura
Embora um dos melhores materiais para sombreamento artificial, 
pelo seu poder de isolamento e boas características de superfície para 
perda de calor por convecção, seja o sapé, este apresenta desvantagens 
tais como, pouca durabilidade e alta susceptibilidade ao ataque de pragas 
e ao fogo. A chapa de ferro galvanizado, quando nova, é praticamente tão 
efetiva quanto a chapa de alumínio, entretanto, com o uso, sua superfície 
externa sofre processos corrosivos, o que implica em perda de efetividade. 
4.1.4. Altura da cobertura
À medida que se aumenta o pé-direito de uma cobertura, não 
se altera o tamanho da sombra, mas a área sombreada se move mais 
rapidamente. Desse modo deve-se aumentar a área da cobertura com a 
construção de beirais, que impedem a penetração dos raios solares no 
interior da instalação. Em locais onde o céu é descoberto e predominam 
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Construções Rurais
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
altas temperaturas, baixas precipitações e baixa umidade, o pé-direito 
das instalações deve variar de 3,0 a 4,0 metros, pois possibilitam maior 
exposição dos animais ao céu, que, geralmente, é mais frio que a superfície 
animal. 
Em locais com céu parcialmente encoberto, o pé-direito deve ser 
inferior a 3,0 metros. Pois acima disto, ha uma exposição dos animais à 
radiação solar refletida pelas nuvens. 
 O pé-direito pode ser estabelecido em função da largura adotada, 
de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação 
natural no interior do galpão. 
4.1.5. Orientação da instalação
A orientação das construções é um fator importante das condições 
térmicas ambientais internas das instalações, pois permite determinar a 
máxima ou a mínima insolação dentro das instalações em condições de 
inverno e/ou verão. A orientação da cobertura depende muito do clima 
local, sendo mais importante em alojamento abertos para garantir ou não 
insolação interna. Em nosso hemisfério, as coberturas são normalmente 
orientadas no sentido leste-oeste, para que, no verão haja menos 
incidência de radiação solar no interior das instalações; a face norte 
permite ótima insolação no inverno. Geralmente, as coberturas de cochos 
para volumosos também são orientadas nesse sentido. 
4.1.5. Quebra-ventos
Os quebra-ventos são objetos que servem de obstáculos aos 
ventos de superfície. Segundo Curtis (1983) a altura do quebra-vento 
é determinante no tamanho da área que se quer proteger. Um quebra-
vento bem desenhado consegue reduzir a velocidade do ar em até ¼ a 
uma distância de 6 a 10 vezes a sua altura. Quanto a sua porosidade, 
quebra-ventos com 15 a 30% de porosidade são mais eficientes que os 
sólidos ou com porosidade superior. O sólido cria um vórtice no lado 
protegido, com velocidade elevada e retornando para o quebra-vento. 
Os quebra-ventos provocam redução de 50% na velocidade do ar em 
uma faixa que ultrapassa a duas vezes a altura a barlavento e 16 vezes a 
altura a sotavento. Quanto mais poroso o quebra-vento, mais eficiente ele 
é.
4.1.6. Ventilação natural
O aquecimento do ar de um ambiente construído normalmente 
ocorre por causa da incidência dos raios solares. O tempo quente é 
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
freqüentemente acompanhado por uma atmosfera relativamente parada, 
diminuindo a taxa de perda de calor por convecção. Segundo Näas (1989) 
existem dois tipos de fatores que causam a ventilação natural: a ação 
dos ventos (ventilação dinâmica) e o efeito sifão térmico (ventilação 
térmica). O sifão térmico (termossifão) depressão causada pela diferença 
de densidade do ar em função da variação de temperatura no interior da 
instalação. 
4.1.6.1. Ação dos ventos
A ação dos ventos proporciona o escalonamento das pressões do 
ar no interior das instalações. Esta ação, que é normalmente ocasional e 
intermitente. Assim, aberturas colocadas em paredes opostas e na direção 
do vento predominante favorecem a ventilação dos ambientes internos. 
Diferenças de pressão na ordem de 0,05 mmHg já são suficiente para 
causar correntes de ar apreciáveis, desde que haja caminho para elas. 
 Considerando uma placa de faces AB e CD (FIG. 1), quando há 
incidência de correntes de ar, são formadas na placa áreas distintas de 
pressão, positiva na face AB e negativas na face CD. A pressão positiva, 
maior que a pressão atmosférica normal, caracteriza o impelimento da 
massa de ar contra a placa e a negativa, a atração da massa de ar, o que 
significa que, se existirem aberturas na placa a pressão positiva forçará a 
massa de ar a entrar por elas e a negativa, a sair. 
B D
A C
+ -
Figura 1: Pressões positivas e negativas em uma placa, devido ao vento.
4.1.6.2. Termossifão
As instalações de animais com adequada entrada de ar pelas janelas 
e saídas por aberturas no telhado, tipo lanternim (FIG. 2), permite uma 
ventilação contínua através do sifão térmico. Os animais e outras fontes 
de calor contribuem para maior eficiência da ventilação natural.
Diferenças de temperatura do ar no interior do galpão provoca 
variação na densidade do mesmo,que por efeito de tiragem (termossifão) 
causa diferença de pressão no sentido vertical. Esta diferença de pressão 
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
é função de três fatores: diferença de temperatura do ar entre o interior 
e o exterior do galpão, tamanho das aberturas de entrada e saída de ar 
pelo lanternim, e, por fim, da diferença de nível entre as aberturas de 
entrada e saída.
 Se uma edificação dispuser de aberturas próximo do piso e do teto 
e se o ar do interior estiver a uma temperatura mais elevada que o ar 
exterior, o ar mais quente, menos denso, tenderá a escapar pelas aberturas 
superiores. Ao mesmo tempo, o ar do exterior, mais frio, e por isso mais 
denso, penetra pelas aberturas inferiores, causando fluxo constante no 
interior das construções. 
Cumeeira aberta
Cumeeira aberta canalizada
Cumeeira sobrepesta
Lanternim
Figura 2. Tipos de abertura na cumeeira do telhado de construções.
4.1.7. Lanternim
Baseado em observações não experimentais recomenda-se que o 
lanternim apresente uma abertura de 10% da largura da instalação e altura 
em torno da metade de sua largura. Galpões com larguras inferiores a 6 m 
não necessitam de lanternim. Uma vez que a ventilação natural pode ser 
feita por ação dos ventos. Contudo, quanto maior a abertura do lanternim 
menor é o tempo gasto para renovação total do ar de dentro de uma 
instalação, quando comparado com a ausência do mesmo. 
4.2. Modificações ambientais secundárias
Hoje em dia, os animais são criados em locais fechados ou semi 
fechados, onde há a necessidade de um melhor controle ambiental. A 
ventilação artificial apresenta importância fundamental tanto para reduzir 
a transferência de calor proveniente da cobertura como para melhorar a 
eficiência da troca de calor do animal por convecção e evaporação.
4.2.1. Sistema de mecânico de ventilação
 Há duas espécies de ventiladores. Os ventiladores de exaustão ou 
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
sistemas de pressão negativa que forçam a saída do ar no interior das 
instalações, criando um vácuo parcial, a diferença de pressão do ar entre 
o interior e o exterior da instalação, pressão estática, promove a entrada 
de ar nas instalações, através de entradas. A outra espécie de ventilação 
é o sistema de pressão positiva ou compressão, no qual os ventiladores 
forçam a entrada do ar nas instalações, aumentando a pressão do ar 
interno. O gradiente de pressão interna-externa, pressão estática, move 
o ar interno através de saídas. Ambos os sistemas de ventilação consistem 
de ventiladores, sistemas de distribuição de ar e controles.
•	 Ventilação forçada e exaustão natural: emprega-se um ventilador 
(pressão positiva) na entrada e aberturas nas paredes opostas para 
a saída natural do ar.
•	 Ventilação natural e exaustão mecânica: Nesse tipo de processo, 
um ou mais exaustores, localizados em paredes oposta a entrada de 
ar, removem o ar do recinto para o exterior. A pressão no interior 
diminui, estabelecendo através das aberturas de entrada um fluxo 
de ar do exterior para o interior do recinto.
•	 Ventilação e exaustão mecânicas: Nesse caso, há ventiladores que 
insuflam o ar na entrada e ventiladores que removem o ar na saída 
do recinto. Aqui, a ventilação é mais controlável tanto com relação 
a qualidade do ar que entra, quanto à distribuição do mesmo no 
recinto. 
 Os ventiladores empregados nesses processos têm por objetivo 
provocar diferenças de pressão entre o interior e o exterior das instalações 
animal. Ventiladores tipo hélice (axial) são mais usados nos sistemas de 
exaustão, enquanto que os ventiladores de pressão são mais empregados 
para compelir o ar.
4.2.2. Sistemas de resfriamento
4.2.2.1. Sistemas de resfriamento evaporativo (SRE)
 Em condições de temperaturas extremamente elevadas, a 
temperatura mínima que se consegue obter no interior do galpão, é 
exatamente aquela do ar externo usado na ventilação, a qual muitas vezes 
assume valores acima do desejável. Nestes casos, torna-se necessário 
promover o pré-resfriamento do ar que entra nas instalações.
 Uma das formas de resfriamento do ar é o resfriamento evaporativo, 
o qual possibilita, em alguns casos, redução da temperatura do ar de até 
11 oC, dependendo das condições psicrométricas deste.
 Esses sistemas de resfriamento consistem em mudar o ponde de 
estado psicrométrico do ar para maior umidade e menor temperatura, 
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
mediante o contato do ar com uma superfície umedecida ou líquida, ou com 
água pulverizada ou aspergida. Como a pressão de vapor do ar instaurado 
a ser resfriado é menor que a da água de contato, ocorre vaporização 
da água; o calor necessário para esta mudança de estado vem do calor 
sensível contido no ar e na água, resultado em decréscimo da temperatura 
de ambos e, conseqüentemente, do ambiente.
4.2.2.2. Nebulização associada a ventilação
 O sistema de nebulização consiste na formação de gotículas, 
extremamente pequenas, que aumentam muito a superfície de uma 
gota d’água exposta ao ar, o que assegura evaporação mais rápida. A 
nebulização associada ao movimento do ar ocasionado pelo ventilador 
acelera a evaporação e evita que a pulverização ocorra em um só local e 
venha a molhar ao piso. Um nebulizador bem calibrado, com água limpa, é 
capaz de dividir uma gota d’água em cerca de 611 gotículas com diâmetro 
de 0,05 m e área total cerca de 850 vezes maior.
 Ao passar do estado líquido para o gasoso, a água retira do 
ambiente cerca de 580 kcal para cada kg de água evaporada, dependendo 
da temperatura ambiente. Na prática, trabalhos conduzidos no Brasil, 
detectaram redução média de até 6 oC com 5 minutos de uso dos 
nebulizadores. A eficiência do sistema de nebulização depende ainda da 
disposição dos bicos em relação aos ventiladores.
 
 4.2.2.3. Aspersão de água sobre a cobertura
 O objetivo é reduzir a temperatura da telha e circunvizinhança 
nas horas de calor intenso empregando aspersão sobre a cobertura. Neste 
caso, deve-se equipar o telhado com calhas no beiral para recolhimento 
da água, possibilitando seu reaproveitamento, evitando-se umedecer os 
arredores do galpão.
 
4.2.2.4 Sistema de material poroso acoplado a ventilador e tubo de 
distribuição de ar (SPVT)
 Este processo de resfriamento, em uma de suas formas mais comuns 
para instalações abertas, consiste em forçar a passagem do ar por uma 
parede de material poroso umedecido por gotejador de água, utilizando-
se para isto um ventilador. Com este processo, o ar externo é resfriado 
antes de ser conduzido, por ventilação, ao interior do galpão, o que poderá 
se dá com a utilização de tubos perfurados para melhor distribuição da 
vazão.
4.2.3. Sistemas de aquecimento
 Segundo Curtis (1983) esses tipos de sistemas são aplicados em 
Desenhos e
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Unidade 4
Modificações 
ambientais
instalações que apresentam um potencial para muitas modificações 
ambientais, sendo o sistema de ventilação o principal ponto. Os pontos a 
serem considerados no planejamento desse tipo de instalação, são:
•	 Como o ar se movimenta em uma instalação animal; 
•	 Um sistema de ventilação baseia-se na manutenção do balanço da 
umidade para o inverno e no balanço do calor para o verão;
•	 Aquecimento suplementar faz-se necessário, durante o tempo frio 
para aumentar a capacidade evaporativa do ar, bem como promover 
o conforto animal, por outro lado podem surgir problemas de 
condensação;
•	 Isolamento térmico adequado;
•	 Resfriamento artificial quando necessário protegendo os animais de 
temperaturas altas extremas;
•	 A importância desses fatores varia com: a espécie animal, a 
densidade populacional e com as condições climáticas.
Há dois tipos principaisde sistemas de aquecimento: global e 
localizado. No global, o espaço total destinado ao animal é mantido a 
uma temperatura uniforme, por ventiladores ou dutos pressurizados, que 
distribuem o ar aquecido. O controle dos aquecedores e ventiladores para 
manutenção da temperatura em determinada faixa pode ser feito por 
meio de termostato. 
No aquecimento localizado, o calor é liberado no microambiente 
do animal por meio de aquecedores radiantes, instalados sobre a cabeça 
do animal, ou por meio de sistemas que aquecem o piso. Em alguns casos, 
o objetivo é reduzir fluxos convectivos e radiantes dos animais para suas 
redondezas, principalmente em estações muito frias. 
Lâmpadas infravermelhas comuns, de 250 ou 125 W, são muito 
utilizadas no aquecimento localizado de ambientes para vários animais 
(leitões, bezerros, cordeiros e pintinhos), com eficiência variando em 
função da altura de instalação do sistema, sendo comum 60 cm acima do 
piso para leitões, 45 cm para pintinhos e sempre 15 cm mais alto do que 
os bezerros, cordeiros e potros podem alcançar.
As campânulas a gás produzem temperatura adequada, mas 
consomem muito oxigênio, além de aumentarem os gases nocivos que 
devem ser eliminados do ambiente. Estes equipamentos produzem 
radiação concêntrica desde o eixo da campânula, perdendo eficiência com 
a distância do mesmo. 
Desenhos e
Construções Rurais
90
Unidade 5
Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
Unidade 5 Planejamento e dimensionamento de instalações rurais
O sucesso ou fracasso de uma exploração animal depende 
principalmente do planejamento e construção da instalação. 
5.1 Instalações para aves
 O primeiro passo para a construção de uma instalação animal é a 
seleção da área onde será realizada a obra. Para isso devemos observar as 
seguintes recomendações: proximidade aos centros consumidores; Insumos 
(ração, matrizes e medicamentos); energia elétrica; abastecimento de 
água; crédito; assistência técnica e outros; condições adequadas de 
temperatura, umidade, vento e radiação; boas condições de salubridade, 
solo drenado, topografia suave, vias de acesso, controle de transito e 
outros.
O segundo passo diz respeito a construção em si, está deve ser: 
Simples, rápida na execução, segura, baixo custo, com manejo eficiente 
e ter controle ambiental; orientada leste-oeste, cobertura com telhas 
cerâmicas, telhado com estrutura de madeira, metálica ou pórticos 
apoiados em esteio ou colunas de concreto armado, fundações diretas 
descontinuas de concreto ciclópico. As faces leste-oeste devem ser de 
alvenaria e a norte-sul deve possuir mureta de 0,20 m de altura, feita de 
alvenaria e o restante do pé direito em tela galvanizada, protegida por 
cortina plástica. O beiral deve ser de aproximadamente 1,0 a 2,0 m para 
proteger da chuva. Se o galpão possuir 8,0 m ou mais de largura deve ter 
lanternim que corresponde a 10% dessa largura. Piso em concreto simples, 
com desnível para as canaletas de captação de água servida, instalação 
elétrica e hidráulica com bastantes pontos de água. 
5.1.1 Avicultura de corte
Nesse tipo de criação o sistema mais usado é o sistema Cama o qual 
é colocado sobre o piso de concreto uma camada de 0,10 m de material 
absorvente que pode ser: Cepilha, maravalha, casca de arroz, sabugo 
triturado e outros.
•	 Considerações:
o 10 a 14 aves por metro quadrado (varia com a região).
o 5.000 a 10.000 aves/galpão utilizam-se comedouros manuais. 
o Número de galpões: 3 (vendas mensais), 5 (vendas quinzenais) e 
10 (vendas semanais).
o Uso do galpão: 60 dias (45 dias para criação e 15 dias para 
desinfecção e limpeza)
Desenhos e
Construções Rurais
91
Unidade 5
Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
o Saída por ano de cada galpão: 365/60 ≈ 6 lotes/galpão/ano.
•	 Detalhes construtivos:
o Largura do galpão: depende do clima onde o mesmo será 
construído; assim adota-se: 8,00 a 10,00 m para clima úmido e 
10,00 a 14,00 m para clima quente e seco.
o Pé direito do galpão depende de sua largura, veja tabela:
Largura (m) Pé direito (m)
8,00 2,80
10,00 3,00
12,00 3,20
14,00 3,40
o Pilares: concreto armado, traço 1:2,5:4 ou madeira tratada;
o Fundação: direta descontinua de concreto ciclópico 1:4:8 com 
profundidade de 0,5 a 1,0 m sobre leito compactado.
o Piso: concreto simples 1:4:8 revestido com argamassa 1:4 e 0,10 
m de espessura com desnível de 2% no sentido das canaletas.
o Alvenaria: faces leste-oeste (empenas) fechadas com tijolo até o 
teto, faces norte e sul com mureta de 0,2 a 0,4 m de altura e o 
restante fechado com tela galvanizada e cortina plástica.
o Cobertura: estrutura de madeira ou pórticos com telhas cerâmicas 
ou alumínio, lanternim para larguras acima de 6,0 m e beiral 
variando de 1,0 a 2,0 m de largura.
o Sistema de iluminação artificial: para aumentar o fotoperíodo 
e induzir a ingestão de alimentos aumentando o ganho de peso 
animal. Recomenda-se utilizar mínimo de 10 lumens/m2.
Incandescente Fluorescente
Watts Lumem Watts Lumem
15 125 15 500-700
25 225 20 800-1.000
40 430 40 2.000-2.500
50 655 75 4.000-5.000
60 810 200 10.000-12.000
o Aquecimento: empregado em pintos até 14 dias de idade utiliza-
se circulo de proteção com capacidade para 500 pintos, altura 
de 0,40 m e 3,0 m de diâmetro. Em cada círculo é colocado uma 
campânula de aquecimento que pode ser elétrica ou a gás.
o Comedouros: tipo bandeja 0,4 x 0,6 x 0,06 m feita de madeira 
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Construções Rurais
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Unidade 5
Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
é utilizado 1 para 100 pintos até 14 dias de idade. A partir dessa 
idade, emprega-se comedouros tubulares na ordem de 1 para 25 
aves ou automáticos 1,0 m linear para 40 aves.
o Bebedouro: copos de pressão, capacidade para 4 litros de água, 
utilizado na ordem de 1 para 100 pintos até 14 dias de idade. A 
partir daí usa-se bebedouro pendular 1 para 50 aves ou tipo calha 
“V” com água corrente, sendo 1,5 cm/ave.
Exemplo: dimensionar um galpão para 10.000 frangos de corte em Manaus-
AM.
	Clima quente e úmido: largura do galpão 10 m;
	Densidade de estocagem: 10 aves/m2;
	Área necessária = 10.000 aves / 10 aves/m2 = 1.000 m2;
	Comprimento do galpão = Área necessária / largura = 1.000 m2 / 10 
m = 100 m. Assim o galpão terá as dimensões de 10 m x 100 m.
	Pé direito (ver tabela) = 3,0 m
	Lanternim = 10% da largura do galpão, assim, 10% de 10 = 1,0 m.
5.1.2 Avicultura de postura
Aqui as aves passam por três fases até a postura propriamente 
dita. A primeira fase corresponde à cria onde as aves permanecem até 
completar 42 dias de vida (6 semanas) em locais denominados “pinteiros” 
que pode ser um galpão para frangos de corte, com densidade em torno 
de 20 aves/m2 em sistema cama.
A segunda fase é a recria, nessa fase as aves entram com 6 semanas 
de vida e saem com 17 semanas, são utilizadas gaiolas metálicas ou podem 
ser criadas soltas dentro do galpão.
A terceira e ultima fase é a postura, que vai de 17 semanas a 72-74 
semanas de vida, nesta fase as aves são pressas em gaiolas de 0,25 x 0,40 
x 0,40 m com capacidade para 2 aves, essas gaiolas possuem aparador 
de ovos. Normalmente, encontra-se no mercado, gaiolas com 1 m de 
comprimento, contendo 4 divisões totalizando 8 aves/gaiola. Essa fase 
dura aproximadamente 55 a 57 semanas, ao final da mesma as aves são 
abatidas e vendidas no mercado.
Detalhes construtivos: os pilares do galpão de postura podem 
ser de madeira ou concreto armado espaçado entre si de acordo com o 
espaçamento das tesouras. Neles são afixadas as estruturas que apoiarão 
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Construções Rurais
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Unidade 5
Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
as gaiolas, que devem ficar a 0,70 m do piso. Lanternim só em galpões com 
largura acima de 6 m. Corredorcentral deve ter 1,0 m de largura e ser 
feito de concreto no traço 1:4:8 (cimento: areia: brita). Sob as fileiras de 
gaiolas, o piso deve ser de terra e a volta do galpão deve possuir calçada 
em concreto similar ao corredor com largura variando de 0,80 a 1,20 m. O 
galpão deve possuir beiral que pode atingir até 2,0 m de largura podendo 
ser o prolongamento dos tirantes das tesouras ou pela utilização de mão 
francesa. Deve ser previsto: rede elétrica e hidráulica.
Exemplo: dimensionar um galpão para 3.000 aves de postura com 4 
fileiras de gaiolas.
	3.000 aves / 8 aves por metro = 375 m;
	375 m / 4 fileiras = 93,75 ~ 94 m;
	Cada gaiola possui 0,40 m de largura, então tem-se 0,40 + 
0,40 + 1,0 + 0,40 + 0,40 = 2,6 m de largura;
	Assim o galpão terá 2,6 m X 94,0 m;
	Caso esteja muito comprido, podemos optar por fazer 2 
galpões com 47,0 m de comprimento;
	Pé direito (ver tabela) = 2,20 m.
5.2 Instalações para suínos
O sistema intensivo é o mais utilizado, os animais são confinados 
em instalações específicas para cada fase, recebem ração balanceada, 
praticas sanitária e controle total sobre a criação.
 
5.2.1 Planejamento para implantação da suinocultura
No planejamento de uma granja suinicola devem ser levados em 
consideração: volume da empresa, mercado consumidor, credito, mão-de-
obra; finalidade da exploração se é produção de leitões, terminados ou 
matrizes; Infra-estrutura física (insumos, energia elétrica, vias de acesso, 
água, facilidade de escoamento da produção e assistência técnica).
5.2.2 Construções
 As construções compreendem o conjunto de instalações necessárias 
ao desenvolvimento da criação. Devendo ser funcional, baixo custo, 
higiênicas e bem orientadas.
 Essas instalações devem ser localizadas em terrenos alto, seco, 
afastadas do transito, fácil acesso, orientadas leste-oeste, arborizadas e 
protegidas contra a propagação de doenças. 
 Verificada a viabilidade da granja, deve-se observar o seguinte 
fluxograma de funcionamento para dimensionar os seus respectivos 
componentes.
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Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
Setor de
reprodução
Cobertura
Não
sim
5 kg
creche
25kg
60kg
100kg
Terminação
Abate
Crescimento
Prenhez
Unidade de gestão
114 dias
Maternidade
•	 Setor de Reprodução: aqui ficam alojadas as fêmeas e os machos 
destinados a reprodução, são alojados em baias separadas e só são 
colocados juntos no momento da cobertura.
•	 Unidade de Gestação: Após a cobertura observa-se o animal até 
confirmar a prenhez. Corfimada a prenhez, a fêmea é encaminhada 
para unidade de gestão que é composta de baias coletivas ou gaiolas 
individuais, aqui ficam 114 dias (3 meses, 3 semanas e 3 dias).
•	 Maternidade: Uma semana antes do parto os animais são levados 
para a maternidade e colocados em gaiolas individuais com 
escamoteador para proteção dos leitões. Nessa fase as fêmeas 
permanecem até o final do aleitamento que pode durar até 42 dias. 
Após a desmama a fêmea volta para o setor de Reprodução. Os 
leitões permanecem até atingir 5 kg de peso corporal.
•	 Creche: Os leitões entram com 5 kg de peso corporal, ficam em 
baias coletivas e saem quando atingem 25 kg.
•	 Crescimento: Os animais entram com 25 kg, ficam em baias 
coletivas ate atingir 60 kg.
•	 Acabamento: os animais entram com 60 kg e saem com 100 kg. Os 
animais destinados a reprodução são encaminhados para o setor de 
reprodução o restante vai para o abate.
Em cada uma dessas fases são utilizados prédios separados, a não 
ser em plantel pequeno, menor que 36 cabeças. Além disso ainda há 
a fabrica de ração, silos ou armazéns, controle de entrada e saída da 
granja, plataformas de desinfecção, unidades de deposição e tratamento 
dos dejetos.
Exemplo: Calcular as dimensões das instalações para um rebanho 
composto de 100 matrizes, 15 leitoas de reposição, 5 porcas a serem 
substituídas e 6 cachaços.
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Construções Rurais
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Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
I. Setor de reprodução
𝑁𝑁° 𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐵𝐵𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝𝑐𝑐𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝑐𝑐𝑜𝑜𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐵𝐵𝑐𝑐 𝑜𝑜𝐵𝐵 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵
𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐵𝐵𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 75 𝑥𝑥 52 = 5,38 ≈ 6 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 
Em que:
N°femeas = 100 matrizes em produção
N°ciclo porca ano = 2,0 ciclo
Período de uso da baia = 7 semanas
N°femeas por baia = 5
N° semanas do ano = 52
	Área de cada baia = 2,5 m2/porca, logo 2,5 x 5 porcas = 12,5 m2;
	Comprimento = (0,6 m de comedouro por porca x 5 porcas) + 0,7 m 
de portão = 3,7 m;
	Largura da baia = 12,5 m2 / 3,7 m = 3,37 m ~ 3,5 m;
	Baia para o macho(largura) = 0,6 + 0,7 = 1,3 m
	Corredor = 1,0 m
	Largura do setor = 3,5 m + 1,0 m + 3,5 = 8,0 m;
	Comprimento do setor = 3 x 3,7 + 3 x 1,3 = 15,0 m.
Detalhes construtivos: galpão aberto contendo baias para as fêmeas em 
frente ou ao lado dos machos. Fundação direta descontinua sob pilares e 
continuas sob as alvenarias, ambas em concreto 1:4:8. Piso com 10 cm de 
espessura em concreto 1:4:8 revestido com argamassa. Divisórias com 1,0 
m de altura, em alvenaria de tijolo revestido com argamassa. Pilares em 
concreto armado 1:2,5:4 com seção de 15 x 15 ou 20 x 20. Pé direito de 
2,8 m. Estrutura do telhado em madeira ou pórticos, beiral de 1,2 a 1,5 m, 
canaletas para coleta de dejetos, bebedouro tipo chupeta e comedouro 
em alvenaria.
II. Unidade de gestação 
𝑁𝑁° 𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐵𝐵𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝𝑐𝑐𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝑐𝑐𝑜𝑜𝑐𝑐 𝑜𝑜𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐵𝐵𝑐𝑐 𝑜𝑜𝐵𝐵 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵
𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐵𝐵𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 125 𝑥𝑥 52 = 9,23 ≈ 10 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 
Em que:
N°femeas = 100 matrizes em produção
N°ciclo porca ano = 2,0 ciclo
Período de uso da baia = 12 semanas (11 da prenhez + 1 de limpeza)
N°femeas por baia = 5 para área de 2,5 m2 por cabeça ou gaiolas 
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dimensionamento de 
instalações rurais
individuais de 2,2 x 0,6 x 1,1 m (comprimento x largura x altura).
N° semanas do ano = 52
	Área de cada baia = 2,5 m2 x 5 = 12,5 m2
	Comprimento = (0,6 m de comedouro por porca x 5 porcas) + 0,7 m 
de portão = 3,7 m;
	Largura da baia = 12,5 m2 / 3,7 m = 3,37 m ~ 3,5 m;
	Corredor = 1,0 m;
	Largura do setor = 3,5 m + 1,0 m + 3,5 = 8,0 m;
	Comprimento do setor = 5 x 3,7 = 18,5 m.
A construção segue os mesmos padrões adotados para a unidade de 
reprodução.
	Se forem empregadas gaiolas, temos:
𝑁𝑁° 𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 = 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐺𝐺𝑐𝑐𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑝𝑝𝐺𝐺𝑝𝑝𝑐𝑐𝐺𝐺 𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝐺𝐺𝑜𝑜𝐺𝐺 𝑜𝑜𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑜𝑜𝐺𝐺 𝑏𝑏𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺
𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑝𝑝𝐺𝐺𝑝𝑝 𝑔𝑔𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐺𝐺𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺𝐺𝐺 𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 121 𝑥𝑥 52 = 46,15 ≈ 46 𝑔𝑔𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 
III. Maternidade
 Nesta unidade, as porcas permanecem desde uma semana antes 
do parto até terminar a fase de aleitamento. Deve haver controle de 
temperatura para os leitões e para a porca. O local que abriga os leitões 
não deve ter umidade (fezes, urina e água) e nem calor ou frio em excesso, 
devem ser protegidos contra o esmagamento.
𝑁𝑁° 𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 = 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐺𝐺𝑐𝑐𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑝𝑝𝐺𝐺𝑝𝑝𝑐𝑐𝐺𝐺 𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝐺𝐺𝑜𝑜𝐺𝐺 𝑜𝑜𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑜𝑜𝐺𝐺 𝑏𝑏𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺
𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑝𝑝𝐺𝐺𝑝𝑝𝑔𝑔𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐺𝐺𝑚𝑚𝑚𝑚𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺𝐺𝐺 𝐺𝐺𝑎𝑎𝐺𝐺 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 81 𝑥𝑥 52 = 30,76 ≈ 31 𝑔𝑔𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺𝐺 
Em que:
N°femeas = 100 matrizes em produção
N°ciclo porca ano = 2,0 ciclo
Período de uso da baia = varia de 5 a 12 semanas
N°femeas por gaiola = 1 gaiola de 2,2 x 0,6 x 1,1 m (comp. x larg. x 
alt.).
N° semanas do ano = 52
IV. Creche
 Nesta unidade os leitões permanecem desde a desmama até 
completar 25 kg de peso vivo (± 10 semanas). As características construtivas 
são parecidas com as do setor de produção, contudo, as baias são coletivas 
para 20 animais.
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Construções Rurais
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Unidade 5
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dimensionamento de 
instalações rurais
𝑁𝑁° 𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵= 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐵𝐵𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝𝑐𝑐𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑑𝑑𝑚𝑚𝐵𝐵𝑚𝑚𝐵𝐵𝑚𝑚𝐵𝐵𝑑𝑑𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑚𝑚𝐵𝐵𝑙𝑙𝑚𝑚𝑙𝑙𝐵𝐵𝑑𝑑𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝑐𝑐𝑑𝑑𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐵𝐵𝑐𝑐 𝑑𝑑𝐵𝐵 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵
𝑁𝑁°𝑐𝑐𝑚𝑚𝐵𝐵𝑙𝑙õ𝑚𝑚𝐵𝐵 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐵𝐵𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 10 𝑥𝑥 620 𝑥𝑥 52 = 11,53 ≈ 12 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 
Em que:
N°femeas = 100 matrizes em produção
N°ciclo porca ano = 2,0 ciclo
N°de leitões desmamados por leitegada = 10
Período de uso da baia = varia de 5 a 8 semanas
N°leitões por baia = 20 
N° semanas do ano = 52
	Área da baia = 0,27 m2 por leitão x 20 leitões = 5,4 m2
	Comprimento da baia = 0,20 m de comedouro para cada 3 leitões = 
1,33 m para 20 leitões + 0,7 m de portão = 2,0 m.
	Largura da baia = 5,4 m2 / 2,0 m = 2,7 m
	Largura da instalação = largura da baia + corredor + largura da baia 
= 2,7 + 1,0 + 2,7 = 6,4 m.
	Comprimento da instalação = 6 (metade das baias) x 2,0 
(comprimento da baia) = 12,0 m.
V. Crescimento e Terminação
 Os dois prédios podem ser um só, o que leva a uma boa economia. 
Aqui os animais entram com 25 kg e saem com 100 kg de peso corporal (10 
a 25 semanas de idade).
𝑁𝑁° 𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵= 𝑁𝑁°𝑓𝑓ê𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑐𝑐𝐵𝐵𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝𝑐𝑐𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 𝑥𝑥 𝑁𝑁° 𝑑𝑑𝑚𝑚𝐵𝐵𝑚𝑚𝐵𝐵𝑚𝑚𝐵𝐵𝑑𝑑𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑚𝑚𝐵𝐵𝑙𝑙𝑚𝑚𝑙𝑙𝐵𝐵𝑑𝑑𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑝𝑝í𝑐𝑐𝑑𝑑𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑚𝑚 𝑢𝑢𝐵𝐵𝑐𝑐 𝑑𝑑𝐵𝐵 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵
𝑁𝑁°𝑐𝑐𝑚𝑚𝐵𝐵𝑙𝑙õ𝑚𝑚𝐵𝐵 𝑝𝑝𝑐𝑐𝑝𝑝 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝑁𝑁°𝐵𝐵𝑚𝑚𝑚𝑚𝐵𝐵𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐵𝐵𝑎𝑎𝑐𝑐 
= 100 𝑥𝑥 2,0 𝑥𝑥 10 𝑥𝑥 1620 𝑥𝑥 52 = 30,77 ≈ 31 𝑏𝑏𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 
Em que:
N°femeas = 100 matrizes em produção
N°ciclo porca ano = 2,0 ciclo
N°de leitões desmamados por leitegada = 10
Período de uso da baia = 15 semanas + 1 (desinfecção) = 16
N°leitões por baia = 20 
N° semanas do ano = 52
	Área da baia = 1,0 m2 por cabeça x 20 leitões = 20 m2
	Comprimento da baia = 2,0 m de comedouro + 0,7 m (portão) + 0,3 
m (folga) = 3,0 m
	Largura da baia = 20 m2 / 3,0 m = 6,67 m
	Largura da instalação = Largura da baia + corredor + largura da baia 
Desenhos e
Construções Rurais
98
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instalações rurais
= 6,67 + 1,0 + 6,67 = 14,33 ~ 15,0 m.
	Comprimento da instalação = N baias/2 x comprimento da baia = 
31/2 x 3,0 m = 46,5 m ~ 47 m.
As características construtivas são parecidas com o setor de reprodução, 
ou seja, colunas de concreto armado sobre fundações diretas descontinuas, 
divisórias em alvenaria sobre fundações indiretas continuas, estrutura do 
telhado em madeira ou pórticos, cobertura em telha cerâmica, beiral, 
lanternim, piso em concreto simples com desnível para o fosso ripado 
coletor de dejetos. Comedouro em alvenaria, portão de madeira e 
bebedouro do tipo chupeta. 
VI. Manejo de dejetos
 Dependendo da idade, o suíno pode produzir de 1,1 a 18,8 kg de 
dejetos/dia, nos sistemas confinados os animais não dispõem de piquetes 
para distribuir suas fezes, portanto, há a necessidade da utilização de um 
depósito para a retenção da parte sólida, provido de drenagem da parte 
liquida.
VII. Controle Sanitário
 Para proteger a criação e evitar a proliferação de doenças, é 
indispensável a construção de pedilúvios e rodoluvios, cujo objetivo é a 
desinfecção das rodas dos veículos que venham transitar no local, por meio 
de uma solução desinfetante. O pedilúvio é necessário para desinfetar os 
pés das pessoas que transitam nas unidades de produção.
1.1 Instalações para bovinos de corte
 No Brasil os estados que mais se destacam são: Minas Gerais, Rio 
Grande do Sul, Bahia, Goiás e São Paulo. O nosso rebanho está na casa dos 
180.000.000 de cabeças.
 Entraves: política desorganizada por parte do governo, falta de 
planejamento para o estoque alimentar nos períodos de seca, aspecto 
tecnológico deixa a desejar em termos de manejo de solo, equipamentos, 
alimentação, melhoramento genético, sanidade e construções. Baixo 
índice de natalidade e baixa taxa de desfrute.
 Pontos favoráveis: grande extensão territorial, clima tropical 
que resulta em mais dias de pastejo e grande quantidades de espécies 
forrageiras.
 Características: exploração tipo extensiva, possui pouca tecnologia 
aplicada, alimentação a base de pasto, exige muita área quando comparado 
Desenhos e
Construções Rurais
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Planejamento e 
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instalações rurais
com outras espécies, a produção é anual, requer poucos cuidados e o 
capital inicial é maior.
 Fases da exploração: 1a Fases (Cria) que vai de 0 a 1 ano de vida. 
Os bezerros junto com suas mães são colocados em piquetes maternidades 
com abrigos para os bezerros, há comedouros, bebedouros e cocho para 
sal mineral. A alimentação é o aleitamento natural até a desmama e capim 
triturado até completar 1 ano de vida.
 2a Fase (Recria) que vai de 1 a 2 anos de vida, essa fase tem por 
objetivo completar o desenvolvimento ósseo e da musculatura animal, 
os animais são criados em piquetes específicos e a alimentação é a base 
de pasto no período chuvoso e pasto mais suplementação alimentar no 
período seco.
 3a Fase (Terminação ou Engorda) que vai de 2 a 3 anos de vida, essa 
fase visa preparar o animal para o abate. A alimentação é pasto na estação 
chuvosa e pasto mais suplementação na seca. 90 a 100 dias antes do abate 
o animal é confinado para ter aumento no ganho de peso, no abate esses 
animais devem apresentar em torno de 500 kg de peso corporal.
 Instalações necessárias: silos para forragens, cochos para sal 
mineral e farinha de osso, tanque para melaço/uréia e curral de manobras.
 Curral de manobras: é usado para vacinar, marcar, pesar, separar, 
fazer pequenas cirurgias e embarcar os animais. Recomenda-se área de 2 
m2/animal, e devem possuir: curraletes, seringa, tronco coletivo, tronco 
individual, porteira de apartação, balança e embarcadouro.
Exemplo: dimensionar um curral de manobras para 300 animais, 
sendo o atendimento de 5 por vez conforme planta abaixo.
4,
00
30
,0
0m
3,
00
8,
00
21,00 17,00
2,00
Seringa 11,80
Projeção do Beiral
Plataforma
Tronco
3,50
9,50
2,00
20,00
38,00m
2,80
Bal EmbarcadouroCorredor
Escala 1:200
1,
00
Desenhos e
Construções Rurais
100
Unidade 5
Planejamento e 
dimensionamento de 
instalações rurais
•	 300 animais/4 curraletes = 75 animais/curralete;
•	 Área do curralete = 2 m2/animal x 75 animais = 150 m2;
•	 Comprimento: é função das dimensões dos equipamentos de 
manobra;
•	 Seringa: 4 x 4 m ou 1,5 m por cabeça = 4 x 1,5 = 6 m;
•	 Tronco coletivo: 5 x 1,5 = 7,5 m;
•	 Sala de apartação: 4 x 4 m (forma de losangulo) com porteiras de 2 
m de abertura;
•	 Tronco individual: 3 a 4,2 m de comprimento (modelos patentiados) 
usados para pequenas cirurgias;
•	 Porteiras de apartação: 1,8 a 2 m;
•	 Balança: modelos patentiados de 3,5 m;
•	 Porteira de apartação: 1,8 a 2,0 m;

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