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Introdução ao Budismo


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Uma rápida introdução ao Budismo de Nitiren Daishonin
Na sua essência, o cristianismo, juntamente com o judaísmo e o islamismo, são 
classificados como religiões reveladas: em que Deus fala aos homens. Uma religião 
revelada é caracterizada pela livre comunicação salvadora que Deus faz de si mesmo 
ao homem pecador, em Cristo, pela comunicação pessoal e, ao mesmo tempo, 
comunitária (Igreja).
Já o budismo situa-se no grupo das religiões classificadas como salvíficas. São aquelas 
religiões portadoras dos meios de que o homem precisa para salvar-se dos 
sofrimentos presentes e conseguir a felicidade. Neste grupo encontram-se, além do 
budismo, o confucionismo, o taoísmo, o hinduísmo. Estas religiões, como o fizeram 
Zaratustra, alguns filósofos gregos e profetas judeus, que, espiritualizando e 
aprofundando o pensamento, abriram caminho a uma religiosidade, ao mesmo tempo 
pessoal e universal.
O cristianismo, fiel à tradição do pensamento religioso ocidental, considera o homem 
inteiramente dependente da graça de Deus ou da Igreja, na sua qualidade de 
instrumento terreno exclusivo da obra da redenção sancionado por Deus. O homem é 
infinitamente pequeno, um quase nada, enquanto a graça de Deus é tudo. E esta 
graça vem de fora. Provém de uma outra fonte: Deus. No cristianismo, o homem 
procura conciliar os favores de Deus mediante o temor, a penitência, as promessas, a 
submissão, a auto-humilhação, as boas obras e os louvores.
O budismo, seguindo a tradição oriental, sublinha o fato de que o homem é a única 
causa eficiente de sua própria evolução superior. Ao contrário do cristianismo, acredita 
na “auto-redenção”, ou seja, o homem é Buda e se salva por si próprio.
O budismo é um sistema ético, religioso e filosófico fundado por Gautama 
(Sakyamuni), na Índia, por volta do século V a. C.
O princípio básico é a Lei Mística da Causa e Efeito, a lei da causalidade.
Existem inúmeras escolas ou seitas originadas das ramificações do budismo de 
Sakyamuni espalhadas principalmente pela China, Tibet, Mongólia, Coréia e Japão, 
para onde seus ensinamentos se propagaram após seu falecimento.
Nitiren Daishonin viveu no Japão, no século XIII, e é considerado o Buda Original. 
Do ponto de vista Budista, sua época foi denominada de Últimos Dias da Lei, um 
período que iniciara dois mil anos após o falecimento de Sakyamuni. 
Ele examinou minuciosamente os ensinamentos Budistas que se desenvolveram na 
Índia e na China até os seus dias e restabeleceu o Budismo retornando ao seu ponto 
de origem. 
Visando esclarecer e estruturar os ensinamentos, Nitiren Daishonin valeu-se do Sutra 
de Lótus, o ensino conclusivo do Buda Sakyamuni, e das obras de Tient’ai, filósofo 
Budista da China, os quais se baseiam também no Sutra de Lótus. 
Essa corrente de Sakyamuni a Tient’ai e destes a Nitiren Daishonin constitui o que o 
Budismo de Nitiren Daishonin denomina de corrente ortodoxa do Budismo. 
Esses três Budistas ensinaram que os mortais comuns podem atingir a iluminação 
neste mundo e que para tanto não é necessário exterminar os desejos nem tampouco 
mudar sua identidade.
O propósito fundamental de seu ensinamento é possibilitar às pessoas manifestarem a 
natureza de Buda, ou seja, a iluminação. Por meio da manifestação dessa digna e 
inabalável condição de vida todos, sem exceção, podem vencer os sofrimentos e 
dificuldades, gerando uma mudança profunda em sua vida, uma verdadeira 
“revolução humana”. 
Essa revolução interior, por sua vez, desencadeia a transformação do ambiente 
familiar, da sociedade, da nação e do mundo. 
Esse grande movimento humanístico que parte do individual para o global é chamado 
de Kossen-rufu, ou movimento pela paz mundial.
O Sutra de Lótus afirma que Sakyamuni percebeu que todos os fenômenos 
manifestam a verdadeira entidade da vida que metaforicamente é definida como jóia 
preciosa oculta sob a roupa. 
Nos Primeiros Dias da Lei, além da dificuldade de compreensão, havia a dificuldade da 
prática.
Nitiren Daishonin, na maior realização da história do Budismo, expressou o conteúdo 
do Sutra de Lótus de Sakyamuni na forma em que todas as pessoas pudesse praticá-
lo. 
Essa forma é a invocação de Nam-myoho-rengue-kyo que ele expôs como o ensino 
correto para ser propagado nos Últimos Dias da Lei. 
A declaração Nam-myoho-ren-gue-kyo tornou efetivo o estabelecimento de um novo 
Budismo, baseado na iluminação de Daishonin. 
As práticas de Sakyamuni e as virtudes que ele, conseqüentemente, obteve, estão 
todas contidas nas simples palavras Myoho-rengue-kyo.
Com o poder da fé e do poder da prática, os quais são inerentes em nossa vida, 
poderemos manifestar o poder do Buda e o poder da Lei.
O Budismo de Nitiren Daishonin possibilita todas as pessoas a manifestarem a 
natureza de Buda de dentro de sua própria vida. 
Em termos práticos, a manifestação da natureza de Buda nos dá força para vencer 
problemas e situações difíceis da nossa vida e ao mesmo tempo realizar uma 
mudança dentro de nós.
A prática dos ensinos do Budismo de Nitiren Daishonin é a recitação do Gongyo e do 
Daimoku. Gongyo é a recitação de parte do 2º e o 16º capítulos do Sutra de Lótus; e 
Daimoku é a recitação de Nam-myoho-rengue-kyo.
A prática diária do Gongyo e Daimoku representa a cerimônia na qual nossa vida 
entre em harmonia com o Universo.Vigorosamente colocamos em fusão o microcosmo 
de nossa existência individual com a energia vital do macrocosmo, de todo o Universo. 
Se realizamos isso regularmente a cada manhã e noite, nossa energia vital – nossa 
máquina – é fortalecida.
O Universo é composto por um incalculável número de partículas elementares: 
prótons, elétrons, nêutrons, fótons; e também por átomos que compreendem os 
elementos químicos, tais como hidrogênio, oxigênio e cálcio. Essas mesmas partículas 
e elementos constituem nosso corpo. Um estudioso sugeriu que " o corpo humano é 
feito do mesmo material que das estrelas", e denominou os seres humanos de "filhos 
das estrelas". Nosso corpo não somente é feito da mesma composição do Universo 
como também é governado pelos mesmos princípios básicos de geração e 
desintegração e pelo ritmo de vida e morte que permeia o cosmos.
Quando fazemos a nossa prática diária, o microcosmo de nossa vida individual entra 
em fusão com o macrocosmo do Universo.
O Budismo desta era é o ensino que torna possível às pessoas comuns, como nós, 
evidenciarmos nossa condição interior de iluminação, a budicidade. 
Buda não é nenhum ser, pessoa especial ou diferente. 
Buda é um Estado de Vida : o “ Estado de Buda “ é a própria energia criativa ( energia 
vital ). 
Na verdade, o único meio de realmente despertar para essa maravilhosa prática é 
experimentá-la na própria vida. É impossível compreender a fé ou a vida somente por 
meio da teoria. A vida não é algo abstrato. Deve ser vivida e sentida. É a história que 
construímos com nossos esforços e lutas em meio a nossa realidade.
O budismo de Nitiren segue a filosofia budista conforme descrita e objetivada por 
Sakyamuni. As pessoas estão sujeitas à lei de causa e efeito, não como punição, mas 
como um efeito normal da natureza e portanto são pura e exclusivamente 
responsáveis pelos seus próprios atos. O budismo portanto está para leigos, monges, 
bandidos e presidentes da mesma forma, porque todos possuem a capacidade de 
manifestar o estado de buda, não há preconceito ou discriminação, senão não é 
budismo.
*****
Uma rápida introdução à prática do Budismo de Nitiren Daishonin
A base do Budismo de Nitiren Daishonin é a Lei suprema de causa e efeito.
O significado literal de Nam-myoho-rengue-kyo* nos oferece uma idéia da 
profundidade da filosofia budista. Não vamos nos ater a isso, nesse 1º momento. A 
verdadeira compreensão do Nam-myoho-rengue-kyo só pode ser alcançada com sua 
prática. Não é por meio de erudição, estudo e entendimento, mas sim pela prática e 
fé.
Com a sincerarecitação do Nam-myoho-rengue-kyo elevamos nossa condição de vida, 
pois ao recitarmos o Daimoku entramos em contato com o estado de Buda, a nossa 
energia vital. Esse estado passa a nos acompanhar no dia a dia e assim ficamos quase 
que automaticamente em sintonia com estados mais elevados de vida, sem mesmo 
notarmos as suas variações e mudanças.
O budismo nos diz que pensamento, palavra e ação são os responsáveis por 
cunharmos nossa vidas. Com o nosso Daimoku diário elevamos nossa condição de 
vida e passamos a pensar, falar e agir com uma positividade que o universo registra... 
e responde. Negatividades, reclamações, falta de estímulo e outras situações do tipo 
passam a quase não mais fazer parte do nosso dia a dia.
Bem vamos a parte prática...
Nessa primeira fase, se você ainda não pratica e não tem um grupo fixo de estudos 
(não existem templos... as reuniões são em casas de budistas mais antigos, é assim 
ao redor de todo o mundo) a gente sugere que se faça um "test drive" para vc 
comprovar a eficácia do mantra. O Gongyo, que é a recitação do Sutra fica para uma 
outra fase...
Vamos lá:
Escreva num papel uma ou duas coisas que você quer que aconteça. Nada de muito 
gigante...pelo menos no início, depois vc vai ver que tudo é possível! Você não está 
pedindo que isso aconteça e sim DETERMINANDO que aconteça, OK? 
Duas vezes por dia, de manhã e ao anoitecer, de preferência, pegue essa sua lista, 
abra, leia, feche e guarde em qualquer lugar. Aí, você vai se sentar de frente a uma 
parede lisa, sem quadros ou desenhos, de preferência voltada para o Leste. 
Fixe o olhar num ponto na parede, e procure relaxar a mente e o corpo. Junte os 10 
dedos da mão, como em prece (na verdade representa os 10 estados da vida...) e 
comece a recitar o mantra, com convicção e voz firme, sem gritar ou berrar ou 
sussurar. 
Os seus pensamentos vão pular como macaco de galho em galho, não lute contra 
eles. Concentre-se no ponto da parede e escute a sua voz repetindo o mantra.
Cada vez que os pensamentos vierem, foque na sua voz repetindo o mantra com 
clareza, ouça o Nam myoho rengue kyo saindo da sua boca, deixe ele ser o seu 
"guia".
Uma boa idéia é baixar o mp3 do Daimoku (Daimoku é o ato de se recitar o Nam 
myoho rengue kyo) colocar para tocar e fazer junto. 
(pegue aqui o mp3 do Daimoku de 6 minutos: 
http://www.macjams.com/song/43480)
Faça isso 2 vezes por dia por alguns minutinhos pelo menos, (6 min, 10 min, 15 
min...), e em pouco tempo você poder sentir uma diferença na sua sintonia com o 
Universo e comprovar os resultados da prática na sua vida. 
*O significado de Nam-Myoho-Rengue-Kyo
NAM
Nam, abreviatura de Namu, que deriva do sânscrito NAMAS, significa "devotar" ou a 
relação perfeita da vida da pessoa com a verdade eterna. Ou seja, dedicar a própria 
vida ou relacionar-se com a verdade eterna da vida. Também significa acumular 
infinita energia através desta fonte e tomar atitudes positivas aliviando o sofrimento 
dos outros.
MYOHO
Myoho literalmente significa Lei Mística.
Myo significa "místico", mas elimina qualquer sombra de milagre. É assim chamado 
porque o mistério da vida é de inimaginável profundidade por tanto está além da 
compreensão do homem.
Ho significa "lei". A intrínseca natureza da vida é tão mística e profunda, que 
transcende o âmbito de conhecimento humano. Por exemplo: o ser humano nasce 
como um bebê, cresce e torna-se um jovem, depois um idoso e por fim morre. Isso é 
obviamente, uma inquebrável lei regulando cada espécie de vida. Ninguém jamais 
pode nascer adulto ou escapar desse ciclo, por mais que deseje.
RENGUE
Rengue é a lei de causa e efeito. O budismo esclarece essa lei em todos os fenômenos 
do universo, e é simbolizada pela Flor de Lótus (Ren, flôr e Gue lótus, em japonês), 
pois produz a semente (Causa) e a flor (Efeito) simultaneamente. Uma quantidade 
enorme de todas as causas passadas formam o efeito da condição presente. Ao 
mesmo tempo, o momento presente é a causa do futuro. Assim, a vida é a 
continuação dos momentos combinados pela corrente de causa e efeito.
KYO
Finalmente kyo significa a função e influência da vida, como também a transformação 
do destino, simbolizando a continuidade da vida através do passado presente e futuro. 
É o ensinamento do Buda, que é eterno
Myoho-rengue-kyo é o título do Sutra de Lótus, como foi traduzido para o chinês, que 
Nitiren Daishonin nos aponta como o Sutra que contém o caminho para a iluminação. 
Colocando Nam antes do título do Sutra de Lótus ele cunhou o mantra que recitamos 
diariamente, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo, que numa tradução livre seria o algo como: 
Devotar-se ao Sutra de Lótus, ou Devotar-se à Lei Mística da Causa e Efeito exposta 
pelo Buda no Sutra de Lótus.
Claro que isso é apenas uma tradução extremamente simplista dos caracteres que 
compõe o Nam-Myoho-Rengue-Kyo, e não expõe toda a profundidade da Lei Mística, 
que é a expressão da verdade última da vida.
O Nam-Myoho-Rengue-Kyo cobre todas as leis, toda a matéria e todas as formas de 
vida existentes no Universo. em outras palavras, é a vida do Buda que alcançou a 
suprema Iluminação. Se expandirmos ao espaço ilimitado, é idêntica à vida do 
Universo, e se condensarmos ao espaço limitado, é igual a vida individual dos seres 
humanos.
A natureza de Buda está exatamente dentro de cada um de nós. É o Nam-Myoho-
Rengue-Kyo. Quando entoamos o Daimoku a natureza de Buda dormente dentro das 
nossas vidas é convocada. Invocado deste modo, o que desperta é o Buda. Quando 
um pássaro numa gaiola canta, os pássaros voando no céu vêm para baixo. Quando 
os outros pássaros se reúnem ao redor, o pássaro engaiolado tentará escapar. Do 
mesmo modo se recitarmos a Lei Mística, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo em voz alta, a 
natureza de Buda se revela e se alegra e nos acompanha. Se praticarmos 
corretamente, não haverá beco sem saída na vida. Uma vez que nos baseamos na Lei 
Mística, podemos definitivamente transformar as nossas vidas para o melhor e 
ultrapassaremos qualquer impasse. Em qualquer situação, seguir essa lei absoluta 
com fé absoluta é, na verdade a base da nossa prática.
Nam-Myoho-Rengue-Kyo! 
Para mais MP3s com Daimoku, Gongyo, Tradução do Sutra de Lótus, Vídeos e mais 
informações sobre o Budismo de Nitiren Daishonin acesse www.budanaweb.com.
Cesinha Chaves
cexa21@gmail.com
21 3139-3715 21 8898-8474