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Princípios Orçamentários e Práticas de Elaboração Orçamentária

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Princípios Orçamentários e Práticas
de Elaboração Orçamentária
DEMONSTRAR OS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS NECESSÁRIOS PARA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
PÚBLICO.
Princípios orçamentários
A elaboração dos orçamentos deve observar princípios básicos de natureza técnica, política e jurídica,
encontrada na teoria clássica das finanças públicas, na Constituição Federal e na Lei Complementar nº
4.320/1964.
São apresentados a seguir os princípios norteadores da elaboração, execução e controle dos orçamentos
públicos no Brasil. Para conhecê-los melhor acompanhe:
Receita Pública
Receitas sãos valores recebidos por qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, em
determinado período, por imposição legal ou decorrente de exploração do patrimônio.
As receitas públicas constituem-se no conjunto de ingressos ou entradas nos cofres públicos de recursos
numerários, rendas ou outros bens representativos de valores recebidos pelo estado ou por outras pessoas
de direito público, para custear as despesas necessárias ao exercício no atendimento das necessidades
públicas e ao desenvolvimento econômico e social.
Estes ingressos podem ser definidos como receita orçamentária, receita intra-orçamentária e receita extra-
orçamentária.
Receitas Orçamentárias
São as receitas originárias as provenientes dos bens patrimoniais do próprio estado, da venda de bens e
serviços e as receitas derivadas que decorrem do exercício do estado do poder de tributar as rendas, os
patrimônios, operações e transações de pessoas físicas e jurídicas. As principais receitas derivadas são os
impostos, as taxas, as contribuições e as penalidades pecuniárias aplicadas pelo estado.
A receita orçamentária está subdividida em categorias econômicas e fontes de acordo com o art. 11 da lei
4.320/64 desdobrando-se nos seguintes itens:
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a) Receitas correntes (inicia com o código 1) que são definidas como o meio financeiro de origem tributária,
contributiva, patrimonial, industrial, de serviços e outras.
Receita tributária é aquela em que o estado promove a arrecadação mediante o emprego de sua soberania,
nos termos fixados em lei, sem com contraprestação direta, sendo destinadas ao custeio das atividades ou
serviços de competência do setor público. São exemplos destas receitas as provenientes de:
Impostos;
Taxas;
Contribuição de Melhoria;
b)  Receita de capital (inicia com o código 2) é aquela definida como o meio financeiro proveniente de
constituição de dividas, da conversão em espécie de bens e direitos, assim como os recursos recebidos de
outras pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, destinados a atender gastos classificados
como despesa de capital. São exemplos destas receitas as provenientes de:
Operações de Crédito;
Alienação de Bens;
Amortização de Empréstimos;
Transferência de Capital;
Receitas Intra-orçamentárias
As receitas intra-orçamentárias são contrapartida de despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 -
Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento
Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, que, devidamente identificadas, evitam a dupla contagem na
consolidação das contas governamentais. (Operações intra-orçamentárias são aquelas realizadas entre
órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social do mesmo ente federativo. Não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do
ente, mas apenas remanejamento de receitas entre seus órgãos.).
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF no 338, de 26 de abril de 2006, que alterou a Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001, incluiu as Receitas Correntes Intra-orçamentárias e Receitas de
Capital Intra-orçamentárias representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias
econômicas. Essas classificações não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas
especificações da categoria econômica Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Receitas Extra-orçamentárias
As receitas extra-orçamentárias se constituem nas diversas formas de ingressos no tesouro de recursos
numerários de terceiros, decorrentes da necessidade de realização pelo poder público de retenções
transitórias por motivos legais ou contratuais, ou quando contrata operações de credito por antecipação de
receitas.
As retenções de numerário classificadas como receitas extra-orçamentárias, sempre registrado em contas
do passivo financeiro, correspondem a valores de terceiros que lhes serão futuramente restituídos.
As principais receitas extra-orçamentárias são as cauções e garantias diversas, as consignações a crédito de
terceiros retidas por ocasião dos pagamentos de despesas orçamentárias.
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Também são classificadas como receitas extra-orçamentárias, para exclusivo efeito de fechamento do
balanço financeiro, os valores correspondentes às despesas empenhadas e não pagas em determinado
exercício financeiro, transferidas para o ano seguinte como restos a pagar e o serviço da divida a pagar, para
compensar sua inclusão na despesa orçamentária realizada.
As receitas extra-orçamentárias não afetam o patrimônio financeiro do ente público, constituindo-se em
meras entradas de numerário em contas pertencentes ao Ativo Financeiro como acréscimo compensatório,
em igual valor, dos saldos de contas exigíveis de curto prazo.
Estágios da receita
A realização da receita pública é feita mediante processo técnico-administrativo que envolve uma serie de
atividades, desenvolvidas pelos órgãos de planejamento, execução e controle dos entes governamentais,
agrupados sequencialmente nos seguintes estágios legais:
Previsão:compreende a estimativa das receitas para a composição da proposta orçamentária, e a
aprovação do orçamento pelo poder legislativo, quando este se torna lei, a Lei Orçamentária Anual – LOA.
Na previsão da receita devem ser observadas as normas técnicas e legais pertinentes as indicações
contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO respectiva, os efeitos das alterações na legislação, as
variações dos índices de preços, o crescimento econômico e qualquer outro fatos relevante, sendo
acompanhado de demonstrativos da evolução da arrecadação nos três últimos anos, da projeção para os
dois anos seguintes àquele a que se referir à estimativa e da indicação da metodologia de calculo e
premissas utilizadas.
Lançamento: corresponde ao ato praticado pelos agentes da repartição competente referente à verificação
da procedência do credito fiscal e a pessoa física ou jurídica que lhe é devedora, inscrevendo-o no Sistema
Orçamentário do respectivo ente da federação mediante lançamentos contábeis específicos. O código
tributário nacional prevê as seguintes modalidades de lançamento:
Lançamento direto ou de oficio que é o feito pela autoridade administrativa;
Lançamento por declaração que é feito pela autoridade administrativa com a colaboração do
contribuinte;
Lançamento por homologação que é feito diretamente pelo contribuinte, sendo verificado
posteriormente pela administração pública;
Arrecadação: fase em que o estado recebe os tributos por meio de entrega dos recursos pelo contribuinte.
Recolhimento: consiste na entrega do numerário, pelos agentes arrecadadores públicos ou privados, aos
cofres públicos, representadas pelas contas bancárias mantidas pelo ente público.
Despesa Pública
A despesa pública compreende o conjunto de gastos realizados pelo Estado para atendimento de serviçose
encargos decorrentes da responsabilidade do Poder Público em satisfazer aos interesses gerais da
sociedade, seguindo o estabelecido na constituição federal e das leis ou em decorrência de contratos ou
outros ajustes.
A despesa pública se classifica em despesa orçamentária, despesa intra-orçamentária e despesa extra-
orçamentária.
Despesa Orçamentária
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A despesa orçamentária são aquelas que integram os orçamentos, cuja execução deve observar o programa
anual de trabalho aprovado pela LOA – Lei de Orçamento Anual e se divide em despesa corrente e despesa
de capital
Despesas correntes são aquelas que reduzem proporcionalmente o patrimônio público que realizou o gasto,
são gastos com pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida e outras despesas correntes.
Despesas de capital são aquelas que em nada afetam o patrimônio público que as realiza, pois elas se
constituem em investimentos, inversões financeiras, amortização da divida e outras despesas de capital.
Em resumo podemos afirmar que enquanto as despesas correntes sempre representam diminuição do
patrimônio público em valor exatamente igual ao pagamento realizado, as despesas de capital são
proporcionais às mutações patrimoniais também em valores equivalentes aos desembolsos realizados.
A despesa orçamentária como já foi visto está classificada em despesas correntes e despesas de capital,
onde as despesas correntes estão divididas em despesas de custeio e transferências correntes como segue:
Despesas de custeio são dotações fixadas para atender a manutenção dos serviços públicos inclusive obras
de conservação e adaptação de bens imóveis, compreendendo os gastos com pessoal, obrigação patronal,
material de consumo e serviços de terceiros.
Transferências correntes são as dotações fixadas para atender aquelas despesas para quais não exista
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a
atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
As despesas de capital são aquelas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem
patrimonial, concessão de empréstimos e amortização da divida pública e são classificadas como segue:
Investimentos são dotações destinadas à execução e planejamento de obras públicas, aquisição de novos
imóveis e aquisição de bens e materiais de uso permanente.
Inversões financeiras são dotações destinadas à aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização na
economia; constituição de empresas ou aumento de empresas assim como aquisição de títulos de
empresas e a concessão de empréstimos.
Transferência de capital são dotações que se destinam a transferir recursos a outras pessoas de direito
público independente da contraprestação direta de bens e serviços. Compreende também a amortização da
divida pública.
Estágios da Despesa
A despesa pública é separada em quatro estágios apresentados a seguir:
Fixação que corresponde à definição do valor das despesas autorizadas por meio de dotações
orçamentarias aprovadas na LOA – Lei Orçamentaria Anual ou em créditos adicionais abertos ao longo do
exercício financeiro. O estagio da fixação está diretamente ligado à elaboração do orçamento.
Empenho é o ato da autoridade competente para criar para o Estado obrigação de pagamento. Nenhuma
despesa pode ser realizada seu o seu prévio empenho. Portanto empenho é o ato necessário e essencial à
execução da despesa orçamentaria. Consiste em reservar credito orçamentário especifico para
determinado credor público.
Liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios dos respectivos créditos.
Pagamento consiste na entrega do numerário correspondente ao credor do ente público que sempre será
procedido de regular processo de liquidação.
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Despesas Intra-orçamentárias
As despesas intra-orçamentárias são aquelas classificadas na modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta
Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do
Orçamento da Seguridade Social, que, devidamente identificadas, evitam a dupla contagem na consolidação
das contas governamentais. (Operações intra-orçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais
entidades da Administração Pública integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo
ente federativo. Não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas
remanejamento de receitas entre seus órgãos.).
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF no 338, de 26 de abril de 2006, que alterou a Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001, incluiu as Despesas Correntes Intra-orçamentárias e Despesas de
Capital Intra-orçamentárias representadas, aos códigos 3 e 4 em suas categorias econômicas, especificando
a modalidade de aplicação 91, como apresentado no parágrafo anterior.
Despesas Extra-orçamentárias
As despesas extra-orçamentárias constituem-se nas diversas formas de saídas do tesouro de recursos
retidos anteriormente de terceiros pelo poder público, por motivos legais ou contratuais. Assim como o
pagamento de restos a pagar e dos serviços da divida pública.
Todo pagamento de despesas extra-orçamentárias não afetam o patrimônio do ente público, constituindo-
se em meras saídas de numerário de contas pertencentes ao disponível do ativo financeiro.
Chegamos ao final desta aula. Agora acesse o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem e faça os exercícios
propostos. Se ficar com dúvidas, não deixe de esclarecê-las com o seu professor.
SAIBA MAIS!
No link a seguir você pode encontrar a Lei Complementar nº 4.320/1964 que cria as normas de
contabilidade pública definindo o campo de aplicação da contabilidade pública, a leitura desta lei é
fundamental para o bom entendimento desta disciplina.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320compilado.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320compilado.htm)
ATIVIDADE FINAL
Uma receita referente a arrecadação de um tributo é considerada como:  
A. Receita Orçamentária Corrente
B. Receita Extra-orçamentária corrente
C. Receita Orçamentária de Capital
D. Receita Extra-orçamentária de Capital
E. Receita Extra-orçamentária de Ingressos
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Quando o contribuinte faz a apuração de determinado tributo e efetiva
todos os que estágio da receita pública? 
A. Arrecadação
B. Recolhimento
C. Previsão
D. Lançamento
E. Lançamento por Homologação
Uma despesa referente a pagamento de pessoal é considerada como: 
A. Despesa orçamentária corrente. 
B. Despesa extra-orçamentária corrente. 
C. Despesa orçamentária de capital. 
D. Despesa extra-orçamentária de capital. 
E. Despesa extra-orçamentária de ingressos. 
A concessão de um empréstimo pelo ente público é considerado como: 
A. Despesa de Capital
B. Despesa Corrente
C. Transferência Corrente
D. Inversão Financeira
E. Despesa de Custeio
O gasto que integra os orçamentos, cuja execução deve observar o
programa anual de trabalho aprovado pela LOA – Lei de Orçamento
Anual e se divide em despesa corrente e despesa de capital é: 
A. Despesa Orçamentária
B. Despesa Extra-orçamentária
C. Receita Orçamentária
D. Receita Extra-orçamentária
E. Inversões Financeiras
O que são receitas Derivadas? 
A. São as receitas que decorrem do exercício do estado do poder de
tributar as rendas originárias.
B. São as provenientes dos bens patrimoniais do próprio estado, da venda
de bens e serviços e as receitas.   
C. São as provenientesde lançamento por ofício.
D. São as receitas decorrentes de operações financeiras.
E. São as decorrentes de transferências entre entes da federação.
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REFERÊNCIA
ANGÉLICO, J. Contabilidade pública. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1994.
CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. São Paulo : Atlas, 1997, c1996.
KOHAMA, Helio. Contabilidade pública teoria e prática. 6º edição; São Paulo : Atlas, 1998, c1987.
PISCITELLI, R. B. et al. Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública. 7 ed.
São Paulo: Atlas, 2002.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 5 ed. São Paulo: Atlas,
2002.
 
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