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WEBAULA 1 Contabilidade social e ambiental

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WEBAULA 1
Unidade 1 – SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E MARKETING VERDE
APRESENTAÇÃO
Olá, eu sou o Professor Regis Garcia e sou o responsável pela disciplina Contabilidade Social e Ambiental, portanto vamos ter a oportunidade de discutirmos alguns assuntos importantes relacionados a esse tema sempre buscando o enfoque organizacional.
Você terá a oportunidade nestas Web Aulas de conhecer algumas das informações relacionadas à origem da Contabilidade Social e Ambiental e também compreender em qual contexto ela se aplica partindo da visão sobre responsabilidade social e sustentabilidade que são assuntos muito discutidos no ambiente empresarial atualmente.
Um empreendimento sustentável, ou como também vimos ser definido atualmente, um empreendimento verde, se refere a uma organização que causa a partir de suas operações o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente, seja em termos globais ou sob um olhar mais regionalizado, local de instalação, comunidade de prática ou comunidade de abrangência do negócio, sociedade ampla (país, estado) ou economia.
Podemos considerar uma empresa sustentável aquela que imprime esforços no sentido de atender o Triple Bottom Line.
O Triple Bottom Line (TBL) pode ser definido como o conjunto de três perspectivas sobre as quais a empresa necessita atuar: pessoas, o ambiente ou planeta e o lucro. O TBL também é conhecido como "os três pilares" responsáveis por abranger os valores e os critérios que objetivam mediar as relações organizacionais no sentido de obtenção do sucesso em termos econômicos, ecológico e social.
Conforme se pode observar na Figura 1, as três perspectivas (econômica, ecológica e a social) possuem um ponto de intersecção, justamente o que representa a Sustentabilidade Empresarial (SE).
A representação significa que ao buscar o sucesso econômico que geralmente é o mais importante objetivo das empresas com fins lucrativos, as organizações sustentáveis não deixam de lado as demais perspectivas que representam as preocupações com o meio ambiente e com as relações humanas internas e externas à organização.
A partir da ratificação das normas das Nações Unidas e Local Governments for Sustainability (ICLEI) “Triple Bottom Line” para contabilização no início de 2007, esse padrão se tornou a abordagem dominante para a contabilidade do setor público.
No mesmo sentido estabeleceram-se padrões de medição da ONU de aplicação de capital natural e humano para auxiliar nas medidas exigidas pelo TBL. Um desses padrões de medição é o EcoBudgetque visa relatar as relações entre demanda e oferta de recursos de cunho ecológico no planeta.
Já no setor privado, um compromisso das organizações com a responsabilidade social, o que denominamos de Sustentabilidade Empresarial (SE) implica um compromisso com a comunicação TBL.
Muitas vezes, as empresas denominadas sustentáveis ¿¿possuem políticas avançadas em termos ambientais e concomitantemente de direitos humanos. De forma geral, os negócios são descritos “verde” correspondendo a alguns critérios sintetizados abaixo:
As organizações sustentáveis necessitam incorporar os princípios de sustentabilidade em cada uma de suas decisões, impactando todas as suas operações que devem estar sob essa mesma condição.
As organizações sustentáveis devem fornecer produtos ou serviços ecológicos de forma a substituir a demanda por produtos e serviços denominados de não ecológicos (não verdes).
As organizações sustentáveis são geralmente – e assim devem ser – mais verdes do que sua concorrência tradicional.
Elas fazem o compromisso permanente com os princípios ambientais em todo o espectro de suas operações comerciais.
Nesse sentido, uma empresa dita sustentável pode ser definida como qualquer organização que, de alguma forma, participa de atividades que sejam ambientalmente corretas ¿¿ou verdes, garantindo que todos os seus processos, produtos e atividades para sua fabricação sejam efetuados de forma adequada às preocupações ambientais e mantendo um resultado econômico positivo.
Tais exigências significam a manutenção de uma operação que satisfaça as necessidades do mundo contemporâneo, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Trata-se do processo de avaliação sobre como desenvolver produtos e serviços que tirem proveito da situação ambiental atual sem agressão ao meio ambiente e que garantam os recursos para gerações futuras.
A ideia é a geração de produtos com recursos renováveis, evitando-se assim a escassez de recursos cruciais para a sobrevivência da humanidade.
O Relatório Brundtland publicado em 1997 pela Organização das Nações Unidas (ONU) enfatizou que a sustentabilidade pode ser comparada a um banquinho de três pernas sendo essas representadas pelas pessoas, pelo planeta e pelo lucro.
Trata-se do processo de avaliação sobre como desenvolver produtos e serviços que tirem proveito da situação ambiental atual sem agressão ao meio ambiente e que garantam os recursos para gerações futuras.
A ideia é a geração de produtos com recursos renováveis, evitando-se assim a escassez de recursos cruciais para a sobrevivência da humanidade.
O Relatório Brundtland publicado em 1997 pela Organização das Nações Unidas (ONU) enfatizou que a sustentabilidade pode ser comparada a um banquinho de três pernas sendo essas representadas pelas pessoas, pelo planeta e pelo lucro.
O relatório Brundtland é denominado de “Nosso Futuro Comum” e foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (WCED) vinculado à Organização das Nações Unidas.
Os objetivos do relatório eram o multilateralismo e a interdependência das nações no processo de busca de um caminho para o desenvolvimento sustentável. Esse relatório procurou recuperar o espírito da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano durante a Conferência de Estocolmo que havia introduzido preocupações ambientais na esfera do desenvolvimento político formal.
Nosso Futuro Comum acabou introduzindo questões ambientais na agenda política e teve como objetivo discutir o meio ambiente e o desenvolvimento como uma questão única não dissociada como até então se percebia ocorrer em discussões sobre esses aspectos.
O documento reuniu e sintetizou observações escritas e testemunhos de pessoas com capacidade de opinião como representantes dos governos, cientistas e especialistas, institutos de pesquisa, empresas, representantes de organizações não governamentais e do público em geral a partir da realização de audiências públicas em todo o mundo.
As empresas sustentáveis procuram desenvolver a cadeia de abastecimento a partir do equilíbrio das três perspectivas por meio do Triple-Bottom Line considerando que a produção e distribuição sustentável afetam positivamente o meio ambiente, o crescimento dos negócios e da própria sociedade como um todo.
Podemos considerar uma empresa sustentável aquela que imprime esforços no sentido de atender o Triple Bottom Line.
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Unidade 2 – MARKETING VERDE
INFORMAÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS – MARKETING VERDE
O conceito de Marketing Verde diz respeito ao conjunto das ações empresariais no sentido de evidenciar suas iniciativas sustentáveis relacionadas à área ecológica.
Ele enfoca o uso de esforços de marketing que tenham como assunto ou tema projetos empresariais verdes, o que inclui planos de negócios corporativos de responsabilidade social e os esforços que visam colocar a empresa no rol daquelas sustentáveis.
Muitos clientes e consumidores que tenham por característica serem ambientalmente conscientes têm buscado pelo consumo de produtos e serviços ecológicos em detrimento daqueles que agridem o meio ambiente.
Esses produtos e serviços derivam de empresas que são socialmente responsáveis, portanto que se preocupam com o bem-estar social e segurança ambiental presente e minimização de riscos ambientais futuros.
Essas ações objetivam gerar para a empresa e também para a sociedade resultados positivos em termos de lucratividade, segurança ambiental e de bem-estarsocial. Denominamos de implicações do Marketing Verde as iniciativas que geram ações como adequações na cadeia produtiva, modificação de produto e processamento de embalagens e publicidade com enfoque na responsabilidade social e ambiental.
Conforme esclarece a associação Americana de Marketing, o Marketing Verde representa a comercialização de produtos que se contenham características ambientalmente seguras.
O Marketing Verde incorpora uma ampla gama de atividades que, conforme destacamos anteriormente, incluem a adequação e modificação dos produtos produzidos e comercializados pela organização.
Também se verificam mudanças no processo de produção desses produtos e serviços de forma a transformá-los em atividades sustentáveis.
As mudanças de embalagem, bem como a adequação e modificação da publicidade organizacional faz, portanto, a função de evidenciação ou divulgação dessas atividades sustentáveis criando uma imagem positiva da empresa no que se refere à responsabilidade social e ambiental.
Mesmo parecendo algo bastante acessível em termos conceituais, a definição mais profunda do que vem a ser o Marketing Verde não é uma tarefa tão simples já que vários significados acabam se cruzado, às vezes até mesmo gerando contradições como, por exemplo, a questão das definições de varejo envolvendo as questões sociais, ambientais que podem se apresentar de várias formas e com terminologias diferente.
Além da expressão Marketing Verde, outros termos são utilizados para representar a mesma coisa, como marketing ambiental ou marketing ecológico.
Essas novas abordagens pela quais o marketing expõe a empresa não se restringem à reorientação e aprimoramento do pensamento de marketing e das práticas existentes, mas, sobretudo visam contestar essas abordagens fornecendo uma nova perspectiva.
Os conceitos e terminologias vão além de uma simples definição dessa nova abordagem, incutindo um objetivo aos questionamentos sobre o marketing tradicional. O de contemplar as nuances da realidade social e ambiental das organizações e da própria disciplina nas atividades práticas do marketing.
A história do Marketing Verde começa com seu destaque no final da década de 1980. A American Marketing Association (AMA) realizou, no ano de 1975, o primeiro workshop sobre "MarketingEcológico". Derivados desse workshop os trabalhos resultaram em um dos primeiros livros sobre Marketing Verde, cujo título era "Marketing Ecológico", publicado nos EUA.
De lá para cá o número de pesquisas, eventos, consultorias profissionais e de disciplinas que contemplam o tema, entre outras iniciativas que evidenciam as aplicações do Marketing Verde cresceu substancialmente.
Em termos sintéticos, um modelo de Marketing Verde deve contemplar o mix que pode ser denominado de “4P”(s).
Produto: No sentido do produto como resultado da cadeia produtiva, consideramos que um fabricante deve oferecer produtos ecológicos, que não apenas não devem contaminar e colocar em risco o meio ambiente, mas devem possibilitar sua proteção e até mesmo liquidar ou anular possíveis danos ambientais.
Preço: No sentido de oferta e valor de mercado, consideramos que os preços desses produtos podem, resguardadas suas características de adequabilidade à responsabilidade ecológica, ser um pouco mais elevado do que as alternativas convencionais. Determinados grupos de consumo ou até mesmo empresas que utilizem matérias-primas verdes estão dispostos a pagar um pouco mais por produtos verdes desde que comprovadamente esses garantam a segurança ambiental. É uma questão de percepção de valor que está bastante presente e em crescimento na sociedade de consumo nos últimos anos. Acesse o vídeo no link abaixo sobre a Lei da Oferta e da Procura que tem muito a ver com a discussão sobre o preço dos produtos. Link: 
Place “Local”: Sob o aspecto da logística de distribuição é de suma importância por se tratar de uma variável crucial para o desempenho ecológico da cadeia produtiva, bem como igualmente importante é a embalagem ecológica envolvida nesse processo. A comercialização de produtos locais e sazonais, por exemplo, de hortifrutigranjeiros regionais, é bem mais propenso a resguardar as características de uma comercialização "verde" do que os produtos importados que às vezes são regidos por normas diversas das vigentes no país importador.
Promoção: A comunicação com o mercado deve destacar os aspectos ambientais, por exemplo, evidenciar que a empresa possui um certificado de qualidade ou de adequação, como o ISO 14000. Esses aspectos devem se divulgados para melhorar a imagem da empresa perante a sociedade que tem a expectativa de verem retornados seus investimentos na aquisição de produtos de consumo. Os investimentos em proteção ambiental devem ser adequadamente comunicados pelo Marketing e anunciados de forma a valorizar essas iniciativas como um retorno da empresa para com a sociedade.
Outro aspecto fundamental é a possibilidade de que a empresa evidencie a manutenção do ambiente na sua forma mais natural possível. E por último, os produtos ecológicos provavelmente exigirão promoções especiais de vendas sempre destacando seus diferençais ecológicos.

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