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UNIVERSIDADE ESTUAL DE MARINGÁ CCE - DEPARTAMENTO DE FÍSICA Engenharia de Produção Física Experimental III – 7251(41) Resistividade Mateus Hohl Meneghin RA: 110091 Gustavo Oliveira Paulista RA: 108201 Professor: Ivanildo Fabrício de Oliveira Maringá, 2019 Sumário INTRODUÇÃO...................................................................................................................3 Resistividade.........................................................................................................................3 Densidade de corrente...........................................................................................................3 Ponte de Wheatstone.............................................................................................................3 PROCEDIMENTOS E MATERIAIS...............................................................................4 Sistema com barra Níquel-Cromo........................................................................................4 Multímetro digital.................................................................................................................4 RESULTADOS...................................................................................................................5 DISCUSSÃO.......................................................................................................................6 Relação do gráfico R x l.......................................................................................................6 Relação do gráfico R x A-1 e cálculo da resistividade experimental....................................6 Cálculo da resistência através da Ponte de Wheatstone.......................................................7 Propagação de erros.............................................................................................................7 CONCLUSÃO....................................................................................................................8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................9 Introdução A resistividade demonstra o quão fácil é uma carga elétrica deslocar se através de certo material, um material que possui uma baixa resistividade permite com mais facilidade o fluxo de elétrons através do mesmo, porém, um material que dispõe de uma alta resistividade não permite com tal simplicidade o fluxo de cargas elétricas através deste. A definição de resistividade ρ de um material é a razão entre o módulo do campo elétrico e o módulo da densidade de corrente1: A densidade de corrente J é definida como a corrente elétrica que flui por unidade de área da secção reta1: Dessa forma, podemos inferir que a resistividade tem influência da área do fio ou cabo a qual deseja-se transportar cargas elétricas, assim como do comprimento do mesmo, visto que as cargas percorrem uma determinada distância l em cada situação, dependendo de onde a corrente é imposta a percorrer1. Tal equação nos mostra isso: A unidade no SI para área ‘A’ é denominada m2 (metro quadrado), já para a resistência ‘R’ e comprimento ‘l’ são Ω (ohm) e m (metro), respectivamente, o que implica que a unidade para a resistividade é Ω . m (ohm vezes metro)1. A ponte de Wheatstone também faz parte do nosso experimento, visto que tal configuração apresenta uma grande precisão para medidas de pequenas oscilações de resistência2. Figura 1: Sistema para medidas utilizando a ponte de Wheastone. Fonte: Atividades para Física Experimental Eletricidade e Magnetismo3. Procedimentos e Materiais Inicialmente escolhemos um dos sistemas (barra nº 3) compostos por um fio de Ni-Cr (Níquel-Cromo) e anotamos os seus valores teóricos da área da secção transversal e da resistividade, que foram respectivamente A = 2,435x10-7 m2 e ρ = 1,14x10-6 Ω . m. Figura 2: Sistema para a medida da resistência do fio de NiCr em função do comprimento do fio. Fonte: Atividades para Física Experimental Eletricidade e Magnetismo3. Na sequência, medimos a resistência do fio de Ni-Cr, utilizando um multímetro, a cada 10 cm até 100 cm do comprimento do fio e a cada medida anotamos os valores na Tabela 1. Figura 3: Multímetro digital. Fonte: Laboratório de Física III – Livro de Práticas – IFSC USP4. Depois disso, partimos para o experimento utilizando a ponte de Wheatstone, escolhemos 4 resistores, medimos a resistência de cada um utilizando o multímetro digital novamente e determinamos aquele com resistência intermediaria como nosso RP, todos os valores, assim como o valor do comprimento do fio de Ni-Cr (L) foram registrados na tabela 3. Logo em diante, montamos o sistema indicado na figura 1, posicionando o resistor intermediário RP e um dos outros resistores como Ry, ajustamos a fonte para uma tensão de 0,7 V e medimos o valor de x, que é a condição de equilíbrio para cada um dos resistores no galvanômetro. Resultados A tabela 1 nos mostra os valores da resistência do fio conforme mediamos a cada 10 cm, em que R nos mostra o valor para a resistência e L o comprimento do fio Ni-Cr. Tabela 1: Medidas da resistência em função do comprimento do fio de Ni-Cr. R±ΔR (Ω) L±ΔL (cm) 0,9±0,1 10±1 1,7±0,1 20±1 1,8±0,1 30±1 2,2±0,1 40±1 2,6±0,1 50±1 3,1±0,1 60±1 3,5±0,1 70±1 4,1±0,1 80±1 4,4±0,1 90±1 4,7±0,1 100±1 Essa tabela nos mostra os valores da resistência do fio Ni-Cr para cada uma das 10 medidas realizadas. Na sequência, a tabela 2 nos mostra informações de cada uma das 5 barras com fio de Ni-Cr que foram utilizadas no experimento. Tabela 2: Medidas da resistência em função da área de secção dos fios de Ni-Cr para um comprimento fixo. Nº da barra A (m2) A-1 (m-2) R±ΔR (Ω) 03 2,435x10-7 4,106x106 4,7±0,1 16 1,551x10-7 6,447x106 7,5±0,1 7 1,224x10-7 8,169x106 9,6±0,1 6 3,632x10-7 2,753x106 3,2±0,1 11 3,116x10-7 3,209x106 3,8±0,1 A tabela 2 indica os valores da área da secção transversal do fio, o seu inverso, juntamente da resistência de 100 cm de fio. Logo em diante, a tabela 3 nos mostra informações de 4 resistências, sendo uma delas a nossa resistência intermediária (RP), a posição de equilíbrio “x” e o comprimento “L-x” que é o comprimento da barra subtraído da posição de equilíbrio. Tabela 3: Determinação do valor de resistência com a ponte de Wheatstone. R±ΔR (Ω) x±Δx (cm) L-x±ΔL-x(cm) Rycalc±ΔRycalc(Ω) R1 2191±1 32,0±0,05 86,0±0,05 2190,3±7,3 R2 984±1 53,8±0,05 64,2±0,05 972,5±2,8 R3 388±1 80,5±0,05 37,5±0,05 379,6±1,3 RP 815±1 - - L = 118 cm Discussão O valor está bem próximo a resistividade nominal, pelo gráfico, vemos que conforme o comprimento aumenta, a resistividade também aumenta. Como o comprimento da barra é de 1 metro, não irá influenciar significamente nos cálculos, portanto, temos a equação: Realizando os cálculos para cada uma das barras, temos: I) ρ = 3,2 . 3,632x10-7 ρ = 1,16x10-6 Ω . m II) ρ = 3,8 . 3,116x10-7 ρ = 1,18x10-6 Ω . m III) ρ = 4,7 . 2,435x10-7 ρ = 1,14x10-6 Ω . m IV) ρ = 7,5 . 1,551x10-7 ρ = 1,14x10-6 Ω . m V) ρ = 9,6 . 1,224x10-7 ρ = 1,17x10-6 Ω . m Os valores são próximos da resistência nominal. A construção do gráfico mostra que conforme a área é maior a resistividade também é, de forma análoga para a resistência e resistividade, são grandezas diretamente proporcionais. Realizando os cálculos para Rycalc temos: Rycalc = Rp Rycalc = 815 . 2,6875 Rycalc = 2190,3 Ω Rycalc = 815 . 1,1933 Rycalc = 972,5 Ω Rycalc = 815 . 0,4658 Rycalc = 379,6 Ω Os valores de Ry e Rycalc são muito próximos, através da propagação de erros (rascunho) até é possível que tenham o mesmo valor. Propagação de erros para o valor da resistividade Sabemos que o valor teórico para a resistividade do nosso material é ρ =1,14x10-6 Ω.m, agora propagando o erro para o valor encontrado desse, temos: 1,140x10-6 ---------------- 100% 1,144x10-6 ---------------- x% x = 0,35% Conclusão Diante dos fatos citados, podemos concluir que a resistividade é uma grandeza que é diretamente proporcional ao comprimento e a resistência, vimos que conforme mediamos a resistência do fio, mais longe do ponto de origem, a resistividade aumentava. O gráfico da resistência em função do comprimento nos indicou uma reta, em que o coeficiente angular é a razão entre a resistividade e a área da secção transversal. O nosso valor para a resistividade foi muito próximo ao valor teórico ao qual tomamos como base, o desvio foi de 0,35% o que mostra uma boa coerência em todas as etapas do experimento. O circuito com a ponte de Wheatstone nos mostrou que é muito preciso para medir pequenas variações de resistência, sendo possível comparar a resistência medida com o multímetro digital com a resistência calculada através da ponte, ambos com valores muito parecidos. Referências Bibliográficas [1] Zemansky, Sears e Freedman, Young E. Física III Eletromagnetismo, Ed. Addisson Wesley 2009. Pág 139 [2] ANDOLFATO, Rodrigo Piernas; CAMACHO, Jefferson Sidney; BRITO, Gilberto Antônio de. Extensometria Básica. Disponível em: <https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariacivil/nepae/extensometria-basica.pdf>. [3] IRAMINA, Alice Sizuko; NETO, Antonio Medina; SATO, Francielle; DIAS, Gustavo Sanguino; WEINAND, Wilson Ricardo. ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO DE APRENDIZADOS DOS EXPERIMENTOS DE FÍSICA EXPERIMENTAL III. Disponível em: <http://site.dfi.uem.br/wp-content/uploads/2017/04/Atividades-para- Fisica-Experimental-Eletricidade-e-Magnetismo.pdf>. [4] Universidade de São Paulo. Instituto de Física de São Carlos. Laboratório de Ensino de Física. Laboratório de Física III: livro de práticas/ compilado por Tiago Barbim Batalhão [et al]. São Carlos: Instituto de Física de São Carlos, 2013. 326p.
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