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Defina neoplasia, câncer e tumor
Neoplasia é uma massa anormal de tecido, como um resultado do crescimento anormal ou divisão de células. Antes do crescimento anormal (neoplasia), as células freqüentemente sofrem um padrão anormal de crescimento, tais como a metaplasia ou a displasia.
Neoplasia é um termo usado para designar uma proliferação celular anormal, excessiva e descoordenada, que não cessa quando o estimulo inicial termina.
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. As células saudáveis se multiplicam quando necessário e morrem quando o organismo não precisa mais delas. O câncer ocorre quando o aumento de células do corpo está fora de controle, e elas se dividem muito rápido. Também pode ocorrer quando a célula "se esquece" de morrer.
Tumor: significa um acúmulo de tecido, causado por um crescimento anormal das células, em qualquer parte do corpo. As células normalmente nascem, exercem suas funções no organismo e quando perdem suas funções ou sofrem danos, morrem, dando lugar a novas células.
 2- Comente a variação por região e por época (data) na incidência de mortalidade por
doenças neoplásicas.
 As taxas de mortalidade das macrorregiões incluem o câncer em diferentes posições, porém sempre ocupando as primeiras causas de morte, ao lado das doenças do aparelho circulatório, causas externas, doenças do aparelho respiratório, afecções do período perinatal e doenças infecciosas e parasitárias.
Importa ressaltar que, à exceção da Região Sul, as causas externas foram, em 1994, o segundo maior grupo de causas de morte, no Brasil, e que, na Região Norte, as afecções perinatais constituíram, naquele mesmo ano, a terceira causa de morte por doença, superando as doenças infecto-parasitárias e as do aparelho respiratório.
Pelos últimos dados disponíveis, o câncer, no Brasil, se constitui na segunda causa de morte por doença, tendo sido os neoplasmas responsáveis, em 1994, por 10,86% dos 887.594 óbitos registrados. Dos óbitos por neoplasias, 53,81% ocorreram entre os homens e 46,05%, entre as mulheres. Somente na Região Nordeste, as neoplasias representam a terceira causa de morte por doença, respondendo por 6,34% dos óbitos atestados, mesmo assim ficando apenas 0,02 ponto percentual aquém das doenças infecciosas e parasitárias. Nas demais regiões, os neoplasmas seguem-se às doenças cardiovasculares, e a sua proporcionalidade aumenta à medida que se desloca para o sul: 7,83% (Região Norte), 9,89% (Região Centro-Oeste), 11,93% (Região Sudeste) e 15,9% (Região Sul).
a mortalidade proporcional por câncer, entre todos os óbitos registrados no Brasil de 1989 a 1994, distribuída por localização do tumor primário. Evidencia-se uma diminuição progressiva, em maior ou menor grau, da mortalidade proporcional devida a leucemias e aos cânceres de esôfago, estômago, laringe e colo uterino, e o aumento, também progressivo e em maior ou menor grau, da proporcionalidade dos cânceres de cólon, pâncreas, pulmão, reto, mama e próstata.
Utilizando-se de um parâmetro mais fidedigno, o coeficiente ajustado por idade, vê-se que a mortalidade por câncer do colo uterino no período de 1980 a 1994 é quase estacionária, e a por câncer de estômago, descendente. Já a devida aos cânceres de mama, pulmão e próstata é ascendente.
3-Defina parênquima e estroma tumoral
O parênquima é um tecido vegetal meristemático constituído por células vivas, denominadas parenquimáticas, de diversos formatos. Essas células apresentam uma parede constituída por celulose, hemicelulose e substâncias pécticas, que constituem a sua parede celular primária. Em alguns casos, as células parenquimáticas podem desenvolver paredes secundárias.
O tecido parenquimático, presente em todos os órgãos das plantas, tem alto poder de divisão celular, o que pode acontecer mesmo após a diferenciação celular. Diante disso, pode-se observar a sua atuação no processo de cicatrização e regeneração de tecidos, além de originar estruturas adventícias e, em condições ideais, células embrionárias (totipotentes).
Estroma é representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumorais.
 4- Como é realizada a nomenclatura dos tumores benignos e malignos? Cite um exemplos e
exceções à regra geral.
Os tumores benignos e malignos têm dois componentes básicos: parênquima que é constituído por células neoplásicas e estroma que é composto por tecido conjuntivo e vasos sangüíneos. A nomenclatura dos tumores é baseada na origem das células do parênquima. Nas neoplasias benignas acrescenta-se o sufixo OMA à célula de origem. Os tumores benignos de células mesenquimais geralmente seguem esta regra. Por exemplo: neoplasia benigna de fibroblasto é chamada de fibroma. Como toda regra há exceções, linfoma, melanoma e mieloma múltiplo referem-se a neoplasias malignas. A nomenclatura dos tumores epiteliais benignos é baseada nas células de origem, arquitetura microscópica ou padrão macroscópico. As neoplasias benignas com estruturas glandulares são chamadas de adenomas e, papilomas são tumores epiteliais benignos que produzem projeções epiteliais. As neoplasias malignas de origem mesenquimal recebem o sufixo SARCOMA (sarco = carne) às células de origem. Os tumores malignos de fibroblastos são chamados de fibrossarcomas. As neoplasias malignas de origem epitelial recebem a denominação carcinomas. Os tumores malignos com padrão glandular são chamados de adenocarcinomas.
  A nomeação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou.
Exemplos:
tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
tumor benigno do tecido glandular – adenoma.
Exemplos:
Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele;
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem.   
 
5- Cite, por ordem decrescente, as três neoplasias mais frequentes no Brasil, para os homens e para as mulheres. Qual a neoplasia que apresenta maior taxa de mortalidade? Explique.
Homem: pele(28,9), estomago(10,6) e boca(8,5).
Mulher: Colo de útero (23,7), pele (23,4), mama (16,5).
 6- Defina diferenciação e anaplasia para células tumorais
O termo diferenciação refere-se ao grau em que as células neoplásicas assemelham-se às células normais. As neoplasias benignas apresentam células bem diferenciadas ou seja, semelhantes às células do tecido de origem. As neoplasias malignas apresentam células com grau variável de diferenciação. As células indiferenciadas são também chamadas de anaplásicas.
Diferenciação se refere à extensão em que as células tumorais lembram as células de origem , tanto morfológica quanto funcionalmente. A falta de diferenciação é chamada anaplasia. Em geral, 
Tumores benignos são bem diferenciados. A célula neoplásica em um tumor benigno do teci do 
Adiposo – o lipoma – parece tanto com o adipócito normal que pode ser impossível reconhecê-lo como tumor se examinarmos as células individualmente. Nesse caso, é apenas pelo f ato d e 
Se formar um nódulo que se pode evidenciar a natureza neoplásica da proliferação. Em tumores 
Benignos bem diferenciados, as mitoses são bastante escassas e sua configuração é normal.
7- Quais são as 5 característicasque permitem a caracterização das células como
anaplásicas? 
As células anaplásicas apresentam variação de tamanho e forma. As principais características da células anaplásicas são: 
Pleomorfismo; 
) Núcleo hipercromático;
 c) Relação núcleo-citoplasma aumentada; 
d) Aumento no tamanho e número dos nucléolos;
 e) Mitoses atípicas.
8- Diferencie tumores benignos e malignos com relação a ritmo de crescimento, invasão
local e metástase. 
Ritmo de crescimento: Genericamente a maioria das neoplasias benignas cresce lentamente e as malignas crescem rapidamente. Entretanto, alguns tumores benignos podem apresentar crescimento mais rápido que tumores malignos. O ritmo de crescimento depende do tipo de tumor e de alguns fatores como suprimento sangüíneo e hormonal. Invasão local: As neoplasias benignas crescem por expansão, permanecendo no local de origem, sem infiltrar ou invadir tecidos vizinhos ou provocar metástase para outros locais. As neoplasias benignas são geralmente circunscritas por uma cápsula de tecido fibroso que delimita as margens do tumor. Devido à cápsula, os tumores benignos formam massas isoladas, palpáveis e móveis, passíveis de enucleação cirúrgica. Entretanto, alguns tumores benignos são localmente invasivos e recidivantes, como os ameloblastomas e mixomas. As neoplasias malignas são invasivas provocando destruição dos tecidos adjacentes e podendo desenvolver metástase regional e à distância. Devido a essa característica invasiva, é necessária a ressecção cirúrgica de considerável margem de tecido aparentemente normal, conhecida como cirurgia radical. É preciso ressaltar que alguns tipos de câncer evoluem de uma lesão inicial conhecida como carcinoma in situ. Neste estágio as células tumorais estão restritas ao epitélio e não romperam a membrana basal com conseqüente invasão do conjuntivo. As ressecções cirúrgicas nesta fase são menores com um maior índice de cura.
Metástase: Metástase é a presença de células ou massas tumorais em tecidos que não apresentam continuidade com o tumor primário. É a principal característica das neoplasias malignas e a disseminação das células tumorais ocorre através dos vasos sangüíneos, linfáticos ou cavidades corporais. Todos os tipos de câncer podem provocar metástases, com poucas exceções como o carcinoma basocelular de pele e os gliomas (neoplasias de células gliais do SNC). O desenvolvimento de metástase diminui de maneira acentuada a possibilidade de cura dos pacientes. 
 9- Comente metástase por disseminação através de cavidades e superfícies corporais,
disseminação por via linfática e hematogênica. 
As principais vias de disseminação são: A) Disseminação através de cavidades e superfícies corporais: Esse tipo de disseminação ocorre quando células neoplásicas penetram em uma cavidade natural, como a peritonial. Em casos de carcinomas de ovário não é raro que as superfícies peritoniais fiquem revestidas por células neoplásicas. Outras cavidades corporais podem estar envolvidas como a pleural, pericardial e subaracnóide. B) Disseminação linfática: As células tumorais são transportadas pelos vasos linfáticos. É a via preferencial dos carcinomas, e a menos freqüente nos sarcomas. Os gânglios linfáticos regionais funcionam como barreiras contra a disseminação generalizada do tumor, pelo menos por algum tempo.
C) Disseminação hematogênica: É a via de disseminação mais utilizada pelos sarcomas, porém também pode ocorrer nos carcinomas. As artérias são mais resistentes que as veias a invasão tumoral. Os órgãos mais acometidos por essa disseminação são o fígado e o pulmão. 
10- Com relação a delimitação tecidual (histológica) como podemos diferenciar, em geral, os
tumores benignos dos malignos?
 As neoplasias benignas crescem por expansão, permanecendo no local de origem, sem
infiltrar ou invadir tecidos vizinhos ou provocar metástase para outros locais. Entretanto, alguns tumores benignos são localmente invasivos e recidivantes, como os ameloblastomas e mixomas.
- As neoplasias malignas são invasivas provocando destruição dos tecidos adjacentes e
podendo desenvolver metástase regional e à distância. É preciso ressaltar que alguns tipos de câncer evoluem de uma lesão inicial conhecida como carcinoma in situ. Neste estágio as células tumorais estão restritas ao epitélio e não romperam a membrana basal com conseqüente invasão do conjuntivo. As ressecções cirúrgicas nesta fase são menores com um maior índice de cura.
 11- O que é metástase e qual a sua importância clínica.
Metástase é a implantação de um foco tumoral à distância do tumor original, decorrente da disseminação do câncer para outros órgãos. O aparecimento de metástases ocorre  quando as células cancerígenas se desprendem do tumor primário e entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático, podendo circular pelo organismo e se estabelecer em outro órgão.
Ao espalhar-se pelo corpo e formar um foco do tumor em outro órgão, longe do sítio primário ou local de origem da doença, esse novo tumor é chamado de metastático. Por exemplo, uma paciente diagnosticada com câncer de mama (sítio primário) que algum tempo depois descobre um nódulo de pulmão, deve ter este nódulo investigado para que se conheça sua origem. Se a biópsia mostrar células compatíveis com câncer de origem mamária (e para determinar a origem são usadas diversas técnicas de análise), estamos lidando com um câncer metastático e não um câncer originário do pulmão. Este nódulo canceroso metastático no pulmão é constituído por células cancerosas da mama
 12- Comente a disseminação linfática e hematogênica dos tumores. 
. DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA
É considerada a via mais comum para disseminação inicial dos carcinomas, embora possa também ser utilizada pelos sarcomas. Vale ressaltar que o padrão de acometimento linfonodal segue as vias naturais de drenagem. Podemos ter, entretanto, preservação de alguns linfonodos regionais, em virtude de anastomoses venolinfáticas ou obstrução dos canais por inflamação ou radiação, sendo chamada essa situação de “metástase em salto”.
Em muitos casos, mesmo que por tempo limitado, os linfonodos regionais podem atuar como barreiras eficazes contra a disseminação posterior do tumor. Sabe-se que após a retenção de células tumorais no linfonodo, essas podem ser destruídas pela ativação de uma resposta celular, de modo que o aumento do linfonodo pode ter duas causas principais:
1) Disseminação e crescimento de células tumorais 2) Hiperplasia reativa
Desse modo, o crescimento linfonodal não necessariamente está relacionado a uma disseminação da lesão primária.
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA
É a via de disseminação típica dos sarcomas, embora possa ser utilizada também pelos carcinomas.
13- Diferencie tumores malignos e benignos, construindo um quadro comparativo, quanto a
diferenciação, ritmo de crescimento, invasão tecidual, mitoses e metástases. 
14- Sobre os agentes carcinogênicos, dê exemplos de agentes iniciadores e agentes
promotores.
O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, em geral se dá lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor. São eles:
Estágio de iniciação - É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem a ação de fatores cancerígenos que provocam modificações em alguns de seus genes. Essas células se encontram, portanto, geneticamente alteradas, porém ainda não manifestam aparentemente, as transformações sofridas. Encontram-se "preparadas", ou seja "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de fatores que atuará no próximo estágio. Quando um agente carcinogênico é capaz de iniciar o processo de carcinogênese é chamado agente iniciador ou oncoiniciador. Como exemplo de iniciador temos o benzopireno, um dos componentes da fumaça do cigarro e alguns vírus oncogênicos, entre outros.
Estágio de promoção - É o segundo estágio da carciogênese. Nele as células geneticamente alteradas,ou seja, "iniciadas", sofrem multiplicação. Esses fatores, chamados agentes promotores ou oncopromotores, promovem a transformação da célula iniciada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Portanto, para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição de hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas.
Estágio de progressão - É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a progressão da carcinogênese são chamados agentes aceleradores ou oncoaceleradores.

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