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Tricomoníase Introdução Doença causada pela infecção do protista Trichomonas vaginalis - Três espécies de Trichomonas parasitam o homem sendo elas (T. vaginalis, T. tenas e T. hominis). - Somente a Trichomonas vaginalis é patogênica. - Apresenta um ciclo monóxeno tendo o homem como hospedeiro único, conhecido também como antroponose. - É a DST não viral mais comum no mundo. Morfologia da Trichonoma vaginalis Apresenta somente uma forma (Trofozoíto) - São ovais ou elipsoides. - Possui quatro flagelos sendo anteriores livres. - Sua membrana é ondulante. - Tem uma estrutura rígida ao longo do eixo longitudional do corpo. Mecanismo de transmissão da tricomoníase Evolução da tricomoníase O parasito é transmitido pela relação sexual - O parasito pode sobreviver sobre o prepúcio por mais de 7 dias após a infecção. - A mulher é infectada quando os parasitos presentes na mucosa da uretra masculina são transportados para a vagina após a ejaculação. O estabelecimento do parasito depende do aumento de ph vaginal - Os parasitas necessitam de um ph variante entre 5 e 7,5, sendo que o ph vaginal normal varia entre 3,8 e 4,5. - Período de incubação dura de 3 a 20 dias. - O parasito adere ao epitélio do trato genital. - Os sintomas surgem devido a resposta imunológica local contra as moléculas liberadas pelo parasito. - Acontece a formação de pontos hemorrágicos. Sintomatologia feminina - Muitos casos são assintomáticos. - Corrimento vaginal fluído sendo ele amarelo esverdeado, com aspecto bolhoso e fétido. - Irritação vulvovaginal (Prurido) - Dores no ventre e dores ao urinar. Sintomatologia masculina - Comumente assintomático. - Irritação na uretra (Prurido). - Dores ao urinar. - Uretrite com presença de fluído leitoso. Relação entre a tricomoníase e a gravidez A resposta inflamatória pode causar alterações na membrana fetal - Caso ocorra alteração na membrana fetal decorrente da infecção pode acontecer uma ruptura precoce. - A ruptura precoce pode ocasionar partos prematuros, recém nascidos com baixo peso ou até mesmo a morte neonatal. - Quando se fala em sintomas pós parto, pode acontecer uma endometrite pós parto. A resposta inflamatória pode alterar a estrutura tubária - As alterações decorrentes da resposta imunológica envolve a destruição de células tubárias e também de células ciliadas da mucosa tubária. - Este fato inibe o fluxo dos espermatozoides ao longo da tuba uterina. - Mulheres que já sofreram de tricomoníase tem duas vezes mais casos de infertilidade do que as mulheres que não foram infectadas. Relação entre tricomoníase e HIV A resposta inflamatória contra a T. vaginalis aumenta a exposição e transmissão do vírus HIV - Os pontos hemorrágicos na mucosa permitem o acesso direto do vírus á corrente sanguínea. - A resposta imune ao parasito envolve a mobilização dos linfócitos T do tipo CD4, célula alvo do vírus HIV. - O parasito pode degradar a protease do trato genital que atua atrapalhando o ataque do HIV as células CD4. - Pessoas com tricomoníase tem 8x mais chance de se infectar e transmitir o HIV. Epidemiologia É a DST não viral mais comum no mundo - A sua incidência é de 170 milhões de casos ao ano. - A incidência é dependente de fatores comuns a outras DSTS - Idade - Atividade Sexual - Número de parceiros sexuais - Coninfecção com outras DSTS A prevalência é maior em grupos de nível socioeconômico mais baixo - É incomum na infância. - Casos de transmissão no parto de mães infectadas chega a 5 porcento. - Prevalência em homens é 50-60 porcento menor que nas mulheres (eliminação mecânica por urina e sêmen). Diagnóstico Clínico - Inviável pois se assemelha a outras DSTS. Laboratorial - No homem é realizado uma pesquisa de parasitos em material uretral coletado por swab, e também em amostras de sêmen. - Na mulher é feito uma pesquisa parasitária no material genético trato vaginal também coletado em swab. Imunológicos - ELISA, não utilizado na rotina diagnóstica. Profilaxia e tratamento Estratégia profilática similar as demais DSTS - Tratamento dos doentes. - Conscientização do sexo com proteção. Tratamento - Metronidazol, Tinidazol, Ornidazol, Nimorazol, Carnidazol, Secnidazol.
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