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AD1 SOCIOLOGIA DO CRIME

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ALUNO: FLÁVIO ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA JUNIOR
MATRICULA: 17213150169
POLO: CAMPO GRANDE
 Armamento é Direitos Humanos: Nossos fins, os meios e seus modos.
Jacqueline de Oliveira Muniz, Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1986), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pela Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ (1999) e Pós-doutorado em Estudos Estratégicos pelo PEP-COPPE/UFRJ. É professora adjunta do Departamento de Segurança Pública- Instituto de Estudos Comparados de Administração de Conflitos - INEAC/UFF, Membro do Grupo de Estudos Estratégicos (GEE- COPPE/UFRJ), Sócia fundadora da Rede de Policiais e Sociedade Civil da América Latina e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Exerceu as funções de diretora do Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública? SENASP/Ministério da Justiça (2003); Coordenadora Setorial de Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos (2002) e Diretora da Secretaria de Segurança Pública (1999) Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Como detentor do poder de polícia, o Estado legitima o policial à manutenção da pacificação social. As suas ordens são imperativas e obrigatórias àqueles a que se destinam, e caso este oponha resistência, a lei admite o uso da força pública para seu cumprimento, aplicando inclusive as medidas punitivas indicadas pela lei.
Entretanto, esse poder não é ilimitado, tendo como limites os direitos dos cidadãos no regime democrático, prerrogativas individuais e liberdades públicas conforme garantidas pela Constituição. Deverá, portanto, ser exercido com cidadania, e caso ultrapasse os limites que a lei impõe, torna-se arbitrariedade.
A utilização da força se justifica quando equiparar-se este na lei, de maneira que sua utilização é necessária e utilizada de maneira proporcional à situação, baseando-se nos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, conveniência e ética.
O crescimento da violência e da criminalidade no Brasil tem ensejado um sentimento generalizado de que as instituições públicas não são capazes de resolver esta situação. Este sentimento de insegurança, principalmente na zona urbana, vem levando a sociedade civil a debater a segurança pública, principalmente o papel das organizações policiais.
Os cursos não foram só uma intervenção da sociedade no interior das policias; mas estratégias de pesquisas, levando os pesquisadores envolvidos no projeto a melhor conhecer as instituições policiais. Esse “melhor conhecer” é fundamental não apenas para informar as ações dos grupos de defesa dos direitos humanos com relação às policias, mas também como um mecanismo de “desestranhamento” do outro.
Contudo, o fato de estar inserido em uma instituição militar deixa claro que ocorre um intenso processo de enquadramento institucional ao se ingressar na polícia, havendo uma separação, subtendida, entre o cidadão que passa a ser policial militar e os demais cidadãos da sociedade civil. A sociedade cobra dos policiais um funcionamento adequado e o respeito aos direitos dos cidadãos, havendo, entretanto, pouca preocupação quanto às condições nas quais os policiais exercem suas atividades; assim sendo, não se pode pedir à polícia, que não tem seus direitos humanos respeitados, que respeitem os direitos humanos da sociedade.
Os cursos de direitos humanos para policiais devem priorizar a interação das policias com uma entidade de defesa desses direitos e como um indício das possibilidades de democratização dos organismos policiais do Estado.
Não significando, contudo, que estes cursos possam, por si só, transformar instituições policiais em curto prazo. O que se espera destas experiências é que elas possam ajudar na construção de uma cultura política, pautada no respeito aos direitos da pessoa e na luta pela conquista da cidadania.

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