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PATOLOGIA CICATRIZAÇÃO E REPARO TECIDUAL Profª Andréa Santana CICATRIZAÇÃO E REPARO FERIDA Hemostasia Inflamação Regeneração Regeneração- células semelhantes Cicatrização- células diferenciadas G0 – Estágio no qual as células ficam ativas, porém sem divisão Até sofrerem um estímulo. G1- Íntervalo de preparação para síntese de DNA Transcrição gênica S- período de duplicação do DNA. G2- intervalo após a síntese de DNA- preparação para divisão. M- período de divisão celular. (meiose/ mitose) FASES DO CICLO CELULAR GAP (INGLÊS) = INTERVALO, DIFERENÇA, LACUNA 3 GRUPOS DE ACORDO COM CAPACIDADE PROLIFERATIVA: LÁBEIS ESTÁVEIS PERMANENTES CICLO CELULAR CÉLULAS LÁBEIS Proliferação contínua Sempre entrando no ciclo celular Tecidos que estão sempre sendo destruídos: Pele Cavidade oral Vagina e útero Revestimentos do Sistema excretórios Aparelho digestório CÉLULAS ESTÁVEIS Células quiescentes- em repouso Baixo nível de replicação Quase não se proliferam –apenas em casos de necessidade Encontram- se na fase G0 (repouso)- mas com certos estímulos passam para a fase G1( pré-síntese) Ex. Células do fígado, rins, pâncreas. CÉLULAS PERMANENTES Deixaram o ciclo celular Perderam a capacidade de sofrer mitose Ex. céls nervosas, musculares esqueléticas e musculares cardíacas. Estrutura fibrosas Colágeno: proteína mais abundante no corpo humano. Constitui a pele, tendões, ligamentos, cartilagens e ossos. Força dos tecidos. Elastina: elasticidade das fibras MATRIZ EXTRACELULAR (MEC) Fibronectina e laminina Capacidade de ligar os componentes da MEC uns aos outros e às células Proteoglicano – regulação da estrutura e permeabilidade do tecido Conjuntivo Diferenciação celular e modulador de crescimento. Hialuronan- promove resistência MATRIZ EXTRACELULAR (MEC) O processo de cicatrização pode ocorrer de duas formas: • Primária: acontece quando um ferimento não contaminado possui bordas lisas e próximas, sem perda tecidual, como ocorre em cortes cirúrgicos. Normalmente não há infecções, necrose cutânea, presença de hematomas. • Secundária: caracterizada por afastamento entre as bordas do ferimento e presença de uma lacuna tecidual preenchida por tecido de granulação. Ocorre em decorrência do tipo de ferimento ou por distúrbios na cicatrização. Normalmente, resultam em cicatrizes com estética desfavorável. Etapas da cicatrização A cicatrização normal leva ao fechamento da ferida por meio de sequências bioquímicas e histológicas, no menor prazo possível. Dependendo dos processos predominantes em cada caso, distinguem-se três etapas básicas : Inflamação Proliferação Maturação( remodelamento) Etapa inflamatória: Dura entre 48 e 72 horas e é caracterizada pela presença dos sinais da inflamação: dor, calor, rubor e edema(inchaço) O processo inflamatório combate os agentes agressores e deflagra uma série de acontecimentos que reconstituem o tecido lesado e possibilitam o retorno da função fisiológica ou a formação de tecido cicatricial para restituir o que não pôde ser reparado. Etapa proliferativa: Dura entre 12 e 14 dias e é caracterizada pela reconstituição de vasos sanguíneos e linfáticos, pela produção de colágeno e pela intensa migração celular, principalmente de queratinócitos, promovendo a reepitelização. A cicatriz possui aspecto avermelhado. Angiogênese Neovascularização ou angiogênese é a formação de vasos sanguíneos. Fatores de crescimento neste processo são de grande importância. Ex. VEGF ( fator de crescimento do endotelio vascular). Etapa de maturação (remodelação): Duração indeterminada Caracterizada pela reorganização do colágeno clareamento coloração semelhante à da pele adjacente. A fase final da etapa de maturação representa a evolução da cicatriz constituída, podendo durar anos. Fatores que interferem na cicatrização Existem fatores locais (ligados diretamente à ferida) e sistêmicos (ligados ao indivíduo) que podem influenciar o processo cicatricial, ocasionando complicações e sequelas e causando prejuízos estéticos e funcionais à cicatriz. Fatores locais: • Dimensão e profundidade da lesão • Grau de contaminação • Necrose tecidual • Suprimento vascular deficiente • Técnica cirúrgica utilizada, material e técnica de sutura, tipos de curativos • pressão mecânica sobre a cicatriz Fatores que interferem na cicatrização Fatores sistêmicos: Faixa etária ex. quanto mais idoso, menos flexíveis são os tecidos; existe diminuição progressiva do colágeno. • Raça-ex. negros- maior produção de colágeno. • Estado nutricional- ex. está bem estabelecida a relação entre a cicatrização ideal e um balanço nutricional adequado 18 Fatores que interferem na cicatrização Presença de doenças crônicas ex. diabetes. A síntese do colágeno está diminuída na deficiência de insulina; devido à microangiopatia cutânea, há uma piora na oxigenação; a infecção das feridas é preocupante nessas pacientes. Uso de medicamentos- Os que influenciam sobremaneira são os esteróides, pois pelo efeito anti-inflamatório retardam e alteram a cicatrização. Distúrbios da cicatrização Cicatrizes patológicas Cicatrizes hipertróficas e queloideanas. Com início de manifestação cerca de 30 dias após a lesão e cuja diferenciação muitas vezes é difícil. Duas disfunções diferentes e merecem diferentes tratamentos. CICATRIZ HIPERTRÓFICA: cicatriz que cresce um pouco, ficando mais larga e um pouco para fora. não cresce além das bordas da ferida original. tende a ter uma resposta muito boa aos tratamentos. ligeiramente elevadas com coloração rósea, limitadas às bordas da ferida. Geralmente são dolorosas e provocam prurido, podendo regredir com o tempo. Respondem bem ao tratamento com compressão e massagens. QUELÓIDE: é uma cicatriz patológica de crescimento intenso e descontrolado. Não respeita os limites da ferida qualquer pequeno trauma de pele como acne, ou furo do brinco já podem causar grandes cicatrizes. manifestação exagerada na cicatrização consistência firme e elástica. Lisa, irregular, hiperpigmentada e de consistência rígida. Possuem coloração violácea, invadindo tecidos vizinhos. Podem ou não apresentar prurido, dor e ardor, não regredindo espontaneamente. CICATRIZ HIPERTRÓFICA QUELÓIDES x QUELÓIDES REFERÊNCIAS ALMEIDA, THAIS. http://www.ufjf.br/deptopatologia/files/2011/08/Reparo-forma%C3%A7%C3%A3o-de-cicatriz-e-fibrose.pdf http://wp.ufpel.edu.br/patogeralnutricao/files/2013/05/Regenera%C3%A7%C3%A3o-e-Cicatriza%C3%A7%C3%A3o.pdf https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/processo-de-cicatrizacao-e-reparo-tecidual/38373 http://www.drminuzzi.com.br/blog/zoom.php?id=369 http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/426/Efeito-da-terapia-combinada-no-tratamento-do-queloide-auricular http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u572940.shtml http://patogeralpunf.wixsite.com/punfuff/reparo-e-cicatrizacao