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Questões História Econômica Mundial

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01) Na proposta metodológica que adotamos para o estudo da história econômica (materialismo dialético), reconhecemos que as formações sociais são estruturadas em dois níveis distintos: a infraestrutura (onde se encontram as forças produtivas e as relações sociais de produção) e a superestrutura (onde se encontra toda uma serie de instituições sociais, tais como o Estado, as leis, as ideias, a religião, a moral, as artes, etc..). No tocante à interação entre esses dois níveis das relações sociais, déssemos que, apesar da natureza dialética dessa interação, cabe às forças produtivas a primazia no processo das transformações da sociedade. Qual a lógica de sustentação desse argumento?
As forças produtivas acabam por transformar a sociedade pois é o que resulta em trocas de experiências e ideias entre os seres humanos, e essas relações resultam em leis, valores éticos e culturais, crenças, e essas trocas trazem como resultado a formação das instituições.
02) As relações sociais de produção das sociedades primitivas foram aos poucos ganhando contornos específicos determinados pelo nível de desenvolvimento das forças produtivas daquele tempo histórico. Por que o regime de trabalho coletivo e o nomadismo se consolidaram como exemplos de relações sociais de produção das sociedades primitivas? 
Esses regimes correspondem ao estágio de desenvolvimento cultural do homem e dos meios de produção primitivos. O nomadismo trazia consigo a importância de se relacionar com outras tribos, e o trabalho coletivo, era uma necessidade, c om a ausência de classes sociais, onde a aptidão de cada um é sempre útil para alguma coisa. 
03) Desde as sociedades primitivas os homens se relacionam e se organizam, ainda que intuitivamente, para garantir sua sobrevivência em um ambiente hostil. Como se caracterizavam as primeiras formas da divisão social do trabalho?
Nas sociedades primitivas, o homem era desprovido de conhecimento, então não existiam divisões de trabalho.
O aparecimento da propriedade privada está diretamente ligado ao surgimento da divisão social do trabalho, por sequencia tem-se a passagem à pecuária e à agricultura, primeiro nas comunidades, depois aos seus redores, onde diversas pessoas passam a se dedicar a diversos tipos de atividades produtivas.
Com o tempo, essas propriedades se desenvolveram e foram criando interesses entre diversos grupos de vizinhos, e então se dá origem às relações de troca, onde algumas pessoas aproveitavam-se de suas posições para enriquecer. 
04) Porque o regime de trabalho escravo não se desenvolveu nas sociedades primitivas?
O trabalho do homem primitivo não criava excedente algum depois de cobrir as necessidades vitais mais prementes, ou seja, não criava um produto suplementar. Isto explica por que razão na sociedade primitiva não podiam existir classes nem se chegou a conhecer a exploração do homem pelo homem. A propriedade social só existia dentro dos limites de cada comunidade; tratava-se de pequenas comunidades. 
Na sociedade primitiva, as atividades de trabalho dos homens baseavam-se na cooperação.
05) Porque as sociedades primitivas praticamente não conheceram as atividades mercantis? 	
Porque as atividades mercantis se baseiam na troca, cenário esse que não acontecia na sociedade primitiva, uma vez que o que era produzido na comunidade seria destinado para consumo dentro da mesma. 
06) Como se deu o aparecimento de excedentes econômicos nas sociedades humanas? 
Tribos, dedicadas ao pastoreio, experimentavam a necessidade de produtos agrícolas. Por sua vez, as tribos que viviam da agricultura conseguiram, com o tempo, certos progressos na produção. Agricultores e pastores sentiam, pois, cada qual de sua parte, a necessidade de adquirir os objetos que não podiam produzir na sua própria economia; conseguiram-no por meio da troca. A troca criou, desde os tempos remotos, relações econômicas entre as tribos de pastores e as de agricultores.
Os meios de subsistência (alimentos) parecem ter sido a primeira forma de riqueza a ser submetida à ‘apropriação privada’, muito antes da existência do fenômeno das trocas. A razão para que isso acontecesse, foi o aparecimento da produção de excedentes econômicos, resultante do advento da produção agrícola.
07) A historia da humanidade é uma historia e violência. Mesmo nas sociedades primitivas as guerras já se faziam presentes. Como caracterizar as guerras dos tempos primitivos?
As guerras se davam por conta da escassez dos recursos ali presentes, uma vez que suas ações são guiadas pelo instinto, quando deparados com situações de dificuldades, para prover o sustento da comunidade praticavam atos grotescos, como o canibalismo.
08) Como devemos caracterizar o processo de transição do primitivismo ao escravismo?
Necessidade de organização, desenvolvimento do regime de propriedade privada, desenvolvimento do regime de trabalho individual, surgimento do regime de apropriação (distribuição) privada e do trabalho escravo, diferenciação social baseada na riqueza e formação de castas ou classes sociais, produção de excedentes, etc. 
Foi um processo lento e conflituoso, marcado pela violência, baseado também em transformação e desenvolvimento. 
10) As sociedades escravistas forma a primeira forma de sociedade de classes. Nelas existiam basicamente duas classes sociais: a dos proprietários (grandes e pequenos) e a dos escravos. Qual a lei fundamental do desenvolvimento dessas sociedades escravistas?
Pode definir-se, portanto, como a produção de produto suplementar para ser apropriado pelos escravagistas, mediante a feroz exploração das massas de escravos que lhes pertenciam em plena propriedade.
O modo de produção escravagista abriu maiores possibilidades de desenvolvimento das forças produtivas que o regime da comunidade primitiva. O grande número de escravos concentrado nas mãos do Estado e dos escravagistas permitia utilizar, em grande escala, a cooperação simples do trabalho.
11) Porque o trabalho dos escravos apresentava baixa produtividade e quais as consequências dessa baixa produtividade do trabalho escravo para a economia? 
A produção, na sociedade escravagista, prosseguia na finalidade de obter o produto excedente criado pelo trabalho dos escravos e apropriado pelos escravagistas. Devido à falta de interesse dos escravos pelo trabalho que rendiam aos seus donos, e à baixa produtividade deste trabalho, os escravagistas asseguravam a criação do produto suplementar empregando a cooperação do trabalho de massas de escravos e mediante a desumana exploração destes. A possibilidade deste tipo de exploração era devida ao fato de os escravos pertencerem em plena propriedade aos escravagistas e à enorme afluência de massas de escravos baratos como resultado das conquistas. A luta destes contra as brutais formas de exploração a que eram submetidos traduzia-se, com frequência cada vez maior, em sublevações armadas. Este fato minava os próprios fundamentos da economia escravagista.
13) Como você caracterizaria as guerras nas sociedades escravistas? 
Os Estados escravagistas sustentavam guerras incessantes, com o objetivo de submeter, pela força, outros povos. 
14) O que é dinheiro e porque ele aparece e ganha importância somente com o desenvolvimento das Sociedades Escravistas? 
Embora a troca tivesse um caráter puramente ocasional, alguns produtos do trabalho trocavam-se diretamente por outros. Mas, à medida que a troca se foi alargando e convertendo numa operação usual, destacou-se pouco a pouco, entre as demais, uma mercadoria que era aceita de bom grado em troca de outra qualquer. Esta mercadoria começou a desempenhar as funções de dinheiro. O dinheiro é a mercadoria universal que serve para medir o valor de todas as demais e que atua como intermediária nas operações de troca.
Só ganha importância na sociedade escravista, pois é onde começam as relações de troca.
15) Porque a pratica da usura (empréstimo de dinheiro à juros) era tão vivamente condenada por gregos e romanos na antiguidade clássica? 
Pois contribuiu paraenriquecer uns e subjugar, economicamente, outros.
16) Qual a razão ou razões do colapso das Sociedades Escravistas? 
Como a grande produção escravagista já não era economicamente rentável, os escravagistas começaram a dividir suas propriedades em pequenas parcelas, que entregavam em determinadas condições aos antigos escravos libertos ou a cidadãos antes livres, obrigados, agora, a suportar numerosos tributos e prestações em benefício do proprietário da terra. Os novos agricultores ficavam vinculados às parcelas de terra e podiam com elas ser vendidos. Mas tinham deixado de ser escravos. Surgiu assim uma nova camada de pequenos produtores, que ocupavam uma posição intermediária entre os homens livres e os escravos e estavam, até certo ponto, interessados no seu trabalho. Recebiam o nome de colonos e foram os antecessores dos servos da Idade Média. No seio da sociedade escravagista geravam-se, deste modo, os elementos de um novo modo de produção, o regime feudal. A história das sociedades escravagistas dos países do antigo Oriente, da Grécia e Roma, demonstra como, ao desenvolver-se a economia escravagista, se intensificou a luta de classes das massas escravizadas contra os seus opressores. As sublevações dos escravos fundiam-se com a luta dos pequenos camponeses explorados contra a minoria escravagista, contra os grandes proprietários de terra.
17) Por que o recuo demográfico europeu, ocasionado pelos conflitos internos e externos que se alastraram pelo Império Romano durante seu declínio, provoco um impacto tão negativo nas economias europeias pós-escravistas? 
09) Porque os homens passaram a escravizar seus semelhantes? 12) Por que, nas sociedades escravistas, o comercio de escravos teve tamanho florescimento, se tornando um dos negócios mais rentáveis da economia? 
Com o desenvolvimento das forças produtivas, o trabalho humano aplicado à pecuária e à agricultura, começou a proporcionar mais meios de subsistência do que os estritamente necessários para manter a vida do homem. Surgiu assim a possibilidade de apropriação do trabalho suplementar e do produto suplementar, ou seja, o excedente de trabalho e de produto para além da satisfação das necessidades de subsistência do próprio trabalhador e de sua família. Deste modo revelava-se desvantajoso matar os prisioneiros, como frequentemente se fazia; tornava-se mais proveitoso pô-los a trabalhar, convertidos em escravos, apoderados pelas famílias mais aristocratas e ricas. Por sua vez, o trabalho dos escravos acentuava a desigualdade, já que as economias em que se empregava o trabalho dos escravos enriqueciam rapidamente. E, ao acentuar-se a desigualdade patrimonial, os ricos iam convertendo em seus escravos não só os prisioneiros de guerra, como também os seus próprios parentes e irmãos de tribo, arruinados e sobrecarregados de dívidas. Assim surgiu a primeira divisão da sociedade em classes, a divisão em escravagistas e escravos. Apareceu a exploração do homem pelo homem, quer dizer, apropriação gratuita por uns, do trabalho de outros.

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