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OKOK TRABALHO FILME ESCRITORES DA LIBERDADE

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1
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE
Mestrado em Educação
RESENHA DO FILME ESCRITORES DA LIBERDADE
Boa Vista/RR
2021
RESENHA ESCRITORES DA LIBERDADE. Direção: Richard Lagravenese.
Produção: Richard Lagravenese. Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell,
2
Freedom Writers. Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda
Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo;
Jason Finn; Deance Wyatt. EUA/Alemanha, 2007. Duração: 123 min. Genero:
Drama.
Introdução
A história do filme Escritores da Liberdade é baseado em fato real dos relatos
da professora Erin Gruwell que escreveu o livro The Freedom Writers Diaries. No
livro, a professora conta sua experiência em instituição educacional nos EUA. O ano
de lançamento do filme foi 2007, com direção de Richard LaGravenese, nele a
história vivenciada pela professora Erin Gruwell no ano de 1992 nos EUA/Alemanha,
é contada sobre as relações de conflitos sociais e pessoais de alunos do ensino
médio de um Colégio americano - Sala 203.
A guerra entre gangs movido pela intolerância ao racismo, desigualdades,
injustiças e a violência étnica e racial que imperam nos bairros pobres e nas gangs,
compõem o cenário de uma cidade que na época era campo de guerra e retrata o
drama vivido pelos adolescentes, assim para a indisciplina no espaço escolar.
A história emocionante reflete sobre a necessidade da criação de vínculos
sociais em sala de aula, e os desafios enfrentados pela professora recém-formada
Erin Gruwell diante de seus alunos e a possibilidade de mudança através da
educação. Além disso, apresenta a ineficácia da didática educacional utilizada pela
instituição escolar em formar cidadãos sociais frente às diferenças estabelecidas por
uma sociedade capitalista marcada por desigualdades sociais.
A pedagogia do filme Escritores da Liberdade
A professora Erin Gruwell, recém chegada em uma escola pública americana,
depara-se com uma turma de adolescentes negros, latinos, asiáticos e brancos, os
piores alunos da escola, todos violentos e membros de gangs, com passagens pela
polícia ou oriundos de reformatórios. A formação da turma foi decisão das
autoridades da educação pública para promover a inclusão dessas minorias, mesmo
com oposição de professores e diretoria da escola.
3
Esses aspectos são também características de escolas no Brasil, como a
indisciplina, comportamentos agressivos, preconceito que geram a exclusão, o
abandono escolar e dificultam a interação professor-aluno.
Sobre esse assunto Da Matta (1981, p. 2) diz que “o problema é que sempre
que nos aproximamos de alguma forma de comportamento e de pensamento
diferente, tendemos a classificar a diferença hierarquicamente, que é uma: forma de
excluí-la. Neste sentido, cultura é uma palavra usada para classificar as pessoas e,
às vezes, grupos sociais, servindo como uma arma discriminatória contra algum
sexo, idade (“as gerações mais novas são incultas”), etnia (“os pretos não tem
cultura”) ou mesmo sociedades inteiras, quando se diz que “os franceses são cultos
e civilizados” em oposição aos americanos que são “ignorantes e grosseiros” (DA
MATTA, 1981, p. 1).
Dessa forma, os alunos rotulados, marginalizados e desacreditados e sem
pespectivas de aprendizagem, tornava ainda mais difícil o ensino. Porém, a
professora com pouca experiência, e com muita força de vontade, influenciou os
alunos com suas estratégias de aula construida a partir da experiência do aluno.
Afirma Freire (1997, p.132) que o educador democrático, que aprende a falar
escutando, é cortado pelo silêncio intermitente de quem, falando, cala para escutar
a quem silencioso, e não silenciado, fala”. O professor autoritário que recusa escutar
os alunos, impede a afirmação do educando como sujeito de conhecimento.
Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele, e sem precisar
se impor.
Mesmo diante de falta de apoio e suporte pedagógico por parte da escola, a
professora seguiu firme em seu propósito e buscou estímulo para superar as
dificuldades e desafios de ensinar. Através do “Diário de Anne Frank”, com objetivo
de construir leitura, escrita e conhecer seus alunos e poder intervir com autonomia
sobre a forma de transmitir conhecimentos. A partir dessa motivação, veio a
conquista em suas vidas, pois as suas produções resultaram em um livro intitulado
“O Diário dos Escritores da Liberdade”, publicado nos Estados Unidos no ano de
1999.
4
O filme traz a interação entre o pedagógico e vínculos afetivos valorizando a
relação e aferindo importância na interação do docente com o aluno. Assim, o
educador não transmite apenas informações ou faz questionamentos, ele também
deve ouvir os alunos de forma a entender suas carências e suas dificuldades.
Neste sentido Freire (1996) nos fala que, “é fundamental reconhecer a
identidade cultural dos educandos, de forma a considerar o respeito essencial na
prática educativa. Portanto, um simples gesto do docente pode contribuir por toda a
vida de um aluno”.
Assim, acreditar que a sala de aula é um lugar onde acontecem as
verdadeiras mudanças, e o desenvolvimento de aprendizagens significativas e
capaz de mudar a sua realidade. Sendo assim, além do professor aplicar uma
metodologia que favoreça sua relação com o aluno, também é fundamental que
ocorra o diálogo para dar mais significado à aprendizagem.Assim, para Freire (1996),
o diálogo não transmite conteúdos, mas possibilita a construção do conhecimento,
sendo um agente transformador do meio cultural no qual está inserido.
Considerações
O filme Escritores da Liberdade apresenta pontos fortes: as questões sociais,
humanas e culturais estão interligadas às questões educacionais; conflitos em sala
de aula; a prática pedagógica do professor que deve ser feita autoavaliação; a
interação pedagógica constrói vínculos afetivos, valores e favorece o conhecimento;
pensar criticamente sobre comportamentos dos alunos; por fim, estimular a
mudanças. A cena que chama atenção, é quando a professora Gruwell, fala que
“ toda a luta que seus alunos estão travando na vida, será vencida dentro da sala de
aula”, assim, consideramos a educação como base para desenvolver uma nação.
REFERÊNCIAS
DA MATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro, Zahar.1981.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
____________.Pedagogia da Autonomia. 35 ed., São Paulo: Paz e Terra, 1996.
____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011

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