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DISCURSIVAS FINAIS DE LINGUÍSTICA APLICADA À LINGUA PORTUGUESA

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DISCURSIVA FINAL 1:
QUESTÃO:
Kate M. Chong, estudante norte-americana de origem asiática, define, de forma poética, o letramento ao escrever sua história pessoal de letramento em um poema. Leia, a seguir, um excerto do poema:
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado, 
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática. 
Disserte sobre o conceito de letramento com base na linguística aplicada e relacione com o poema de Kate M. Chong.
FONTE: SOARES, Magda. Letramento, um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 1998.
RESPOSTA ESPERADA:
O letramento corresponde aos usos sociais da escrita, no sentido de haver uma ampla convivência social com demandas expressivas em torno da língua em sua modalidade escrita, que não se restringem à realidade escolar. O poema revela que o letramento não se restringe ao conhecimento do código escrito, em que ?se pendura cada som enunciado?, ou ao conhecimento da norma padrão da língua, ensinada por meio do ?treinamento repetitivo de uma habilidade?, conforme descreve o poema.
DISCURSIVA FINAL 2:
QUESTÃO:
A gramática descritiva expande a noção de certo e errado da língua. Nesse sentido, essa gramática não está vinculada à ideia de uma norma única. Tendo isto em vista, explique o conceito da abordagem descritiva assumida pela Linguística e dê um exemplo de uso da língua abordado pela gramática descritiva em contraposição à normativa.
RESPOSTA ESPERADA:
Ao expandir a ideia normativa-prescritiva da língua, a abordagem descritiva observa as variedades não padrão do português, explicando o conjunto de regras gramaticais que as diferem daquelas do português padrão. Como exemplo, podemos citar o uso da colocação pronominal. Na gramática normativa, teremos uma prescrição ditando que pronome oblíquo deve ser colocado depois do verbo quando não houver palavra que atraia o pronome, como advérbio de negação, formando a ênclise. Ex.: Fale-me mais sobre você. Na gramática descritiva, por sua vez, teríamos a descrição da colocação pronominal mais corriqueira. Ex.: Me fale mais sobre você. Nesse caso, o pronome ?me? é colocado antes do verbo, o que contraria a regra citada, embora seja a forma corriqueiramente utilizada por falantes do português brasileiro, inclusive os falantes mais escolarizados.
DISCURSIVA FINAL 3:
QUESTÃO:
Na tirinha a seguir, pode-se identificar que a personagem Mafalda realiza uma crítica ao sistema escolar ao afirmar que não sabe ler o jornal e que: "A única coisa que me ensinaram na escola até agora é que a mamãe mima o fulano e a fulana arranja o laço". Nesse sentido, podemos compreender que a crítica se direciona ao ensino de leitura como decodificação apenas. Disserte sobre essa crítica, explicando a concepção de leitura como um processo ativo, relacionando com a tirinha de Mafalda.
FONTE DA IMAGEM: Disponível em: <http://clickgratis.blog.br/integralescola/590202/quadrinhos-na-alfabetizacao-e-letramento.html>. Acesso em: 5 jun. 2018.
 
RESPOSTA ESPERADA:
A leitura apenas como decodificação corresponde ao domínio restrito do sistema alfabético da própria língua. Contudo, a decodificação não é suficiente, outras atividades são requeridas para se construírem os sentidos, por meio de diálogo entre leitor, autor, texto, e conhecimentos prévios do leitor. Mafalda informa não saber ler o jornal provavelmente porque não tem conhecimentos prévios para tal, como leituras concretas voltadas às notícias, política, economia, filosofia, resultando na insatisfação com as práticas de leitura restritas à decodificação de frases aleatórias e não textos concretos.
DISCURSIVA FINAL 4:
QUESTÃO:
Lev Vygotsky e Mikhail Bakhtin são dois teóricos críticos da abordagem saussuriana de língua como entidade homogênea, sistemática e objetiva, e também do signo linguístico como valor imutável e imanente. Disserte sobre a abordagem adotada por esses autores - Vygotsky e Bakhtin - acerca da compreensão de língua.
RESPOSTA ESPERADA:
Os dois autores entendem a língua a partir de seu caráter social e ideológico. Especialmente na concepção bakhtiniana, a linguagem é vista como um lugar de interação humana. Por isso, esses autores abandonam o estudo prioritário dos aspectos internos da língua (de linhagem estruturalista) para compreender a linguagem a partir de uma dimensão também psicológica e social. Por isso, a linguagem é vista como um fenômeno interativo e o pensamento (assim como a linguagem) tem caráter social e cultural.

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