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Indústria de Laticínios O leite é a matéria prima, tem a seguinte composição: ✓ água (aprox. 87%) ✓ proteínas (aprox. 4-5%): caseína, lactoalbumina, lactoglobulina ✓ gorduras (aprox. 4-5%) ✓ açúcares, principalmente lactose ✓ sais ✓ vitaminas, etc. O leite tem pH entre 6,5-6,8 e é muito fácil de deteriorar por contaminação com m.o. Após processamento, produtos resultantes: leite homogeneizado, leite pasteurizado, creme de leite, manteiga, queijo etc. A classificação é feita pela: • % de gordura ✓ Integral (mín 3%) ✓ Semi-desnatado (0,6-2,9%) ✓ Desnatado (máx 0,5%) • Qualidade/carga microbiológica: 𝐴,𝐵 𝑜𝑢 𝐶⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ↑ (teor de bactérias tipo coliformes fecais) Obtenção do leite --> Transporte --> Indústria (fazem teste rápido pelo pH, com indicadores como o "alizarol", além disso tem o teste crioscópico, do congelamento do leite, leite congela a 0,55 °C e a água 0°C)--> Processamento(pesquisa de H2O pra ver se o leite foi fraldado testa densidade - densidade norma do leite: 1,028-1,032 - , testes pra ver se tem farinhas, farelos, urina...) Critérios de Qualidade com análises: • microbiológicas • físico-quimicas, para ver se tem compostos inibitórios como NaOH, formol etc. Tratamento térmico: refrigeração e aquecimento – processamento térmico. Homogeneização Processamento: 1. Filtração 2. Tratamento térmico Se faz o resfriamento do leite cru (ainda com m.o.) a +/- 2°C, depois se faz o aquecimento (pasteurização). A pasteurização elimina 100% dos m.o. patogênicos. Entra leite cru e sai leite pasteurizado, enquanto entra água quente e sai água fria. A temperatura de aquecimento é entre 72-75°C. Quando chega nessa temperatura, o leite fica 15s em um desvio do trocador. Pode ser usada uma temperatura menor também, desde que o tempo seja maior. O calor desnatura as proteínas do leite. A pasteurização pode ser: ✓ HTST: high temperature, short time ✓ LTLT: low temperature, long time Pode acontecer de ter incrustações nas placas com água dura, o que dificulta manter a temperatura necessária para a pasteurização correta. Por isso existem registradores do processo, que marcam se a T foi atingida durante o tempo mínimo necessário para a pasteurização ser efetiva. O leite longa vida sofre outro tratamento térmico após a pasteurização. Acontece em trocador de placas ou tubular, à 140°C durante 2s (UHT: ultra high temperature) o que elimina todos os m.o. fazendo resultar em um leite de boa qualidade microbiológica. A parte ruim do leite UHT é que durante o processo, muita proteína é desnaturada, o que causa perda nutricional, porém fica mais fácil a digestão. Em temperaturas muito elevadas a lactose degradada e muda a coloração do leite, deixando-o mais amarelado. Por isso o controle da temperatura e do tempo devem ser tão rígidos. 3. Homogeneização: para a gordura não ficar "flutuando", pistões vão quebrando as partículas de gordura. 4. Padronização: para controlar a quantidade de gordura são usadas centrífugas industriais e o subproduto desse processo é o creme de leite. 5. Embalagem: bobina de PE (polietileno) passa por UV para esterilizar, moldagem e depois colocam o leite. No caso do leite UHT são usadas 6 camadas de PE + camada de laminado que impede incidência de radiação solar e impede contato com o ambiente. Os casos em que o leite UHT estraga são devidos à micro orifícios que permitem a entrada de ar e a contaminação do produto. Apesar do cuidado que se tem, alguns organismos esporulados resistem a altas temperaturas, por isso durante o processamento do leite é tão importante o cuidado com a higienização e esterilização. Normalmente se usa CIP (cleaning in place). atomizador embalagem Manteiga Após a padronização do leite resulta o leite padronizado e o creme. Creme → pasteurização → resfriamento → maturação → resfriamento → bateção → lavagem com água → embalagem ▪ Streptococcus lactis ▪ Streptococcus cremoris ▪ Leuconostoc citrovorum ▪ Streptococcus diacetilactis São usados tanques de aço inox, com parede dupla. A pasteurização é feita à 80°C por 10 min(?), isso garante maior estabilidade do produto final (manteiga). Após o aquecimento é feito resfriamento à 18°C do creme de leite. Em 18°C inoculamos uma cultura láctica que são m.o. selecionados que vão crescer no creme de leite, liberando substâncias que dão o sabor característico da manteiga. Existem algumas indústrias que não fazem essa etapa e então o gosto da manteiga não sai tão bom como deveria. citrato→diacetil (aroma da manteiga) pela fermentação A maturação é o tempo necessário para os m.o. liberarem esses compostos que dão bom sabor (umas 20hrs aprox). Após a maturação o creme é mais ácido, com sabor ("água viscosa"). Na bateção se usa uma batedeira industrial durante 30- 40 min. Todos os glóbulos de gordura se juntaram, estão coesos. A manteiga fica separada de um líquido, o leitelho, que é usado para alimentação animal. Após a bateção, a manteiga ainda está ácida, então é necessário, passar pelo processo de lavagem. Se usa água gelada, durante 2 ou 3 lavagens, e assim conseguimos tirar a acidez da manteiga. Para manteiga com sal se coloca NaCl junto com a água durante a lavagem Leite em pó Leite → Seleção → Pasteurização → Concentração → Leite Concentrado → Secagem → Embalagem Entra leite pasteurizado e passa pelo concentrador de 3 efeitos, à 70°C, saindo leite concentrado que tem baixo teor de umidade em comparação com o leite original. Não podemos aumentar muito a temperatura pois pode degradar os açúcares, escurecendo o leite. Para fazer o leite sem lactose, antes dessas etapas o leite é passado por uma coluna com enzimas que degradam a lactose. Secagem: Entra ar quente e sai ar frio. O leite concentrado entra pelo atomizador no equipamento conhecido como "spray dryer". A tendência é pulverizar o leite para dentro do cilindro e em contato com ar quente retira quase toda a água. Ponto crítico: reações de Maillard e reações de caramelização. Qualidade do leite em pó: miscibilidade em água. Para melhorar isso, a indústria coloca lecitina (classe dos fosfolipídeos) que tem certas propriedades surfactantes, que faz com que as micelas sejam rompidas e o pó seja dissolvido. Doce de leite Leite → Pasteurização → Aquecimento Em um tanque circula água quente para manter a temperatura. Se deixa o leite durante 5-6h (aquecimento prolongado), onde ocorre a degradação dos açúcares/lactose (reações de caramelização). Produção de queijos Leite → Seleção → Pasteurização → Tanques (Concentração → Maturação) Queijo é o "leite concentrado", possui alto teor de proteínas. No Brasil, 30% do leite produzido é destinado à produção de queijos. Para virar queijo o leite passa por processos físicos, químicos e microbiológicos. Tipos de queijo: ✓ fresco ✓ maturado ✓ processado Leite pode ser bovino, ovelha, búfala, cabra etc. Pode ser: • cru: tem m.o. que podem ser patogênicos para o ser humano por isso, é necessário regulamentação para sua venda • pasteurizado: maioria dos queijos industriais Para fazer o queijo temos que coagular o leite ou pela adição de ácido ou de forma enzimática. Leite→Pasteurização→Tanques de fabricação → Coagulação protéica → Corte/Quebra da coalhada → Enformagem → Câmara fria Dentro do tanque de fabricação se coloca, além do leite: ✓ CaCl2: o cálcio estabiliza a molécula de proteína, não deixando o queijo esfarelar. ✓ Cultura láctea: dá o sabor característico de um queijo, formadapor Lactobacillus e Streptococcus. Produzem ácido láctico (glicose→piruvato→ácido lático). O pH do leite que era de 6,5-6,8, diminui. ✓ Coalho: é um complexo de enzimas proteolíticas (vem em líquido ou em pó - renina e quimiotripsina), sem ele não conseguimos uma textura homogênea. Essas enzimas trabalham em pH mais baixo, por isso é importante que o pH seja abaixado antes pela cultura láctica Então depois de adicionar tudo se agita a mistura e então se deixa à 30°C por 30-40min. Após esse tempo, o leite não está mais líquido, está em formato de gel(proteínas preciptadas), pois as enzimas atuaram sobre as proteínas e coagularam o leite. Quando aparece essa textura de gel significa que o ponto isoelétrico foi atingido (pH determinado que equivale a esse ponto) e as cargas das proteínas se anulam. Nesse ponto o leite já coagulou e precisamos isolar essa proteína. Cortamos esse gel com um agitador que vai cortando o coágulo. Esses cortadores se chamam lira. Quando cortamos o coágulo com a lira, obtemos a separação de fases, e o soro (concentrado proteico) é separado. Obs: se o tempo para coagular está mais alto que o de costume, o que pode estar acontecendo? A enzima pode estar com atividade baixa, estar velha. Diferença do queijo branco para o prato por exemplo: • cor: no queijo prato se coloca corante alimentar do tipo urucum (origem vegetal) • textura: o queijo prato sofre outro cozimento e depois é prensado durante 2 dias +/-, por isso é tão mais firme. Processo de salga: se faz um salmoura e se deixa o queijo de molho após a prensagem e, por osmose, o queijo absorve o sal e perde água. Esse processo dura 2-3 dias. É necessário ter cuidado pois pode ressecar o queijo se ficar tempo a mais. Após a salmoura, o pedaço de queijo vai para secagem em câmaras de maturação onde a umidade relativa é controlada. A cor amarelada do queijo é devido ao tempo de maturação ou por adição de corantes. Problemas que podem ocorrer durante o processo: ✓ estufamento do queijo: houve liberação de gás (𝐶𝑂2 normalmente) pelos m.o. que crescem na ausência de O2. Normalmente bactérias coliformes. Percebemos isso muitas vezes quando o queijo é embalado em máquinas de vácuo cry-o- vac. ✓ olhaduras irregulares: no queijo suíço, as olhaduras, quando regulares, são desejáveis, devido à presença de bactérias específicas. Nos casos em que as olhaduras não são desejáveis (não eram para estar presentes ou estão irregulares), são resultado de estufamento rápido do queijo, precoce, devido à problemas de contaminação durante o processo ou por prensagem inadequada. Quando o estufamento é tardio, o problema é no leite do início do processo (maturação) e neste caso não são coliformes e sim bactérias do gênero Clostridium. Utilidades do soro Constituição do soro: ✓ lactoalbumina ✓ lactoglobulina ✓ lactose ✓ H2O, sais, etc. 1Kg queijo frescal --> 6L de leite do início 1Kg parmesão --> 15L de leite no início 1000L de leite--> 100Kg de massa e 900L de soro Se pode fazer ricota. Para isso se coloca o soro em um tanque com agitação. Acontece a separação das proteínas (coagulação) pela ação do calor (aprox 90°C). A medida que o perfil de temperatura aumenta acontece a coagulação pois as proteínas são desnaturadas. Recolhe- se o coagulado com uma concha, uma peneira e se leva para prensagem onde sai mais água ainda. Queijos finos: parmesão, gruyere, camembert (ovelha), gorgonzola(vaca), brie, roquefort... O que muda dos outros: são adicionados fungos. Por exemplo no Camembert é usado o Penicillium camembert Durante a maturação são alteradas as propriedades físicas e organolépticas. Nas câmaras de maturação são controladas as seguintes variáveis: umidade, temperatura, luminosidade, microbiota Iogurte: Produto lácteo fermentado A seleção do leite é o ponto crítico do processo, pois não pode ter nenhum tipo de inibidor. Bactéria Láctica: além de controlarem as bactérias do instestino (regulam flora intestinal), limpam as paredes do intestino. Além disso, produzem agentes antibióticos importantes para nossa saúde. ✓ Streptococcus thermophilus ✓ Lactobacillus bulgaricus ✓ Lactobacillus delbrueckii A coalhada é produzida quase da mesma forma mas as bactérias usadas são diferentes das usadas para o iogurte. Leite → Seleção → Pasteurização → Processamento → Aquecimento → Resfriamento → Inoculação → Fermentação → Resfriamento → Corte/Quebra da coalhada → Embalagem O aquecimento é feito à 80°C por 10min e após essa etapa muitas vezes se adiciona leite pó, o que faz aumentar o teor de sólidos, e consequentemente a consistência do iogurte. Depois se faz resfriamento à 42- 45°C e em seguida a inoculação das bactérias: Lactose → Glicose + Galactose → Via glicolítica → Piruvato → Ácido lático até pH=4,5 Esse ácido láctico que dá o sabor característico do iogurte. Para outros sabores se colocam frutas, corantes e aromatizantes. Presença de soro no iogurte é um problema na fabricação: normalmente não se usa só uma bactéria isolada; é muito comum usar mistura de Streptococcus com Lactobacillus. Se houver no meio mais Strept. que Lacto. (2:1 aprox), haverá mais soro na superfície do iogurte e pouca acidez no iogurte. Se for ao contrário (mais lacto que strep) o iogurte será mais líquido e será mais ácido. Alterações bioquímicas em alimentos 1. Escurecimento enzimático: por reações de oxidação devido a ação de enzimas Derivados do catecol → PPO → ortoquinonas + (1 2⁄ )𝑂2 → + 𝐻2O E+S ↔ ES → E+P PPO(poli fenol oxidase) →enzimas→ [E],[S], pH,t Para fazer o controle, evitando a oxidação: Diminuir 𝑂2, T ou pH (add ác cítrico por exemplo) → diminui velocidade de reação e diminui atividade enzimática. As vezes queremos o escurecimento: café, chocolate, casca do pão etc. 2. Escurecimento não enzimático: pode ser por reações de Maillard (combina aminoácidos + açúcares), reações de caramelização ( por ação do calor há a degradação de açúcares), oxidação de vit C. Requer 𝑶𝟐 Requer Amina Produto Final Maillard Não Sim Melanoidina Caramelização Não Não Melanoidina Vitamina C Sim Não Melanoidina 3. Oxidação de gorduras Deteriorização: • Rancidez hidrolítica → Hidrólise da ligação éster por lipase e umidade • Rancidez oxidativa → Autooxidação 4. Oxidação de Carnes Modificação da Mioglobilina → Oxidação do 𝐹𝑒2+ em 𝐹𝑒3+. Produção do chocolate Cacau X Chocolate O cacauero é uma árvore de 4-12m de altura, clima tropical (T>20°C) que começa a dar frutos após 4 anos, com safra de maio a setembro. A Theobroma cacau gosta de sol ameno, por isso é comum ver plantações de bananeiras em volta. Fruto (cacau) ✓ casca ✓ semente (amêndoa) ✓ polpa • 80-90% água • 10-13% de açúcares • pH 3,5-3,6 Chocolate ✓ manteiga de cacau ✓ licor (massa) ✓ açúcar ✓ leite e derivados Frutos → Colheita → Transporte Os frutos contém carboidratos e proteínas em sua mucilagem. O pessoal que faz a colheita, faz um corte rente e deixa os frutos cairem no chão, o que já aumenta o contato com m.o. do ambiente. Em seguida abrem-se os frutos com o facão e separam somente as sementes envoltas na mucilagem. Essas sementes são transportadas por jumentos em cestas e lá são colocados à temperatura ambiente em cochos de fermentação durante 5-7 dias. Esses cochos são tanques de madeira compartimentarizados, que servem como um bioreator onde acontecem as reações bioquímicas.Durante a fermentação, escorre um líquido pelo fundo do cocho chamado "mel de cacau" que é utilizado para produção de licores. Fenônemos físicos e bioquímicos que ocorrem na fermentação: • Renovação natural da polpa mucilaginosa • Morte do Gérmen (perda da capacidade de germinação) • Hidrólise de proteínas (aminoácidos) • Hidrólise de açúcares • Escurecimento dos cotilédones por reações de oxidação do fenóis No 1° dia de fermentação já há crescimento de leveduras que já vieram com as sementes, que transformam seus açúcares em etanol. No 2° dia as sementes são passadas para o próximo compartimento o que acaba aerando o meio e propiciando o cresimento de bactérias lácticas. O ácido láctico também causa transformação nas sementes pois ativa as enzimas (poli fenol oxidase) presentes dentro dos cotilédones da semente o que causa seu escurecimento. No 3° e 4° dias a presença de moscas do tipo drosófilas (mosca da banana) introduz outros tipos de bactérias (como as bactérias acéticas). As drosófilas são atraídas pelo ácido acético e, a presença de ácido ácetico mostra que não há mais etanol. No final surgem até bactérias esporulantes. As leveduras fazem a temperatura aumentar, o que causa o término do poder germinativo das sementes. Todos esses processos ativam os compostos precursores dos compostos que dão aroma e o sabor do chocolate Depois desse processo, a semente é chamada de amêndoa e elas saem desse processo com muita umidade. Durante a secagem também ocorrem processos bioquímicos. Secagem das amêndoas ✓ continuação das reações ✓ escurecimento enzimático (neste ponto a amêndoa fica bem marrom) ✓ reações de Maillard (pelo calor da secagem) A secagem pode ser artificial (em fornos) ou natural (esparramam as amêndoas em uma lona, no sol). A secagem natural é melhor para dar o sabor e aroma de cacau, de boa qualidade. Ao invés de uma lona, se pode colocar em um tablado e se chover há um telhado móvel. Fica de 10 a 15 dias secando e no final as amêndoas ficam secas como um grão de café. Durante a secagem pode ser que crie mofo em volta das amêndoas devido à umidade. Para retirar esse mofo, o pessoal anda em cima delas para retirar com o atrito. Depois da secagem, as amêndoas são embaladas para serem levadas às indústrias. Na indústria se faz a torrefação e a extração da gordura do cacau (manteiga de cacau) por prensagem. Benefícios do chocolate: possui triptofano nas sementes, que é precursor de ceratonina. Além disso, possui antioxidantes. SCP: single cell protein → tentam usar a casca do cacau para produzir proteínas ou para ração animal. Processos Bioquímicos Obtenção de produtos → Biorreator → Condições → Meio ✓ reator ✓ meio de cultivo ✓ fonte de carbono ✓ m.o. (excretam no meio o produto) No fundo do reator há um distribuidor de ar (ou de 𝑂2 puro) que joga bolhas. O tamanho dessas bolhas afeta a reação. • X concentração de células • S substrato • P produtos Cinética dos bioprocessos Transferência de 𝑶𝟐 Problemas: ✓ Baixa solubilidade: o aumento de temperatura e presença de sais diminiu ainda mais essa solubilidade.(em 25°C aprox 7 mg/L) ✓ Composição do meio reacional ✓ Pressão parcial do gás No Platô: 𝑄𝑂2 máx e C* (concentração crítica). Abaixo desse valor de concentração não temos mais aumento na velocidade de respiração Como calcular [𝑂2] dentro do reator? Duas maneiras: • uso vazão de entrada e volume do reator ✓ modo mais tradicional é usar um eletródo que está conectado em um registrador e que mostra a concentração de 𝑂2 dissolvido Na cabeça do eletrodo tem solução eletrolítica e quando o 𝑂2 bate no eletrodo, ocorre uma reação química que gera íons OH-, que é proporcional à quantidade de 𝑂2. Problemas do eletrodo: tr (tempo de resposta) é o tempo para estabilizar e dar a resposta final. É melhor comprar um eletrodo que tenha tempo de resposta o menor possível. Para calibrar o eletrodo de 𝑂2 primeiro se coloca 𝑂2 até chega na concentração de saturação (𝑂2 100%) e faço a medição. Depois coloco 𝑁2 ou outro gás inerte que expulsa todo o 𝑂2 e faço a medição (𝑂2 0%). Quanto menor a bolha de 𝑂2 mais fácil a transferência. Para diminuir a tamanho da bolha posso: ✓ usar microesferas ✓ mudar o sistema de distribuição de 𝑂2 ✓ mudar velocidade de agitação (N) ✓ geometria do reator ✓ tipo de turbina ✓ vazão de entrada de ar ✓ espaçamento entre as pás e quantidade de pás Teoria da película líquida (na interface gás-líquido). Pi pode ser desconsiderado. Após passar pela película, ainda há resistências até chegar à entrar no m.o. A soma dessas resistências totais é representada por um coeficiente que é o Coeficiente de transferência de 𝑶𝟐 (𝑲𝑳.𝒂) t -1. A resistência da película líquida é a maior. Obs: se tenho um processo que o 𝑲𝑳.𝒂 está a 100 t -1 mas neste caso a 70 seria melhor, o que fazer? R: reduzir vazão de 𝑂2 e reduzir agitação. Estudo Processos Bioquímicos Definições biotecnologia: utilização de conhecimentos de bioquímica para aplicação em processos industriais para QO2 C O2 Pg Pi Pl Ar produzir produtos de interesse comercial por processos mais sustentáveis bioquímica: é a química presente nos seres vivos. Estudo dos parâmetros relacionados às reações que ocorrem dentro dos m.o. leveduras: organismo da classe dos fungos, que são importantes devido à fermentação Diferença bactéria x levedura: bactérias são muito menores. Pneumonia e outras infecções são causadas por bactérias mas, são responsáveis também pela produção de insulina e participam de processos fermentativos projeto genoma: tem por objetivo sequenciar o DNA de organismos e estudar os genes para entender o comportamento de doenças por exemplo. projeto proteoma: para saber quais proteínas são sintetizadas. Conjunto de proteínas que são expressas a partir do genoma. Porém, diferentemente do genoma, o proteoma muda constantemente, pois há variações nas reações do organismo aos diversos estímulos. fermentação: é um tipo de reação bioquímica que transforma açúcares em etanol com uso de m.o. Normalmente ocorre na ausência de oxigênio alimentos fermentados: passaram por fermentação algas: reino Protista. Muito usadas em cosméticos, possuem alta concentração proteica cultura láctica: conjunto de m.o. cultivados em um meio de cultura com propósito de fermentar produtos lácteos vacinas: método preventivo de doenças. É uma suspensão que pode ter o organismo causador da doença (enfraquecido ou como antígeno (morto) estimulador para produzir anticorpos) celulose: polissacarídeo parte constituinte das plantas enzimas: tipo de proteína com funções específicas (principal característica é a especificidade) em um processo metabólico, tipo de catalisador biológico DNA: ácido desoxirribonucléico, sequencia de aminoácidos que carrega informações genéticas de um organismo vivo (nucleotídeos--> bases nitrogenadas) botulismo: doença provocada por bactéria que provoca distúrbios gastro-intestinais. O que causa o problema não é a bactéria (Clostridium botullinium), mas sim a toxina que ela libera no alimento. Essa bactéria é aeróbia o que pode fazer a lata estufar, por isso deve-se evitar lata amassada pois os gases podem ter saído e a toxina continuar lá dentro, e a pessoa comer sem saber. Problemas com o processamento: esterilizar em autoclave 121°C por 15 min se não chegar a essa T e a esse t, não mata essa bactéria.A bactéria do botulismo é sensível à nitritos, por isso, produtos cárnicos tem nitritos para evitar botulismo. Além disso, nitritos estabilizam a cor rosa do presunto por exemplo. Mas no organismo de quem come se transforma em nitroaminas, que são carcinogênicas. A infecção alimentar é diferente da intoxicação. Na infecção não é por toxinas e sim o próprio m.o. alimentos ácidos: pH<4,5 bactéria láctica: são os Lactobacillus, bactérias utilizadas na transformação do leite em outros derivados pela produção de ácido láctico microbiologia: estudo à nível celular de m.o e organismos processo fermentativo: transforma açúcares em etanol homofermentação: processo bioquímico em que o m.o. produz exclusivamente um só produto (ex: apenas ácido láctico) fosforilação oxidativa: é uma via metabólica que utiliza energia liberada pela oxidação de nutrientes de forma a produzir trifosfato de adenosina (ATP). O processo refere-se à fosforilação do ADP em ATP, utilizando para isso a energia libertada nas reações de oxi-redução invertase: enzima que catalisa a hidrólise de sacarose em glicose e frutose células imobilizadas: não estão soltas no meio e sim aderidas em um suporte. Provocam aumento de produtividade na produção de cerveja por exemplo espectrofotometria: análise de concentração através da emissão de ondas de luz, se faz a comparação com curvas de calibração. Permite comparar a radiação absorvida ou transmitida por uma solução que contém uma quantidade desconhecida de soluto, e uma quantidade conhecida da mesma substância. resíduos lignocelulósicos: resultantes de processos biotecnológicos que ainda não possuem utilidade de interesse industrial cromatografia líquida: método de separação de compostos químicos em solução. Detecta concentrações através de padrões. poli fenol oxidase: PPO, enzima de grande interesse industrial por se responsável pelo escurecimento das frutas bioprocesso: aplicação industrial de reações ou vias biológicas, mediadas por células vivas inteiras de animais, plantas, microrganismos ou enzimas sobre condições controladas paraa biotransformação de matérias primas em produtos; desenvolvimento sustentável: desenvolver sem causar problemas ambientais e sem afetar as gerações futuras biorremediação: fazer tratamento de efluentes utilizando m.o, recuperação de áreas contaminadas por vazamento de petróleo. biolixiviação: extração de minérios (ouro ex) com ajuda de m.o. vírus: organismo acelular, parasita intracelular (possui apenas uma cápsula protéica com DNA ou RNA dentro) A outra coisa que pode acontecer é que, ao invés do material genético se duplicar, o DNA do vírus se junta ao DNA da célula e a célula não sofre lise --> ciclolisogênico HIV: possui RNA, então é um retrovírus, funciona como inibidor competitivo leveduras osmofílicas: desidratam transcriptase reversa: enzima que, a partir de informações do RNA forma uma molécula nova de DNA biosurfactantes: surfactantes produzidos por biotecnologia, com uso de m.o. etanol de 2a geração: etanol produzido a partir do açúcar presente na parte lignocelulósica da planta. Redução de 70% da emissão de CO2 em comparação com etanol tradicional de 1a geração. reator CSTR: processo contínuo equação de Monod: representa a reação de fermentação S-->P (pela ação de m.o.) O que mais afeta é a concentração de substrato PCR: polimerase chain reaction --> duplicação do DNA (usado em teste de paternidade) célula procariótica: não contem membrana envolvendo o material genético. Ele e mais as organelas ( tem menos variedade que as eucarióticas) ficam soltos no citoplasma produtividade volumétrica: massa do produto de interesse por volume de solução e pelo tempo (g/L.h) fermentação feedbatch: batelada alimentada. Seu rendimento é maior quando comparado com a batelada normal KLa: coeficiente volumétrico de transferência de oxigênio (representa todas as variáveis dessa transferência) relações de potência fluído newtoniano: viscosidade, ou atrito interno, é constante para diferentes taxas de cisalhamento e não variam com o tempo. regime estacionário: concentração constante ao longo do tempo via glicolítica: metabolismo de degradação da glicose para uso na respiração (resulta em piruvato) insulina: hormônio responsável por facilitar a entrada de glicose nas células a bactéria E. coli tem um gene inserido nela que produz insulina via processos bioquímicos célula hospedeira vírus Mecanismo de adsorção do vírus Injeta material genético dentro da célula se duplica e produz várias moléculas de DNA do vírus formam cápsulas protéicas em volta de cada molécula de material genético célula hospedeira não aguenta e sofre lise (rompimento), liberando os novos parasitas CICLO LÍTICO colesterol HDL: molécula muito grande, difícil de ser carregada pela corrente sanguínea pelas lipoproteínas, podendo parar nas paredes e causar trombose por exemplo. HGH: hormônio do crescimento Neste caso também pode ser usada a E. coli recombinante para produzir o hormônio gordura trans: tipo especial de gordura que, em vez de ser formado por ácido graxos insaturados na configuração CIS, contém ácidos graxos insaturados na configuração TRANS acrilamida: polímero. Muitos produtos que comemos que são processados à altas temperaturas possuem acrilamida, que é tóxico para o organismo. Asparaginase é uma enzima derivada da E. coli usada para controle de acrilamida nos alimentos e controle de leucemia. CTNbio: Comissão Técnica Nacional de Bioseguraça, determina o uso de trangênicos ou não turbina Rushton: a mais usada em processos bioquímicos engenharia genética: campo que estuda manipulação de material genético visando aplicações bem específicas engenharia metabólica proteoma células tronco embrionárias: células presentes no estágio inicial da formação de um indivíduo que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo No de Reynolds: mostra tipo de escoamento do fluído (turbulento ou não) QO2: mede nível de respiração no m.o. dentro do reator µX: da equação de Monod, é a velocidade específica de crescimento do m.o. reator homogêneo compostos xenobióticos: são compostos estranhos a um organismo difíceis de degradar, precisam de m.o. específicos reator airlift: ao invés de um agitador mecânico, usa o borbulhamento de ar para homogeneizar o meio reacional OGM: organismo geneticamente modificado, trangênico Aflatoxina: toxina (toda toxina é uma proteína), tudo que tem "afla"é ruim. Liberada pelo fungo Aspergillus flavus em alguns alimentos, principalmente cereais (baixa umidade). Equação de Michaelis-Menten: modelo de cinética enzimática
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