Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Revisão tpoa: leite, ovos e mel av1 Segurança do alimento X Segurança alimentar Segurança do alimento: Práticas de medidas que permitem o controle de qualquer agente que, em contato com o alimento, promova risco à saúde do consumidor ou coloque em risco a sua integridade física, ou seja, é a garantia de qualidade do produto até a mesa do consumidor. Segurança alimentar: Refere-se a implantações de projetos em níveis nacional e internacional que assegurem ao cidadãos acesso a alimentos com qualidade nutricional e quantidade apropriados a uma vida saudável e ativa. (Garantir o direito da população de se alimentar) ‣ DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos) Escherichia coli - Contaminação fecalCepas patogênicas - Alimentos mal cozidos Staphylococcus aureus - Enterotoxina pré-formada - Incubação: 20 minutos a 6 horas - Náusea, vômitos, dores abdominais, prostação e hipotermia. - Duração: 2 a 10 dias - Manipuladores Salmonella spp. - Trato intestinal - Incubação: 12 - 72 horas - Diarre ia, dores abdomina is, vômitos e hipertermia - Duração: 6 - 7 dias Bacillus cereus - Solo, cereais, vegetais e produtos lácteo - Síndrome diarreica e emética Norovírus - Gastrenterites - Verão - Duração: 12 a 48 horas - Incubação Rotavírus - 6 anos - Incubação: 48 horas - Duração: 3 a 5 dias Características do leite Variação da composição do leite: Raça, período de lactação, alimentação, saúde, idade, ordem da ordenha e ambiente. ‣ Composição do leite Água: 87,5% - por ter muita água, acaba favorecendo o crescimento de microorganismos. Gordura: 3,9% Lactose: 4,9% Proteína total: mín. 3,5% - Caseína: a caseína, ß caseína e K caseína - principal proteína do leite - geralmente pessoas que são alérgicas ao leite, são alérgicas devido a caseína. Alergia ≠ intolerante - Proteínas do soro: Albumina e globulina do soro - importantes para a produção de derivados lácteos Sais minerais: 0,7% Lactose • Glicose + galactose • Glândulas mamárias dos mamíferos A lactose é o componente mais abundante, o mais simples e o mais constante em proporção. Propriedades físico-químicas da lactose ‣ Cristalização A lactose se obtém diante sua cristalização, e também é importante porque pode cristalizar em determinados produtos lácteos, como no caso do sorvete e do leite condensado. Os cristais são formados por meio da redução da água por evaporação ou congelamento. Em condições normais a cristalização é um processo lento e traz consigo o aparecimento de grandes cristais em pequenas quantidades. • Grandes cristais de lactose • Baixa solubilidade • Defeitos tecnológicos como no sorvete e leite condensado • Remoção da água por evaporação e o congelamento • Atrasam ou impedem a cristalização: Riboflavina e ß-galactosidase - como consequência da presença desses inibidores, os cristais de lactose não podem crescer por igual em todas as faces, o que justifica o aumento de sua irregularidade característica. Propriedades redutoras da lactose ‣ Açúcar redutor A lactose é um açúcar redutor e pode reagir com substâncias nitrogenadas, desencadeando, as reações de Maillard e levando à formação de compostos coloridos (melanoidinas), de odores anômalos e à redução do valor nutritivo do leite quando a lactose reage com aminoácidos essenciais, como a lisina e o triptofano. • Grupamento aldeído = açúcar redutor • Reação de Maillard (melanoidinas) - compostos que escurecem o alimento - reação entre aminoácidos e açúcar • Alterações de odor e sabor • Altas temperaturas - alteração acontece mais rapidamente • Temperatura ambiente - longos períodos, leite em pó. ‣ Degradação pelo calor Ocorre a decomposição da lactose. Resulta na formação de compostos ácidos (ácido acético, levúlico, fórmico, pirúvico), hidroximetil furfural, aldeídos, álcoois e redutonas. - Estes compostos são reativos, e podem dar origem a outros compostos coloridos. • Compostos escuros diferentes dos que surgem na reação de Maillard. • Lactulose (galactose + frutose) - indicadora de aquecimento do leite ‣ Hidrólise enzimática A enzima da lactase é adicionada para promover a hidrólise da lactose para a produção de leites e derivados sem lactose. - Intolerante a lactose = deficiência na produção das enzimas lactase • Interesse tecnológico: compostos resultantes são facilmente fermentáveis e absorvidos pelo intestino humano. • Preparação de produtos lácteos pobres em lactose para pessoas com deficiência de lactase (intolerantes a lactose) • Pré-hidrólise de lactose para acelerar a produção de ácido e a maturação do queijo • Prevenção da cristalização da lactose em sorvetes e leite condensado ‣ Fermentação Fermentação lática: quebra da lactose, produção do ácido lático que acidifica o leite - no iogurte pode ocorrer (desejado) Fermentação propiônica: multiplicação de bactérias do gênero Propionibacterium (ocorre em alguns queijos) - fermentam o ácido lático - formação de furos característicos (ex. Queijo gruyére) Fermentação butírica (não é desejada): multiplicação de bactérias do tipo butírico - odor ruim - perda dos queijos contaminados Fermentação alcoólica: multiplicação dos fungos Sacharomyces spp. e Candida spp. - leites fermentados como o quefir Gordura Principal componente em termos de valorização de sabor e nutrição - Leite desnatado: sem gordura - Leite semi-desnatado: gordura reduzida • Fração que mais varia • Triglicerídeos são os componentes majoritários • Dá a cor amarelada ao leite • Está dispersa no núcleo em forma de glóbulos esféricos. Núcleo contendo gordura envolvido por uma membrana lipoprotéica. Camada interna: proteínas + fosfolipídeos - isola o glóbulo de gordura, camada muito resistente Camada intermediária: água, cobre, ferro e zinco - se fixam facilmente na membrana Camada externa: proteína + fosfolipídeos - onde se localizam as atividades enzimáticas. Mais rica em proteínas e fosfolipídeos do que a camada interna. A membrana do glóbulo de gordura atua como barreira protetora, impedindo que os glóbulos floculem e se fundam. Também protege a gordura da ação enzimática. Propriedades físico-químicas ‣ Auto aglutinação Diferença de densidade entre a gordura e a fase plasmática do leite Leite cru em temperaturas de refrigeração: separação rápida da nata - este fato se deve à formação de grandes agregados de glóbulos de gordura - Os agregados apresentam formas e tamanhos irregulares • Temperaturas elevadas: os agregados são menores e mais compactos • Temperaturas baixas: glóbulos são firmes e volumosos A imunoglobina (conhecida como aglutina - pois adsorve-se na superfície dos glóbulos de gordura, unindo uns aos outros e provocando sua agregação. - A adsorção da aglutina na superfície dos glóbulos ocorre quando estes se encontram em estado sólido ou semi-sólido, isto é, a baixas temperaturas. - O pH influi na aglutinação - Tamanho do glóbulo também influi; quanto maior é o glóbulo, maior é a área superficial e , portanto, requer-se mais aglutina para provocar a união dos glóbulos do que quando estes são grandes. - No leite homogeneizado não se produz aglutinação, a não ser que se adicione grande quantidade de aglutinina. ‣ Coalescência Fusão de duas gotas de uma emulsão em uma única - Esse fenômeno é acompanhado da ruptura da membrana que separa e individualiza duas gotas que estão muito próximas uma da outra. A coalescência está diretamente relacionada com a espessura da membrana e com sua estabilidade em função da tensão superficial entre as fases aquosa e gordurosa. • Aumento irreversível do tamanho dos glóbulos de gordura, ruptura da membrana. • Quando maior for o conteúdo de gordura, maior será a probabilidade de coalescência. • Fa to res q u e i n f l u e n c i a m : A g ita ç ã o , congelamento, conteúdo de gordura e tamanho do glóbulo. ‣ Homogeneização Essa operação tem comoobjetivo prolongar a estabilidade da emulsão da gordura reduzindo mecanicamente o tamanho dos glóbulos. Assim, evitando a floculação e impedindo que a nata se separe. • Processo: submeter o leite a grande pressão e forçá-lo a passar por uma abertura estreita. (Rompe o glóbulo de gordura) - O tamanho dos novos glóbulos dependerá da pressão aplicada. • Esse processo ocorre em um homogeneizador O leite, entre 65 e 70ºC entra com forte pressão em um tubo cujo extremo encontra-se uma verga cônica de aço ou ágata que se mantém na posição desejada graças a um sistema de regulação externo; o leite deve vencer a resistência oferecida pela trava e abrir um caminho entre ela e a parede. A ruptura dos glóbulos se produz pelo choque com a trava e pela laminação que sofrem ao sair por um canal tão estreito. Nesse momento, o leite expande-se e provoca a explosão dos glóbulos. A homogeneização pode ser feita em duas fases. Esse processo consiste em fazer o leite passar por uma segunda válvula a pressão menor. Com isso, evita-se o reagrupamento dos glóbulos e consegue-se que a emulsão tenha maior estabilidade. • Efeitos da homogeneização: modificação da membrana; a cor se torna mais branca; aumenta a tendência a formar espuma. • Vantagens: Permite uniformidade do sabor e da cor do leite; Digestibilidade. • Desvantagens: Possibilidade de contaminação; Não pode ser desnatado; Rancificação. Proteínas do leite Caseínas, proteínas do soro e nitrogênio não proteico. Extrema importância na produção de derivados lácteos Alto valor biológico: aminoácidos essenciais em elevadas concentrações com boa digestibilidade. As caseínas e as proteínas do soro diferenciam-se: - Solubilidade distinta a pH 4,6: as proteínas do foro são solúveis e as caseínas não. Graças a essa característica, fabrica-se o iogurte e podem separar-se facilmente as duas espécies protéicas. - A capacidade de algumas proteases de coagular as caseínas e formar gel (base da indústria de queijo), enquanto as proteínas do soro são insensíveis à enzima. - Termorresistência das caseínas, que permite a esterilização do leite sem que se geleifique. - Algumas proteínas do do soro chegam ao leite procedentes do plasma e outras sano de origem matéria. - Caseínas formam partículas colidias (micelas), enquanto as proteínas do soro encontram-se dissolvidas na fase aquosa do leite. ‣ Proteínas do soro Obtidas pela precipitação natural do leite, fermentação láctea, coagulação com auxilio de enzimas, fermento lático, etc. Nesses casos é comum eliminar impurezas (lactose, sais minerais, etc.), isto é, purificar a fração protéica resultante se a intenção é obter um produto de alta qualidade. Por suas propriedades nutritivas e funcionais, é comum a indústria alimentícia extrair essas proteínas do leite e, com mais frequência, do soro, resultante do processamento de queijos ou manteigas. As proteínas do soro mais abundantes no leite de vaca são: • ß-lactoglobulina (9,5%) • a-lactoalbumina (3,5%) • Imunoglobulinas (2%) • Soroalbumina bovina (1%) ‣ Caseínas São micelas de fosfocaseinato de cálcio. Importância industrial: fabricação de queijos, caseína propriamente dita e leite em pó. Ela é responsável por manter as moléculas de água e gordura unidas. Sua estrutura só se altera em meio com alta acidez. Principais frações da caseína: • As1, as2, ß e K, sendo as1 e ß os mais abundantes. As caseínas possuem elevada estabilidade térmica e são insolúveis ao pH 4,6. ! No processo de produção de queijos, iogurte e outros alimentos, o ácido lático acidifica o leite e decompõe a caseína, que se reorganiza na forma sólida (gel) e dá consistência a esses alimentos. As caseínas são: • Estáveis ao tratamento térmico (esterilização e pasteurização); • Estáveis na homogeneização; • Estáveis em concentrações relativamente altas de cálcio; • Instáveis ao pH ácido (pI); • Instáveis a ação de muitas proteases (queijo e coalhada); • Instáveis ao congelamento. ‣ Desnaturação térmica Caseínas = estáveis termicamente (170ºC) Proteínas do soro = termolábeis - A-lactoalbumina: desnatura a 90ºC - ß-lactoglobulina: inicia a desnaturação a 65ºC No tratamento térmico do leite, forma novas ligações com a K-caseína, dificultando a coagulação. ‣ Demais compostos nitrogenados - Amônio, uréia, aminoácidos, creatina e ácidos úricos e hipúrico. Enzimas As enzimas, por serem catalisadores bioquímicos, podem provocar importantes mudanças. • Algumas são agentes que provocam a hidrólise dos componentes do leite (proteases, lipases, etc.) • A sensibilidade ao calor de algumas delas é utilizada para controlar tratamentos térmicos (fosfatase alcalina e lactperoxíidase) ‣ Hidrolases • Lipases Atinge sua maior atividade com o pH de 7 a 8. É termolábil, pois perde sua atividade temperaturas de pasteurização. • Proteases alcalinas ou plasmina - pH ótimo de atuação de 8. - Estável ao calor - A ação da plasmina pode causar graves defeitos nos produtos lácteos submetidas a tratamento UHT (sabor amargo e mudanças na viscosidade). - Maturação e aroma de quilos suíços. • Fosfatase alcalina A fosfatase alcalina se localiza majoritariamente na camada externa da membrana do glóbulo de gordura. Apresenta resistência aos tratamentos térmicos. A destru ição dessa enzima assegura o desaparecimento dos patógenos e a salubridade do leite; por isso, sua inativação é utilizada para controlar o processo de pasteurização. É preciso levar em conta que depois de algum tempo de armazenamento observa-se uma reativação, provavelmente devido à reorganização interna da molécula parcialmente modificada durante o aquecimento. ‣ Oxidases • Lactoperoxidase É a mais resistente ao calor (80ºC) e é utilizada também para controlar a pasteurização. Contudo, a importância fisiológica e tecnológica da lactoperoxidase está em sua capacidade de inibir o crescimento de bactérias Gram positivas e Gram negativas. • Xantina oxidase Ela se apresenta associada `a membrana do glóbulo de gordura. • Catalase Está associada às partículas lipoprotéicas da membrana do glóbulo de gordura. A determinação da catalase é um indicador indireto da qualidade higiênica do leite, visto que nos leites de vacas com mastite e no colostro é encontrada em quantidades superiores do que as do leite normal. Vitaminas No leite, estão presentes todas as vitaminas. • Vitamina B1 (tiamina); • Vitamina B2 (riboflavina); • Vitamina B6 (piridoxina); • Vitamina B12; • Vitamina B3 (niacina); • Vitamina B5 (ácido pantotênico); • Vitamina A; • Ácido fó l ico e v itam ina D: pequenas quantidades; • Pequena concentração de vitamina C (ácido ascórbico): sensível ao calor. Minerais Componentes majoritários: potássio, cálcio, cloro, fósforo, sódio e citratos; Menores quantidades: magnésio, cobre, ferro, boro, manganês, zinco e iodo. Obtenção higiênica do leite ‣ Recomendações gerais O local da ordenha deve ser arejado, ter piso cimentado, disponibilidade de água e limite físico de lotação de 3m² por vaca. ‣ Cuidados com o animal • Boas condições sanitárias; • Vacinação; • Controle periódico de endo e ectoparasitoses; Pelos da cauda e próximos do úbere; Higienização dos tetos; • Secagem dos tetos; • Vacas com mastite; • Completa e sem interrupções. ‣ Sequência para uma boa ordenha manual 1. Conduzir cuidadosamente a vaca para ordenha 2. Obedecer a ordem dos animas a serem ordenhados - mais sadios primeiro 3. Prender a cauda e as patas da vaca 4. Eliminar os 3 primeiros jatos em caneca de fundo preto 5. Descartar o leite de caneca em local apropriado (balde plástico) 6. Coloque o bezerro para mamar um pouco, depois amarre ele. Na perna da vaca ou perto dela 7. Higienizar as mãos do ordenhador 8. Higienizar os tetos por 15 segundos e seca- los com papel toalha (1 papel para cada teto) 9. Ordenhar a vaca e colocar o leite emcoadores apropriados 10. Após a ordenha, transportar o leite o mais rápido possível para o tanque de resfriamento ‣ Pré-dipping Consiste em uma solução responsável pela desinfecção dos tetos ANTES da colocação das teteiras ou da realização da ordenha manual, reduzindo assim a contaminação da pele dos tetos e principalmente os casos de mastite por agentes ambientais. Contribui para a qualidade higiênica do leite, pois proporciona redução da CBT (contagem bacteriana total) do leite do tanque. Princípios ativos: Iodo; hipoclorito de sódio; Clorexidina; Ácido lático. ‣ Pós-dipping Desinfeccionar os tetos APÓS a ordenha. Princípios ativos: Iodo; clorexidina; cloro. • A qualidade do leite cru irá influenciar na validade final do produto, por 3 fatores principais: - Condições de higiene da ordenha - Temperatura do leite após a ordenha - Transporte até a usina onde será processado ‣ Parâmetros de controle de qualidade oficial I – teor de gordura; II – teor de proteína total; III – teor de lactose anidra; IV – teor de sólidos não gordurosos; V – teor de sólidos totais; VI – contagem de células somáticas; VII – contagem padrão em placas; VIII - resíduos de produtos de uso veterinário. Estabelecimentos de leites e derivados ‣ Granja leiteira Estabelecimento destinado à produção, ao pré- beneficiamento, ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano direto, podendo também elaborar derivados lácteos a partir de leite exclusivo de sua produção. ‣ Posto de refrigeração Estabelecimento intermediário - propriedades rurais e unidades de beneficiamento de leite e derivados; Seleção, recepção, à mensuração de peso ou volume, filtração, refrigeração, acondicionamento e expedição de leite cru; Facultando-se a estocagem temporária do leite até sua expedição. ‣ Unidade de beneficiamento de leite e derivados Recepção, ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano direto, facultada a transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o fracionamento, a ralação, o acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de derivados lácteos, permitida também a expedição de leite fluido a granel de uso industrial. ‣ Queijaria - Localizado em propriedade rural; - Fabricação de queijos tradicionais com características específicas, elaborados exclusivamente com leite de sua própria produção; Etapas de fabricação, maturação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição; - Unidade de beneficiamento de leite e derivados, caso não realize o processamento completo do queijo. Leite UHT O leite UHT (Ultra High Temperature), também conhecido como longa vida, é obtido pelo processo de temperatura ultra alta de pasteurização. O leite é homogeneizado e submetido a uma temperatura de 130 a 150 ºC, entre 2 e 4 segundos, e imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a 32ºC. O choque térmico pela qual o leite passa foi nomeado de Pasteurização, este processo permite eliminar as bactérias. ‣ Vantagens Maior preservação: armazenamento; Melhor distribuição; Longas distâncias; Sem necessidade de resfriamento; Maior possibilidade de mercado; Produtos estáveis: tratamento térmico e envase asséptico. ‣ Métodos - UHT 1. Aquecimento por injeção direta de vapor e posterior retirada; 2. Aquecimento indireto por troca de calor entre o produto e o meio aquecedor. - Homogeneização; - Resfriamento 32ºC ‣ Embalagem A embalagem, na qual o leite UHT fica confinado para comércio, é asséptica, ou seja, inibe o desenvolvimento de micro-organismos). No instante que a embalagem é aberta, o leite já fica sujeito a se contaminar. Leite esterilizado 110 – 130ºC; 20 – 40 minutos. Beneficiamento do leite de consumo O beneficiamento do leite assegura o padrão de qualidade do produto em um período de conservação mais longo. Estas operações incluem a fi ltração, o resfriamento, o desnate e a padronização da gordura, a pasteurização e o acondicionamento ‣ Objetivos Qualidade físico-química e microbiológica; Padrão de qualidade constante; Retardar alterações. ‣ Coleta da amostra Análises de rotina: - Gordura; - Acidez; - Crioscopia; - Densidade; - Temperatura; - EST e ESD; - F ra u d es : n e u t ra l i za ntes da a c i d ez , conservantes, reconstituintes da densidade. Fases tecnológicas do beneficiamento ‣ Fluxo das operações - Bombas sanitárias; - Filtro; - Tanque de equilíbrio (4oC); - Aparelho de placas (40 – 45oC); - Diminui a viscosidade do leite. ‣ Clarificação É a retirada das impurezas do leite por processo mecânico, mediante centrifugação ou outro processo tecnológico equivalente, aprovado pelo DIPOA; - CCS e CBT; - Tipos de centrífugas. Clarificadoras > impurezas do leite - parede interna inferior do tambor - “lodo”. ‣ Tipos de centrífugas - Desnatadeira hermética padronizadora: obtém as 3 frações acima - dispositivo adicional - retorno parcial do creme - teor de gordura do leite; homogeneização - Desnatadeira: leite desnatado, creme e lodo. ‣ Pasteurização É o tratamento térmico aplicado ao leite com objetivo de evitar perigos à saúde pública decorrentes de microorganismos patogênicos eventualmente presentes, e que promove mínimas modificações químicas, físicas, sensoriais e nutricionais. ‣ Pasteurização lenta • LTLT (baixa temperatura longo tempo): - Tanques de dupla camisa com agitação; - 30 m in/62-65oC – destru ição de Mycobacterium tuberculosis; - Resfriamento: 2 - 4oC/15 minutos; - Tanques isotérmicos. Vantagem: preservação da qualidade nutricional. Desvantagens: Não tem efeito termochoque; mais espaço; menos volume. ‣ Pasteurização rápida Maior eficiência; não ocupa tanto espaço e é rápida. • Aparelho de placas - 1ª seção: recuperação (2 regeneradores – 40o - 45oC e 60-65oC); - 2ª seção: Aquecimento - placas (72-75oC); - 3ª seção: Retardo 72-75oC/15-20 segundos; - 4ª seção: Resfriamento (2-4oC); - Tanque de estocagem. ‣ Efeitos da pasteurização O efeito mais importante a ser observado é o efeito microbiológico, onde conseguimos inativar alguns microorganismos. Entretanto, outros microorganismos permanecem resistentes. ‣ Controle de pasteurização - Válvula de derivação; Elimina as etapas de seção de retardo e de resfriamento. - Pesquisa de enzimas Embalagem Empacotamento em saco de polietileno: dosa o leite e individualiza automaticamente; ‣ Leite pasteurizado É o leite fluido submetido a um dos processos de pasteurização previstos na legislação vigente, envasado automaticamente em circuito fechado e destinado a consumo humano direto. • Leite pasteurizado tipo A - Leite fluido, produção, beneficiamento e envase exclusivamente em Granja Leiteira; - Consumo humano direto. - Pasteurizado; - Homogeneização: integral e semidesnatado. - Conservação do leite cru na granja leiteira: 5,0 °C; - Estocagem do leite pasteurizado tipo A em câmara frigorífica e expedição: 5,0 °C.
Compartilhar