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EMPREENDEDORISMO Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake Professora Me. Bianca Burdini Mazzei Professor Me. Paulo Pardo GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MIYATAKE, Anderson Katsumi; MAZZEI, Bianca Burdini, PARDO, Paulo. Empreendedorismo. Anderson Katsumi Miyatake, Bianca Burdini Mazzei, Paulo Pardo. Impresso em 2019 Maringá-Pr.: Unicesumar, 2018. . 192 p. “Graduação - EaD”. 1. Empreendedorismo. 2. Negócio. 3. Oportunidades. 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1172-2 CDD - 22 ed. 658.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Impresso por: Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Diretoria Executiva Chrystiano Minco� James Prestes Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de Design Educacional Débora Leite Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira Supervisão de Produção de Conteúdo Nádila Toledo Coordenador de Conteúdo Patrícia Rodrigues da Silva Designer Educacional Ana Claudia Salvadego Projeto Gráico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa Arthur Cantareli Silva Ilustração Capa Bruno Pardinho Editoração Melina Belusse Ramos Qualidade Textual Cíntia Prezoto Ferreira Ilustração Bruno Pardinho Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos com princípios éticos e proissionalismo, não so- mente para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in- tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, proissional, emocional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educa- dores soluções inteligentes para as necessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a quali- dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando proissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou proissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desaios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação proissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e proissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis- cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui- lidade e segurança sua trajetória acadêmica. C U R R ÍC U LO Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Especialista em Educação a Distância pela Faculdade Instituto Superior de Educação do Paraná (FAINSEP) e Graduado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professor no ensino presencial e a distância na graduação e pós-graduação lato sensu. Coordenador acadêmico de cursos de graduação na Faculdade Cidade Verde. Ministra aulas para o EAD nos cursos de Administração, Processos Gerenciais, Gestão Comercial, Marketing, Gestão da Qualidade, Logística, Gestão de Lojas e Pontos de Venda e Gestão de Recursos Humanos na Unicesumar desde 2013. Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/4292559242413613>. Professora Me. Bianca Burdini Mazzei Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Estadual de Londrina (2006), Especialista em MBA Marketing pelo Cesumar, Graduada em Administração pela Universidade Paranaense (1996) e Doutoranda em Administração Pública e Governo pela FGV/EAESP. Atualmente, é professora efetiva no colegiado do curso de Administração da UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná no Campus de Paranavaí. Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: administração pública, economia solidária, cooperativismo, gestão social, terceiro setor, responsabilidade social, gestão mercadológica e metodologia de pesquisa. Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/3740397529039072>. Professor Me. Paulo Pardo Mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Londrina e Doutorando em Engenharia da Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba. Atualmente é coordenador dos cursos de Gestão Pública, Negócios Imobiliários e Gestão Hospitalar do Núcleo de Educação a Distância da Unicesumar. Trabalhou na coordenação geral de polos de Educação a Distância da Unicesumar, celebrando convênios de parceria entre polos e a IES, bem como na gestão de relacionamento com os polos próprios e parceiros. Trabalhou na coordenação do projeto de novos cursos de pós-graduação na Unicesumar. Foi professor no CHSA - Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da Unicesumar - Centro Universitário Cesumar. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema inanceiro nacional, bolsa de valores, mercado de ações e logística.É professor de pós-graduação na área de Administração da Unicesumar, na cidade de Maringá-PR. É autor de livros didáticos para Educação a Distância nas áreas de Logística, Mercado Financeiro e de Capitais, Marketing e Gestão Ambiental e Teoria Geral da Administração. É consultor na área de marketing com foco em pesquisa de mercado para rede de varejo de eletrodomésticos (grupo Gazin). Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/8141003354179820>. SEJA BEM-VINDO(A)! Olá, caro(a) acadêmico(a), é uma satisfação apresentar a você o livro da disciplina Em- preendedorismo, elaborado com carinho para que você conheça o mundo do Empre- endedorismo e desperte a curiosidade para completar seus estudos e realizar ações em- preendedoras no seu cotidiano. O objetivo, ao escrever este livro, não é apresentar um modelo pronto de empreendedo- rismo e a receita de como obter sucesso, até porque isso não existe. Por isso, trataremos de diversos assuntos que fazem parte do mundo do empreendedorismo, para promo- ver relexões, apresentar alguns caminhos que podem ser utilizados para aumentar as chances de sucesso. O principal componente para existir o empreendedorismo é o indivíduo que quer em- preender que com empenho e a dedicação na busca do conhecimento permitirá trans- formar a sociedade em que está inserido. Dessa forma, incentivamos você a fazer anota- ções das dúvidas e procurar a equipe de apoio da nossa instituição, realizar as atividades de autoestudo, participar dos fóruns e, também, do chat da aula ao vivo, ler este livro, assistir as aulas conceituais, explorar as indicações de leitura e pesquisar em diversas fontes a respeito do tema. Nosso livro é composto de cinco unidades em que procuramos apresentar alguns dos principais aspectos do Empreendedorismo. Na Unidade I, apresentaremos alguns pontos-chaves para compreender essa área das Ciências Sociais Aplicadas. Vamos abordar algumas deinições utilizadas nesse campo para que você compreenda a abrangência e isso será complementado ao apresentar- mos os campos de estudo e tipos de empreendedorismo existentes na área. Destaca- mos mitos que são comumente abordados de forma equivocada pela sociedade de uma forma geral e o papel social e econômico do empreendedorismo, ou seja, os benefícios de indivíduos empreendedores em uma sociedade não só do ponto de vista da geração de renda, mas também em aspectos sociais. Na Unidade II, são apresentados dois importantes aspectos que envolvem o Empreen- dedorismo: o empreendedor e a oportunidade. Elaboramos essa divisão para que você compreenda que nem tudo depende somente do empreendedor, mas de uma análise mais completa da oportunidade. Na primeira parte, apresentaremos características e peris dos empreendedores, não no intuito de criar um modelo ideal, porém, são al- guns atributos importantes para quem pretende empreender. Também explicaremos as diferenças entre gestores, empreendedores e empresários, pois é um ponto em que, geralmente, há bastante confusão. Na segunda parte, o foco é explicar a oportunidade, pois o empreendedorismo ocorre por meio de ideias transformadas em algo concreto. Ao longo da unidade, apresentaremos as fontes que inspiram novas ideias, o processo que o empreendedor percorre desde o momento que tem a ideia até quando obtém sucesso. APRESENTAÇÃO EMPREENDEDORISMO Na Unidade III, trataremos do Modelo de Negócio que trata das características da organização. Quando se pensa e estabelece os diferenciais do negócio, é possível direcionar as ações a serem tomadas para o desenvolvimento do negócio. A ferra- menta Canvas é utilizada, justamente, para ajudar a deinir de forma prática e visual. Outro assunto importante é compreender que se a organização não planejar, pode- rá acarretar no fechamento da empresa, por isso, vamos alertar sobre as principais causas de mortalidade dos negócios. Na Unidade IV, trataremos do Plano de Negócios (PN), que é uma importante fer- ramenta de apoio ao empreendedor para analisar de forma mais consistente as próximas ações ou para ajudar na elaboração dos primeiros passos do negócio. Abordaremos uma parte contextual para explicar sobre o plano de negócio; pos- teriormente, os erros capitais na elaboração; e, por im, cada uma das partes que compõem o Plano. Na Unidade V deste livro, abordaremos algumas tendências e novidades na área de empreendedorismo, como inanciamento coletivo, coworking, anjos, incubadora, aceleradora e empresa júnior, visando apresentar que o cenário para quem quer empreender possui opções de apoio e fomento. Ao inal do livro, esperamos que esteja preparado(a) para lidar com o instigante mundo do empreendedorismo, pois passaremos por aspectos essenciais. Buscamos oferecer uma visão abrangente para ajudar na sua formação. Esperamos, assim, que possa aproveitar bem as informações contidas no livro e que possa colocar em prática esses ensinamentos, fazendo as devidas adaptações con- forme a situação. Com isso, esperamos despertar o espírito empreendedor e contri- buir para que os negócios criados ou gerenciados por você possam obter sucesso. Bom estudo! APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO 15 Introdução 17 Compreendendo Empreendedorismo 25 Tipos de Empreendedorismo 27 Franquia como Forma de Empreendedorismo 33 O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo 35 Mitos Sobre o Empreendedorismo 38 Considerações Finais 45 Referências 47 Gabarito UNIDADE II O EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE 51 Introdução 52 Características Empreendedoras 59 Empreendedor X Gestor X Empresário 61 Oportunidade Empreendedora 63 Fontes de Oportunidades Empreendedoras 67 Processo Empreendedor 70 Considerações Finais 77 Referências 78 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III DEFININDO UM MODELO DE NEGÓCIO 81 Introdução 82 Modelo de Negócio 84 Vantagens de Ter um Modelo de Negócio Deinido 87 Compreendendo o Business Model Canvas 89 Elaborando o Modelo Canvas 96 Diferenciando Canvas de Plano de Negócio 98 Considerações Finais 105 Referências 106 Gabarito UNIDADE IV PLANO DE NEGÓCIO 109 Introdução 110 Compreendendo Plano de Negócio 113 Erros Capitais na Elaboração do Plano de Negócio 116 Iniciando o Plano de Negócio 121 Elaborando o Plano: Marketing, Operações e Recursos Humanos 134 Elaborando o Plano: Finanças e Cenários de Negócios 143 Considerações Finais 151 Referências 153 Gabarito SUMÁRIO 11 UNIDADE V TENDÊNCIAS EM EMPREENDEDORISMO 157 Introdução 158 Informações Recentes Sobre Empreendedorismo no Brasil 162 Causas de Mortalidades de Negócios 167 Financiamento Coletivo e Investidor Anjo 172 Aceleradora e Incubadora 179 Empresa Júnior 181 Considerações Finais 189 Referências 191 Gabarito 192 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake Professora Me. Bianca Burdini Mazzei Professor Me. Paulo Pardo INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO Objetivos de Aprendizagem ■ Compreender o conceito e a importância do empreendedorismo. ■ Apresentar os tipos de empreendedorismo abordados na literatura. ■ Caracterizar as principais informações sobre as franquias no Brasil. ■ Descrever a importância do empreendedorismo para uma sociedade. ■ Desmistiicar os principais mitos relacionados ao empreendedorismo. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Compreendendo empreendedorismo ■ Tipos de empreendedorismo ■ Franquia como forma de empreendedorismo ■ O papel social e econômico do empreendedorismo ■ Mitos sobre o empreendedorismo INTRODUÇÃO Seja muito bem-vindo(a) a primeira unidade do livro deEmpreendedorismo. Nossa intenção é apresentar e conduzir você ao fascinante mundo do Empreendedorismo. No decorrer dessa unidade, apresentaremos assuntos que permitirão compreen- der a importância e equívocos discutidos e praticados sobre o empreendedorismo. Será apresentado que existem diversos tipos de empreendedorismo, ou seja, os empreendedores podem iniciar a jornada nos negócios de diferentes for- mas, como em negócios próprios, franquias, herdando um empreendimento ou até sendo um colaborador em uma organização. Como no Brasil o número de empreendedores alcança o patamar de milhões, sendo que milhares obtêm sucesso nos negócios, é possível veriicar a diiculdade em estabelecer um peril ideal de empreendedor. Acreditamos que, com isso, poderemos desmistiicar a existência de um único peril. Também abordaremos um pouco da história do empreendedorismo, desta- cando pontos essenciais que alteraram a forma de praticar os negócios como os signiicados da palavra, bem como personagens que inluenciaram no desenvol- vimento desse campo de estudo. Outro ponto bastante relevante da unidade é o papel social e econômico do empreendedorismo. Isso acontece porque, como você verá ao longo deste material, ideias transformadas em produtos concretos e que tenham viabilidade transformam uma região, promovendo o movimento da economia, envolvendo as pessoas, os recursos e a sociedade. Levando em consideração que mais de 90% dos negócios são micro e peque- nos, sendo que muitos atuam de forma local, é possível compreender a associação com o social e o econômico e a relevância dos empreendedores para uma região. O objetivo também é desmistiicar mitos que existem sobre o empreendedorismo e que atrapalham as iniciativas empreendedoras. Esperamos que você goste dos assuntos abordados nesta unidade e aproveite a disciplina da melhor forma. Vamos iniciar os estudos! Boa leitura! Introdução R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 15 Compreendendo Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 17 COMPREENDENDO EMPREENDEDORISMO Olá, para começar a estudar empreendedorismo, precisamos apresentar carac- terísticas essenciais dessa importante área dos negócios. A deinição do termo empreendedorismo tem causado uma divergência entre especialistas, visto que a diiculdade de encontrar um signiicado ocorre pelo: campo de estudo, heterogeneidade da área e novas tendências nos negócios que mudam o mercado mais rapidamente. Não queremos, com isso, desmotivá- -lo(a) ou mostrar que não é algo relevante para você estudar, mas demonstrar que isso é comum em outras áreas do conhecimento, e como nós vamos condu- zi-lo nessa caminhada, que a façamos passo por passo. É importante esclarecer que os pesquisadores existem justamente para aper- feiçoar os conhecimentos para adaptar-se à criação de tendências. Vamos dar um exemplo: até poucos anos, pouquíssimo se falava em empreendedorismo para quem tem alguma deiciência física, e hoje é motivo de pesquisas para encon- trar formas de inclusão no mundo dos negócios. Então, antigamente, alguém poderia falar que o conceito de empreendedorismo envolve pessoas que não têm limitação física, o que não corresponde à realidade. Outro exemplo seria a área de Marketing, visto que quem cursou essa dis- ciplina há, aproximadamente, uma década sabe que pouco ou nada se falava de marketing digital, e hoje é algo essencial para o mundo dos negócios. Com INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E18 esses dois exemplos, destacamos a relevância de estudiosos para aperfeiçoar os conceitos. E se novas tendências surgem, é porque existem pessoas realizando pesquisas para gerar esse progresso. Vamos dar alguns exemplos de tendências que estão incentivando novos estu- dos. Conforme Bruyat e Julien (2000), o campo de estudo do Empreendedorismo é bastante amplo e de grande relevância para a economia, sendo alguns exem- plos de campos de estudos: ■ Jovens: de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior número de empreendedores está na faixa de 25 a 44 anos, ou seja, pessoas mais jovens se comparado a dados da década de 90 e anos 2000 e isso representa um motivo para aprofundar os estudos. ■ Mulheres: é notável o aumento da participação tanto em cargos adminis- trativos como gerenciais, sendo que em algumas regiões brasileiras temos mais mulheres envolvidas na abertura de novos negócios em comparação aos homens, fato pouco provável há algumas décadas. ■ Mortalidade de empresas: esses estudos são importantes para veriicar a situação dos negócios criados pelos empreendedores. Por exemplo, estudo do Sebrae (2014) mostrou que o índice de negócios brasileiros que sobre- vivem até os dois primeiros anos de vida é, em média, de 76%, ou seja, a cada 100 novos negócios, 76 sobrevivem até o segundo ano de vida, representando um grande progresso em que a taxa era apenas de 50%. ■ Empreendedorismo social: nem todos os negócios são empresariais e visam ao lucro. Existem aqueles que possuem missão social e atendi- mento de necessidades sociais, por isso, utilizar o termo organizações é adequado, pois podem envolver clubes e entidades. Outro tema em destaque no empreendedorismo é a área de startups com produtos e serviços ligados à inovação e mecanismos de apoio e incentivo ao empreende- dorismo. Os temas estão em alta na área e serão destacados em outro momento do nosso material para que você compreenda melhor. A partir disso, vamos apresentar alguns dos conceitos utilizados para que você conheça o que já foi e é abordado sobre o assunto. Conforme Dornelas (2005, p. 29), “a palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”. Isto é, o termo está Compreendendo Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 19 ligado diretamente a alguém que realiza coisas diferentes, intermediando o pro- duto/serviço com os clientes, por isso corre riscos nesse processo. O Quadro 1 ilustra fatos relevantes da história do empreendedorismo que inluenciaram na construção do conceito. Quadro 1 - Fatos relevantes da história do empreendedorismo IDADE MÉDIA MARCO POLO – ESTABELECIMENTO DE ROTA COMERCIAL NO ORIENTE ATUANDO COMO INTERMEDIÁRIO AO ASSINAR CONTRATOS PARA COMERCIALIZAR MERCADORIAS. Idade Média Pessoa que gerenciava projetos de produção. Século XVII Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de valor ixo com o governo. 1725 Richard Cantillon – Separação de empreendedor (assume riscos) do capitalista (inancia os experimentos para a industrialização). 1803 Jean Baptiste Say – lucros do empreendedor separados do lucro do capital. 1876 Francis Walker – distinguiu entre os que forneciam fundos e aqueles que obtinham lucros com atividades administrativas. 1934 Joseph Schumpeter – o empreendedor é inovador e desenvolve tecnologia que ainda não foi testada. 1961 David McClelland – o empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados.1964 Peter Drucker – o empreendedor maximiza oportunidades. 1975 Albert Shapero – o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos sociais e econômicos e aceita riscos de fracassos. 1980 Karl Vesper – o empreendedor é visto de modo diferente por econo- mistas, psicólogos, negociantes e políticos. 1983 Giford Pinchot – o intraempreendedor é um empreendedor que atua dentro de uma organização já estabelecida. 1985 Robert Hisrich – o empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo riscos inanceiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. Fonte: adaptado de Dornelas (2005); Hisrich e Peters (2004, p. 27). INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E20 A partir da leitura do Quadro 1, você pode compreender que houve mudanças na forma de considerar empreendedorismo. No início, era atribuído o fator risco para quem estivesse envolvido. Posteriormente, o foco foi direcionado para indi- víduo inovador e que tem iniciativa. Anos mais tarde, também admitiu-se como empreendedor aquele que trabalha nas organizações, ou seja, podemos notar que a abordagem foi mudando conforme as situações que ocorriam. Um conceito clássico que foi bastante utilizado durante muitos anos é o de Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2005, p. 39), ao deinir o empreendedor como “aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela explo- ração de novos recursos e materiais”. Porém, esse conceito tem sido deixado de lado e outros autores apresentam distintas formas de compreender o empreen- dedorismo de forma mais abrangente e contextualizada. Durante as últimas décadas, presenciou-se uma grande transformação socioe- conômica. A economia globalizada, a instabilidade dos ambientes organizacionais e a competição ainda mais acirrada forçaram a adequação e a redução das estru- turas; consequentemente, provocou um aumento do desemprego e, ao mesmo tempo, aumento na oferta de serviços e terceirizações. Apesar de sua longa história anterior, é nesse cenário que o empreende- dorismo passa a destacar-se e a ser tão necessário. Conforme Filion (2012), a tendência do empreendedorismo surgiu nos anos 70, porém vem airmando- -se nas últimas duas décadas. E esse fenômeno vem se dando, no Brasil e no mundo, em função do aumento do número de pequenas empresas e de traba- lhadores autônomos. Para o autor, o fenômeno empresarial mais marcante da década de 90 foi o crescimento do trabalho autônomo, que dos anos 1989 a 1998 aumentou em 74%. Outro fator muito importante é a evolução da participação das mulheres, que dos anos 1976 a 1996 aumentou de 19,6% para 31,2% nessa categoria de trabalho. No Brasil, o movimento do empreendedorismo começou a tomar forma em 1990, quando foram criadas entidades, como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Sotwares). Antes desse período, não havia condições políticas e econômicas propícias ao empreendedor (DORNELAS, 2005). Compreendendo Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 21 O SEBRAE foi criado para dar suporte ao pequeno empreendedor que pre- tende abrir o seu negócio, bem como para oferecer consultorias para resolver pequenos problemas pontuais dos negócios já iniciados. A SOFTEX foi criada com o intuito de levar as empresas de sotwares do país ao mercado externo, ofe- recendo capacitação em gestão e tecnologia a esses empresários. As incubadoras de empresas e as universidades/cursos de Ciências da Computação e Informática também foram responsáveis pelo grande avanço do empreendedorismo no Brasil nesse período. Foi, então, que a sociedade brasi- leira começou a despertar-se para a realização de planos de negócios (até então não valorizados pelos pequenos empresários), a formação para o empreende- dorismo e para programas públicos de incentivo. Conforme Dornelas (2005), apresentamos um resumo das ações históricas desenvolvidas no Brasil que per- mitiram esse avanço no país: ■ 1990: criação de programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Sotware, Informação e Serviços) que apoiavam atividades empreendedoras em sotwares. O ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de sotwares (start-ups). ■ 1999 a 2002: o Programa Brasil Empreendedor do Governo Federal, dirigido a mais de 6 milhões de empreendedores e destinando recursos inanceiros e operações de créditos para estímulo ao empreendedorismo. ■ Programas do SEBRAE, como o EMPRETEC (curso de imersão) e o Jovem Empreendedor, voltados à capacitação do empreendedor. ■ Criação de vários cursos e programas universitários para o ensino do empreendedorismo. ■ 1999 a 2000: houve o movimento de criação das empresas pontocom do país que, apesar de ter sido pontual, trouxe grande contribuição para dis- seminação do empreendedorismo local. ■ Crescimento das incubadoras de empresas no país: em 2004, a ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançadas) já apontava a existência de 280 incubadoras, com mais de 1700 empresas incubadas, gerando mais 28 mil postos de trabalho. Na Unidade V, vamos tratar com mais deta- lhes as incubadoras. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E22 Até a metade dos anos 2000, veriicava-se, no Brasil, o empreendedorismo por necessidade, ou seja, os empreendedores não possuíam outra opção de traba- lho e renda e acabavam criando os negócios de maneira informal, com pouco planejamento, fracassando rápido, não gerando o desenvolvimento esperado e contribuindo para o aumento das estatísticas de mortalidade dos negócios. Uma boa notícia é que, depois disso, o empreendedorismo está ocorrendo na maioria por oportunidade. Isto é, os negócios no país estão sendo criados porque os empreendedores estão prepa- rando-se para abrir os negócios. Entretanto, como historicamente as organizações brasileiras começaram, na maioria, por necessidade, ainda percebemos os efeitos dessa forma de empreender. Isso ocorre porque os empreendedores abrem negócios próprios sem se prepararem, pois possuem poucas opções de conse- guir trabalho e renda. Trabalhando na informalidade e sem preparo, as chances do negócio fechar são maiores. Essa classiicação de empreendedorismo por neces- sidade e oportunidade é utilizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Empreender por oportunidade pressupõe uma análise do ambiente em que está inserido em busca da criação de novidades ou explorar mercados que são pouco desenvolvidos. Quando um país proporciona um cenário ade- quado está incentivando empreendedores a criarem negócios de sucesso que podem modiicar o funcionamento de um mercado. Isso ocorre porque a preocupação do indivíduo é questionar um problema, buscando nova so- lução e não ter um negócio para sobreviver. O pensamento fora da caixa é estimulado nessa situação porque o empreendedor não está em busca de renda para manter-se, mas reformular uma lógica do mercado. Fonte: os autores. CompreendendoEmpreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 23 O foco do empreendedorismo foi, durante muitos anos, ligado para o empreen- dedor, por isso, os estudos existiam para mapear um conjunto de características ideais para um empreendedor. Considerava-se que o empreendedor tinha que ter um conjunto de atributos e que, dessa forma, o sucesso seria obtido. No entanto, não se levava em consideração o ambiente em que o empreendedor vive, bem como as mudanças inesperadas que poderiam acontecer no cotidiano. Em outro momento do nosso material, vamos detalhar mais esse aspecto das caracterís- ticas empreendedoras. Os conceitos mais utilizados nos dias atuais focalizam a abordagem para as oportunidades, como veremos adiante. Dessa forma, o foco mudou e as carac- terísticas foram deixadas para segundo plano. Não estamos querendo dizer que são irrelevantes os estudos, mas que somente as características do empreende- dor não devem ser consideradas como elementos importantes. Para exempliicar, apresentamos um conceito clássico dessa abordagem, apresentada por Shane e Venkataraman (2000, p. 6): [...] empreendedorismo, como uma área de negócios, busca entender como surgem as oportunidades para criar algo novo (produtos ou ser- viços, mercados, processos de produção ou matérias-primas, formas de organizar as tecnologias); como são descobertas ou criadas por indiví- duos especíicos que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver coisas novas. Alguns pontos interessantes que podemos analisar nesse conceito é que não men- ciona características do empreendedor. Depois, trata a área como negócio e isso se justiica porque o empreendedor tem que propor iniciativas que tenham viabi- lidade comercial, principalmente em um sistema de mercado em que o retorno inanceiro é importante. Na área social, somente o lucro não é levado em con- sideração, mas fundações e associações também funcionam como negócios. Segundo esse conceito apresentado pelos autores, envolvem-se diferentes formas de empreender, como produtos, serviços, mercados, processos de pro- dução ou matérias-primas e formas de organizar a tecnologia. Isso representa as possibilidades que os empreendedores podem ter quando empreendem, seja nos negócios próprios ou de terceiros. Outra parte relevante é apresentar que os indivíduos descobrem ou criam oportunidades de negócio e isso é importante porque nem todos compreendem INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E24 o ambiente da mesma forma. Para exempliicar, em um cenário de crise eco- nômica, determinada pessoa considera como improvável empreender, e outra pessoa abre um negócio e obtém sucesso ao explorar uma possibilidade que nin- guém considerou no momento. O último ponto é que, a partir da descoberta de uma ideia que possa ser transformada em coisas concretas de sucesso, os empreendedores utilizam meios diversos, como os recursos, a rede de contatos, o conhecimento que possuem e que vão buscar para explorar novas atividades que não izeram até o momento. Como o empreendedorismo estuda fenômenos sociais que constantemente se modiicam, uma abordagem única não seria suiciente para considerar todos os elementos. Vamos partir do pressuposto de que o empreendedorismo só é possível por meio de oportunidades, como consideram Shane e Venkataraman (2000), porque é mediante uma oportunidade que o empreendedor coloca em prática uma novidade. Para sintetizar essa perspectiva, uma citação de Read et al. (2011, p. 17-18) é bastante pertinente para compreendermos uma oportunidade. Ideia = alguma coisa + você Oportunidade = ideia + ação Ação = função (interação) do dinheiro, produto e parceiros Viabilidade = oportunidade + comprometimento Dessa forma, uma oportunidade depende de uma ideia e ação dos indivíduos. Para que ocorra essa ação, são necessários recursos e comprometimento dessas pessoas para tornar algo viável. Uma ideia precisa de viabilidade para ser transformada em oportunidade. Nos negócios, um ou mais indivíduos com uma ideia agem para combinar recursos e gerar uma oportunidade lucrativa. Tipos de Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 25 E você pode perguntar a respeito do empreendedor. Haveria uma deinição a ser apresentada? Nós airmamos que o empreendedor é aquele que possui uma ideia e a coloca em prática, seja sozinho ou com um conjunto de pessoas. Essa dei- nição pode ser complementada conforme Lacombe e Heilborn (2008, p. 128): “pessoa que percebe oportunidades de oferecer no mercado novos produtos, ser- viços e processos e tem coragem para assumir riscos e habilidades”. O empreendedor é aquele que assume responsabilidade e tem iniciativa para buscar algo diferente, seja uma invenção ou aperfeiçoamento de um produto. Vale ressaltar que o empreendedor sozinho pode ter a ideia e transformar em negócio, ou também com a ajuda de mais pessoas. Ainda nesta unidade, abordaremos com mais detalhes o empreendedor, apresentando os tipos, e também na próxima unidade, quando explanaremos a respeito do peril e das características do empreendedor. TIPOS DE EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo é uma área bastante rica e que tem se destacado na mídia pela diversidade de contextos e, neste momento, vamos explicar os motivos. No tópico anterior, destacamos o empreendedorismo por necessidade ou oportunidade, conforme classiicação do GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Elas podem ser utilizadas como base para dividir a forma como o indivíduo começou a atuar. Porém, é preciso compreender que um indivíduo que se torna empreende- dor pode começar de diferentes formas: abrir o negócio próprio, herdar, comprar, intraempreender, sendo essa classiicação complementar à abordagem do GEM. Para explicar essas tipologias, vamos utilizar a classiicação de Dornelas (2007), que considera os empreendedores como: ■ Empreendedor nato (mitológico) – em sua maioria, são imigrantes ou ilhos destes, são visionários, 100% comprometidos com seu sonho, oti- mistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram habilidade de negociação e venda. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E26 ■ Empreendedor que aprende (inesperado) – é uma pessoa que, quando menos espe- rava, descobriu uma oportunidade, então, ele mudou a vida e resolveu abrir o próprio negócio. Normalmente, demora a tomar a decisão de empreender e a acostu- mar-se com ela. ■ Empreendedor serial (criar novos negócios) – é uma pessoa apaixonada por empreender, assim, não consegue estar à frente de seu negócio até que se torne uma grande corporação, por isso está sempre interessado em novos negó- cios. Sua maior habilidade é identiicar oportunidades e não descansar enquanto não conseguir viabilizar sua implementação. ■ Empreendedor corporativo – podem ser executivos que assumem riscos e possuem habilidades de comunicação e negociação. Também chamado de intraempreendedor, ocorre quando os colaboradores realizam iniciativas empreendedoras dentro dos próprios negócios, visando o aperfeiçoamento da gestão.O intraempreendedor é um indivíduo que trabalha em prol do desenvolvimento de uma organização e possui um papel de destaque pela postura proativa. Nem sempre exerce um cargo gerencial, mas sempre está disposto a contribuir com o desenvolvimento das pessoas e do negócio. ■ Empreendedor social – tem como missão de vida a construção de um mundo melhor para as pessoas. É um empreendedor como os outros, com a diferença de não buscar construir um patrimônio próprio, mas prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento humano. ■ Empreendedor por necessidade – cria seu próprio negócio, porque não tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. Praticamente não tem acesso à formação, recursos e a uma maneira estruturada de empreender, por isso, normalmente, trabalha na informalidade e de maneira pouco pla- nejada, o que favorece o não sucesso do empreendimento. Franquia como Forma de Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 27 ■ Empreendedor por herdeiro (sucessão familiar) – herdam o negócio da família e, normalmente, aprendem cedo a ter responsabilidades e como o negócio funciona. Atualmente, a família tem se preocupado com a prepa- ração do sucessor familiar e com a proissionalização da gestão. ■ Empreendedor “normal” (planejado) – esse é o empreendedor que faz a lição de casa, buscando minimizar os riscos do negócio por meio do planejamento de suas ações. Como o planejamento tem sido um pré-re- quisito para os empreendedores com história de sucesso, acredita-se ser normal a sua utilização, embora não seja o caso da maioria. Além dos tipos tratados pelo autor, existem autores, como Degen (2009), que consideram as franquias como forma de empreender, pois ocorre a abertura de negócio, com auxílio e conhecimento de um franqueador que já possui uma marca conhecida no mercado. Como é uma área que também tem se destacado, vamos abordar um pouco mais o assunto. FRANQUIA COMO FORMA DE EMPREENDEDORISMO O sistema de franquia tem sido importante alternativa ao empreendedorismo. Conforme Ferreira et al. (2010), franchising é uma palavra de origem francesa que signiica: fran – concessão de um privilégio ou de uma autorização. Atualmente, franchising refere-se à iliação a uma empresa líder mediante um contrato de prestação de serviços ou, ainda, caracteriza-se como um modo de organiza- ção em que uma empresa que já tem um produto/serviço bem estabelecido no mercado (franqueador) licencia sua marca, sua tecnologia e sua forma de fazer negócios a outras empresas ou indivíduos (franqueados), em troca de um direito de entrada e do recebimento de royalties. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E28 Outra explicação que é bastante consistente é a de Stanworth (2004 apud GIGLIOTTI, 2012, p. 5) e que optamos por fazer a citação na íntegra: [...] franchising é um negócio que essencialmente consiste de uma orga- nização (o franqueador) com um pacote de negócio testado em merca- do, centrado num produto ou serviço, entrando em um relacionamento contratual com franqueados, tipicamente pequenas irmas autoinan- ciadas e autogeridas, operando sob a marca registrada do franqueador para produzir e/ou comercializar bens e serviços de acordo com um formato especiicado pelo franqueador. A legislação brasileira, que se pauta na lei 8.995 de 1994, no artigo segundo, deine da seguinte forma: Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócios ou sistema operacional, desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta; sem que, no entanto, ique caracterizado vínculo empregatício (BRASIL, 1994, on- -line). Pelo fato de o empreendedor iliar-se a uma empresa com produtos e serviços já existentes, há uma parceria que deve ser bem solidiicada, porque duas partes estão diretamente envolvidas: o detentor do negócio e aquele que deseja a auto- rização para representar a empresa que, em troca, paga remuneração sem que, necessariamente, exista vínculo empregatício. De acordo com Ferreira et al. (2010), uma franquia, em geral, pode ser: ■ De produtos e marcas – o franqueador concede ao franqueado o direito à obrigação de comprar os seus produtos e utilizar a sua marca. ■ De negócios – o franqueador proporciona ao franqueado a “fórmula” para fazer o negócio, além de formação, treinamento de colaboradores, publi- cidade e outras formas de assistência técnica e de marketing. Como consiste em um contrato de prestação de serviços, o sistema de franquias estabelece obrigações tanto por parte do franqueado como do franqueador, con- forme descrito no Quadro 2. Franquia como Forma de Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 29 Quadro 2 - Obrigações do franqueado e do franqueador OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADOR OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADO • Testar o potencial de sucesso do ne- gócio durante um período, de modo a mostrar que pode ser rentável imagem da marca. • Apresentar um negócio baseado em um know-how distintivo com uma vantagem competitiva diante da concorrência. • Transmitir o know-how aos fran- queados por meio de manuais e programas de formação. • Administrar o negócio no dia a dia, selecionar a equipe de colaboradores, tomar decisões, desenvolver ações de comunicação e publicidade. • Realizar o investimento necessário. • Fazer os pagamentos acordados. • Cumprir as regras da rede sobre a forma de operação e garantir a unifor- midade do serviço. Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). Como nota-se no Quadro 2, as franquias exigem responsabilidades de ambas as partes. Não é fácil franquear e nem ser franqueado. Por isso, enfatizamos a necessidade de parceria e transparência no relacionamento. Esse formato de negociação também prevê algumas vantagens e desvanta- gens tanto para o franqueado como para o franqueador. Primeiro, vamos abordar o lado do franqueador, conforme Quadro 3. Quadro 3 - Principais vantagens e desvantagens para o franqueador VANTAGENS DESVANTAGENS • Rapidez de expansão. • Redução de custo: centralização das compras de distribuição. • Maior participação no mercado, dado o crescimento da rede. • Maior cobertura geográica, com o atendimento a clientes e mercados antes não explorados. • Possibilidade de encontrar fran- queados estimulados para maxi- mizar as vendas e reduzir os custos para aumentar o lucro. • Gerar rendimento dos royalties e das taxas de franquia sem investir em novas instalações. • Acesso a ideias e sugestões. • Perda parcial do controle sobre os atos dos franqueados. • Potencial de criação de concorrente. • Insuiciência nos serviços de abas- tecimento de consultoria, dada uma expansão acelerada. • Seleção inadequada dos franquea- dos. • Potencial menor de lucro, em compa- ração com o crescimento interno por meio de iliais. • Potenciais atritos com o franque- ados, em particular quando violam termos do contrato. Fonte: adaptadode Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E30 Nos últimos anos, tem sido comum os empreendedores franquearem os negócios para obtenção de lucro. Entretanto, ressaltamos a relevância de ter um negócio pronto que já esteja dando certo no mercado para, a partir desse momento, pen- sar na possibilidade de franquear. Existe a necessidade de dar a devida assessoria para que o franqueado não acabe com a reputação do negócio; para prestar o auxílio, o próprio franqueador precisa estar convicto do negócio, das diiculda- des e do que pode ser feito para solucionar os problemas. Agora, vamos abordar as vantagens e desvantagens para o franqueado, con- forme o Quadro 4. Quadro 4 - Principais vantagens e desvantagens para o franqueado VANTAGENS DESVANTAGENS Maior probabilidade de sucesso: ado- ta um produto/serviço conhecido e testado no mercado e com uma rede e marca bem-sucedidas. Controle sobre as operações: audito- rias frequentes e controle das vendas e do cumprimento de procedimentos e normas. Apoio contínuo do franqueador: ex- periência de gestão, treino e consul- toria. Autonomia e criatividade limitadas: implementar modelo existente. Potencial de maiores lucros: benei- cia-se de economias de escala e de marca reconhecida. Restrições no encerramento da ativida- de e na cessão/venda da propriedade. Proteção da concorrência de outros franqueados da mesma rede: direitos territoriais exclusivos. Custo do franchising pode ser mais elevado do que em um negócio inde- pendente. Permite aprender com as experiências de outros franqueados. Fraco desempenho de outros franque- ados pode ter efeitos na reputação de toda a rede. Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010). Os candidatos ou aqueles que são franqueados possuem responsabilidades e pre- cisam estar cientes. Ao assistir depoimentos de franqueadores de sucesso, eles sempre comentam que o sucesso do negócio está na mão do franqueado em mais de 70%. Isso porque precisa assegurar que todos os processos pré, durante e pós-funcionamento da franquia funcionem diretamente, envolvendo proces- sos logísticos, de recursos humanos, marketing e inanceiros. Segundo Ferreira et al. (2010), o peril do franqueado envolve os seguintes aspectos: Franquia como Forma de Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 31 ■ Aceitar que há um risco: a franquia não evita o risco, ainda que este possa ser menor do que em um negócio independente. ■ Capacidade de iniciativa: a franquia não é uma fórmula que funciona sozinha, uma vez que as decisões do dia a dia determinam o sucesso ou fracasso do franqueado. ■ Incentivar os colaboradores: cabe ao empreendedor estimular, liderar, criar ambiente de trabalho agradável. ■ Trabalhar com menos autonomia: característica mais marcante que dife- rencia o empreendedor independente do franqueado. Para ajudá-lo(a) a reletir sobre os principais pontos a serem avaliados por quem deseja ser um franqueado, apresentamos o Quadro 5. Quadro 5 - Pontos de relexão para o franqueado Estrutura física É essencial saber o espaço físico necessário para as instalações, bem como todas as especiicidades para o funcionamento. Recursos inanceiros Importante avaliar o investimento necessário para adqui- rir a autorização para abrir uma unidade franqueada. Recursos humanos O número de funcionários necessário para funcionar, bem como as qualiicações necessárias para exercer o cargo. Planejamento Mesmo sendo uma franquia, o cuidado com o planeja- mento é necessário. Para abrir uma unidade, precisa-se pensar bem e também após a abertura do negócio. Autoanálise pessoal Antes de pensar em ter um negócio para trabalhar menos ou porque franquia é mais fácil que uma empresa, tome cuidado. Você precisa avaliar se tem o peril para empre- ender, se realmente está disposto a correr riscos e, no caso da franquia, se está preparado para seguir padrões impostos pelo franqueador, inibindo sua liberdade para criar ou implementar processos e atividades. Avaliação de mercado O momento das franquias é muito bom. Entretanto, é interessante avaliar o tipo de segmento que se deseja abrir e conhecer a região para saber se existe potencial para o local. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E32 Retorno do investimento É claro que todo mundo deseja o retorno do investimento no menor tempo possível, até porque os valores inves- tidos são altos. Entretanto, é preciso saber a média de tempo e os esforços necessários para tal feito. Conhecimentos gerais e gerenciais Não importa o tipo de negócio, o conhecimento geren- cial é fundamental. Conhecer um pouco de Marketing, Finanças, Produção e Recursos Humanos é essencial para gerenciar a unidade franqueada. Manuais de procedimentos Toda franquia tem procedimentos que devem ser segui- dos seja na operação, na parte inanceira, no layout ou na forma de atender. Por isso, o franqueado deve analisar es- sas informações, porque, se é uma franquia, deve possuir manual de procedimento. Contatos da rede Conversar com franqueados da rede é importante para saber como realmente funciona o negócio e as exigências necessárias. Suporte e assessoria Cada rede de franquia oferece serviços diferenciados, como planejamento estratégico, treinamento de recursos humanos, assessoria em marketing, entre outros. Cabe ao candidato avaliar o que a franquia disponibiliza. Dedicação ao negócio A dedicação faz diferença numa franquia. Se for somado a isso o conhecimento gerencial e habilidades interpesso- ais, as chances de sucesso aumentam. Processo seletivo O candidato a franqueado precisa conhecer os procedi- mentos necessários para ser selecionado. É importante coletar informações prévias e adequar-se às etapas de instruções. Circular de Oferta de Franquia (COF) Toda franquia deve ter e disponibilizar antecipadamente ao interessado para que possa avaliar todas as infor- mações, exigências e procedimentos para saber se está preparado e compatibilizado com as expectativas do franqueador. Filiação a ABF É comum as franquias serem iliadas com a Associação Brasileira de Franchising - ABF que costuma premiar as melhores franquias com um selo de excelência. Se não for associado, procure conhecer os motivos e as justiicativas. Fonte: os autores. As franquias têm sido utilizadas como importante forma de ampliação do negócio, uma vez que propiciam uma grande rede de atuação, sem implicar na concentração O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 33 de esforços e de recursos para o empreendedor franqueador. E, para o empre- endedor franqueado, tem possibilitado maior segurança e conhecimento acerca do negócio que se propõe a iniciar. Entretanto, é fundamental ter consciência das responsabilidades, das vantagens e das desvantagens desse tipo de negócio. No próximo tópico, vamos falar da importância dos negócios gerados pelo empreendedorismo para o desenvolvimento de uma região. O PAPEL SOCIALE ECONÔMICO DO EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo tem aparecido como um importante fator promotor do desenvolvimento local. No entanto, é importante destacar a diferença entre os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento. O crescimento econô- mico se refere apenas a dados econômicos e quantitativos de uma determinada localidade. Assim, podem ser considerados como referências de crescimento econômico o aumento do PIB, a redução da inlação, a melhoria do poder aquisitivo da popu- lação, entre outros. Por outro lado, o conceito de desenvolvimento é mais amplo, pois envolve, além do crescimento econômico, os aspectos sociais e ambientais. Dessa forma, só é possível falar em desenvolvimento quando há ganhos quan- titativos e qualitativos, como a qualidade de vida de uma população, a geração de trabalho e renda e os cuidados com o meio ambiente. Por isso, são muitos os benefícios gerados pelo empreendedorismo por meio da criação de novos negó- cios, como os apontados por Stoner e Freeman (1999): ■ Contribui para o crescimento econômico. ■ Promove ganhos com a produtividade, utilizando melhor os recursos produtivos. ■ Realiza investimentos em pesquisas e desenvolvimento, gerando novas tecnologias, produtos e serviços. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E34 Também é importante destacar que os estudos sobre a evolução do empre- endedorismo mostram grandes possibilidades de se transformarem na mola propulsora da integração do desenvolvimento regional e mundial, como pos- sível solução para os problemas econômicos, políticos e sociais (BARBOSA, A. P.; BARBOSA, A. C., 2009). Para isso, a gestão dos negócios precisa pautar-se sob uma conduta ética que se preocupa com seu entorno, formando redes e parcerias em prol das socieda- des em que atuam as organizações criadas. Preocupando-se com todos os grupos que se relacionam e têm interesse no negócio em andamento (stakeholders). Para Mello Neto e Froes (2002), existe uma corrente que apresenta o empre- endedorismo como estratégia de desenvolvimento local, pois tem as seguintes características: ■ O objetivo de difundir as políticas de desenvolvimento local por meio do empreendedorismo. ■ O foco no maior desenvolvimento econômico e social em nível local, cujo lócus são as agências e fóruns de desenvolvimento local. Além disso, conforme discute Dornelas (2005), é preciso estimular o empreen- dedorismo por oportunidade, de maneira a planejar adequadamente a estrutura do negócio, reduzindo a possibilidade de riscos e aumentando a possibilidade de sucesso de cada empreendimento. Assim, é possível gerar trabalho e renda, e atuar por meio de uma conduta sustentavelmente comprometida. Vale destacar que a maior parte dos negócios é formada por micro e peque- nos negócios que geram grande parte dos empregos. Por isso, a relevância de iniciativas e práticas empreendedoras para o desenvolvimento das regiões, por- que impactam social e economicamente. É importante o papel deles uma vez que geram trabalho e renda para os colaboradores e é o meio de subsistência dos empreendedores. Mitos Sobre o Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 35 MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO A deinição do empreendedor ainda é carregada de muitos mitos por parte da sociedade em geral, trazendo alguns estigmas inadequados e até problemas para a implementação de carreiras empreendedoras de sucesso, isso porque pensava- -se que o empreendedor deveria possuir todas as características empreendedoras que apresentamos anteriormente e, também, porque o estímulo a iniciativas empreendedoras não era feito de forma adequada. Visamos, nesta parte, apresentar os principais mitos e desvendá-los, e vamos utilizar a abordagem de Dornelas (2005, p. 35) que cita os três principais mitos sobre os empreendedores: 1. Empreendedores são natos, nascem para o sucesso: embora alguns empreendedores nasçam com certo nível de inteligência, para obter sucesso é necessário estar preparado. Eles acumulam habilidades, experiências e contatos com o tempo, e a capacidade de ter visão e perseguir oportuni- dades pode ser desenvolvida e aprimorada. INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E36 2. Empreendedores são jogadores que assumem riscos muito altos: os empreendedores de sucesso só assumem riscos calculados, evitam riscos desnecessários, compartilham os riscos e desmembram em partes meno- res. O planejamento é um importante instrumento. 3. Os empreendedores são ‘lobos solitários’ e não conseguem trabalhar em equipe: normalmente, os empreendedores são ótimos líderes, criam equi- pes competentes e desenvolvem um excelente relacionamento interpessoal. A jornada de um empreendedor é repleta de muitos desaios, sendo necessário ter capacidade para enfrentar riscos e lidar com a adversidade. Os mitos criam um pen- samento de que o empreendedor é um ser sozinho, egocêntrico e quer toda a glória, mas, se observarmos os grandes exemplos, possuem uma conduta diferente. Vamos, também, abordar outros mitos utilizando o pensamento de Ferreira et al. (2010): 1. Qualquer um pode iniciar um negócio: na realidade, é preciso ter conhe- cimento sobre o negócio, para que ele tenha chance de sucesso, apenas boa vontade não é suiciente. 2. Há a necessidade de protagonismo: o empreendedor de sucesso sabe valorizar sua equipe, reconhecendo o trabalho de cada um, visto que tem consciência de que não consegue nada sozinho. 3. Trabalham muito: o empreendedor, normalmente, dedica muita ener- gia à realização do seu negócio, mas isso não signiica que ele não tenha tempo para a família, o lazer e a busca por formação. 4. Iniciam negócios de risco: só iniciam negócios com riscos calculados, conhecem a viabilidade do negócio para fazer o investimento. 5. O empreendimento é apenas para os ricos: os empreendedores costu- mam ter boas ideias e viabilizar a sua implementação, para isso, acabam por buscar várias formas de inanciamento. 6. Idade é uma barreira: não há idade para ser empreendedor. Os estudos apontam que a maioria dos empreendedores são jovens e estão cada vez mais presentes no mercado. 7. São motivados pelo dinheiro: outras motivações, como realização pessoal, independência e liberdade também fazem parte do interesse do empre- endedor. A realização de um sonho pode ser a maior delas. Mitos Sobre o Empreendedorismo R ep ro d u çã o p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re ir o d e 19 98 . 37 8. Procuram o poder e o controle sobre os outros: o empreendedor de sucesso tem se mostrado um bom líder, que envolve sua equipe e não tem energias para gastar com disputa de poder e controle sobre os outros. 9. Se tiverem talento, o sucesso chega em um ou dois anos: não há medida de tempo para o sucesso. E, ainda, não é apenas a falta de talento que faz um negócio não ter sucesso, obstáculos de mercado também podem pro- vocar o insucesso de um negócio. 10. Qualquer pessoa com uma boa ideia pode enriquecer: apenas uma boa ideia não é suiciente para o sucesso do negócio, pois também é pre- ciso que exista uma oportunidade de mercado. 11. Tendo dinheiroé fácil falhar: o capital não é suiciente para suportar falhas contínuas em um negócio, por isso, o planejamento, mais uma vez, aparece como ferramenta para evitar a falha. 12. Os empreendedores sofrem de estresse: o empreendedor precisa ter cautela e energia para fazer seu negócio dar certo, por isso, também pre- cisa reequilibrar-se com atividades de lazer e descanso. O estresse só atrapalha o negócio. Os mitos abordados neste material são comumente difundidos pela sociedade, o que tem atrapalhado o desenvolvimento e a expansão do empreendedorismo por utilizar um pensamento equivocado. Agora que você já conhece esses mitos, pode nos ajudar a construir um ambiente empreendedor e propício para os indivíduos. Seu papel, agora, é ser mais um empreendedor na sociedade e que difunda a ideia dos males que os mitos pode fazer para quem pretende empreender. Ainal, um dos grandes sonhos do brasileiro é ter o próprio negócio, mas ica com medo diante de tan- tos obstáculos que são colocados e de que não pode falhar porque será um fracassado. É muito importante dizer que não há uma receita de sucesso, mas uma jor- nada que vai sendo construída ao longo dos dias e cada um trilha a sua caminhada conforme o seu ritmo. Os erros fazem parte da nossa vida e os empreendedores estão mais propensos por arriscarem, mas não podem ser considerados como fracassados. Para o empreendedor criar uma empresa de sucesso, ele pode demo- rar até 4 vezes para conseguir, conforme pesquisas nacionais e internacionais. Contamos com a sua colaboração para criar um ambiente empreendedor mais próspero! INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO R ep ro d u ção p ro ib id a. A rt. 184 d o C ó d ig o Pen al e Lei 9.610 d e 19 d e fevereiro d e 1998. IU N I D A D E38 CONSIDERAÇÕES FINAIS Parabéns! Você inalizou a primeira unidade! Vamos recapitular os conhecimen- tos adquiridos? Primeiro, começamos apresentando empreendedorismo de forma a compreender as abordagens ao longo dos anos. Houve mudanças de foco na forma de compreender e estudar esse campo de estudo, conforme se pode notar com Marco Polo, passando por Schumpeter até os dias atuais. Empreender é transformar uma ideia em oportunidade e isso ocorre de dife- rentes formas. Se você já é empreendedor(a) ou conhece alguém que é, saberá que existem muitas decisões a serem tomadas, obstáculos e interferências que exigem pensamento rápido e capacidade de improvisação. Isso é uma realidade, porque, se não souber lidar com as diferentes variáveis que surgem por conta dos colaboradores, consumidores, fornecedores, poder público, imprensa e socie- dade, haverá muita diiculdade para fazer o negócio sobreviver. Outro ponto importante são os campos de estudo, sendo que apresentamos apenas alguns, como mulheres, jovens e a mortalidade de empresas, mas exis- tem mais de 25 temas de estudos e pesquisas e que aumentam conforme surgem novidades no funcionamento do mercado. É possível notar que essa área é muito ampla. No nosso material, izemos um pequeno recorte à apresentação da impor- tância de estudar e compreender o empreendedorismo. Há diferentes formas de empreender, pois uma pessoa pode herdar um negó- cio, abrir um negócio com ou sem planejamento ou até intraempreender. Com isso, notamos que existem diferentes formas de empreender e essa é uma das diiculdades de se conseguir deinir um conceito. Para inalizar, concluímos a discussão com uma relexão sobre a impor- tância social e econômica do empreendedorismo e de seu papel ético, o qual se preocupa com o entorno dos empreendedores na condução dos seus negócios. Esperamos que esses conhecimentos tenham despertado a curiosidade por essa área e que tenhamos colaborado para o seu desenvolvimento proissional. Até a próxima unidade! 39 1. As franquias têm se apresentado como uma ótima opção de negócios, sendo que os indicadores, como o PIB das franquias, estão, nos últimos anos, crescen- do pelo menos 3 vezes o valor do PIB brasileiro. Com base no que foi abordado na unidade a respeito das franquias, leia as airmações e assinale a alternativa correta: I. A franquia é a única forma garantida de ter lucro nos negócios no Brasil. II. A principal vantagem do franqueador é o fato de ter total controle das opera- ções que acontecem nas unidades. III. Uma das principais obrigações do franqueador é transmitir todas as normas e procedimentos aos franqueados. IV. Existem riscos que envolvem o franqueador e o franqueado, por isso, a rela- ção deve ser de parceria e transparência. Assinale a alternativa correta: a) Somente I e II estão corretas. b) Somente I, II e IV estão corretas. c) Somente I, III e IV estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Somente III e IV estão corretas. 2. O empreendedorismo não se resume somente a abrir negócios ou criar grandes inovações. Existe um tipo chamado empreendedor corporativo ou intraempre- endedor, que se refere ao indivíduo que não é o proprietário do negócio, mas aquele que contribui para o crescimento do negócio com ideias e atitudes. Con- siderando o assunto abordado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O tipo intraempreendedor é o melhor dos tipos de empreendedorismo exis- tente, conforme o que foi apresentado no material. PORQUE II. O crescimento dos negócios depende unicamente dos empreendedores que desenvolveram o negócio. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta: a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a II é uma justiicativa da I. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justiica- tiva da I. 40 c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. 3. Como abordamos, o conceito de empreendedorismo está em formação, entre- tanto, alguns elementos são considerados como essenciais. A partir do entendi- mento da aula e da leitura do livro, leia as airmações a seguir e assinale a alter- nativa correta: I. Oportunidade. II. Pessoas. III. Novos produtos. IV. Negócios. Assinale a alternativa correta: a) Somente I e II estão corretas. b) Somente I, II e IV estão corretas. c) Somente I, III e IV estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Todas as airmações estão corretas. 4. Empreender é uma das atividades importantes para o desenvolvimento de uma sociedade. Dessa forma, deve ser estimulado o empreendedorismo por opor- tunidade porque, como vimos, pode modiicar um ambiente de negócios. Com base no material, leia os exemplos de empreendedorismo a seguir. I. Vanessa tinha o sonho de ter um negócio e foi estimulada pelos pais des- de pequena. Realizou intercâmbio, fez cursos de gestão até que optou por apostar em aplicativo de celular na área da saúde que pudesse melhorar a qualidade de vida de pessoas em períodos pós-operatórios. II. Fernando começou a vender produtos artesanais para complementar a ren- da da casa após sua esposa icar doente. III. Marcos, após icar desempregado, investiu o dinheiro em um restaurante adaptado para deicientes físicos, visto que observava muitas pessoas terem diiculdade de alimentar-se fora de casa. IV. Marcela, criativa desde a infância, teve a ideia de abrir uma empresa que pu- desse auxiliar pessoas com déicit de aprendizagem a conseguirem melhores resultados nos estudos. 41 Assinale a alternativa que contenha exemplos de empreendedorismo por oportunidade: a) Somente I e II estão corretas. b) Somente I, II e IV estão corretas. c) Somente I, III e IV estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Todas as airmações estão corretas.5. Empreender em um novo negócio não é uma atividade simples, porém, muitas pessoas divulgam informações e comentários como se fosse fácil. Talvez até a intenção não seja ruim, mas incentivar uma pessoa que não esteja preparada pode trazer um efeito negativo. Essas palavras disseminadas são chamadas de mitos, que não tratam o empreendedorismo de forma apropriada. A respeito do tema, leia as airmações a seguir: I. Dinheiro não é problema para quem quer ter o negócio próprio porque o bom empreendedor sempre consegue recursos. II. Para empreender é muito importante ter uma boa ideia, pois se tem compe- tência conseguirá sucesso. III. O empreendedor bem-sucedido é aquele que trabalha poucas horas por dia e ganha muito dinheiro. IV. A motivação é o principal componente para conseguir ser bem-sucedido nos negócios. Assinale a alternativa que contenha informações equivocadas sobre o em- preendedorismo: a) Somente I e II. b) Somente I, II e IV. c) Somente I, III e IV. d) Somente II e III. e) Todas as airmações. 42 Vale a pena empreender? Empreender não é uma tarefa fácil. Quem já está nesse caminho sabe que não é uma jornada fácil. Não há hora para começar e nem terminar a jornada. E isso é uma opção que pode ser perigosa. Por um lado, você pode se acomodar, porque não precisa cumprir carga horária e há pessoas querendo empreender para não ter que cumprir horário ixo. Por outro lado, a pessoa pode utilizar essa liberdade a favor para gerenciar o negócio e, ao mesmo tempo, ter mais liberdade para pensar em novidades e dedicar-se à família, por exemplo. A opção é sua para escolher aquilo que for mais adequado a você. Não existe um único caminho sempre certo. Existem pessoas com mais predispo- sição a adaptar-se à realidade de empreender e obter vantagens. Se você tem i- lhos pequenos que têm problemas de saúde e necessitam de acompanhamento constante, você pode pensar em empreender. Terá mais liberdade de horário, mas é fundamental não confundir liberdade de horário com menos responsabilidade. Você pode ter optado por estudar na nossa instituição para capacitar-se sem pre- cisar frequentar uma sala de aula todo dia por diversos motivos, porém, isso não é sinônimo de facilidade e isso você perceberá ao longo do curso. Você pode planejar o horário que for mais adequado, mas terá que estudar, e muito, se pretende termi- nar um curso a distância. Voltamos à pergunta inicial: vale a pena empreender? É um risco que você tem que pensar se quer correr. Muitas dúvidas e poucas certezas você terá ao longo da jor- nada e não haverá facilidades, ou seja, é uma pergunta estritamente pessoal. Para nós, pode valer, mas, para você, não. Não é por conta disso que você é medroso ou inferior à outra pessoa. Cada um tem uma personalidade e precisamos de empreen- dedores e colaboradores para o progresso da sociedade. Esperamos, com esse breve texto, despertar relexões e curiosidades que lhe aju- dem a amadurecer. Fonte: os autores. MATERIAL COMPLEMENTAR A Endeavor é uma instituição que incentiva o empreendedorismo no Brasil. Por meio de cartilhas, vídeos e reportagens disponibiliza materiais sobre empreendedorismo com o apoio de diferentes referências de mercado e empreendedores bem-sucedidos. Disponível em: <http://www.endeavor.org.br>. REFERÊNCIAS 45 BARBOSA, A. P.; BARBOSA, A. C. A. A evolução do empreendedorismo, de Ford aos nossos dias. In: LAPOLLI, É. M.; ROSA, S. B. Empreendedorismo e desenvolvimento sustentável: visão global e ação local. Florianópolis: Pandion, 2009. p. 125 - 148. BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo – uma visão do processo. São Paulo: Thomson Learning, 2010. BRASIL. Lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o contrato de franquia empresarial (franchising) e dá outras providências. Presidência da Repú- blica, 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm>. Acesso em: 7 mar. 2018. BRUYAT, C.; JULIEN, P. A. Deining the ield of research in Entrepreneurship. Journal of Business Venturing, 2000, 16, 165-180. DEGEN, R. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: Pe- arson Education do Brasil, 2009. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. ______. O empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. FERREIRA, M. P.; SANTOS, J. C.; SERRA, F. A. R. Ser empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. FILION, L. J. O empreendedorismo como tema de estudos superiores: palestra proferida no Seminário A universidade formando empreendedores. 2012. GIGLIOTTI, B. S. O funcionamento do sistema de franchising. In: MELO, P. L. R.; AN- DREASSI, T. (Orgs.). Franquias brasileiras – estratégia, empreendedorismo, inova- ção e internacionalização. São Paulo: Cengage Learning, 2012. HISRICH, R. D.; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. JULIEN, P. A. Empreendedorismo regional e economia do conhecimento. São Paulo: Saraiva, 2010. LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. 2. ed. São Pau- lo: Saraiva, 2008. MELLO NETO, F. P.; FROES, C. Empreendedorismo social: a transição para a socieda- de sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. READ, S.; SARASVATHY, S.; DEW, N.; WILTBANK, R.; OHLSSON, A. V. Efectual Entre- preneurship. Nova York: Routledge, 2011. SEBRAE. Causa Mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros cinco anos de vida. São Paulo: Sebrae, 2014. REFERÊNCIAS SHANE, S.; VENKATARAMAN, S. The Promise of Entrepreneurship as a Field of Resear- ch. The Academy of Management Review, v. 25, n. 1, p. 217-226, 2000. STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. GABARITO 47 1. Alternativa E. Justiicativa - A franquia não é a única forma de sucesso nos negócios e o fran- queado não tem controle das operações. 2. Alternativa E. Justiicativa – As duas airmações estão incorretas, porque não existe o melhor tipo, mas diferentes formas de empreender. Outro ponto é que o crescimento do negócio depende, também, dos indivíduos que, se forem intraempreendedores, ajudará ainda mais no desenvolvimento da organização. 3. Alternativa E. Justiicativa – Todos os elementos estão corretos. O empreendedorismo existe porque ideias foram transformadas em oportunidades. São as pessoas que atu- am nos novos ou negócios existentes. Isso acarretará em novos produtos que não, necessariamente, foram criados, mas incorporados ao negócio. 4. Alternativa C. As airmações I, III e IV tratam de exemplos de empreendedorismo por oportu- nidade e a airmação II é um exemplo de empreendedorismo por necessidade porque Fernando começou a vender produtos por necessidade porque havia necessidade inanceira de obter renda. 5. Alternativa E. Justiicativa - Todas as airmações tratam de equívocos divulgados sobre o em- preendedorismo. U N ID A D E II Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake Professora Me. Bianca Burdini Mazzei Professor Me. Paulo Pardo O EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE Objetivos de Aprendizagem ■ Reunir as características atribuídas ao empreendedor. ■ Diferenciar empreendedor de gestor e de empresário. ■ Compreender os principais conceitos e temas da oportunidade empreendedora. ■ Apresentar as fontes de inspiração de oportunidades de negócio. ■ Sintetizar as etapas enfrentadas por um empreendedor. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Características empreendedoras ■ Empreendedor x gestor x empresário ■ Oportunidade empreendedora ■ Fontes de oportunidades empreendedoras ■ Processo empreendedor Introdução
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