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ATIVIDADES EXPRESSIVAS E DANÇA
UNIDADE 2 – ESTUDO DO MOVIMENTO
Débora Rios Garcia
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Introdução
Você sabia que, antigamente, as tribos se comunicavam por meio de batidas de tambores? Essa comunicação se
dava por longos percursos, sendo que as pessoas não utilizavam a mesma língua, mas a informação era
transmitida, não apenas pelo ritmo, mas pelo movimento corporal também. Dessa forma, a sensibilidade para a
observação do movimento se tornou uma espécie de linguagem. Esta foi se desenvolvendo naturalmente pelo
instinto rítmico do homem, embora tenhamos perdido a habilidade com o passar do tempo.
Aliás, você consegue entender o porquê de a observação do movimento ser uma ferramenta útil para o trabalho
do ator e/ou bailarino, assim como o controle e o desenvolvimento de seus hábitos, de modo a desvendar o
significado do movimento? Os movimentos internos, do sentimento e do pensamento, refletem-se nos olhos do
homem e na expressão do seu rosto e de suas mãos.
Nesse sentido, você sabia que, de acordo com Laban, o movimento era realizado dentro de espaços tetraédricos?
Ou, ainda, que os movimentos poderiam ser classificados a partir de determinadas atitudes?
Para compreendermos melhor a respeito de todos os pontos, nesta unidade, vamos nos aprofundar no estudo do
movimento. Veremos sobre os fatores do movimento, a importância dos estudos e métodos desenvolvidos por
Rudolf Laban, assim como a criação de um plano de aula de dança eficiente para o entendimento dos
movimentos.
Vamos começar!
2.1 Fatores do movimento: fluência, espaço, peso e tempo
A mímica é a origem da dança e do drama, sendo que suas raízes são o trabalho e a oração. O trabalho garantiu
nossa existência material, enquanto a prece desenvolveu nossa espiritualidade. Dessa forma, a mímica é o
movimento corporal que pode, muitas vezes, ser traduzida em palavras, diferentemente da dança ou da música,
que são mais difíceis de serem descritas e estão relacionadas a emoções.
Para Laban (1978), incontáveis são os exemplos de movimentos da vida cotidiana que podem ser aplicados à
expressão de estados mentais e emocionais, como a pressão, o soco, o torcer, o talhar, o deslizar, o pontuar, o
sacudir e até o flutuar. Eles se referem às ações básicas do operário e, ao mesmo tempo, aos movimentos
fundamentais para as expressões mental e emocional. Isso porque também modificam a voz e a expressão da
fala, sendo possível verbalizar utilizando entonações diferentes com essas ações.
A descoberta de elementos do movimento — idênticos tanto no trabalho quanto na expressão — confere uma
nova dimensão para a significação dos movimentos audíveis e visíveis na dança. A observação e a assimilação
das características do movimento de uma pessoa são essenciais para o trabalho em dança, habilidades que
podem ser adquiridas e aperfeiçoadas por meio de exercícios.
Laban (1978), em sua pesquisa sobre o esforço, utilizou o processo de observação do movimento humano. Ele
relacionava o movimento à Revolução Industrial e ao desenvolvimento dos grandes centros urbanos, que
acabaram modificando a experiência do gesto e, portanto, do movimento.
Era de interesse do pesquisador e coreógrafo analisar o corpo e seus movimentos, por isso, estudava as
qualidades expressivas corporais. De acordo com Melina (2017), seu objetivo era, a partir dos conhecimentos
adquiridos, atuar melhorado a experiência corporal na educação de crianças e jovens e no desenvolvimento
profissional de atores e bailarinos.
O estudo de movimento com base no esforço levava em consideração modalidades básicas do movimento. Dessa
forma, os parâmetros que Laban utilizava como base eram os movimentos naturais do ser humano, como a
respiração e o repouso, realizados de forma automática, mas que podem ser conscientes, principalmente quando
nos referimos aos profissionais que utilizam o corpo para se expressarem.
Conforme Laban (1978), os movimentos poderiam ser classificados conforme apresentado nos itens a seguir.
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Conforme Laban (1978), os movimentos poderiam ser classificados conforme apresentado nos itens a seguir.
Clique e leia.
Atitude relaxada ou enérgica, relativa ao peso.
Atitude linear ou flexível, relacionada ao espaço.
Atitude curta ou prolongada, relacionada ao tempo.
Atitude liberta ou controlada, referindo-se à fluência.
Veja o estudo de caso a seguir.
Com isso, em sua pesquisa, Laban determinou os fatores que influenciam e determinam o movimento: peso,
espaço, tempo e fluência. Isso porque, para ele, o movimento tinha uma fluência, era realizado em um espaço, a
partir de um peso e em determinado tempo. Tais fatores modificavam as características do movimento e, ao
serem combinados, encontraríamos o que o pesquisador chama de “temas do movimento” (MELINA, 2017).
Agora que entendemos um pouco melhor sobre o movimento, vamos conhecer cada um dos seus fatores
separadamente. Acompanhe com atenção!
2.1.1 Fluência
A fluência ou o fluxo é o primeiro fator observado no desenvolvimento do movimento nas pesquisas de Lana,
estando relacionado à continuidade ou não do movimento. Temos, portanto, o movimento livre e o controlado. 
Quando temos um , espalhamo-nos pelo espaço com um movimento expandido e contínuo.movimento livre
Porém, no , temos a sensação de contenção, sendo realizado com cuidado, restrição demovimento controlado
espaço, de forma limitada (LABAN, 1978).
É na fluência que temos a manifestação da emoção pelo movimento, pois é no conter ou liberar que
manifestamos a emoção. Assim, de acordo com Melina (2017), a fluência liberada está relacionada à expansão, à
entrega e à projeção; enquanto a fluência controlada diz respeito à restrição, ao cuidado e à retração do
movimento.
É necessário o uso da tensão muscular para manifestar essas impressões do movimento, pois, por meio da
mudança na tensão, é possível apresentar o movimento contido (quando o músculo está tenso) ou o liberado
(quando o músculo está relaxado).
CASO
Imagine que uma professora de dança do Ensino Fundamental está fazendo um estudo de
observação com seus alunos para que eles entendam a respeito da classificação dos
movimentos, tão intensamente retratados nas pesquisas de Rudolf Laban. Para tanto, ela fez as
crianças observarem com atenção quatro cenas: uma pena caindo, um chute de gol, um abraço
carinhoso e o balançar das mãos. Depois, pediu para que os alunos relacionassem cada
situação com as atitudes elencadas por Laban.
Grande parte dos alunos relacionou a pena caindo ao movimento relaxado, linear e
prolongado; o chute, por sua vez, foi ligado ao movimento enérgico, linear, curto e controlado;
já o abraço carinhoso foi classificado como enérgico, prolongado e controlado; por fim, o
balançar de mãos foi classificado como flexível, enérgico, prolongado e liberto.
Assim, os alunos puderam entender melhor sobre os movimentos e o que eles representam.
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(quando o músculo está relaxado).
2.1.2 Espaço
O espaço é o lugar em que nos movimentamos, sendo que o influenciamos e somos, também, influenciados por
ele, seja em movimento, seja em repouso. Quando em movimento, mudamos nossa ocupação do espaço.
De acordo com Laban (1978), o espaço é possível nas seguintes formas:
• Kinesfera
Espaço pessoal do tamanho das extremidades, sem trocar a base, ou seja, sem locomoção. É toda área
que podemos alcançar com as partes do corpo, portanto, pode ser entendido como o quadro que delimita
o espaço pessoal.
• Planos
Também podemos nos movimentar dentro dos planos, sendo que, nesse caso, o espaço é bidimensional.
Os planos se referem aos espaços que o movimento percorre, muito semelhantes aos planos aprendidos
em Cinesiologia ou Biomecânica. Inclui os planos sagital, coronal e transversal, mas com uma nova
nomenclatura. O plano da porta é a combinação de altura e largura, o plano da roda é a combinação de
profundidade e altura e o plano da mesa é a combinação de largura e profundidade. Essa forma de
descrever os planos é didática, a fim de correlacionar o plano a um objeto, permitindo a compreensão
maisclara dos movimentos.
• Cubo, tetraedro, octaedro, icosaedro e dodecaedro
Utilizando tais figuras geométricas, Laban (1978) delimitava o suporte de movimentação do bailarino.
Com essas escalas de dimensão, os movimentos se tangiam, pois, com elas, os movimentos tinham
alturas, níveis e direções. Inclusive, muitas pesquisas e propostas de Laban foram realizadas no
icosaedro (poliedro de 20 faces).
Observe a imagem a seguir.
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Figura 1 - Exemplo de forma utilizada nas pesquisas do movimento de Laban.
Fonte: MELINA, 2017, p. 60.
Para Cone e Cone (2015), o espaço pode ser individual ou geral dentro da dança. No , temosespaço individual
aquele que está ao nosso redor, em que nos movimentamos. Já no , temos aqueleespaço geral ou coletivo
disponível para os movimentos, compartilhado por todos. Seria, então, o espaço geral o espaço de dança, a sala
de aula, o palco ou o ginásio.
Observe atentamente a figura a seguir.
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Figura 2 - Direções do movimento de Rudolf Laban.
Fonte: LABAN, 1978, p. 71.
Ainda de acordo com Laban (1978), os movimentos partiriam do centro para frente, para trás, para a direita,
para a esquerda e para as diagonais.
2.1.3 Peso
De acordo com Melina (2017), o fator do peso é apresentado pela cruz de esforços que Rudolf Laban
exemplificava por duas atitudes contrastantes: forte ou pesado e leve ou fraco. Clique nos itens a seguir para
conhecê-las.
Forte ou pesado
Na atitude de , o uso da força muscular resulta em um movimento bruto. Quando deixamos queforte ou pesado
o corpo ceda à força da gravidade, temos uma atitude passiva, que resulta em descida, como um movimento
pesado a ser realizado pelo nosso corpo.
Leve ou fraco
Na atitude de , por sua vez, ao contrário da anterior, o movimento é conduzido para cima, ou seja, éleve ou fraco
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Na atitude de , por sua vez, ao contrário da anterior, o movimento é conduzido para cima, ou seja, éleve ou fraco
realizado em oposição à força da gravidade, como em uma suspensão corporal momentânea.
Agora, falaremos sobre o tempo, acompanhe!
2.1.4 Tempo
Podemos tratar o fator do tempo também como de ritmo. Ele está relacionado à velocidade com que o
movimento é realizado pelo indivíduo. Envolve os acentos, os intervalos, a duração e a intensidade da prática.
De acordo com Laban (1978), o tempo pode ser rápido, moderado ou lento. Clique nos itens a saiba mais sobre
cada um dos tempos.
O tempo ou ritmo rápido se refere à aceleração constante ou rápido sem alterações.
O lento está relacionado a um movimento em que o tempo é vagaroso ou tem sua velocidade diminuída até
finalmente parar.
O moderado está relacionado ao meio termo, entre o rápido e o lento.
Contudo, é válido dizer que o fator do tempo é um tanto subjetivo, pois é muito difícil determinar o que é lento
ou rápido, uma vez que essa conclusão varia de pessoa para pessoa.
Na sequência, iremos passar para o entendimento dos temas do movimento estudados por Rudolf Laban:
elementar e avançado. Acompanhe!
2.2 Temas do movimento de Rudolf Laban: elementar e 
avançado
Laban acreditava que a grandeza do teatro e da dança estava no despertar nas pessoas o sentimento de serem
responsáveis pelo próprio destino. De acordo com Melina (2017), a importância dos trabalhos de Laban na arte e
na educação foi tão grande que até hoje suas pesquisas são utilizadas como referência nas universidades de
dança e teatro.
A abordagem conduzida pela linha de trabalho criada por Laban permitia ao artista construir e desconstruir sua
dança. Foi seu estudo a respeito do movimento que inspirou a criação de formatos de dança e modelos
coreográficos usados atualmente.
Dada a relevância do coreógrafo para as atividades expressivas, a partir de agora, vamos conhecer um pouco
mais sobre ele e seus estudos na área da dança. Vejamos!
VOCÊ SABIA?
No mundo todo, uma prática comum entre universidades e escolas que desenvolvem o método
de Laban é criar um icosaedro com diversos tipos de materiais. Já foram realizados icosaedros
de madeira do tamanho de uma pessoa, pequenos icosaedros flexíveis e, inclusive, icosaedros
com palitos de dentes e bala de goma.
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2.2.1 Rudolf Laban
Rudolf Von Laban nasceu na Bratislava em 1879. Ele criou diversos centros de pesquisa, sempre buscando se
aprofundar nos movimentos naturais, principalmente com relação à espontaneidade e riqueza. Com isso, podia
desenvolver a consciência no bailarino. Além disso, o pesquisador desenvolveu uma notação de movimento
conhecido como (LABAN, 1978).labanotação
Sua história se mistura ao período europeu da Segunda Guerra Mundial, sendo que sua relação com Hitler é
muito comentada em obras literárias que versam sobre o tema.
Suas pesquisas e metodologias sobre o movimento humano, devido à profundidade e extensão, são utilizadas
ainda hoje como base para uma melhor compreensão do homem e seus movimentos.
Galante e conquistador, Laban sempre teve diversas bailarinas ao seu redor. Era descrito como elegante e de um
carisma inigualável. Além disso, era um excelente coreógrafo, tinha uma inteligência notável e dominava muitas
línguas (MELINA, 2017).
2.2.2 Labanotação
A labanotação é o método de notação da dança criado por Laban. Com ele, o coreógrafo propõe uma análise do
movimento que inclui sua localização no espaço e sua intensidade. A partir disso, desenvolve-se uma espécie de
partitura do movimento, semelhante à partitura musical. Segundo Melina (2017), é um sistema de registro de
movimentos executados por meio de símbolos gráficos, em um eixo vertical e um plano bidimensional.
No entanto, durante o aperfeiçoamento de seu trabalho, Laban perde o interesse pelo método, pois descobre que
ele aponta o corpo em sua posição, porém seu interesse estava nos pontos de transição que o corpo percorria
(MELINA, 2017).
Assim, em 1960, os pupilos de Laban criam uma nova forma de notação na dança: . A grandenotação Motif
diferença entre ela e a labanotação está no tipo de informação que transmitida. Conforme nos explica Melina
(2017), na notação Motif, a informação é mais simples, permitindo uma interpretação livre do que foi anotado e
a recriação com a transformação de coreografias ou sequências de movimentos.
VOCÊ QUER LER?
Para conhecer ainda mais sobre o coreógrafo e pesquisador Rudolf Laban, bem como suas
ideias e metodologias aplicadas até hoje nas teorias do movimento, sugerimos a leitura do livro
“Domínio do movimento”, organizado por Lisa Ulmann. Na obra, é possível compreender a
genealogia da práxis do autor. Vale a pena pesquisar e ler o livro!
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Ainda hoje, diversos encontros de labanotadores ou notadores de dança são realizados pelo mundo. Neles, a
notação em dança é debatida, bem como as transformações da proposta são compartilhadas, a fim de aprimorar
a técnica e difundi-la.
2.2.3 Movimento enquanto linguagem
Laban também procurou interpretar o movimento em seus estudos, defendendo que, nele, há símbolo de
linguagem, sendo, portanto, passível de interpretação e registro. Ao analisar o movimento, Laban (1978)
menciona que corpo, esforço, forma e espaço se inter-relacionam.
• Corpo
O descreve estrutural e fisicamente as características do ser humano quando em movimento: qualcorpo
parte está se movendo? Quais partes estão conectadas? Quais influenciam outras? É, então, a categoria
que observa a organização do corpo.
• Esforço
Já quanto ao , Laban (1978) explica que é a dinâmica e a qualidade do movimento, aesforço
compreensão de como o movimento se dá, em qual ritmo ele é realizado e se a motivação é interna ou
externa. Essa categoria é subdividida em quatro fatores básicos: fluxo, peso, tempo e espaço, tanto de
forma isolada quanto considerando combinações.
• Forma
Na , Laban (1978) analisa as possibilidades plásticas do corpo, as posturas e as mudanças deforma
volume. Além disso, apresenta que o corpo interage e se relaciona com o ambiente ao seu redor, analisa
como isso ocorre.
• Espaço
No , observa-se o movimento e sua conexão com o ambiente. Nessa categoria, Laban (1978)espaço
apresentaa exploração da esfera pessoal de movimento (kinesfera).
2.2.4 Outros trabalhos de Laban
Em sua pesquisa sobre domínio do movimento, Laban (1978) — além de apresentar o movimento, sua origem e
seu desenvolvimento — também trata da necessidade de as pessoas que estudam o movimento no palco
cultivarem a prática da observação, a fim de desenvolverem melhor o trabalho expressivo.
Seus estudos sobre a temática se desenvolveram apresentando fatores como o recolher e o espalhar, que seriam
VOCÊ O CONHECE?
Kurt Jooss foi um grande aluno de Rudolf Laban. De caráter expressionista, criou um sistema
de dança chamado , um método interpretativo que valorizava a técnica do bailarino.Eukinetics
Em suas obras, havia a representação da Alemanha no período do pós-guerra. Uma de suas
produções mais importantes foi “A Mesa Verde”, de 1932 (PEREIRA, 2007).
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Seus estudos sobre a temática se desenvolveram apresentando fatores como o recolher e o espalhar, que seriam
as principais atitudes corporais realizadas pelo ser humano ao se movimentar. O ocorre emrecolher
movimentos de trazer alguma coisa para o centro do corpo, enquanto o pode ser observado aoespalhar
empurrar algo para longe do centro do corpo. Enquanto o recolher é mais flexível, o espalhar é mais direto
(LABAN, 1978). Podemos, inclusive, realizar muitas combinações dessas duas formas. 
Ainda em sua pesquisa sobre o movimento, Laban relaciona as posições e comoarabesque attitude
remanescentes dos movimentos de recolher e empurrar. Relaciona, também, o recolher com o agarrar que
comprime o espaço em uma única dimensão. Já o empurrar se relaciona com o repelir, que irradia do centro do
corpo para algum ponto no espaço.
Para Laban (1978), existia uma diferença entre os movimentos de dança e mímica ou teatro. Isso porque,
enquanto a dança usa o movimento como linguagem poética, a mímica ou o teatro criam a prosa do movimento.
O balé, nesse contexto, é colocado como uma necessidade interna do homem em um mundo intenso demais para
ser traduzido em palavras: o mundo silencioso da ação simbólica. Estas são mais que simples representações de
ações comuns da vida cotidiana, são os silenciosos movimentos recheados de emoção.
Em seus escritos, Laban (1978) menciona que, na busca por uma maior naturalidade do movimento, diferente da
movimentação pomposa de antes, muitos bailarinos não conseguiram apresentar os detalhes sutis de
movimentação e acabaram desenvolvendo um teatro vazio de movimento, sendo necessária a busca por um
equilíbrio entre os dois polos, sem negligenciar a mímica, pois com ela está a significação dos movimentos.
2.2.5 Temas do movimento
Os temas do movimento de Rudolf Laban, constituem um dos principais pontos de seu legado para o estudo da
linguagem do movimento em diversas áreas, incluindo educação, dança, teatro, terapia e trabalho. Seguindo um
grupo de ações relacionados aos fatores do movimento (fluência, espaço, tempo e peso), suas combinações
foram definidas pelo pesquisador como sendo os temas do movimento (LABAN, 1978).
VOCÊ QUER VER?
A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) tem um vídeo publicado em seu canal
no YouTube a respeito do movimento a partir de fragmentos da história da humanidade. Vale a
apena conferir a produção para agregar ainda mais conhecimento sobre a temática. Você pode
assistir ao vídeo por meio do :link
< >https://www.youtube.com/watch?v=_YYm7nrow4w
https://www.youtube.com/watch?v=_YYm7nrow4w
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Entre os temas do movimento, temos o de luta e de atitude indulgente.
No , temos uma ação de movimento forte, rápida e direta, ou seja, o ato de socar. Dentro deste,tema de luta
modificando o peso para leve, teremos a ação de pontuar. Já alterando o tempo para lento, teremos a ação de
pressionar. Por fim, substituindo o espaço para indireto, teremos a ação de chicotear.
Essas ações podem ser melhor analisadas conforme quadro a seguir.
Quadro 1 - Movimentos do tema de luta.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019.
Por outro lado, no , temos uma ação de movimento leve, lento e indireto, ou seja, otema de atitude indulgente
ato de flutuar. Da mesma forma que no tema de luta, porém de forma contrária, modificando o peso para forte,
temos a ação de torcer. Já substituindo o tempo para rápido, teremos a ação de sacudir. Por fim, alterando o
espaço de indireto para direto, temos a ação de deslizar.
Temos, portanto, as ações dispostas conforme o quadro a seguir.
Quadro 2 - Movimentos do tema de atitude indulgente.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019.
VOCÊ QUER LER?
No artigo intitulado “Rudolf Laban inspira exposição com coreografias de dança inéditas”,
escrito por Mariana Marinho, temos a respeito da exposição de Rudolf Laban no ano de 2016
no MAC USP de Ibirapuera. Na reportagem, parte da história do coreógrafo é apresentada, bem
como as obras do pesquisador. Acesse o artigo completo por meio do :link
<https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-inspira-
>exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtml
https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-inspira-exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtml
https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-inspira-exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtml
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Quadro 2 - Movimentos do tema de atitude indulgente.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019.
Agora que pudemos compreender sobre os temas do movimento estudados por Rudolf Laban, partiremos para a
montagem do plano de uma aula de dança. Veremos, então, nossos conhecimentos adquiridos até aqui na prática.
Acompanhe!
2.3 Plano de aula de dança
Como podemos montar uma aula de dança? De acordo com Cone e Cone (2015), devemos planejar uma aula de
dança levando em consideração o objetivo que pretendemos alcançar e a faixa etária envolvida nessa aula.
Para desenvolver o processo criativo empregado na concepção de uma nova dança, Cone e Cone (2015) nos
apresentam o seguinte modelo:
• estudar os movimentos usando os elementos da dança;
• selecionar os movimentos a partir dos estudados;
• escolher uma sequência de movimentos;
• decidir em que porção do espaço esses movimentos serão executados;
• praticar a sequência e introduzir mudanças;
• praticar a nova sequência;
• executar a dança completa.
Com base nessa proposta, podemos verificar algumas variantes:
• o que se quer trabalhar (objetivo da aula);
• escolha dos movimentos (desenvolvimento da aula para a realização do objetivo);
• a porção do espaço que será utilizada (local, dimensão, plano etc.);
• a prática (treino da técnica);
• e a execução propriamente dita (avaliação para analisar se o objetivo foi alcançado, incluindo a 
finalização da aula).
Dessa forma, a partir de agora, veremos como tomar essas decisões e desenvolver um plano de aula eficaz para
se alcançar o resultado esperado. Vamos em frente!
2.3.1 Tipos de aulas
De acordo com Cone e Cone (2015), podemos dividir as aulas de dança em quatro tipos principais: dança pessoal
ou em grupo, dança criada por um coreógrafo profissional, dança social ou de um período e dança cultural.
• Dança pessoal ou em grupo: criada pelos alunos ou pelo professor, executada pela turma. Nesse caso, a 
criatividade será levada em consideração. É uma prática muito interessante para trabalhar a colaboração, 
pois pode ser proposta uma montagem colaborativa da coreografia, em que todos podem participar. Além 
disso, pode ser apresentada uma temática, colaborando com o processo criativo e norteando a direção da 
proposta. Alguns exemplos de temáticas podem ser observados no quadro a seguir.
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Quadro 3 - Exemplos de temáticas para dança criativa.
Fonte: Elaborado pela autora, baseada em CONE; CONE, 2015.
• Dança criada por um corógrafo profissional: o contato com um profissional da área será o ponto alto 
dessa proposta. É importante levar em consideração o nível dos alunos para aprender a coreografia, 
sendo que esta deve ser alinhada anteriormente com o profissionalconvidado. O mais interessante será a 
troca de conhecimentos entre profissional e alunos, permitindo novos horizontes;
• Dança social ou de um período: a dança social versa sobre aquela dançada socialmente, em grupos, na 
comunidade. Tanto o professor pode apresentar a dança social de outras épocas ou locais como os 
próprios alunos se tornam grandes colaboradores ao apresentar sua dança social;
• Dança cultural: tem por objetivo apresentar eventos, tradições e heranças culturais de um povo ou uma 
época. Com ela, os alunos desenvolvem o conhecimento da história e aprendem elementos importantes 
de outras culturas. Nesse caso, é importante contextualizar o ambiente e o povo que realiza a dança 
apresentada em aula, a fim de promover a valorização da cultura e o respeito a ela.
No próximo item, vamos aprender métodos para fazer o planejamento da aula de dança. Estude com atenção
para compreender o assunto!
2.3.2 Métodos e planejamento
O primeiro ponto a se considerar no momento de planejar uma aula é destacar o objetivo proposto. A partir dele,
todos os outros pontos serão determinados.
O objetivo da aula pode ser entendido como o foco final para sua realização, aquilo que você pretende que o
aluno aprenda ou desenvolva. Em uma aula de dança, por exemplo, o objetivo do professor pode ser fazer com
que os alunos aprendam a dança Jongo, ou, então, desenvolvam técnicas de giro, melhorem a flexibilidade dos
membros inferiores ou montem uma coreografia para posterior apresentação. Dessa forma, é fundamental,
também, relacionar o objetivo à idade e ao nível que o aluno se encontra.
Para planejar a aula, devemos pensar no local onde a aula será realizada. Os sons do ambiente também
interferirão, portanto, determinar o local mais adequado pode ser o ponto-chave para que a aula seja eficiente.
Após o local estar definido, é preciso determinar quanto tempo a aula terá. Com essa informação, é possível
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Após o local estar definido, é preciso determinar quanto tempo a aula terá. Com essa informação, é possível
planejar cada momento da aula para que ela não seja muito extensa ou muito superficial. Nesse sentido, é
essencial dividir os momentos para poder atender todos os objetivos planejados. Deve-se separar o primeiro
momento para uma contextualização da aula e preparação. Depois, há o desenvolvimento da técnica, a sequência
de movimentos e a coreografia. Por fim, há a finalização, o alongamento, o relaxamento e a avaliação dos
objetivos, identificando se eles foram alcançados ou não.
Cone e Cone (2015, p. 50) nos dão um exemplo para servir como base:
Introdução e aquecimento: o professor pede aos alunos que criem, a partir de um trabalho
colaborativo, uma história sobre as folhas que caem.
Aquecimento: […] o professor estabelece uma contagem para determinar as paradas em que eles se
mantêm no formato de folha imóveis; e inclui movimentos de balanço.
Desenvolvimento: o professor e os alunos criam uma história sobre folhas que caem. As palavras-
chave da história são registradas em um cartaz. As crianças elaboram, junto com o professor,
movimentos correspondentes a cada uma da palavras-chave e criam uma dança.
Atividade da apoteose: o professor conta a história enquanto as crianças dançam. A música utilizada
varia. Uma é lenta e suave, e outra, rápida e forte.
Encerramento: o professor pede que os alunos expliquem o que sentiram dançando ao som de
diferentes tipos de músicas.
Com o local definido também é possível determinar os materiais necessários para o desenvolvimento da aula.
Colchões, aparelho de som, instrumentos musicais etc. Vale mencionar, aqui, que os materiais também podem
estar relacionados aos objetivos da aula. Por exemplo, em uma aula em que o objetivo é trabalhar ritmos
binários, ternários e quaternários, os alunos poderão desenvolver um chocalho artesanal com copo de plástico,
sementes e saco de supermercado.
Dessa forma, no plano de aula devem aparecer o local da aula, os materiais que serão utilizados em seu
desenvolvimento, o tempo necessário para sua realização e os objetivos a serem atingidos ao fim do ensino.
2.3.3 Modelos de planos de aulas e avaliação
Os planos de aula servem como um roteiro para o professor basear suas aulas. Por meio deles, é montada uma
sequência metodológica para desenvolver o assunto ou tópico proposto. Sugere-se que seja construído entre
quatro a seis planos de aulas para trabalhar determinado assunto ou tópico. Vejamos um exemplo completo na
sequência para o ensino infantil.
Proposta da aula: trabalhar musicalidade e percussão rítmica.
Faixa etária: entre 4 e 6 anos.
Local: sala de aula.
Clique nas abas a seguir e veja exemplos dos planos de cada aula.
Aula 1
: músicas e estilos musicais.Tema
: aparelho de som.Material a ser utilizado
: apresentar diferentes estilos musicais e escolher uma música que agrade o grupo.Objetivo
: após a escolha musical, ensaiar a música escolhida.Desenvolvimento
: 3 horas.Tempo de aula
Aula 2
: instrumentos musicais e som.Tema
: diversos instrumentos musicais.Materiais a serem utilizados
: apresentar diferentes instrumentos musicais para o grupo.Objetivo
: experimentar os instrumentos musicais, tentar encontrar nas músicas qual som cada um fazDesenvolvimento
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: experimentar os instrumentos musicais, tentar encontrar nas músicas qual som cada um fazDesenvolvimento
e representar com a boca o som de cada instrumento.
: 3 horas.Tempo de aula
Aula 3
: produzindo o próprio instrumento.Tema
: caixinhas de Tic-Tac recicladas, semente de arroz, feijão, milho, fita crepe,Materiais a serem utilizados
canetinhas coloridas e cola.
: produzir e praticar seu próprio instrumento.Objetivo
: experimentar os diferentes sons dos materiais a serem utilizados e escolher o maisDesenvolvimento
adequado para produzir o instrumento.
: 3 horas.Tempo de aula
Aula 4
: ensaio e apresentação final.Tema
: preparar a apresentação final.Objetivo
: retomar a música escolhida na aula 1, ensaiar com o instrumento produzido na aula 3 e fazerDesenvolvimento
um vídeo para que todos se vejam na televisão da escola.
: 3 horas.Tempo de aula
Por fim, não podemos esquecer de desenvolver um método avaliativo para a aula de dança. Nesse momento, é
importante levar em consideração o envolvimento dos alunos. Observa o quadro a seguir.
Quadro 4 - Modelo de avaliação de aula de dança para crianças.
Fonte: CONE; CONE, 2015, p. 114.
No quadro, Cone e Cone (2015) nos mostram um modelo para ser utilizado na avaliação da aula de dança para
crianças na pré-escola e nos primeiros anos do currículo básico.
Não é tão complexo, não é mesmo? Quando entendemos um pouco mais sobre os movimentos do corpo e os
objetivos que pretendemos ao realizar uma aula de dança, colocar em prática esses conhecimentos se torna
natural.
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Síntese
Chegamos ao fim de mais uma unidade da disciplina de Atividades Expressivas e Dança. Aqui, estudamos o
movimento por meio dos seus fatores (fluência, espaço, peso e tempo), suas características, a importância de
Rudolf Laban para a temática, os temas de movimento desenvolvidos por ele, bem como se dá o planejamento de
uma aula de dança.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer quem foi Rudolf Laban,
• analisar os trabalhos conduzidos por Laban e a importância de suas pesquisas para o universo da dança;
• conhecer os temas do movimento e seus fatores;
• aprender a desenvolver um plano de aula de dança.
Bibliografia
CONE, T. P.; CONE; S. L. . 3. ed. São Paulo: Manole, 2015. Ensinando dança para crianças 
FDE. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. : movimento. 20 jun. 2016. Disponível em: Laban
. Acesso em: 17 jul. 2019.https://www.youtube.com/watch?v=_YYm7nrow4w
LABAN, R. . São Paulo: Summus Editorial, 1978.Domínio do movimento
MARINHO, M. Rudolf Laban inspira exposição com coreografias de dança inéditas. , São Paulo,Folha de S. Paulo
27 mai. 2016. Disponível em: https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-
. Acesso em: 17 jul. 2019.inspira-exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtmlMELINA, S. : arte do movimento, pesquisa e genealogia da práxis de Rudolf Laban no Brasil. SãoLaban plural
Paulo: Summus Editorial, 2017.
PEREIRA, S. S. : espetáculo cênico com alunos doRastros do Tanztheater no processo criativo de ES-BOÇO
Instituto de Artes da UNICAMP. Tese (Pós-Graduação em Instituto de Artes da UNICAMP) – Universidade
Estadual de Campinas, São Paulo, 2007.
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https://www.youtube.com/watch?v=_YYm7nrow4w
https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-inspira-exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtml
https://guia.folha.uol.com.br/exposicoes/2016/05/10002221-rudolf-laban-inspira-exposicao-com-coreografias-de-danca-ineditas.shtml
	Introdução
	2.1 Fatores do movimento: fluência, espaço, peso e tempo
	2.1.1 Fluência
	2.1.2 Espaço
	Kinesfera
	Planos
	Cubo, tetraedro, octaedro, icosaedro e dodecaedro
	2.1.3 Peso
	2.1.4 Tempo
	2.2 Temas do movimento de Rudolf Laban: elementar e avançado
	2.2.1 Rudolf Laban
	2.2.2 Labanotação
	2.2.3 Movimento enquanto linguagem
	Corpo
	Esforço
	Forma
	Espaço
	2.2.4 Outros trabalhos de Laban
	2.2.5 Temas do movimento
	2.3 Plano de aula de dança
	2.3.1 Tipos de aulas
	2.3.2 Métodos e planejamento
	2.3.3 Modelos de planos de aulas e avaliação
	Síntese
	Bibliografia

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