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AULA 3 AVALIAÇÃO

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AULA 3 AVALIAÇÃO
Introdução
Nas aulas anteriores, você observou que a avaliação e o planejamento são processos presentes na nossa vida pessoal, profissional, social, em diferentes ambientes. Aprendemos que sem uma análise prévia do que desejamos comprar, assistir no cinema, estudar ou até mesmo em que profissão queremos atuar não conseguiremos atingir um objetivo.
Após a diagnose feita, podemos colocar em prática as ações planejadas, passo a passo, em direção a uma meta, a um objetivo, com uma finalidade e uma intenção.
Durante o período que essas ações estiverem ocorrendo, alguns imprevistos poderão ocorrer. Nesse caso, deve ser feita uma avaliação durante o processo e uma nova ação poderá ser realizada. Veremos nesta aula que, em situações desse tipo, pode-se comprovar que a avaliação esteve presente em três momentos: antes, durante e ao final do processo.
As dimensões da avaliação
Os três momentos da avaliação (antes, durante e após a realização), chamados por uns de funções e por outros autores de dimensões, foram definidos por Benjamim Bloom.
São eles:
Avaliação diagnóstica - constata interesses, possibilidades, necessidades, insuficiências e problemas específicos da aprendizagem.
Avaliação formativa - indica se os alunos estão se modificando em direção ao alcance dos objetivos propostos para que sejam selecionadas correções durante o processo de ensino.
Avaliação somativa - processo de classificação dos alunos, segundo níveis de aproveitamento, expressos em graus ou conceitos.
Atividade
Vejamos a charge a seguir:
De acordo com o que vimos anteriormente, qual foi o tipo de avaliação utilizado na charge? Ele avalia bem o processo?
GABARITO
Avaliação utilizada foi a somativa. O processo não foi avaliado da melhor forma pois essa dimensão só contempla o momento presente do aluno, desconsiderando qualquer eventualidade que possa ter acontecido naquele dia/momento. Além disso, as aptidões pessoais de cada aluno foram consideradas para realizar a tarefa solicitada.
As três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia do sistema de avaliação e, assim, apresentar como resultado final a excelência do processo ensino-aprendizagem.
Momentos de avaliação
Vamos estudar os momentos de avaliação mais detalhadamente a partir de agora.
Avaliação Diagnóstica
Função
A avaliação diagnóstica tem como característica ser analítica, isto é, faz uma análise, uma sondagem.
Ela constata:
Interesses;
Possibilidades;
Necessidades;
Insuficiências;
Problemas específicos da aprendizagem.
Quando utilizar
É adequada para o início do período letivo, pois permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer.
Para ler mais sobre esse tipo de avaliação, clique aqui.
Avaliação Formativa
Função
A avaliação formativa tem como função controlar, a fim de verificar se os alunos estão se modificando em direção ao alcance dos objetivos propostos, para que sejam selecionadas correções durante o processo de ensino.
Essa função da avaliação visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.
Quando utilizar
Deve ser realizada durante todo o período letivo.
Para ler mais sobre esse tipo de avaliação, clique aqui.
Avaliação Somativa
Função
A avaliação somativa tem como função básica a classificação dos alunos.
Classifica os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Atualmente, a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos.
Quando utilizar
Deve ser realizada ao final de um curso ou unidade de ensino.
Para ler mais sobre esse tipo de avaliação, clique aqui.
A redação de objetivos
A teoria de Bloom, inserida no paradigma comportamentalista, tem sido alvo de um cerrado ataque por parte dos movimentos pedagógicos não diretivos e libertários.
Bloom definiu que os objetivos devem ser redigidos de tal forma que expressem comportamentos esperados do aluno.
Veja um exemplo:
• Separar os objetos de cor azul dos amarelos, colocando-os nas caixas de cores semelhantes.
Nesse caso, percebe-se a ênfase na aprendizagem do aluno e não no processo de aprendizagem.
Os adeptos da tendência progressiva libertária defendem a ideia da construção do conhecimento, devendo os objetivos serem redigidos considerando-se o processo:
O professor, portanto, deverá criar condições para que o aluno reconheça as cores azul e amarelo e separe-as nas caixas de cores semelhantes. Desse modo, percebe-se a relação entre o ensino e a aprendizagem.
Outros exemplos de objetivos
Vejamos:
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Realizada antes de iniciar a elaboração do planejamento.
• Investigar quais instituições culturais próximas à instituição de ensino podem ser utilizadas em atividades extraclasse;
• Colher dados nos registros de avaliação da turma, em anos anteriores.
AVALIAÇÃO FORMATIVA
Realizada durante a execução do planejamento.
• Comparar os resultados da aplicação de diferentes instrumentos de avaliação;
• Identificar os erros cometidos nas avaliações propostas tendo em vista a reconstrução da aprendizagem.
AVALIAÇÃO SOMATIVA
Realizada ao final do processo ensino-aprendizagem, na conclusão do planejamento.
• Analisar os resultados obtidos pelos alunos ao final do semestre;
• Avaliar se houve progresso qualitativo em relação a competências adquiridas pelos alunos.
Taxionomia de Bloom
Desde 1948, um grupo de educadores assumiu a tarefa de classificar metas e objetivos educacionais. Eles propuseram-se a desenvolver um sistema de classificação para três domínios:
O Cognitivo
O Afetivo
O Psicomotor
A ideia central da taxonomia é a de que os objetivos educacionais podem ser arranjados em uma hierarquia do mais simples (conhecimento) para o mais complexo (avaliação).
Conhecimento – refere-se à memorização (definir; descrever; identificar; reproduzir; listar);
Compreensão – refere-se à interpretação (explicar; justificar; resumir; exemplificar; distinguir);
Aplicação – refere-se à transferência (calcular; demonstrar; modificar; relacionar; resolver);
Análise – refere-se à discriminação, descoberta (decompor; assinalar; separar; discriminar; ilustrar);
Síntese – refere-se ao uso da criatividade (planejar, narrar; organizar; compor; combinar; criar);
Avaliação – refere-se ao julgamento de valor (apreciar; concluir; justificar; sustentar; comparar; interpretar).
Objetivos gerais e específicos
Objetivos gerais
Refletem o propósito de uma aula em relação às outras e dentro do contexto geral do curso. Devem expressar de maneira sucinta e clara a habilidade ou conhecimento principal a ser adquirido pelos alunos.
Como formular objetivos gerais?
Devem ser expressos em termos de desempenho do aluno;
Devem ser expressos em termos do resultado da aprendizagem e não em termos do processo de aprendizagem;
Devem refletir a combinação entre os conteúdos e os comportamentos desejados;
Deve-se evitar o uso de mais de um tipo de resultado de aprendizagem em cada objetivo geral.
O objetivo geral:
Indica um resultado de aprendizagem;
Inclui resultados esperados como conhecimento, habilidades, atitudes;
É relevante para os objetivos do curso;
Começa com um verbo;
É claro, conciso e bem definido.
Exemplos:
Conhecer a diferentes definições do termo avaliação;
Compreender as relações entre planejamento e avaliação;
Apresentar as dimensões da avaliação segundo Bloom.
Objetivos específicos - resultados da aprendizagem
São bastante específicos e satisfazem certas necessidades educacionais. Devem ser focados em ações ou comportamentos observáveis e mensuráveis. Por essa razão, são sempre expressos através de verbos que comunicam expectativas do professor em relação ao que deve ser aprendido.
Como formular objetivos específicos?
Formule o objetivo geral;
Comece cada objetivo específico com um verbo de ação que indiqueo que os alunos deverão fazer;
Escreva objetivos específicos que expliquem o objetivo geral;
Sempre que possível formule os objetivos incluindo condições e critérios, de modo a reduzir ambiguidades;
Não omita objetivos complexos apenas porque é difícil formulá-los em termos de comportamentos;
Escreva um número suficiente de objetivos específicos para cada objetivo geral, de modo a descrever adequadamente os comportamentos necessários à obtenção do objetivo geral;
Escreva um objetivo específico para comunicar cada resultado de aprendizagem;
Sequencie os objetivos específicos de tal forma que o resultado de um seja pré-requisito para a obtenção do próximo.
Exemplos:
Objetivo geral
Compreender as relações entre planejamento e avaliação.
Objetivos específicos
Definir planejamento;
Definir avaliação;
Identificar o papel da avaliação em relação às etapas do planejamento;
Relacionar a etapa da avaliação ao replanejamento da ação educativa.

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