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INTEGRAÇÃO LAVOURA - PECUÁRIA - FLORESTA = ILPF Armindo Neivo Kichel. Eng.-Agrônomo, M.Sc. INTRODUÇÃO Conteúdo Conceito Requisitos para a utilização de ILPF Principais sistemas de ILPF Resultados de pesquisa Benefícios TEM POR OBJETIVO Maximizar a utilização dos ciclos biológicos das plantas, animais, e seus respectivos resíduos, assim como efeitos residuais de corretivos e nutrientes; Reduzir e aperfeiçoar a utilização agroquímicos; Aumento da eficiência no uso de máquinas, equipamentos e mão de obra, gerar emprego, renda, melhorar as condições sociais no meio rural; Redução dos riscos climáticos, mercadológicos e impactos ao meio ambiente; Minimizar ou eliminar os principais problemas da pecuária e agricultura brasileira. PRINCIPAIS PROBLEMAS DA PECUÁRIA DE CORTE E LEITE Tradicionalismo Falta de diversificação Qualificação, mão de obra Pastagem degradada Baixa Produtividade Alto custo de produção Baixa rentabilidade e sustentabilidade PECUÁRIA DE CORTE Argentina 100 37 34 63 3.4 Austrália 381 50 6 78 2.1 Brasil 172 20 55 44 9.4 Canada 16 2 81 95 1.3 China 400 43 14 55 5.8 EUA 238 26 50 126 11.9 N. Zelândia 11 42 55 64 0,6 Rússia 92 6 14 72 1.3 PAÍS PASTAGEM milhões ha PASTAGEM área total % KG CARNE/ ha/ano KG CARNE/ animal PRODUTIVID milhões t Uruguai 13 13 41 46 0,5 Mundo 3.384 26 17 58 57 Fo n te : FA O , U SD A , C O N A B ,I B G E, SC O T C O N SU LT O R IA PRINCIPAIS PROBLEMAS DA PRODUÇÃO DE GRÃOS Monocultivo sem rotação de cultura Aumento de pragas, doenças e invasoras Maiores riscos climáticos e mercadológicos Falta de palha para o plantio direto: Baixa produtividade e alto custo de produção Baixa rentabilidade e sustentabilidade PRINCIPAIS SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA 1- Integração Lavoura-Pecuária = ILP 2- Integração Lavoura-Pecuária-Floresta = ILPF 3- Integração Pecuária-Floresta = IPF 4- Integração Lavoura-Floresta = ILF PRINCIPAIS REQUISITOS PARA A ADUÇÃO DE SISTEMAS DE - ILPF Clima, solo e topografia favorável para a produção grãos, fibra, madeira, entre outros Infraestrutura: maq., equip., energia, armazenamento Acesso de insumos e escoamento da produção sem restrição Recursos financeiros ou acesso ao credito disponível Domínio da tecnologia de produção em sistema integrado Assistência técnica disponível na região Disponibilidade de arrendamento, parceria ou terceirização R$ ?? US$ ?? € ?? SILVIPASTORIL AGROSILVIPASTORIL = ILPF GANHO DE PESO VIVO (KG/NOVILHA/DIA) DE NOVILHAS HOLANDÊS X ZEBU EM PASTAGEM DE BRAQUIÁRIA E SSP (CHUVAS) Ano Monocultivo braquiária SSP 04/05 0,624 0,722 05/06 0,563 0,647 06/07 0,515 0,628 Paciullo et al. (2011) GANHO DE PESO VIVO (KG/NOVILHA/DIA) DE NOVILHAS HOLANDÊS X ZEBU EM PASTAGEM DE BRAQUIÁRIA E SSP (CHUVAS) Ano Monocultivo braquiária SSP 04/05 0,624 0,722 05/06 0,563 0,647 06/07 0,515 0,628 Diferença (%) + 15,7 + 14,9 + 21,9 Paciullo et al. (2011) BEM-ESTAR ANIMAL Zona de Conforto Térmico onde os ruminantes manteriam produção mínima BEM-ESTAR ANIMAL Zona de Conforto Térmico onde os ruminantes manteriam produção mínima 4°C a 24ºC gado leiteiro em lactação; 4ºC a 26ºC gado de corte europeu ; 10ºC a 27ºC; gado de corte zebuíno UR em torno de 75% ventos entre 1,4 e 2,2 m.s-1 BEM-ESTAR ANIMAL Fo to : V. P o rf ír io -d a- Si lv a CONSERVAÇÃO DO SOLO Domingos Paciullo HARMONIA ENTRE OS COMPONENTES Agregar valor aos componentes do sistema: Madeira para fins mais nobres (serraria, móveis) Animais com maior ganho média diária (GMD) Fo n te d a fo to : V al en tí n K u rt z - IN TA 2 0 0 6 Fo to : M au re lB eh ri n g AGROPASTORIL = ILP 1 ANO DE LAVOURA POR 1 ANO DE PECUÁRIA Ano Setor 1 Setor 2 Setor 3 Setor 4 2008/2009 Pecuária Pecuária Pecuária Pecuária 2009/2010 Lavoura Lavoura Pecuária Pecuária 2010/2011 Pecuária Pecuária Lavoura Lavoura 2011/2012 Lavoura Lavoura Pecuária Pecuária 2012/2013 Pecuária Pecuária Lavoura Lavoura 2 ANOS DE LAVOURA POR 1 ANO DE PECUÁRIA Ano Setor 1 Setor 2 Setor 3 2008/2009 Lavoura Lavoura Lavoura 2009/2010 Pecuária Lavoura Lavoura 2010/2011 Lavoura Pecuaria Lavoura 2011/2012 Lavoura Lavoura Pecuaria 2012/2013 Pecuaria Lavoura Lavoura 2013/2014 Lavoura Pecuaria Lavoura 1 ANO DE LAVOURA POR 2 ANOS DE PECUÁRIA Ano Setor 1 Setor 2 Setor 3 2008/2009 Pecuária Pecuária Pecuária 2009/2010 Lavoura Pecuária Pecuária 2010/2011 Pecuária Lavoura Pecuária 2011/2012 Pecuária Pecuária Lavoura 2012/2013 Lavoura Pecuária Pecuária 2013/2014 Pecuária Lavoura Pecuária 2 ANOS LAVOURA E 2 ANOS PASTAGEM Pastagens 50% no verão e 100% no inverno Ano Setor 1 Setor 2 Setor 3 Setor 4 2010 Pastagem pastagem Pastagem Pastagem 2011/2012 Soja Pastagem Pastagem 2012/2013 Soja Soja Pastagem Pastagem 2013/2014 Soja Pastagem 2014/2015 Pastagem Pastagem Soja Soja 2015/2016 Soja Pastagem Pastagem Soja 2016/2017 Soja Soja Pastagem Pastagem Pastagem Pastagem Soja SISTEMA SÃO MATEUS Produção sustentável de grãos e carne bovina na região do Bolsão Sul-Mato-Grossense Eng. Agr. Msc. Armindo Neivo Kichel Eng. Agr. Dr. Júlio Cesar Salton PASTEJO POR 6 A 9 MESES PRODUTIVIDADE DE CARNE 10 A 13 @ Brachiaria ruziziensis Fotos: cortesia Lourival Vilela Brachiaria ruziziensis Fotos: cortesia Lourival Vilela 360 @/ha Mombaça Safrinha 07-07-09 10/08/2009 K ic h el e Zi m m er 2 0 1 1 Verão Inverno Protótipo Embrapa Gado de Corte Mombaça Safrinha 07-07-09 Mombaça Safrinha 07-07-09 RESULTADOS DE PRODUTIVIDADE DE SOJA, MILHO E CARNE/HA, OBTIDOS EM SISTEMA DE ILP, POR QUATRO ANOS, DE OUT/2006 A SET/2010, CONDUZIDO NA EMBRAPA GADO DE CORTE, CAMPO GRANDE, MS Atividade Produtividade por ha/ano Custo (R$/ha/ano) Receita bruta (R$/ha/ano) Receita líquida (R$/ha/ano) Soja 58 sc 1.200,00 2.030,00 970,00 Milho safrinha 37,7 sc 570,00 592,00 33,20 Pastagem com ILP 31,4 @ 1.361,82 2.826,00 1.464,00 Pastagem. Degrad. 4 @ 280,00 360,00 80,00 EFICIÊNCIA EM USO DE FÓSFORO (P) Sousa et al. (1997) P aplicado P recuperado Cultivos Cultivos e pastos (kg/ha P2O5) ---------------- % --------------- 100 44 85 200 40 82 400 35 70 800 40 62 . TEOR DE PROTEÍNA BRUTA (PB) E DIGESTIBILIDADE IN VITRO DA MATÉRIA ORGÂNICA (DIVMO), DA FOLHA E DO COLMO DO CAPIM EM CONSÓRCIO COM MILHO, EM JULHO DE 2009. Capim em consórcio PB (%) DIVMO (%) Folha Colmo Folha Colmo Ruziziensis 16,08 a 6,14 b 76,17 a 52,94 b Decumbens 16,00 a 6,06 b 72,27 a 39,11 c Marandu 16,33 a 4,39 b 67,28 b 37,64 c Piatã 15,92 a 5,78 b 68,94 b 44,02 c Massai 15,01 a 8,69 a 74,74 a 61,17 a Tanzânia 13,30 b 5,97 b 66,84 b 49,67 b Xaraés 14,54 b 5,21 b 61,12 c 39,91 c Mombaça 13,70 b 5,49 b 67,96 b 46,36 c CV (%) 1 4,55 6,62 4,43 6,22 EFEITO DA PALHADA DAS FORRAGEIRAS PRODUZIDAS NA SAFRINHA SOBRE A PRODUTIVIDADE DA SOJA EM 2010 Espécies e cultivares Forrageiras MS capim (kg/ha) Folha (%) Produt (Sc/ha Milho + Piatã 9.006 a 50 b 64 a Milho + Xaraés 8.263 b 57 b 62 a Milho + ruziziensis 7.948 b 44 c 60 a Milho + Mombaça 8.477a 52 b 60 a Milho + Massai 4.780 c 69 a 58 a Milho + decumbens 7.696 b 43 c 58 a Milho + Marandu 8.988 a 53 b 56 a Milho + Tanzania 8.584 a 55 b 56 a Milho Puro 48 b CV (%) 12,34 5,29 13,04 Recuperação/Renovação da Pastagem DESEMPENHO ANIMAL VS. EMISSÃO DE METANO Ganho de peso vivo @/cab/ano kg/cab/ano kg/cab/dia kgCH4/cab/ano kgCH4/GPV 0,61 18,25 0,05 53,50 2,93 1,22 36,50 0,10 55,72 1,53 2,43 73,00 0,20 60,48 0,83 3,65 109,50 0,30 65,49 0,60 4,26 127,75 0,35 68,06 0,53 4,87 146,00 0,40 70,66 0,48 5,48 164,25 0,45 73,30 0,45 6,08 182,50 0,50 75,97 0,42 7,30 219,00 0,60 81,38 0,37 8,52 255,50 0,70 86,87 0,34 9,73 292,00 0,80 92,45 0,32 10,95 328,50 0,90 98,09 0,30 12,17 365,00 1,00 103,79 0,28 13,38 401,50 1,10 109,55 0,27 14,60 438,00 1,20 115,36 0,26 15,82 474,50 1,30 121,21 0,26 DESEMPENHO ANIMAL VS. EMISSÃO DE METANO Ganho de peso vivo @/cab/ano kg/cab/ano kg/cab/dia kgCH4/cab/ano kgCH4/GPV 0,61 18,25 0,05 53,50 2,93 1,22 36,50 0,10 55,72 1,53 2,43 73,00 0,20 60,48 0,83 3,65 109,50 0,30 65,49 0,60 4,26 127,75 0,35 68,06 0,53 4,87 146,00 0,40 70,66 0,48 5,48 164,25 0,45 73,30 0,45 6,08 182,50 0,50 75,97 0,42 7,30 219,00 0,60 81,38 0,37 8,52 255,50 0,70 86,87 0,34 9,73 292,00 0,80 92,45 0,32 10,95 328,50 0,90 98,09 0,30 12,17 365,00 1,00 103,79 0,28 13,38 401,50 1,10 109,55 0,27 14,60 438,00 1,20 115,36 0,26 15,82 474,50 1,30 121,21 0,26 P. degr. P. Trad. ILP BENEFICIOS (1) Técnico: uso mais eficiente dos recursos naturais, energia, insumos, máquinas e mão de obra. (2) Econômico: redução de custos, riscos climáticos e mercadológicos, maior fluxo de caixa e aumento das receitas mediante a diversificação das atividades e aumento da produtividade e rentabilidade. (3) Ambiental: melhoria da paisagem, conservação do solo, bem-estar animal, microclima, sequestro de carbono e biodiversidade. (4) Social: demanda de trabalho, qualificação de mão de obra, melhoria na qualidade de vida. RENTABILIDADE MÉDIA ENTRE OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIO R$/HA/ANO Pastagem degradada = negativa ou R$ 45,00 Pastagem recuperada ciclo completo = R$ 300,00 Pastagem recuperada recria e engorda = R$ 450,00 Pecuária recria e engorda com ILP = R$ 1.200,00 Lavoura de soja Safra sem ILP = R$ 600,00 Lavoura de soja Safra com ILP = R$ 1.000,00 Floresta x Pecuária recria e engorda = R$ 1.400,00 Arrendamento = R$ 400,00 a R$ 800,00 Entraves na adoção da ILP 1 – Falta de cultura e tradição na atividade. 2 – Desconhece os sistemas de produção. 3 – Falta de infraestrutura e tecnologia. 4 – Alto investimento inicial. 5 – Risco - Maior para a lavoura. 6 – Falta de incentivo e acesso ao crédito . 7 – Deficiência de mão de obra qualificada. 8 – Seguro agrícola e carga fiscal. 9 – Retorno a longo prazo. CONCLUSÕES O futuro da agropecuária Brasileira Maior sustentabilidade: principalmente econômico, ambiental e social Gestão da empresa: profissionalismo - todos os níveis Diversificar as atividades: mais de um produto Aumentar: produtividade qualidade Redução: custo e riscos PRINCIPAL FERRAMENTA Aumento da adoção de sistemas integrados de produção - ILPF “ ” Diagnóstico e planejamento da propriedade rural para ILPF Obrigado. Armindo Neivo Kichel
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