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Modelagem de Sistemas Dinâmicos Sistemas Elétricos III Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso Características fundamentais » Modelagem utiliza as Leis de Kirchhoff; » A ordem da Equação Diferencial do Circuito, e portanto, a ordem de sua Função de Transferência, será dada pela quantidade de elementos armazenadores de energia (indutores e capacitores) presentes no circuito. Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 2 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos Relações constitutivas dos modelos Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 3 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos Componente Tensão Corrente Resistor 𝑣𝑅 = 𝑅 . 𝑖 𝑖 = 𝑣𝑅 𝑅 Capacitor 𝑣𝐶 = 1 𝐶 න 𝑖 𝑑𝑡 𝑖𝑐 = 𝐶. 𝑑𝑣𝑐 𝑑𝑡 Indutor 𝑣𝐿 = 𝐿. 𝑑𝑖 𝑑𝑡 𝑖𝐿 = 1 𝐿 න𝑣𝐿𝑑𝑡 Relações constitutivas dos modelos: Laplace Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 4 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos Componente Tensão Corrente Resistor 𝑉𝑅 = 𝑅 . 𝐼 𝐼 = 𝑉𝑅 𝑅 Capacitor 𝑉𝐶 = 1 𝐶. 𝑠 𝐼 𝑖𝑐 = 𝐶. 𝑠. 𝑉𝑐 Indutor 𝑉𝐿 = 𝐿. 𝑠. 𝐼 𝑖𝐿 = 1 𝐿. 𝑠 𝑉𝐿 A relação: 𝑉 𝑠 𝐼 𝑠 = 𝑍(𝑠) é denominada IMPEDÂNCIA COMPLEXA Exemplo 1: Circuito RLC-Série Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 5 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos Exemplo 1: Circuito RLC-Série • A partir da Lei de Kirchhoff, temos: • Onde, vR é a tensão no Resistor, vL a tensão no Indutor e vC a tensão no Capacitor. • Também sabemos que: • Substituindo essas relações em (1): Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 6 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos 𝑥 𝑡 = 𝑣𝑅 𝑡 + 𝑣𝐿 𝑡 + 𝑣𝐶 𝑡 (1) 𝑣𝑅 = 𝑅. 𝑖 𝑥 = 𝑅. 𝑖 + 𝐿. 𝑑𝑖 𝑑𝑡 + 1 𝐶 න 𝑖 𝑑𝑡 (2) 𝑣𝐿 = 𝐿. 𝑑𝑖 𝑑𝑡 EDO do Circuito RLC 𝑣𝑐 = 1 𝐶 න 𝑖 𝑑𝑡 Exemplo 1: Circuito RLC-Série Estamos interessados na relação entrada/saída, portanto, devemos eliminar a corrente da Equação (2). Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 7 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos 𝑋 𝑠 = 𝑉𝑅(𝑠) + 𝑉𝐿(𝑠) + 𝑌(𝑠) 𝑌 𝑠 = 𝑉𝑐 = 1 𝐶. 𝑠 . 𝐼 𝑉𝐿 𝑠 = 𝐿. 𝑠. 𝐼 𝑉𝑅 𝑠 = 𝑅. 𝐼 𝐼 = 𝑌. 𝐶. 𝑠 𝑋 = 𝑅. 𝑌. 𝐶. 𝑠 + 𝐿. 𝑠. (𝑌. 𝐶. 𝑠) + 𝑌(𝑠) 𝑋 = 𝑌(𝐿𝐶𝑠2 + 𝑅𝐶𝑠 + 1) Exemplo 1: Circuito RLC-Série Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 8 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos 𝑌(𝐿𝐶𝑠2 + 𝑅𝐶𝑠 + 1) = 𝑋 𝑌 𝑋 = 1 𝐿𝐶𝑠2 + 𝑅𝐶𝑠 + 1 Função de Transferência do Circuito RLC Exemplo 2: Circuito RLC-Paralelo Determine a Função de Transferência do circuito abaixo: Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 9 1 – Modelagem de Circuitos Elétricos Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Reatâncias circuitos RC e RL são um dos mais simples filtros eletrônicos analógicos existentes (passa-baixas e passa-altas, respectivamente). eles filtram frequências a partir das relações: Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 10 2 – Filtros 𝑠 = 𝑗𝜔 𝑋𝑐 = 1 𝑗𝜔𝐶 𝑍𝑐 𝑠 = 𝑉 𝑠 𝐼 𝑠 = 1 𝑠. 𝐶 𝑠 = 𝑗𝜔 𝑋𝐿 = 𝑗𝜔𝐿𝑍𝐿 𝑠 = 𝑉 𝑠 𝐼 𝑠 = 𝐿. 𝑠 Reatância Capacitiva Reatância Indutiva Conceitos Largura de banda: faixa de frequências que o filtro permite a passagem; Frequencia de corte: frequencia na qual a potência do sinal é atenuada pela METADE ao passar pelo filtro (corresponde a um ganho de 1/ 2). Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 11 2 – Filtros 𝜔𝐶 = 1 𝑅. 𝐶 𝑟𝑎𝑑/𝑠 𝑓𝐶 = 1 2𝜋𝑅. 𝐶 𝐻𝑧 𝜔𝐿 = 𝑅 𝐿 𝑟𝑎𝑑/𝑠 𝑓𝐶 = 𝑅 2𝜋𝐿 𝐻𝑧 Conceitos Circuitos RL e RC: são filtros de primeira ordem; Filtros formados por circuito RLC: filtros de 2º ordem, mais sofisticados e próximos do comportamento ideal. Resposta de um filtro de 2ª ordem depende de alguns parâmetros: Ganho K: corresponde a amplificação ou atenuação da saída; Frequencia de canto (𝜔0): frequencia em que o ganho cai em 3dB (ou metade da potência); Fator de Qualidade (Q): controla a forma da resposta na transição da banda passante para a banda de rejeição. Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 12 2 – Filtros Conceitos Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 13 2 – Filtros Resposta do filtro de 2ª ordem para diferentes valores de Q e 𝜔0 = 1 Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Conceitos O projeto de filtros pode ser mais detalhado em estudos de Resposta em Frequencia (Teoria de Controle) e Filtros Digitais (Processamento Digital de Sinais); O objetivo desta seção é apresentar um conjunto de parâmetros para definir os modelos de filtros de 2ª ordem padrão. Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 14 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Filtro Passa-Baixa Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 15 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Filtro Passa-Alta Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 16 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Filtro Passa-Faixa Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 17 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Filtro Rejeita-Faixa Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 18 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Exemplo 3: Filtro Passa-Alta Determine a Função de Transferência do FPA abaixo. Em seguida encontre a frequencia de canto e o fator de qualidade para R=2,7kΩ, L=20mH e C=2,2μF Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 19 3 – Projeto de Filtro de 2ª ordem Fonte: Tavares, 2017 (AVA) Exemplo 4: detecção de obstrução da artéria coronária A obstrução da artéria coronária, em alguns casos, está sendo diagnosticada por meio de técnicas não invasivas, como o uso de microfones sensíveis para detectar anomalias acústicas de fluxo. Com o objetivo de prever as propriedades sonoras da artéria esquerda, foi desenvolvido um modelo que a divide em 14 segmentos: Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 20 4 –Avançando na Prática Fo n te : T av ar es , 2 01 7 (A V A ) Exemplo 4: detecção de obstrução da artéria coronária Cada segmento é então modelado pelo circuito elétrico RLC, dado pela Figura (b), o que resulta no modelo completo da artéria, como mostra Figura (c). Nesse modelo elétrico a pressão (P) é análoga à tensão, em volts, e o fluxo sanguíneo (Q) é análogo à corrente elétrica, em amperes. Sendo os valores dos elementos passivos o modelo do segmento 5, dado por: R=8906Ω, C=0,21F, L=140,5H, qual seria a relação entre o fluxo sanguíneo e saída pela pressão de entrada para esse segmento? Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 21 4 –Avançando na Prática Livro Digital – Unidade 2: Seção 2: situação-problema (p.35) – Unidade 2: Seção 2: exercícios (pp. 38 e 39) AVA: – Unidade 2 – Encontro 2 – Pós-Aula: U2S2 - Atividade de Aprendizagem Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 22 Atividades Recomendadas Prof. Rodrigo de Toledo Caropreso 23 REFERÊNCIAS • TRIVELATO, G.C., Técnicas de Modelagem e Simulação de Sistemas Dinâmicos. INPE-9665-NTC/358. São José dos Campos, 2003. • AFONSO, A. P., Modelagem Matemática: Introdução aos Sistemas de Controle. Disponível em: http://www.matematiques.com.br. Acesso em: 15/01/2015. • GARCIA, C. Modelagem e Simulação de Processos Industriais e de Sistemas Eletromecânicos. 2ª ed. São Paulo: EDUSP - Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
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