Buscar

Pastoril - Dança Popular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contexto Histórico
 O Pastoril teve início na Idade Média e era clássico em Portugal onde recebia nome de
Auto do Presépio, tinha um sentido apologético, de ensino e defesa da verdade religiosa e
da encarnação da divindade.
 SURGIMENTO NO BRASIL
 1° HIPÓTESE: No Brasil e mais precisamente em Pernambuco, segundo Pereira da
Costa, o aparecimento do presépio vem, talvez, dos fins do século XVI, no Convento dos
Franciscanos em Olinda, por iniciativa de Frei Gaspar de Santo Antônio, primeiro religioso
a receber hábito no Brasil (Bernardi, Massuel).
2°HIPÓTESE : Já Fernão Cardim, o Jesuíta, nos dá uma indicação em que talvez
possamos detectar as origens do Pastoril brasileiro, por conta de uma representação em
1584, no dia 5de janeiro ou no dia dos Reis, como consta num documento, também citado
por Mário de Andrade (2002); sendo a mais aceita.
 INTEGRAÇÃO NO BRASIL
 A encenação do Pastoril compõe o ciclo das festas natalinas do Nordeste,
particularmente, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O pastoril é
um dos quatro principais espetáculos populares nordestinos, no RIO GRANDE DO
NORTE podemos encontrar essa dança da cultura popular nos municípios de Natal (Praia
de Ponta Negra e Bairro do Bom Pastor), São Gonçalo do Amarante, CearáMirim, Pedro
Velho, Nísia Floresta, Tibau do Sul, São Paulo do Potengi e em Parnamirim (Praia de
Pirangi), alternando-se em fases de apogeu e de declínio.
Segundo a Andréia Silva de Melo, formada em Dança pela UFRN (Universidade Federal
Do Rio Grande Do Norte), em seu TCC (2013) ela afirma que atualmente há três tipos de
pastoril, que foram separados em;
 ● Pastoril Religioso : Que teve início na idade média. Tem como objetivo narrar, através
da dança, o nascimento do menino Jesus, contendo muitas características sagradas ao
decorrer do folguedo.
● Pastoril Profano : Separado do religioso no século XIX , é mais voltado à população, 
contendo brincadeiras, passos com duplo sentido e ausência do teor sagrado.
● Pastoril Ponta-de-rua : Surgido no século XX em Pernambuco, se diferencia pois o foco 
não mais está na mensagem do nascimento mas nas pastorais que compõem a 
brincadeira/dança. Contém trajes mais curtos e duplo sentido tanto nos movimentos 
quanto na música.
Estética
Os aspectos que compõem a estética do pastoril tem como características a formação de
dois cordões, sendo eles vermelho (encarnado), o qual e coordenado e conduzido pela
mestra. Já a contramestra se encarrega em liderar o cordão azul. A Diana é a única que
dispõe dessas duas cores em seu vestido enquanto as demais possuem apenas uma
coloração. Ela, por sua vez, é tida como intérprete para organizar os duelos dos dois,
cordões que tem como objetivo a reverência do nascimento de Jesus Cristo. O pastoril,
executado sobre um tablado ao ar livre, tem caráter profano e satírico, e é dançado e
cantado por mulheres, dirigidas por um personagem cômico: o cebola, o velho, o saloio, o
marujo e etc. Tipicamente, o figurino usado nessa dança é composto por uma saia, blusa,
colete, meião e sapatilha. Na cabeça, tiara com fitas e flores. Já nas mãos, pandeiros e
maracás para casar com a cantoria e dar som à apresentação. As pastorinhas usam
chapéus de palha, blusas brancas, saias xadrez, arcos e cestinhas de flores; e dançam
uma coreografia específica para a apresentação diante do presépio. 
Técnica
O pastoril é uma dança de grande teatralidade. No pastoril, a dança é realizada pela
repetição da brincadeira, sendo por isso os participantes chamados de brincantes. Os
corpos dos brincantes cria sentidos e, ao criá-los, compartilha-se as experiências vivida
por eles ao executar os movimentos/passos e ao cantar as canções. Esses movimentos
não seguem uma lógica técnica de movimentos codificados, é a partir do olhar que as
novas e velhas gerações aprendem a brincá-lo. Desse modo, no pastoril não há uma
técnica pré-definida, embora possamos dizer que toda técnica é técnica do corpo e ela
figura e amplifica nossa estrutura, ela é um meio para criação de todo processo. A
gestualidade também configura-se no corpo do brincante do pastoril, existem diversos
gestos que se distinguem, é assim que as pastoras fazem a sua dança e expressam seus
movimentos dançantes.
Contribuições para Educação 
As contribuições para a educação acontecem em dois âmbitos distintos, o informal
e o formal. O pastoril, antes de qualquer coisa e uma grande escola, no qual se aprende
como vive a sociedade, seus valores, anseios, possibilidades de interação e
sociabilização. As possibilidades desse aprendizagem pode-se se dar em duas
dimensões que podem ser observadas, a dimensão interna e a externa. A dimensão
interna, se dá pela perspectiva do brincante, que se vê como agente ativo de sua
aprendizagem, que aprende brincando com os pares, a experienciando, vivendo, a sentir
e ver via corpo e riso( VIEIRA, 2010). Nessa dimensão externa, temos a perspectiva do
telespectador que se tem através da escuta e cançonetas, que mantêm uma relação e
uma possível transformação com os executantes, e através dessa educação estética que
se constrói um conhecimento coletivo ( VIEIRA , 2010).
Na escola formal, a dança popular pode abrir possibilidades de agregar
conhecimento e linguagens dos alunos sobre uma cultura, por meio de vivencias
expressivas, mediadas assim por um professor que possa contextualizar a dança que ali
foi trabalhada. Portanto, além da dança do pastoril se fazer necessária na escola, ela nos
faz refletir sobre a importância do riso para a educação e seus aspectivos positivos que
porventura possam trazer ao aprendizado, pois a educação tradicional ainda e muito seria
e muito exógena (VIEIRA, 2010).
Discentes: Michael Stefferson 
ANNDRIANY MARTINS 
 NATASHA de Lima 
EVANUEL GOMES 
Docente: Prof. Dr. 
MARCILIO DE SOUZA VIEIRA 
Março – 2019
Natal/RN

Continue navegando