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Vida de Immanuel Kant


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Immanuel Kant
Histórico:
Considerado o principal filósofo da era moderna, Kant nasceu em 22 de abril de 1724. Nasceu, cresceu, viveu e morreu em Königsberg (atual Kaliningrado), na altura pertencente ao Reino da Prússia. É filho de Johann Georg Kant e de Regina, era o quarto filho de nove filhos. Como nasceu em uma família protestante (luterana), teve sua educação amplamente relacionada à Igreja.
Com 16 anos ingressou na Universidade de Königsberg, onde estudou com o filósofo Martin Knutzen e se aprofundou no estudo da filosofia racionalista de Leibniz e de Christian Wolff. 
Com a morte do seu pai, em 1746, Kant se obrigou a deixar os estudos na universidade e passou a dar aulas particulares para ajudar a sustentar sua família, porém nem mesmo desta forma deixou de estudar nos tempos vagos, dedicando-se assim em sua primeira obra literária “Pensamento Sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas”.
Em 1754 retornou à universidade e após concluir o doutorado foi nomeado professor universitário, onde lecionou filosofia moral, metafísica, lógica, matemática física e geografia. Dentre estes anos publica diversas pequenas obras como “História Universal da Natureza e Teoria do Céu”, na qual afirma que o Sistema Solar se formara a partir de uma grande nuvem de gás, dando assim novos rumos à astronomia.
Kant tinha uma convicção curiosa, de que uma pessoa não podia ter uma direção firme na vida enquanto não atingisse os 39 anos. Com essa idade, era apenas um metafísico menor numa universidade prussiana, mas foi então que uma crise existencial o tomou.
Por volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra de David Hume. Onde se sentiu profundamente inquietado. Achava o argumento de Hume indiscutível, mas as conclusões inaceitáveis. Durante dez anos fica sem publicar algo, quando em 1781 publicou a “Crítica da Razão Pura”, um de seus livros mais importantes e influentes da filosofia moderna.
Nos vinte anos seguintes, até a data de sua morte, Kant não descansou até completar seus estudos. Escreveu uma das obras que hoje em dia ainda atinge grande destaque entre os estudiosos da filosofia moral, "A Fundamentação da Metafísica dos Costumes", e para completar seus estudos sobre as críticas, escreve “Crítica da Razão Prática” e “Crítica do Julgamento”.
Em 1792, publicou “A religião nos limites da simples razão”, livro que levou o rei Frederico Guilherme II a proibi-lo de ensinar ou escrever sobre temas religiosos. Em 1795 escreveu o livro “A Paz Perpétua”. Quando morreu, estava trabalhando em um projeto sobre sua "quarta crítica", que mais tarde se concluiu que este manuscrito na verdade não estava completo, foi então publicado como Opus Postumum.
Morreu em 12 de fevereiro de 1804, dois meses antes de completar 80 anos, na mesma cidade em que nasceu e permaneceu durante toda sua vida, Kant não se casou e não teve filhos. Encontra-se sepultado no Cemitério do Kaliningrado, Kaliningrado, Oblast de Kaliningrado na Rússia.
Obras, pensamentos, ideias, teses, temas...
Sua base: Todas as obras feitas por Immanuel Kant baseavam-se nas quatro questões fundamentais, que mais tarde foram chamadas de Filosofia Kantiana:
- O que posso saber? - Como devo agir? - O que esperar? - O que é o homem?
E é a partir daí que Kant investiga todas as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando assim exames críticos, dando origem as suas obras.
Obra “Pensamento Sobre o Verdadeiro Valor das Forças Vivas” (1749): Nela, ele argumenta contra a visão da força móvel apoiada por Wolff e outros racionalistas alemães, que propunham que os corpos não têm força essencial, e assim alegou que, em vez disso, havia sim a existência de uma força essencial e que pôde ser comprovada por argumentos metafísicos.
Obra “História universal da natureza e teoria do céu” (1755): Nesta obra Kant afirmava que o Sistema Solar se formara a partir de uma grande nuvem de gás, fazendo com que a astronomia tomasse novos rumos.
Obra “Crítica da Razão Pura” (1781): Neste exemplar, ele desenvolve a noção de um agrupamento transcendental para mostrar que apesar de podermos saber necessariamente verdades sobre como o mundo realmente é, estamos forçados a pensar a distância do mundo de certas formas.
Distingue desta forma então duas formas do conhecer: o conhecimento empírico (posteriori), aquele conhecimento que se refere as coisas fornecidas pelos sentidos, ou seja, posterior a experiência, vamos a um exemplo, quando criança não sabemos que o fogo é quente e que queima, porém descobrimos colocando a mão próximo do mesmo e esse conhecimento não pode mais ser separado das nossas impressões sensoriais;
E o conhecimento puro (priori), aquele conhecimento que não depende dos nossos sentidos, ou seja, ele já existe em nós, sem necessidade da experiência, outro exemplo é a afirmação de que o triângulo tem três lados, ou seja, é uma afirmação que serve para qualquer tipo de triângulo em qualquer situação e em qualquer tempo.
Mais tarde, o conhecimento puro conduz a juízos
Obra: “Crítica da Razão Prática” (1788): Neste livro, seguindo a mesma linha de pensamento da primeira Crítica já escrita, Kant estabelece o conceito de autonomia, aos princípios da ação humana e critica as tentativas de fundamentação heterônoma da moral. Comprova também a existência da liberdade mediante o que chama de ´factum da razão' com uma perspectiva de estabelecer a gênese e o estatuto do Factum der Vernunft mediante a reconstrução de sua fundamentação moral.
Obra: “Crítica do Julgamento” (1790): Em busca de uma terceira relação às críticas, Kant busca além da razão, investiga os limites daquilo que podemos conhecer pela nossa faculdade de julgar, que leva em consideração não apenas a razão, mas também a memória e os sentimentos.
Kant considera que existem juízos analíticos e sintéticos. Os juízos analíticos, ou juízes de elucidação, aqueles em que os atributos fazem parte do termo sobre o qual afirmamos algo. As conclusões dos juízos analíticos são resultado do exame dos elementos contidos nos termos. Por exemplo, na afirmação, ‘os corpos são extensos’, a qualidade extenso, já está contida de forma subentendia no termo corpo, entretanto, não temos condição de elaboração de ideias ou de raciocínios sobre o termo corpo.
Já os juízos sintéticos, ou juízes de ampliação, são os que associam o conceito do atributo ao conceito do sujeito, e geram novos conhecimentos, por exemplo, ‘alguns corpos se movimentam em relação a outros’, na formação desse juízo, os termos se complementam e desenvolvem um novo saber, um novo pensar. Através desta diferenciação, Kant classifica estes juízos em: analíticos, sintéticos a posteriori e sintéticos a priori.
Para explicar o juízo analítico, usamos o exemplo, ‘o quadrado tem quatro lados’, ou seja, é um juízo universal e necessário, que serve apenas para explicitar aquilo que já se sabe, e só é importante para se chegar à clareza do conceito existente. No juízo sintético a posteriori, só ocorre a ampliação do conhecimento sobre o sujeito, mas sua validade está ligada ao tempo e ao espaço, portanto, não forma um juízo universal e necessário, um exemplo seria, ‘este livro tem capa verde’. 
Já no juízo sintético a priori, existe um acréscimo de informações novas ao sujeito, como no exemplo, ‘Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço’, possibilitando assim uma ampliação do conhecimento. Por não estar limitado pela experiência, é um juízo universal e necessário. Por isso, que esse juízo se trata do mais importante para a ciência, e pela matemática e a física trabalharem com juízos.
Obra: ”Fundamentos da Metafísica dos Costumes” (1785): Kant acreditava que uma metafísica dos costumes é indispensável, pois os costumes se encontram suscetíveis à corrupção. Não basta que uma lei moral nos diga o que é moralmente bom ou ruim, mas que traga em si uma necessidade absoluta dos homens, que a faça ser respeitada por si mesma.
O dever somente deve ser impulsionado pela lei, devendo descartar-se qualquer sinal de vontade própria, guiada pelo que se ganhano cumprimento do dever. A vontade é uma espécie de destino dos seres racionais (nós seres humanos), sendo que estes se tornam livres quando escolhem a lei moral que irá reger as suas vidas. A liberdade da vontade só pode ser a autonomia.
Obra: “A Religião nos Limites da Simples Razão” (1793): Nesta obra a teologia e a filosofia seriam como dois círculos concêntricos, ou seja, quando eles compartilham o mesmo centro ou eixo, englobados um no outro, sendo a fé o círculo maior. 
Porém a filosofia teria os seus limites bem delimitados, pois através da rigidez racional da investigação, poderia saber onde se termina o conhecimento e onde começa o recurso da fé. 
Esta obra sua, acabou gerando um pouco de desconforto em relação as promessas das religiões, por isso Kant foi proibido de escrever ou dar aulas sobre assuntos religiosos pelo rei Frederico Guilherme II, rei da Prússia.
Obra: “A Paz Perpétua” (1795): Neste livro Kant tentava abordar elementos e teorias para assegurar que os Estados Nacionais pudessem estabelecer entre si um quadro de paz perpétua, ou seja, Kant traçava uma linha de elementos preliminares para a paz perpétua entre os Estados, elementos que serviriam de base e de princípio para atingir a paz duradoura. Neste, discute as possibilidades da paz e defende o regime republicano, foi pacifista e apoiou a independência americana.
Obra: “A Metafísica dos Costumes” (1797): Nesta obra Kant pretende expor que a razão é o motor que distingue o homem dos demais seres. Por ser conduzido pela racionalidade, as condutas humanas serão moralmente positivas somente se forem executadas com o ânimo igualmente positivo do agente, ou seja, se for cheio de boa vontade. A lei moral, é fruto do pensamento racional positivo humano.
Concluímos que o objetivo desta obra é buscar um princípio de moralidade que fundamente os costumes e o agir moral. Em uma das páginas do livro Kant escreve: “Não é possível conceber coisa alguma no mundo, ou mesmo fora do mundo, que sem restrição possa ser considerada boa, a não ser uma só: uma boa vontade”.
Texto: “O que é Ilustração? ”: A ilustração é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele é o próprio responsável. A menoridade é a incapacidade de fazer uso do entendimento sem a condução de um outro, portanto, no momento em que este indivíduo cresce e amadurece, ele acaba atingindo esta maioridade, esta autonomia e acredita-se que ela, possa agir de maneira própria, sem quaisquer tipos de ajudas ou ensinamentos.
Estruturas importantes: Em todos os estudos Kant concluiu que no ser humano existem certas estruturas capazes de possibilitar a experiência e o entendimento, o que ele trata de Apriorismo, as formas a priori da sensibilidade seriam o tempo e o espaço, elas formam ‘intuições puras’ e são elas que nos permitem as experiências sensoriais; e as formas a priori do entendimento, que da mesma forma, são captados pelos nossos sentidos, porém são organizados em certas categorias, essas categorias também são ‘conceitos puros’, algumas delas são, causa, necessidade, relação e outras que servem de base.
Limites do entendimento: Para Kant, o conhecimento seria o resultado de uma interação entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido, isto é, não conhecemos as coisas em si, como elas realmente são, só as conhecemos como as percebemos, como nossas estruturas mentais as percebem. E é desse modo que a Filosofia de Kant, representa uma grande superação dos conflitos entre o empirismo e o racionalismo, pois ele cria uma teoria na qual o conhecimento é o resultado da sensibilidade, que nos oferece os dados dos objetos e o entendimento, que determina as condições nas quais o objeto é pensado.
Curiosidades:
Como Kant possuía uma rotina, todos os dias saía para dar um passeio à tarde com seu cachorro, exatamente no mesmo horário, sempre as 15:30, o que levava os vizinhos a acertarem os relógios sempre que ele passava.
Os trabalhos de Kant são a sustentação e o início da filosofia moderna alemã. Pela sua força e riqueza, suas obras e seu pensamento são comparáveis às obras do socratismo na história da filosofia grega.
Kant deu início a uma nova revolução copernicana, pois no seu livro “A Crítica da Razão Pura”, ele compara seu trabalho na filosofia ao de Copérnico na Astronomia, citando também que quando a teoria geocêntrica não conseguia mais explicar os movimentos dos astros, Copérnico percebeu a necessidade de tirar a Terra do centro e nos colocar como telespectadores, girando em torno de outros astros. E ele inverteu a maneira tradicional do conhecimento, pois no início, todo o conhecimento era regulado pelos objetos, e com Kant passaram a serem regulados pelas nossas formas de conhecimentos (priori ou posteriori).
Kant dizia ser necessário ter uma desconfiança profunda em relação a qualquer uma de nossas naturezas.
Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre, Immanuel Kant; Crítica do Julgamento
L&PM, Immanuel Kant, Vida & Obra
Ebiografia, Immanuel Kant
Só Filosofia, Immanuel Kant (1724 - 1804)
Uol Educação, Immanuel Kant, Biografias
Consciência, Kant fundamentação; Kant política
Blog do Penpolmo, Resumo da obra: "A Paz Perpétua" de Immanuel Kant
Guaiaca Ufpel
WMFmartinsfontes, Crítica da Razão Pura
Arca Literária, Immanuel Kant
DireitoNet, Um estudo sobre os costumes à luz de Immanuel Kant
Cola da Web, A Filosofia de Kant
Livro Fundamentos da Filosofia, Editora Saraiva, Unidade 3
Blog do Pedro Eloi, O que é a Ilustração. O mais belo texto de Filosofia.

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