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SINAIS VITAIS Germana Cruz Disciplina: semiologia SINAIS VITAIS Definição: São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. SINAIS VITAIS Sinais avaliados: Temperatura (TAX) Pulso (FC) Pressão Arterial (PA) Frequência respiratória (FR) Essas medidas revelam a eficácia das funções corporais circulatória, respiratória, renal e endócrina. HOMEOSTASIA Significa a manutenção das condições estáticas ou constantes no meio interno. Enquanto forem mantidas as condições normais nesse meio interno, as células corporais continuarão a viver e a funcionar adequadamente. QUANDO MEDIR OS SINAIS VITAIS? Na admissão do paciente. Dentro de uma rotina de atendimento. Durante a consulta em um ambulatório ou consultório particular. Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico. Antes e após a administração de medicamentos que afetam a função cardiovascular (anti-hipertensivos, antiarrítmicos). Sempre que as condições do cliente pioram repentinamente (como perda da consciência ou aumento da intensidade da dor). DIRETRIZES PARA A VERIFICAÇÃO DOS SSVV O profissional deve reconhecer a variação normal dos SSVV. Conhecer a história clínica do paciente, bem como tratamento e medicações que ele está utilizando. Deve-se controlar os fatores ambientais que possam influenciar os valores dos SSVV. Profissional habilitado. DIRETRIZES PARA A VERIFICAÇÃO DOS SSVV Se necessário aumentar a frequência de verificação dos SSVV. Certificar-se de que o equipamento é adequado e encontra-se em funcionamento. Comunicar e confirmar as alterações significativas encontradas. MATERIAL PARA AFERIÇÃO DOS SSVV Termômetro de mercúrio ou digital. Recipiente com algodão/álcool 70%. Esfigmomanômetro calibrado. Estetoscópio. Relógio com ponteiros (medir os segundos). Papel e caneta. AFERIÇÃO DA TEMPERATURA TEMPERATURA A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzida e a quantidade de calor perdida para o meio externo. HOMEOTERMIA Capacidade do organismo manter sua temperatura central relativamente estável à variação climática ambiental, possibilitando o funcionamento corporal-metabólico e propiciando condições para a vida nas mais diversas condições ambientais. TEMPERATURA Mecanismo controlado pelo hipotálamo. TEMPERATURA Temperatura central Temperatura que se mantém relativamente constante no organismo. Ex: tecidos profundos. Temperatura superficial Pode variar conforme o fluxo sanguíneo para os tecidos e quantidade de calor perdido para o ambiente externo. 13 TEMPERATURA A produção do calor no corpo é realizada pelo metabolismo, ou seja, queima dos alimentos e exercícios físicos. A temperatura corporal varia de acordo com a hora do dia, temperatura ambiente, idade do indivíduo, atividade física, doenças, algumas medicações e emoções. TEMPERATURA Processos de perda de calor: Condução – contato. Convecção – corrente. Irradiação – emissão de ondas eletromagnéticas. Evaporação - perda hídrica. TEMPERATURA Fatores que alteram a temperatura corporal Atividades físicas Fatores Emocionais Distúrbios da Glândula Tireoide Alimentação Ambiente Vestuário Efeito da ovulação sobre a temperatura Medicamentos Doenças Termômetro de mercúrio Termômetro digital TIPOS DE TERMÔMETRO Termômetro de mercúrio Oral: ponta alongada, permitindo uma maior exposição aos vasos sanguíneos da boca. Retal tem a ponta arredondada para prevenir traumas. Vantagens: Baixo preço Grande disponibilidade Confiabilidade TIPOS DE TERMÔMETRO Desvantagens: Tempo longo de permanência para registro de temperatura. Fragilidade. O mercúrio é um metal perigoso e a quebra acidental pode levar a uma absorção por mucosas e inalação pelos vapores produzidos. TIPOS DE TERMÔMETRO Termômetro digital Versão mais moderna no antigo termômetro de mercúrio. Vantagens Medição mais rápida e prática Não é preciso chacoalhar o produto para abaixar o mercúrio Evita o risco do material se quebrar e provocar ferimentos. TIPOS DE TERMÔMETRO Recomendados para aferição da temperatura axilar ou retal em crianças menores ou leitura oral, quando o pequeno tem idade suficiente para colocar a ferramenta na boca. A leitura é bastante precisa quando realizado por via retal, porém pode ser bastante incômoda. Termômetro auricular Termômetro de testa TIPOS DE TERMÔMETRO Termômetro auricular (de ouvido). Utilizam sensores infravermelhos para medir a temperatura. Vantagem Leitura bastante rápida. Desvantagens Não tem se mostrado tão preciso quanto esperado. Possível ocorrer variação nas medidas. TIPOS DE TERMÔMETRO Termômetros temporais Aferem a temperatura na região da artéria temporal. Vantagens Medição não invasiva. Possível usá-lo enquanto a criança dorme. Tão precisa quanto a temperatura retal. Mais eficiente para detectar mudanças rápidas de temperatura. Chupeta termômetro Termômetro de fita Chupeta termômetro Possuem o termômetro acoplado dentro do bico da chupeta, com display na parte frontal que permite realizar a leitura da temperatura. Vantagem: Alternativa bastante prática para medir a temperatura de crianças. Desvantagem: Não possui os sinais de alarme para avisar aos pais quando a leitura está completa e se o produto permaneceu por tempo suficiente na boca da criança. TIPOS DE TERMÔMETRO Termômetro de fita Vantagem: Leitura clara em 30 segundos. Inquebrável. Perfeito para medir a temperatura corporal de crianças e bebês. Desvantagem: Aplicação na testa limpa e seca. Aguardar 30 min. após as refeições ou praticar exercícios. Leitura por cores. TIPOS DE TERMÔMETRO AFERIÇÃO DA TEMPERATURA Locais para aferição da temperatura: Membrana Timpânica. Boca. Reto. Axilas. Têmporas. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura axilar Vantagens Acesso fácil e seguro. Pouco risco de traumatismo psicológico. Desvantagens: Período de tempo relativamente grande para obtenção do resultado exato. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura retal Vantagens Não é diretamente influenciado pela ingestão de líquidos quentes ou frios e temperatura ambiente. Fidedignidade dos resultados. Menos tempo de verificação que os outros métodos. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura retal Desvantagens: Contra indicado em pacientes com diarreia, doenças no reto ou aqueles submetidos a cirurgias retais; Estimula a evacuação. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura oral Vantagens: Fácil acesso. Fácil colocação. Leitura em menor tempo que a temperatura axilar. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura oral Desvantagens: Não pode ser utilizado em crianças pequenas ou pacientes inconscientes pelo risco de morder e quebrar o termômetro. Contra indicado em afecções ou cirurgias orais. Sofre interferência de vários fatores como: ingestão de líquidos quentes ou frios, oxigenoterapia. TIPOS DE AFERIÇÃO Temperatura auricular Vantagens: Verificação fácil e segura. A temperatura não sofre alteração significativa devido a presença de cerúmen ou otite média. Desvantagens: Não deve ser usado em clientes com secreções no ouvido ou com cicatriz na membrana timpânica. TIPOS DE AFERIÇÃO Tempo de permanência do termômetro de mercúrio de acordo com o local de aferição: Oral: 5 min. Retal: 3 min. Axilar: 5 a 8 min. TIPOS DE AFERIÇÃO Valores de referência para a temperatura Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C (podem ser 0,3 a 0,6°C mais baixas que oral ou retal). Temperatura oral: 36,3°C a 37,4°C. Temperatura retal: 37°C a 38°C (tendem ser 0.6 °C mais altas do que oral). TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura axilar Lavar as mãos e explicar o procedimento ao cliente. Colocar o cliente em posição supina ou sentado. Expor o ombroe braço do cliente. Preparar o termômetro: Realizar antissepsia com álcool à 70% do bulbo para o corpo do termômetro. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura axilar Agitar o termômetro para que o mercúrio desça abaixo de 35°C. Ligar o termômetro digital e visualizar os números no painel. Enxugar a axila, caso seja necessário. Colocar o termômetro no meio da axila, com o bulbo em contato direto com a pele. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura axilar Solicitar ao cliente que mantenha o braço sobre o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo. Manter o termômetro por 5 a 8 minutos. Retirá-lo e fazer a leitura ao nível dos olhos. Limpar o termômetro com algodão e álcool. Lavar as mãos, checar o procedimento realizado e registrar o valor obtido no prontuário do paciente. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura oral Lavar as mãos e explicar o procedimento ao cliente. Realizar a antissepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%. Colocar o termômetro sob a língua do paciente, recomendando a ele que o conserve na posição, mantendo a boca fechada. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura oral Retirar o termômetro após 5 min, realizar a leitura e memorizar o resultado. Realizar antissepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e guardá-lo em local apropriado. Higienizar as mãos Checar o procedimento realizado e registrar o valor obtido no prontuário do paciente. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura retal Lavar as mãos e explicar o procedimento ao paciente. Calçar as luvas de procedimento. Realizar a antissepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%. Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (posição de Sims). TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura retal Lubrificar a ponta do termômetro com lubrificante hidrossolúvel e introduzi-lo no ânus, acompanhado a curvatura do reto, aproximadamente 1,5 cm em lactentes e 4 cm em adultos. Retirar o termômetro após 3 min, realize a leitura e memorizar o valor. Lavar o termômetro com água e sabão. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Temperatura retal Realizar a antissepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%. Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos. Checar o procedimento realizado e anotar o valor obtido no prontuário do paciente. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Variações de temperatura Hipotermia: Abaixo de 35°C Afebril: 36° a 37°C Febril: 37.1° a 37.7°C Febre: 37.8° a 38.9°C Pirexia: 39 ° a 40 ° C Hiperpirexia: acima de 40°C VARIAÇÕES DE TEMPERATURA Hipotermia: Perda de calor que ultrapasse a capacidade do corpo de produzir calor. Temperatura abaixo de 35 ° C. Hipertermia: Incapacidade do corpo de promover a perda de calor. Temperatura entre 39.1 ° a 42 ° C. SEMIOLOGIA DA FEBRE Padrões de Febre Constante: Elevação persistente por mais de 24hs. Intermitente: Febre intercalada com períodos de temperatura normal. Início Duração Término Súbito Poucos dias Crise (subitamente) Gradual Prolongada Lise (lentamente) SEMIOLOGIA DA FEBRE Classificação da febre Leve ou febrícula: até 37,5 ° C Moderada: de 37,5 ° a 38,5 ° C Alta ou elevada: acima de 38,5 ° C SEMIOLOGIA DA FEBRE Sinais que indicam febre: Rubor facial Pele quente e seca Sede Agitação Confusão mental Delírio Tontura Prostração ou adinamia Náuseas Cãibras Distúrbios visuais SEMIOLOGIA DA FEBRE Fase de ascensão da febre: Palidez cutânea Taquicardia Hipertensão arterial Temperatura superior a 40,5 °C produz lesão em células e órgãos. Mecanismo de aumento de calor: Tremores ou calafrios
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