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Gestação Prolongada/Pós-datismo O que é? Pós-datismo → Gestações entre 40 e 42 semanas; Gestação Prolongada → Gestações que ultrapassam 42 semanas → Gestação patologicamente prolongada com riscos fetais e maternos incrementados; EPIDEMIOLOGIA Incidência de gestações com 42 semanas ou mais: entre 3 e 14%. Fatores que influenciam: - Ciclos menstruais → ciclos menstruais irregulares (espanioamenorreia – ciclo mais prolongado) - Anticoncepcionais hormonais (estimativas de taxas - USG precoce; ETIOLOGIA Hipóteses: Falhas na deflagração do trabalha de parto; Situações associadas ao pós-datismo: ● Idade materna → Idade avançada; ● Paridade → Primigestas têm predisposição maior que as múltigestas; ● Etnia → Ascendências grega e italiana; ● Fatores fetoanexiais → Anencefalia (insuficiência adreno-hipofisária); Deficiência da sulfatase placentária. ● Excessica atividade endócrina placentária → Atividade miorrelaxante da Progesterona ● Fatores intrínsecos do miométrio → doenças específicas do miométrio podem dificultar a excitabilidade das fibras miometrias; ● Fator Cervical → ausência ou deficiência da refratariedade da resp contrátil do colo uterino. Influência nos resultados perinatais: Aumento na mortalidade Aumento na morbidade o Oligoâmnio o Mecônio ante e intraparto (aspiração) o Macrossomia fetal (tocotraumatismos) Influência na morbidade materna Aumento nas taxas de distócias (distócia biacromial); Maior número de lesões perineais decorrentes da macrossomia fetal; CARACTERÍSTICAS DO RN PÓS-MADURO: FISIOPATOLOGIA Classificação ACOG 2014: - Pré-termo: <37 semanas; - Termo precoce: 37 sem até 38 e 6/7; - Termo Completo: 39 a 40 e 6/7; - Termo tardio: 41 a 41 e 6/7; Pós-datismo: USG x DUM > ou = 42 sem (USG: 2%; DUM: 6 a 12%) > ou = 41 sem (USG: 5 a 11%; DUM: 13 a 22%) Classificação em Grau I, II e III: Grau I → Pele seca, descamativa, dobras cutâneas excessivas e tecido subcutâneo escasso, unhas longas, cabelos abundantes, ausência ou escassez de lanugem, ossos cranianos mais rígidos e aspecto vigil e encelhecido; Grau II → Grau III → CONDUTA ASSISTENCIAL ● Vigilância do bem-estar fetal; ● Indução do Trabalho de parto; Maturação cervical – processo pelo qual de estrutura fechada, determinada a manter a gestação para uma estrutura macia, complacente, capaz de se dilatar e permitir a passagem fetal. Índice de Bishop > 7 → Colo favorável à indução; Métodos para Maturação Cervical: ● Mecânicos: Balão; Laminária; Descolamento digital de Membranas. ● Farmacológicos: Prostaglandia E2 (dinoprostone); Prostaglandina E1 (Misoprostol); Relaxina; Óxido Nítrico. Laminárias Materiais Hidrofílicos: - Laminárias marinhas → Principais complicações: Infecções; Retenção do material; Reação anafilática. - Laminárias sintéticas (Lamicel, Dilapan) Cateter Balão de Foley: Exame Especular; Inserção da sonda até passar o OI; Inflar balão com 30 a 50 ml; Sonda 14 a 26 gauges; Usualmente a sonda é eliminada em 12h; Seguro manter até 24h; Efeitos colaterais: morbidade fetal puerperal, sangramento e amniorrexe. Descolamento digital de membranas ovulares Considerado evidência C; Toque vaginal, ultrapassar OI e realizar movimento circular; Aumento de prostaglandinas? Complicações: Infecção, sangramento e amniorrexe. Prostaglandinas Mecanismo de ação: Dissolução de feixes de colágeno e um aumento do teor de água da submucosa do colo do útero. Indicações: Indução do parto; Ausência de contraindicação a indução; Colo do útero não favorável; Gestação única; Apresentação cefálica; Vitalidade fetal preservada. Contraindicações: Febre; alergia ao medicamento; Glaucoma; Sangramento vaginal; Trabalho de parto. Protocolo: Misoprostol 25 mcg (2-3 doses); Intervalo de 4/4h; Cardiotocografia; Verificar contrações antes da nova dose; Ocitocina após 4 a 6 horas. Indução do Trabalho Parto com ocitocina: Objetivo: Estimular contrações uterinas capazes de dilatar o colo uterino, permitindo que ocorra o parto vaginal sem que haja sofrimento fetal. Indicações: - Síndromes hipertensivas; - Distúrbios metabólicos; - RCF; - Oligoâmnio; - Pós-datismo; - Óbito fetal; - Colagenoses; - Amniorrexis prematura; Contraindicações: o Placenta prévia; o Sofrimento fetal; o Apresentações anômalas; o Malformações uterinas; o Vício pélvico; o Infecções: HIV, Herpes; o Carcinoma cervical invasivo. Preditores do sucesso da Indução do Trabalho de Parto: Idade; Paridade; Peso e altura maternos; Idade gestacional; Peso fetal; Maturação cervical. CONCLUSÕES: Pós-datismo: Avaliar possibilidade de parto vaginal; Seguimento com avaliação da vitalidade fetal; Indução do Trabalho de parto: Ocitocina; Maturação cervical: Prostaglandinas; Resposta: “B”
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