PORTIFOLIO FUND PEDG, DO ESPO CICLO 2

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Objetivos 
 Compreender o conceito de Esporte. 
 Refletir sobre a utilização do Esporte na escola para a formação do cidadão. 
Descrição da Atividade 
Com base nas leituras propostas, elabore a proposta a seguir: 
1) Fundamentado no material estudado, você deve escrever um texto, com as suas palavras, explicando como podemos definir Esporte, isto é, como posso qualificar uma atividade como esportiva. Nesse texto, você também deve explicar a diferença dos conceitos de "esporte na escola" e "esporte da escola". Considere para a resposta os códigos esportivos citados por Bracht (2000). 
Após a descrição dos conceitos elencados anteriormente (Esporte, esporte na escola, esporte da escola), descreva uma aula em que seja possível observar a aplicação do conceito do esporte da escola.
Ao longo dos anos diversos autores buscam a definição para o que chamamos de esporte, ou seja, uma busca por uma caracterização adequada deste conceito. Termo esse bastante indagado, principalmente com respeito a pratica do mesmo dentro do conteúdo escolar da Educação Física.
De acordo com (apud Betti,1991) que conceitua o esporte como:
 ação social institucionalizada, com regras, desenvolvida a partir de uma base lúdica, em forma de competição entre adversários ou contra a natureza, que tem como objetivo designar um vencedor ou registrar um recorde, por meio de uma comparação de desempenhos.
 (apud. Bracht ,1986) define o “esporte como uma atividade corporal”. Tendo como caracterização a “competição, o fair-play, o rendimento, o recorde e as apostas”. Diante da conceituação desses autores em relação ao esporte, podemos perceber que até então, o esporte era caracterizado e definido apenas como esporte de rendimento, regido por regras, instituídas pelos organizadores das competições, com códigos que segundo (apud. Bracht ,1986) se resumem apenas: 
princípio do rendimento atléticodesportivo, competição, comparação de rendimentos e recordes, regulamentação rígida, sucesso esportivo e sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas. visando apenas os elevados níveis das habilidades físicas e a busca incessante por melhores resultados ruma a vitória.
Visto dessa forma, o esporte sendo desenvolvido nas aulas de educação física na escola teria o objetivo apenas, de selecionar os alunos mais habilidosos, que se destacassem para formação de equipes que pudessem representar o país. Desta forma temos o esporte “na” escola, como diz Soares et al. (1992), onde só o cenário é mudado, mas que os códigos seguidos e a finalidade gira em torno do rendimento, ou seja, havendo somente um prolongamento da própria instituição esportiva dentro da escola. Já trocando a preposição “na”, utilizada anteriormente, por “da”, nos deparamos com um contexto diferenciado, onde a escola não segue tais códigos instituídos, tendo uma nova visão, onde os alunos possam aprender com o espo
Em Soares et al. (1992), a crítica ao modo como o esporte é utilizado nas aulas de Educação Física é reforçada, pois, para os autores, a disciplina assume os códigos do esporte de tal forma que temos, então, não o esporte "da" escola, e sim o esporte "na” escola. A troca de preposições indica sua subordinação aos códigos/ sentidos da instituição esportiva, caracterizados, por exemplo, pelo rendimento máximo e identificação de talentos, em que o professor assume o papel de treinador e os alunos tornam-se seus atletas. Estas são características do esporte "na" escola, simplesmente reproduzido no ambiente escolar com as características do rendimento. No esporte "da" escola, o conteúdo é redimensionado, deixando de ser utilizado como um fim para tornar-se um meio para a formação dos alunos. Nesse sentido, a subordinação ao modelo esportivo perde o sentido, pois não é mais necessário utilizar a padronização esportiva, com suas regras e códigos, característicos das competições de alto nível
Grosso modo, o esporte, ainda que possua uma multiplicidade de significados, substitui a ginástica como técnica corporal e conteúdo cardeal da Educação Física que precisa ser apropriado pelos indivíduos desde a década de 60 do século 20. Sua
O esporte sofre no período do pós-guerra um grande desenvolvimento quantitativo. Afirma-se paulatinamente em todos os países sob a influência da cultura européia, como o elemento hegemônico da cultura de movimento. No Brasil, as condições para o desenvolvimento do esporte, quais sejam, o desenvolvimento industrial, com a conseqüente urbanização da população e dos meios de comunicação de massa, estavam agora, mais do que antes, presentes (...). Tão logo de sua universalização, a Educação Física assume os códigos de uma outra instituição [a instituição esporte], e de tal forma que temos então não o esporte da escola e sim o esporte na escola, o que indica a sua subordinação aos códigos/sentidos da instituição esportiva. O esporte na escola é um prolongamento da própria instituição esportiva. Os códigos da instituição esportiva podem ser resumidos em: princípio do rendimento atléticodesportivo, competição, comparação de rendimentos e recordes, regulamentação rígida, sucesso esportivo e sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas. O que pode ser observado é a transplantação reflexa destes códigos do esporte para a Educação Física. Utilizando uma linguagem sistêmica, poder-se-ia dizer que a influência do meio ambiente (esporte) não foi/é selecionada (filtrada) por um código próprio da Educação Física, o que demonstra sua falta de autonomia na determinação do sentido das ações em seu interior.
Para tanto, o esporte tratado na escola confere um significado menos central à competição e ao rendimento máximo, permitindo aos alunos a vivência de outras formas de prática esportiva, que privilegiem, por exemplo, a cooperação e o rendimento possível.