Buscar

Teorias e Práticas da Psicomotricidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIAS E PRÁTICAS 
DA PSICOMOTRICIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. CONCEITOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDOS DIVERSOS 
AUTORES................................................................................................3 
2. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE...............................8 
3. ASPECTOS TRABALHADOS NA PSICOMOTRICIDADE.....................9 
4. ESTRUTURAS PSICOMOTORAS DE BASE.......................................10 
5. CLASSIFICAÇÃO CONVENCIONAL DA IDADE CRONOLÓGICA…..12 
6. ASPECTOS TRABALHADOS NA PSICOMOTRICIDADE...................17 
7. ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE..............................................18 
8. AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE...................................................22 
9. DISTÚRBIOS PSICOMOTORES............................................................28 
10. DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO PSICOMOTOR........................................30 
11. ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR...............32 
12. TEORIAS E EXERCÍCIOS EM PSICOMOTRICIDADE.........................34 
REFERÊNCIA..............................................................................................41 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. CONCEITOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDOS DIVERSOS 
AUTORES 
 
(Fonte: http://atividadesdepsicomotricidade.blogspot.com.br/2017/03/100-atividades-de-psicomotricidade.html) 
Ajuriaguerra, médico psiquiatra, considerado pela comunidade científica 
como o “Pai da Psicomotricidade”, define assim: “Psicomotricidade se conceitua 
como ciência da saúde e da educação, pois indiferentes das diversas escolas, 
psicológica, condutista, evolutista, genética, e etc, ela visa à representação e a 
expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo”. 
Dalila M. M. de Costallat, “A Psicomotricidade como Ciência de Síntese, 
que com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas que 
afetam as inter-relações harmônicas, que constituem a unidade do ser humano e 
sua convivência com os demais”. 
Germaine Rossel, “A Educação Psicomotora é a educação de controle 
mental e da expressão motora”. 
4 
 
Giselle B. Soubiran “Psicomotricidade e Relaxação, bases fundamentais da 
estrutura psico corporal, estática e em movimento, precedente e condicionante 
a toda atividade psíquica”. 
Vítor da Fonseca, “A psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação 
afetiva, a mediatização, a disponibilidade tônica, a segurança gravitacional e o 
controle postural, à noção do corpo, sua lateralização e direcionalidade e a 
planificação práxica, enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem 
e do seu ato mental concomitante. Nela o corpo e a motricidade são abordados 
como unidade e totalidade do ser. O seu enfoque é, portanto, psico somático, 
psico cognitivo, psiquiátrico, somato-analítico, psico neurológico e psico 
terapêutico”. 
P. Vayer, “É a educação da integridade do ser, através do seu corpo”. 
Beatriz Loureiro, “Psicomotricidade é a otimização corporal dos 
potenciais neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos às leis de desenvolvimento e 
maturação, manifestadas pela dimensão simbólica corporal própria, original e 
especial do ser humano”. 
Hurtado (1983), diz que a psicomotricidade é a educação dos movimentos, 
ou através dos movimentos, visando a melhor utilização das capacidades 
psicofísicas da criança. Neste caso utiliza-se o movimento como meio e não como 
fim a ser atingida. A Psicomotricidade é o suporte básico que auxilia a criança a 
adquirir tanto sensações e percepções como conceitos, os quais lhe darão o 
conhecimento de seu corpo e, através desse, do mundo que o rodeia. 
5 
 
Coste (1981), define a Psicomotricidade como uma técnica em que 
cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista, e que utiliza numerosas ciências 
constituídas, entre a biologia, psicologia, psicanálise, sociologia e linguística. É 
considerada como uma terapia, “a terapia psicomotriz” a qual desenvolve a 
capacidade de expressão do indivíduo, fazendo com que haja um novo 
conhecimento do corpo. 
Schinca (1992), o controle e conhecimento do próprio corpo são 
essenciais para o estabelecimento da ligação entre o indivíduo e o meio externo. A 
relação entre cada ser e o exterior se manifesta através de atos e 
comportamentos motores, adaptados e ajustados mediante as sensações e 
percepções. 
Meur e Staes (1984), relatam que o estudo da psicomotricidade é recente 
sendo que só no início deste século abordou-o assunto ainda que 
superficialmente. Em uma primeira fase, a pesquisa teórica fixou-se, sobretudo no 
desenvolvimento motor da criança. Depois se estudou a relação entre o atraso no 
desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança. Seguiram-se estudos 
sobre o desenvolvimento da habilidade manual e aptidões motoras em função da 
idade. Hoje em dia os estudos ultrapassam os problemas motores, pesquisando 
também as ligações com a lateralidade, à estruturação espacial e a orientação 
temporal por um lado e, por outro, as dificuldades escolares de crianças com 
inteligência normal. Faz também com que se tome consciência das relações 
existentes entre o gesto e a afetividade. 
Para De Meur (1984), a psicomotricidade quer justamente destacar a relação 
existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global 
6 
 
da criança por meio de uma técnica. A psicomotricidade baseia-se em princípios a 
partir da vivência do corpo no espaço e no tempo, desenvolvendo a consciência de 
si mesmo, como um ser capaz de sentir expressar e o mais importante, ser capaz 
de partilhar e comunicar-se com os demais. 
O estudo da psicomotricidade envolve cinco temas distintos: tomada de 
consciência do corpo, a formação da personalidade da criança, isto é 
desenvolvimento do esquema corporal, através do qual a criança toma 
consciência do seu próprio corpo e das possibilidades de expressar-se por meio 
desse corpo; tomada de consciência da lateralidade, a criança percebe que seus 
membros não reagem da mesma forma, percebe uma maior dominância dos 
movimentos de um hemicorpo do que no outro (assimetria funcional); tomada de 
consciência do espaço, tomada de consciência da situação do seu próprio corpo 
em um meio ambiente, tomada de consciência da situação das coisas entre si, 
possibilidade do sujeito se organizar perante o mundo que o cerca, de organizar 
as coisas entre si; tomada de consciência do tempo, que diz respeito a como a 
criança se localiza no tempo, capacidade de situar-se em função da sucessão 
dos acontecimentos (antes, durante, após), da duração dos acontecimentos 
(longo, curto), da sequencia (dias da semana, meses ano), caráter irreversível do 
tempo (ontem, hoje, amanhã) e renovação cíclica do tempo (orientação temporal); 
tomada de consciência da relação corpo-espaço-tempo, como a criança se expressa 
também através do desenho, completa com o domínio progressivo do desenho e 
do grafismo. 
Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - “a ciência que tem como objeto de 
estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo 
interno e externo”, a psicomotricidade é um assunto que todos os profissionais de 
7 
 
Educação Física devem tomar conhecimento. O site da SBP vale uma visita com 
calma e atenção. A lista de cursos de formação, especialização e pós-graduação é 
bastante detalhada, assim como a programação de eventos que acontecem em 
todo o Brasil. 
Para quem se interessar pelo assunto, antes de ir à livraria adquirir as 
indicações da seção “publicações” deve visitar a seção “glossário”, para inteirar-se 
dos termos técnicos mais usados. 
 
(Fonte: https://www.itep.es/blog/educacion-infantil-2/tecnico-superior-educacion-infantil-psicomotricidad.htm)8 
 
2. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE 
 Educação Psicomotora : 
É a ação educativa baseada e fundamentada no movimento natural consciente 
e espontâneo com a finalidade de normalizar, completar ou aperfeiçoar a 
conduta global da criança. 
 Reeducação Psicomotora: 
Abrange sujeitos desde a infância até a idade adulta. Pode ser desenvolvida 
tanto em caráter profilático quanto terapêutico. 
 Terapia Psicomotora : 
Realizada através de uma programação de exercícios que envolvem atividades 
motoras, viso-motoras e emocionais. O trabalho visa melhorar o 
desenvolvimento corporal da criança, bem como a aprendizagem, afetividade, 
social, tornando-a estruturada para que possa se sentir segura e feliz. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. ASPECTOS TRABALHADOS NA PSICOMOTRICIDADE 
- Qualidades físicas: força, flexibilidade, agilidade, velocidade, coordenação 
motora, equilíbrio, noções de espaço e tempo e lateralidade. 
- Aspecto afetivo e social: socialização e desenvolvimento de traços de 
personalidade como organização, disciplina, responsabilidade, coragem e 
solidariedade. 
-Características cognitivas: capacidade de análise e desenvolvimento de 
memória. 
Tipos de Movimento 
 ESTABILIZANTE: 
 é qualquer movimento no qual algum grau de equilíbrio é requerido (isto é, 
praticamente toda atividade motora ampla). Num sentido mais restrito, um 
movimento estabilizante é um movimento não locomotor e não manipulativo 
 LOCOMOTORES: 
 se refere a movimentos que envolvam mudança em localização do corpo 
relativa a um ponto fixo no espaço. 
 MANIPULATIVOS 
 se refere á manipulação motora ampla. As tarefas de arremessar, receber, 
chutar e bater (ou rebater) um objeto são todas consideradas como 
movimentos amplos de manipulação. 
 
10 
 
4. ESTRUTURAS PSICOMOTORAS DE BASE 
Locomoção: Quando nos deslocamos de um lugar ao outro. 
Manipulação: Habilidade de manuseio. 
Estabilidade: Ajustamento da postura. 
Lateralidade: Noção de direita e esquerda. Importante para a 
orientação espacial. 
Coord. Fina: Quando se trabalha com as extremidades dos segmentos. 
Coord. Grossa: Quando se trabalha com a totalidade das mãos ou do 
corpo. 
Coord. da dinâmica geral: É a atuação conjunta do sistema nervoso 
central e da musculatura esquelética, na execução do movimento. Temos a 
coordenação motora ampla e seletiva. 
Equilíbrio: É a capacidade de manter-se sobre uma base, pode ser 
estático e dinâmico. 
Esquema Corporal: é o conhecimento que temos do corpo em 
movimento ou em posição estática, em relação aos objetos e o espaço que o 
cerca. É através do desenvolvimento do esquema corporal que a criança toma 
consciência de seu corpo e das possibilidades de expressar-se por meio desse 
corpo. Exemplo de atividade: raposa que gostava de comer capim. 
Compartimentos do esquema corporal: 
Auto –imagem 
11 
 
Orientação espaço temporal 
Coordenação óculo-segmentar 
Direcionalidade 
Enfim, a psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação, 
envolvendo a emoção. A psicomotricidade favorece a criança uma relação 
consigo mesma, com o outro e com o mundo que a cerca, possibilitando-a um 
melhor conhecimento do seu corpo e de suas possibilidades. 
Pode-se afirmar então, que a Educação Física, através de atividades 
afetivas, psicomotoras e sócio-psicomotoras, constitui-se num fator de 
equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o 
corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo promovendo a totalidade 
do ser humano. 
 
 
(Fonte: http://rede.novaescolaclube.org.br/grupo/psicomotricidade-na-educacao-infantil-pratica-educativa-e-preventiva-
para-o-sucesso-escolar) 
 
 
12 
 
5. CLASSIFICAÇÃO CONVENCIONAL DA IDADE CRONOLÓGICA 
 I – Vida pré-Natal: da concepção ao nascimento. 
 Período de zigoto: concepção – 1 semana 
 Período embrionário: 2 a 8 semanas 
 Período fetal: 8 semanas ao nascimento 
 II – Primeira Infância: do nascimento aos 24 meses. 
 Período Neonatal: nascimento a 1 mês 
 Início da infância: 1 a 12 meses. 
 Infância posterior: 12 a 24 meses 
 III – Infância: de 2 a 10 anos. 
 Período de aprendizagem: 2 a 3 anos. 
 Infância precoce: 3 a 5 anos. 
 Infância intermediária/avançada: 6 a 10 anos. 
 IV – Adolescência : 10 a 20 anos. 
 Pré-pubescência: 10 a 12 anos (F), 11 a 13 (M) 
 Pós-pubescência: 12 a 18 anos (F), 14 a 20 (M) 
 V – Idade adulta jovem: 20 a 40 anos 
 Período de Aprendizado: 20 a 30 anos 
13 
 
 Periodo de fixação: 30 a 40 anos 
 VI –Meia-idade: 40 a 60 anos 
 Transição para meia idade: 40 a 45 anos. 
 Meia-idade: 45 a 60 anos 
 VII – Terceira Idade: mais de 60 anos 
 Inicio da terceira idade: 60 a 70 anos 
 Período intermediário da terceira idade: 70 a 80 anos 
 Senilidade: mais de 80 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança 
Desenvolvimento 
Afetivo 
Desenvolvimento 
Motor 
Categorias 
de movimento 
Locomotores Manipulativos Estabilizadores 
Desenvolvimento 
Cognitivo 
14 
 
 
Sequência gradativa do Desenvolvimento motor 
Movimentos Reflexos: 
• São involuntários e formam a base para as fases seguintes: 
• Estágios: 
– Codificação das informações (útero a 4 meses): servem como 
primeiro meio para colher informações, buscar alimentos proteção 
através do movimento. 
– Decodificação de informações(4 meses a 1 ano): substitui a 
atividade sensório motora pelo comportamento perceptivo-motor. 
 
Criança 
Desenvolvimento 
Afetivo 
(objetivos) 
•Ajudar a criança sentir-se 
feliz; 
•Desenvolver um auto-
conceito positivo e estável; 
•Desenvolver respeito 
pelos direitos e idéias 
pessoais; 
•Formar uma visão real das 
diferenças individuais; 
•Orientar a criança na 
aprendizagem por 
problemas. 
•Desenvolver movimentos 
fundamentais; 
•Melhorar a coordenação. 
•Ampliar o nível de 
aptidão motora; 
•Criar e desenvolver a 
consciência corporal bem 
como suas 
potencialidades. 
•Ajudar a criança a 
desenvolver um 
pensamento 
questionador; 
•Encorajar na solução 
de problemas; 
•Despertar para 
desafios intelectuais; 
•Estimular a 
aprendizagem de 
conceitos essenciais. 
Desenvolvimento 
Motor 
Desenvolvimento 
Cognitivo 
15 
 
Movimentos Rudimentares: 
• Formas básicas dos movimentos voluntários que são solicitados pela 
vida 
• Estágios: 
– De inibição reflexa (nascimento a 1 ano): primitivos e posturais 
são substituídos pelo comportamento motor voluntário. 
– Pré controle( 1 a 2 anos): a criança começa a ganhar maior 
precisão e controle dos seus movimentos. 
Movimentos Fundamentais: 
• Aperfeiçoamentos da fase dos movimentos rudimentares. 
• Estágios: 
– Inicial(2 a 3 anos): uso restrito do corpo, coordenação e fluidez 
rítmica insuficiente 
– Elementar (4 a 5 anos): envolve maior controle, melhor 
coordenação, e ritmo dos movimentos fundamenstais. 
– Maduro (6 a 7 anos): eficiência mecânica, coordenação e 
performance controladas. 
 
Movimentos Relacionados aos esportes: 
16 
 
• Aperfeiçoamento dos movimentos fundamentais: habilidades 
progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas. 
• Estágios: 
– Geral ou transitório (7 a 10 anos): combina e aplica as habilidades 
motoras fundamentais para a performance de habilidades 
relacionadas ao esporte 
– Habilidade motora específica (11 a 13 anos): capacidade de 
realizar habilidades mais complexas; interesse por jogos mais 
difíceis. 
– Habilidades motoras especializadas (acima de 14 anos): ápicedo 
processo de desenvolvimento. 
 Para um bom desempenho nas fases de desenvolvimento motor é 
necessário atentar para os seguintes pontos: 
 oportunidades para praticar, 
 motivação para aprender, 
 instrução qualificado, 
 maturação 
 influência do meio-ambiente 
 
 
 
17 
 
6. ASPECTOS TRABALHADOS NA PSICOMOTRICIDADE 
 Qualidades físicas: força, flexibilidade, agilidade, velocidade, 
coordenação motora, equilíbrio, noções de espaço e tempo e lateralidade. 
 Aspecto afetivo e social: socialização e desenvolvimento de traços de 
personalidade como organização, disciplina, responsabilidade, coragem e 
solidariedade. 
 Características cognitivas: capacidade de análise e desenvolvimento de 
memória. 
Tipos de Movimento 
 ESTABILIZANTE: é qualquer movimento no qual algum grau de 
equilíbrio é requerido (isto é, praticamente toda atividade motora ampla). 
Num sentido mais restrito, um movimento estabilizante é um movimento 
não locomotor e não manipulativo 
 
 LOCOMOTORES: se refere a movimentos que envolvam mudança em 
localização do corpo relativa a um ponto fixo no espaço. 
 
 MANIPULATIVOS:se refere á manipulação motora ampla. As tarefas de 
arremessar, receber, chutar e bater (ou rebater) um objeto são todas 
consideradas como movimentos amplos de manipulação. 
 
 
18 
 
7. ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE 
A psicomotricidade envolve os seguintes elementos: esquema e imagem 
corporal, coordenação global, equilíbrio, dominância lateral, orientação espacial 
e latero-espacial, orientação temporal, coordenação dinâmica das mãos. 
Estes elementos são considerados básicos para o desenvolvimento global da 
criança, são pré-requisitos necessários para a criança adquirir à aprendizagem da 
leitura e da escrita; vivenciar a percepção do seu corpo com relação aos objetos, 
saber discriminar partes do seu corpo e ter controle sobre elas e obter organização 
de espaço e tempo. 
Esquema corporal 
É um elemento básica indispensável para a formação da personalidade da 
criança. É a representação da imagem que a criança tem de seu próprio corpo. A 
criança se sentirá bem na medida em seu corpo lhe obedece, em que o conhece 
bem, em que pode utiliza-lo não somente para movimentar-se, mas também para 
agir. Uma criança cujo esquema corporal é mal constituído não coordena bem os 
movimentos, na escola a grafia é feia, e a leitura expressiva, não harmoniosa: a 
criança não segue o ritmo da leitura ou então para no meio de uma palavra. 
Segundo De Meur (1989), uma criança que se sinta à vontade significa que ele 
domina o seu corpo, utiliza-o com desenvoltura e eficácia, proporcionando-lhe 
bem estar, tornando fáceis e equilibrados seus contatos com os outros. 
A organização do corpo no espaço (organização espacial) 
É a capacidade de movimentar o próprio corpo de forma integrada, 
dentro de um ambiente contendo obstáculos, passando por eles. Movimentos com 
19 
 
rastejar, engatinhar, e andar, irão propiciar a criança o desenvolvimento das primeiras 
noções espaciais: perto, longe, dentro, fora. Para De Meur (1989), os problemas 
quanto à orientação temporal e espacial, como por exemplo, com a noção 
“antes-depois”, acarretam principalmente confusão na ordenação dos elementos 
de uma sílaba. A criança sente dificuldade em reconstruir uma frase cujas palavras 
estejam misturadas, sendo a analise gramatical um quebra-cabeça para ela. Uma 
má organização espacial ou temporal acarreta fracasso em matemática. Com efeito, 
para calcular a criança deve ter pontos de referência, colocar os números 
corretamente, possuir noção de “fileira”, de “coluna”; deve conseguir combinar as 
formas para fazer construções geométricas. Diante de problemas de percepção 
espacial uma criança não é capaz de distinguir um “b” de um “d”, um “p” de um “q”, 
“21” de “12”, caso não perceba a diferença entre a esquerda e a direita. Se não 
se distingue bem o alto e o baixo, confunde o “b” e o “p”, o “n” e o “u”, o “ou” e o 
“on”. 
A dominância lateral 
Refere-se ao esquema do espaço interno do indivíduo, que o capacita utilizar 
um lado do corpo com melhor desembaraço do que outro, em atividades que 
requeiram habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional. A definição 
da lateralidade ocorre à medida que a criança se desenvolve. A lateralidade na 
criança não deve ser estimulada até que não tenha sido definida, quando a criança 
é forçada a usar um lado do corpo torna-se prejudicial para a lateralidade, devido a 
fatores culturais os mais antigos acham que não é correto a criança escrever com 
a mão esquerda, forçando-a a utilizar a mão direita par tal ação, os pais devem 
favorecer a escolha feita pelas crianças. Na idade onde ainda prevalece a 
bilateralidade, se ainda a criança tiver tendência para o sinestrismo e os pais 
20 
 
tentar fazer algo para que impeça, pode levar a criança a apresentar danos na 
motricidade e contribuir para o surgimento de problemas de aprendizagem. 
O equilíbrio 
É a função na qual os indivíduos mantém sua estabilidade corporal 
durante os movimentos e quando em estado de imobilidade (Masson,1985). Shinca 
(1992), relata que o bom equilíbrio é essencial para a conquista da locomoção assim 
como a independência dos membros superiores. A dificuldade de equilibrar-se 
produz estados de ansiedade e insegurança, pois a criança não consegue manter 
um estado estático ou de movimento e isto atrapalha a relação entre equilíbrio físico e 
psíquico. Picq e Vayer (1985), diz que na presença de algum distúrbio do equilíbrio 
pode-se observar uma indisponibilidade imediata dos movimentos, 
desequilíbrio corporal global, marcha não harmoniosa, tensões musculares 
locais, desalinhamentos anatômicos e imprevisibilidade de atitudes. Socialmente a 
criança pode apresentar tendência à inibição ou desejo de esconder, e falta de 
confiança em si mesmo. 
A organização latero-espacial 
Desenvolve da seguinte maneira, aos 6 anos a criança tem 
conhecimento do lado direito e esquerdo do seu corpo, aos 7 anos reconhece a 
posição relativa entre dois objetos, aos 8 anos reconhece o lado direito e esquerdo 
em outra pessoa, aos 9 anos consegue imitar movimentos realizados por outras 
pessoas com o mesmo lado do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto 
é transpõe o lado da pessoa para o seu, aos 10 anos reproduz movimentos de 
figuras esquematizadas, e aos 11 anos consegue identificar a posição relativa entre 3 
objetos. 
21 
 
A coordenação dinâmica 
A coordenação dinâmica geral da criança um bom domínio do corpo 
suprindo a ansiedade habitual, diminui as sincinesias e as tensões trazendo um 
controle satisfatório e confiança com relação ao próprio corpo. 
Com relação à coordenação dinâmica das mãos Le Boulch (1982) diz que a 
habilidade manual ou destreza constitui um aspecto particular da coordenação 
global. Reveste muita importância nas praxias, no grafismo, pelo que deve dar se 
muita atenção particular. A criança quando apresenta algum distúrbio no 
desenvolvimento da coordenação (tanto global como da dinâmica das mãos), poderá 
apresentar dificuldades escolares com disgrafia, ultrapassa linhas e margens do 
caderno, pode ter dificuldades na apreensão de dedos e nos gestos. 
Os potenciais humanos, são apoiados nas áreas básicas da 
Psicomotricidade, seu estudo e pesquisa constantes do esquema e da imagem 
corporal, da lateralização, da tonicidade, da equilibração e coordenação, são 
enriquecidos instrumentalmente, estimulando o sentimento de competência, de 
auto-estima, entendendo o ser humano em constantes e complexas adaptações, 
fazendo-o concluir que é amado e aceito, tornando-o transformadore produtor 
social. 
Sintetizando, a Psicomotricidade subtende uma concepção holística de 
aprendizagem e de adaptação do ser humano, que tem por finalidade, associar 
dinamicamente, o ato ao pensamento, o gesto à palavra, o símbolo ao conceito. 
 
 
22 
 
8. AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE 
Didaticamente a psicomotricidade está subdividida em áreas que 
facilitam a compreensão e o trabalho do dia-a-dia do professor em sala de aula 
contribuindo assim para a eficiência do processo ensino-aprendizagem. Todas as 
atividades de prática psicomotora visam estimular as várias áreas mencionadas a 
seguir: 
a) Comunicação e Expressão 
A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e 
função de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar – verbal e 
gestualmente – no mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da 
articulação e da respiração, incluem-se nesta área os exercícios fonoarticulatórios 
e respiratórios. 
b) Percepção 
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos 
recebidos. A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória. Os 
estímulos que chegam até nós, provoca numa sensação que possibilita a 
percepção e a discriminação. Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato, 
visão, audição, olfato e paladar. Em seguida, percebemos, realizamos uma mediação 
entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos – reconhecemos as diferenças e 
semelhanças entre estímulos e percepções. A discriminação é que nos permite saber, 
por exemplo, o que é verde e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o 7. As 
atividades propostas para esta área devem auxiliar o desenvolvimento da percepção 
e da discriminação. 
23 
 
c) Coordenação 
A coordenação motora é mais ou menos instintiva e ligada ao 
desenvolvimento físico. Entendida com a união harmoniosa de movimentos, a 
coordenação supõe integridade e maturação do sistema nervoso. A coordenação 
motora pode ser subdividida em coordenação dinâmica global ou geral, visomanual 
ou fina e visual. 
• A coordenação dinâmica global envolve movimentos amplos com 
todo o corpo (cabeça, ombros, braços, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo 
“coloca grupos musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução 
de movimentos voluntários mais ou menos complexos”. 
• A coordenação viso manual engloba movimentos dos pequenos 
músculos em harmonia, na execução de atividades utilizando dedos, mãos e 
pulsos. 
• A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os 
olhos nas mais variadas direções. 
d) Orientação 
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no 
processo de adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado 
ou inanimado, ocupa necessariamente um espaço em um dado momento. 
A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do 
meio e está ligada à consciência, à memória e às experiências vivenciadas pelo 
indivíduo. 
24 
 
e) Conhecimento Corporal e Lateralidade 
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu 
corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe 
sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, 
o referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais menos 
disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro de relação 
entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo- somático ante uma 
imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos. 
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no 
decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de 
consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, 
iriam pouco a pouco se encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a 
partir de um corpo desmembrado. 
O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma 
que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o 
observador, tomando contorno, forma e colocação cada vez mais nítidos. A 
elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente 
cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro 
ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo “objetivo”, estruturado 
e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a 
qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do 
esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem 
e da representação de si. 
O conceito corporal, que é conhecimento intelectual sobre partes e 
25 
 
funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos 
músculos e partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica 
com o tempo. Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a 
lateralidade, já que é a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação 
no ambiente. A lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo 
e da atividade desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será 
manifestada ao longo do desenvolvimento da experiência. 
Para perceber o corpo possui dois lados e que é um mais utilizado do que 
outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não 
distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os 
braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam 
“direito” e “esquerdo”. Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e 
um pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a 
criança tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos 
pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, 
sobrancelhas, mamilos etc.). Aos sete anos, sabem com precisão quais são as partes 
direita e esquerda de seu corpo. 
As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de 
espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às 
pessoas e aos sinais gráficos. 
Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade como parte da 
orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal. 
 
26 
 
f) Habilidades Conceituais 
A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar 
relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância etc. 
A medida em que brinca com formas, quebra-cabeças, caixas ou panelas, 
a criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e 
forma. Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadro e aprende sobre 
sequencia e ordem; aprende frases: acabou, não mais, muito que amplia suas 
ideias de quantidade. 
A criança progride na medida do conhecimento físico (referente à cor, 
peso etc.), a criança necessita ter uns sistemas de referência lógico-matemático 
que lhe possibilite relacionar novas observações com o conhecimento já existente, 
por exemplo: para perceber que um peixe é vermelho, ela necessita um esquema 
classificatório para distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema 
classificatório para distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece. 
g) Habilidades Psicomotoras e Processo de Alfabetização 
As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no 
processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige 
habilidades tais como: 
• Dominância manual já estabelecida (área de lateralidade); 
• Conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas 
voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área 
de habilidades conceituais);27 
 
• Movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de 
movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma 
página com os olhos ou dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para 
folhear (área de coordenação visual e manual); 
• Discriminação de sons (área de percepção auditiva); 
• Adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das 
diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da 
esquerda para a direita, manutenção da proporção de altura e largura das letras, 
manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de 
percepção visual, orientação espacial, lateralidade, habilidade conceituais); 
• Pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de 
comunicação e expressão); 
• Noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e 
palavras (área de orientação têmporo-espacial); 
• Capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise); 
• Possibilidade de reunir letras e silabas para formar novas palavras 
(síntese). 
 
(Fonte: https://fontemagica.blogspot.com.br/2016/09/idade-cronologica-x-idade-corrigida.html) 
28 
 
9. DISTÚRBIOS PSICOMOTORES 
"O que não percebeu, negais que exista; o que não calculastes, é mentira; 
o que vós não pensastes, não tem peso, metal que não cunhais, dizeis que é 
falso." (Goethe) 
Que há com ela? O que acontece com essa criança desajeitada? Porque, 
apesar de sua aparência cheia de torpor e inabilidade, quando consegue 
aproximar-se, mostra-se com encanto e interesse? 
 
(Fonte: http://ciar.com.br/psicomotricidade-relacional-na-educacao-infantil/) 
 
O que há com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas 
escadas ao invés de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande 
empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. E vestir-se... O que seria a 
manga, onde estariam os braços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça? 
Por que existem laços de sapato? Para atormentar crianças? Ou talvez, a sua 
mãe que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Começa-
29 
 
se de que lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que 
não tem lados... O que há com esta criança? 
Seus movimentos são desajeitados, lentos e pesados. Quando andam, 
apoiam duramente o calcanhar no solo. Quando crianças custam a aprender a subir e 
descer escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente são 
ridicularizadas e afastadas: tê-las como parceiras é perder na certa. 
Tal ser é uma questão e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres, 
para todos nós. Como entendê-lo. Como ajudá-lo? 
 
(Fonte: https://pt.slideshare.net/latifefrota/psicomotricidade-e-seus-distrbios) 
 
 
30 
 
10. DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO PSICOMOTOR 
 
(Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1610481/) 
A criança descrita na história acima apresenta um distúrbio de 
motricidade: uma dispraxia. 
Praxias: São sistemas de movimentos coordenados em função de um 
resultado ou de uma intenção. Não são nem reflexos, nem automatismos, nem 
movimentos involuntários. O estudo sobre os distúrbios das praxias foram 
primeiramente, sistematizados em adultos. Estas perturbações consistiam em perda 
ou alterações do ato voluntário, como de lesão no sistema nervoso central. São as 
apraxias. 
Pesquisas foram desenvolvidas com crianças que mostraram serem 
algumas delas portadoras de um determinado distúrbio cujos sintomas 
31 
 
assemelhavam-se aos adultos. Por outro lado mesmo existindo a lesão, ela incidia 
sobre um cérebro ainda em desenvolvimento e portanto em condições diferentes a 
dos adultos. 
A partir destas considerações e da preocupação em estabelecer-se uma 
psicopatologia diferencial da criança e do adulto passa-se a encontrar, na 
literatura, a denominação de dispraxia ou apraxia de evolução quando se trata de 
distúrbios das praxias na criança. 
Apraxia aparece referindo-se ao distúrbio infantil. Classificação das 
apraxias. Distinguem três variedades: 
a) Apraxia sensório-cinética - que se caracteriza pela alteração da síntese 
sensório- motora como a desautomatização do gesto. Não há nela distúrbios de 
representação do ato. 
b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma 
desorganização do esquema corporal e do espaço. 
c) Apraxia de formulação simbólica que se caracteriza por uma 
desorganização da atividade simbólica e da compreensão da linguagem. 
A finalidade é de estabelecer os diferentes tipos de distúrbios. 
 
 
 
 
32 
 
11. ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR 
Debilidade Motora é uma condição patológica da mobilidade, às vezes 
hereditária e familiar, caracterizada pela exageração dos reflexos tendinosos, uma 
perturbação do reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntários intencionais 
que levam a impossibilidade de realizar voluntariamente a ação muscular. 
Distúrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade 
indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela motricidade. 
Paratonia: É a possibilidade que apresentam certas crianças de 
relaxar voluntariamente um músculo. 
Sincinesias: São fenômenos normais em crianças. 
Catalepsia: É uma aptidão anormal para a conservação de uma atitude. 
Outros sinais são marcados como certas epilepsias, espasmos dos 
músculos lisos, alguns estados de excitação e de agitação e a instabilidade. 
Assim muitos anos, os distúrbios de psicomotricidade e portanto, as 
dispraxias, foram vistos sob o nome de debilidade motora que é uma insuficiência 
de imperfeição das funções motoras consideradas do ponto de vista da sua 
adaptação. 
Os distúrbios da Psicomotricidade é definido sob o nome de Disfunções 
Psicomotoras. 
Pesquisas feitas com crianças deficientes mentais focalizando os 
processos que estariam na base das deficiências da aprendizagem. Adotaram a 
33 
 
classificação das deficiências mentais, proposta por Straus (1933) em endógenas 
aquelas crianças com antecedentes familiares de distúrbios mentais; em 
exógenas as crianças portadoras de lesão cerebral. 
 
(Fonte: https://neurosaber.com.br/psicomotricidade-relacional-e-importancia-no-desenvolvimento-infantil/) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
12. TEORIAS E EXERCÍCIOS EM PSICOMOTRICIDADE 
 
(Fonte: http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com.br/2011/06/sugestoes-de-atividade-para.html) 
Esquema Corporal 
Conhecimento intuitivo imediato que a criança tem do próprio corpo, 
conhecimento capaz de gerar as possibilidades de atuação da criança sobre as 
partes do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a cercam. 
Exercício 1: Reconhecendo as partes essenciais do corpo - O 
profissional diz os nomes das seguintes partes do corpo: cabeça, peito, barriga, 
braços, pernas, pés, explorando uma parte por vez. A criança mostra em si 
mesma a parte mencionada pelo profissional, respeitando o nome que designa. 
Primeiramente o trabalho deverá ser realizado de olhos abertos, e a seguir de 
olhos fechados. 
35 
 
 
(Fonte: https://dani-alfabetizacaodivertida.blogspot.com.br/2012/07/esquema-corporal.html) 
Olhos abertos: Aprendizado. 
Olhos fechados: Quando dominar as partes do corpo. 
Exercício 2: A criança deverá reconhecer também as partes do rosto: 
nariz, olhos, boca, queixo, sombrancelhas, cílios, trabalhar também com os 
dedos com a mão apoiada sobre a mesa a criança deverá apresentar o pulso, 
o dedo maior e o dedo menor, os nomes dos dedos são ensinados a criança 
pedindo que ela levante um a um dizendo os respectivos nomes dos dedos.Exercício 3: Trabalhar com os olhos - Em pé ou sentado a criança 
acompanha com os olhos sem mexer a cabeça, a trajetória de um objeto que 
se desloca no espaço. 
Exercício 4: Sentir os rins - Deitada com as pernas estendidas e as 
mãos sobre os rins a criança dobra os joelhos e encosta-os no peito. Comentar 
36 
 
com a criança que a parte do corpo que se apoia com força sobre suas mãos 
chama-se rins. 
Exercício 5: Automatizando a noção de direita e esquerda 
Conhecendo a direita e a esquerda do próprio corpo mostrar a criança 
qual é a sua mão direita e qual é a sua mão esquerda. Dominando este 
conceito, realizar o exercício em etapas: 
- fechar com força a mão direita; depois a esquerda; 
- Levantar o braço direito; depois o esquerdo; 
- bater o pé esquerdo; depois o direito; 
- mostrar o olho direito; depois o esquerdo; 
- mostrar a orelha direita; depois a esquerda; 
-levantar a perna esquerda; depois a direita. 
Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criança estiver dominando 
o exercício trabalhar com os olhos fechados. 
Exercício 6: Localizando elementos na sala de aula. A criança deverá 
dizer de que lado está a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em 
relação a si mesma. Durante a realização do exercício, não deixar a criança 
cruzar os braços, pois isso dificulta sua orientação espacial. 
Coordenação Óculo-Manual 
37 
 
A finalidade dos exercícios de coordenação óculo-manual têm como 
finalidade o domínio do campo visual, associada a motricidade fina das mãos. 
Exercício - Realizar este jogo em duas etapas: 
A criança bate a bola no chão, apanhando-a inicialmente com as duas mãos, e 
depois ora com a mão direita, ora com a mão esquerda. No início a criança 
deverá trabalhar livremente. Numa segunda etapa o professor determinará 
previamente com qual das mãos a criança deverá apanhar a bola. 
A criança joga a bola para o alto com as duas mãos, apanhando-a com as duas 
mãos também. Em seguida, joga a bola para o alto com uma só mão, 
apanhando-a com uma só mão também. 
Variar o uso das mãos. Ora com a direita ora com a esquerda. 
Jogo de Pontaria no Chão - Desenhar um círculo no chão ou utilizar um arco. 
As crianças deverão jogar a bola dentro do círculo. Aumentar gradativametne a 
distância. Variar jogando a bola na frente, atrás, do lado esquerdo, do lado 
direito do círculo. 
Coordenação Dinâmica Geral 
Estes exercícios possuem a função de equilíbrio que é a base 
essencial da coordenação dinâmica geral que possuem a finalidade de 
melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global dos 
deslocamentos do corpo no tempo e no espaço. Constituem-se de exercícios 
de marchas e saltos. Apresentamos exercícios em que a criança a nível de 
experiências vividas, manipula conceitos espaciais importantes para o seu 
preparo para a alfabetização. 
38 
 
Os conceitos espaciais: direita, esquerda, atrás, na frente, entre, perto, 
longe, maior, menor; são vivenciados através de movimentos específicos. A 
partir daí propomos exercícios com maior intensidade. Se coloca a medição de 
um raciocínio, de uma reflexão sobre os dados vivenciados no primeiro nível. 
Dessa forma permite a criança passar para a etapa de estruturação temporal 
requerida para o aprendizado da leitura e da escrita. 
Exercício: Andando, saltando e equilibrando-se. 
1. Andando de cabeça erguida. 
A criança anda com um objeto sobre a cabeça ( pode ser um livro de 
capa dura). Dominada esta etapa a criança para, levanta uma perna formando 
um angulo de noventa graus e coloca-se lentamente no chão. O mesmo 
trabalho deverá ser feito com a outra perna. 
2. Quem alcança ? 
O professor segura um objeto a uma determinada altura (pode ser um 
lápis, uma bola ) a criança deverá saltar para alcança-lo . Inicialmente fazer o 
exercício em pé, depois de cócoras. 
Motricidade Fina Das Mãos E Dos Dedos 
Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, 
na medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a 
apreensão e a prisão inadequados que tanto prejudicam o grafismo, tornando o 
ato de escrever uma experiência aversiva a criança. 
Cuidando Das Mãos 
39 
 
Exercício de Motricidade Fina 
Trabalhando só com os braços - Este exercício tem como objetivo 
desenvolver a independência segmentar do braço em relação ao tronco, o que 
beneficia e facilita o trabalho da mão no ato de escrever. Apresentamos uma 
série de gráficos (traçados) que o professor deverá reproduzir em tamanho 
grande no quadro de giz ou programá-los em cartões. As crianças por sua vez 
deverão reproduzí-los com gestos executados no ar. 
Amassando A Massa 
Fazendo Bolas de Massa - O professor distribui a classe bolas de 
massa de tamanhos variados (usar massa para modelar) sentada, com o 
cotovelo apoiado sobre a carteira, a mão para o alto, a criança aperta as bolas 
de massa com força, amassando-as. Orientar a criança para que trabalhe com 
dois dedos por vez. Trabalhar primeiro uma das mãos, depois com a outra e, 
finalmente, com as duas juntas. 
Fazendo as bolas de massa - Realizar o mesmo trabalho do exercício 
anterior, neste caso, porém a massa é apresentada em forma de disco, com a 
qual a criança deverá fazer uma bola. 
Organização E Estruturação Temporal 
40 
 
 
(Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=b9t_bV7mTdw) 
Esse mediador trabalha com noções importantes para o aprendizado 
da escrita e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da 
atuação da memória. A estruturação temporal fornecerá as possibilidades de 
alfabetizar-se. 
Exercício: Reproduzindo ritmos com as mãos. O professor executa um 
determinado ritmo, seguindo algumas estruturas rítmicas (.. ... ...) por exemplo, 
batendo a mão sobre a carteira, durante um certo tempo, a criança apenas 
escuta, depois reproduz o rítmico executado pelo professor, batendo a mão 
sobre a carteira também. Variar o ritmo. Lento, normal e rápido. 
Fazer o exercício inicialmente com os olhos abertos e em seguida, de 
olhos fechados. 
Exercício De Organização E Estruturação Espacial 
Deslocando um objeto no espaço, a criança coloca um objeto qualquer 
ora a sua frente, ora atrás, ora a direita, ora a esquerda, segundo o comando 
do professor. 
41 
 
REFERÊNCIA 
Ajuriaguerra, Julian de / Geraldes, Paulo Cesar / Alves, Sonia Regina 
Pacheco. Manual de psiquiatria infantil. Masson do Brasil. (1983) Sao Paulo. 
Cdu: 616.89-053.2 Cutter: A312m. 
Bueno, Jocian Machado. Psicomotricidade: teoria e pratica: estimulação, 
educação e reeducacao psicomotora com atividades aquáticas. Lovise. (1998) 
Sao Paulo. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: B928p. 
Figueiredo, Luis Claudio. Modos de subjetivacao no Brasil e outros escritos. Escuta. 
(1995) Sao Paulo. Cdu: 165.42 Cutter: F475m. 
FONSECA, Victor da. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. 
Porto Alegre: Artmed, 2004. 
Fonseca, Vitor da. Manual de observacao psicomotora; significacao 
psiconeurologica dos fatores psicomotores. Artes Medicas. (1995) Porto 
Alegre. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: F676m. 
FONSECA, Vitor. Manual de Observação Psicomotora. Porto Alegre: 
Artmed, 1995. 
GALVÃO, Isabel. Henri Wallon: Uma concepção dialética do 
desenvolvimento infantil. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes,2004. 
Jerusalinsky, Alfredo. Psicanalise e desenvolvimento infantil. Artes Medicas. 
(1984) . Cdu: 159.964.2-053.2 Cutter: P974p. 
LE BOULCH, O desenvolvimento psicomotor. Porto Alegre: Artmed, 1992 
Le Camus, Jean. O Corpo em discussão; da reeducação psicomotora as terapias de 
mediação corporal. Artes Medicas. (1986) Porto Alegre. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: 
L455c. 
Levin, Esteban/ Jerusalinsky, Julieta. A Clinica psicomotora: o corpo na 
linguagem. Vozes. 4a ed. (2001) Petropolis. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: L665c. 
Levin, Esteban / Orth, Lucia Endlich / Alves, Ephraim Ferreira. A Infância em 
42 
 
cena: construção do sujeito e desenvolvimento psicomotor. Vozes. 2a ed. 
(1998) Petrópolis. Cdu: 159.9:612.7 Cutter: L665i. 
Levin, Esteban / Rosenbusch, Ricardo. A função do filho: espelhos e 
labirintos da infância. Vozes. (2001) Petropolis. Cdu: 159.922.7 Cutter: 
L665f. 
LEVIN, Esteban. A clínica psicomotora: o corpo na linguagem. Petrópolis: 
Vozes, 1995. WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: 
Edições 70, 1981. 
LEVIN, Esteban. A infância em cena. Petrópolis: Vozes, 1997.

Continue navegando