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Empreendedorismo

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Prévia do material em texto

EMPREENDEDORISMO
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; MIYATAKE, Anderson Katsumi; MAZZEI, Bianca Burdini, 
PARDO, Paulo. 
 
 Empreendedorismo. Anderson Katsumi Miyatake, Bianca Burdini 
Mazzei, Paulo Pardo. 
 Impresso em 2019
 Maringá-Pr.: Unicesumar, 2018. .
 192 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Empreendedorismo. 2. Negócio. 3. Oportunidades. 4. EaD. I. 
Título.
ISBN 978-85-459-1172-2
CDD - 22 ed. 658.4
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão de Produção de Conteúdo
Nádila Toledo
Coordenador de Conteúdo
Patrícia Rodrigues da Silva
Designer Educacional
Ana Claudia Salvadego
Projeto Gráico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Melina Belusse Ramos
Qualidade Textual
Cíntia Prezoto Ferreira
Ilustração
Bruno Pardinho
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e proissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, proissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando proissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
proissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desaios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação proissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e proissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
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Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Especialista 
em Educação a Distância pela Faculdade Instituto Superior de Educação do Paraná 
(FAINSEP) e Graduado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá 
(UEM). Professor no ensino presencial e a distância na graduação e pós-graduação 
lato sensu. Coordenador acadêmico de cursos de graduação na Faculdade Cidade 
Verde. Ministra aulas para o EAD nos cursos de Administração, Processos Gerenciais, 
Gestão Comercial, Marketing, Gestão da Qualidade, Logística, Gestão de Lojas e 
Pontos de Venda e Gestão de Recursos Humanos na Unicesumar desde 2013.
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/4292559242413613>.
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Estadual de Londrina (2006), 
Especialista em MBA Marketing pelo Cesumar, Graduada em Administração 
pela Universidade Paranaense (1996) e Doutoranda em Administração Pública e 
Governo pela FGV/EAESP. Atualmente, é professora efetiva no colegiado do curso 
de Administração da UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná no Campus de 
Paranavaí. Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente 
nos seguintes temas: administração pública, economia solidária, cooperativismo, 
gestão social, terceiro setor, responsabilidade social, gestão mercadológica e 
metodologia de pesquisa.
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/3740397529039072>.
Professor Me. Paulo Pardo
Mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Londrina e 
Doutorando em Engenharia da Produção pela Universidade Metodista de 
Piracicaba. Atualmente é coordenador dos cursos de Gestão Pública, Negócios 
Imobiliários e Gestão Hospitalar do Núcleo de Educação a Distância da Unicesumar. 
Trabalhou na coordenação geral de polos de Educação a Distância da Unicesumar, 
celebrando convênios de parceria entre polos e a IES, bem como na gestão de 
relacionamento com os polos próprios e parceiros. Trabalhou na coordenação 
do projeto de novos cursos de pós-graduação na Unicesumar. Foi professor no 
CHSA - Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da Unicesumar - Centro 
Universitário Cesumar. Tem experiência na área de Administração, com ênfase 
em Administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: 
sistema inanceiro nacional, bolsa de valores, mercado de ações e logística.É 
professor de pós-graduação na área de Administração da Unicesumar, na cidade 
de Maringá-PR. É autor de livros didáticos para Educação a Distância nas áreas 
de Logística, Mercado Financeiro e de Capitais, Marketing e Gestão Ambiental e 
Teoria Geral da Administração. É consultor na área de marketing com foco em 
pesquisa de mercado para rede de varejo de eletrodomésticos (grupo Gazin).
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/8141003354179820>.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) acadêmico(a), é uma satisfação apresentar a você o livro da disciplina Em-
preendedorismo, elaborado com carinho para que você conheça o mundo do Empre-
endedorismo e desperte a curiosidade para completar seus estudos e realizar ações em-
preendedoras no seu cotidiano.
O objetivo, ao escrever este livro, não é apresentar um modelo pronto de empreendedo-
rismo e a receita de como obter sucesso, até porque isso não existe. Por isso, trataremos 
de diversos assuntos que fazem parte do mundo do empreendedorismo, para promo-
ver relexões, apresentar alguns caminhos que podem ser utilizados para aumentar as 
chances de sucesso.
O principal componente para existir o empreendedorismo é o indivíduo que quer em-
preender que com empenho e a dedicação na busca do conhecimento permitirá trans-
formar a sociedade em que está inserido. Dessa forma, incentivamos você a fazer anota-
ções das dúvidas e procurar a equipe de apoio da nossa instituição, realizar as atividades 
de autoestudo, participar dos fóruns e, também, do chat da aula ao vivo, ler este livro, 
assistir as aulas conceituais, explorar as indicações de leitura e pesquisar em diversas 
fontes a respeito do tema.
Nosso livro é composto de cinco unidades em que procuramos apresentar alguns dos 
principais aspectos do Empreendedorismo.
Na Unidade I, apresentaremos alguns pontos-chaves para compreender essa área das 
Ciências Sociais Aplicadas. Vamos abordar algumas deinições utilizadas nesse campo 
para que você compreenda a abrangência e isso será complementado ao apresentar-
mos os campos de estudo e tipos de empreendedorismo existentes na área. Destaca-
mos mitos que são comumente abordados de forma equivocada pela sociedade de uma 
forma geral e o papel social e econômico do empreendedorismo, ou seja, os benefícios 
de indivíduos empreendedores em uma sociedade não só do ponto de vista da geração 
de renda, mas também em aspectos sociais.
Na Unidade II, são apresentados dois importantes aspectos que envolvem o Empreen-
dedorismo: o empreendedor e a oportunidade. Elaboramos essa divisão para que você 
compreenda que nem tudo depende somente do empreendedor, mas de uma análise 
mais completa da oportunidade. Na primeira parte, apresentaremos características e 
peris dos empreendedores, não no intuito de criar um modelo ideal, porém, são al-
guns atributos importantes para quem pretende empreender. Também explicaremos 
as diferenças entre gestores, empreendedores e empresários, pois é um ponto em que, 
geralmente, há bastante confusão. Na segunda parte, o foco é explicar a oportunidade, 
pois o empreendedorismo ocorre por meio de ideias transformadas em algo concreto. 
Ao longo da unidade, apresentaremos as fontes que inspiram novas ideias, o processo 
que o empreendedor percorre desde o momento que tem a ideia até quando obtém 
sucesso.
APRESENTAÇÃO
EMPREENDEDORISMO
Na Unidade III, trataremos do Modelo de Negócio que trata das características da 
organização. Quando se pensa e estabelece os diferenciais do negócio, é possível 
direcionar as ações a serem tomadas para o desenvolvimento do negócio. A ferra-
menta Canvas é utilizada, justamente, para ajudar a deinir de forma prática e visual. 
Outro assunto importante é compreender que se a organização não planejar, pode-
rá acarretar no fechamento da empresa, por isso, vamos alertar sobre as principais 
causas de mortalidade dos negócios.
Na Unidade IV, trataremos do Plano de Negócios (PN), que é uma importante fer-
ramenta de apoio ao empreendedor para analisar de forma mais consistente as 
próximas ações ou para ajudar na elaboração dos primeiros passos do negócio. 
Abordaremos uma parte contextual para explicar sobre o plano de negócio; pos-
teriormente, os erros capitais na elaboração; e, por im, cada uma das partes que 
compõem o Plano.
Na Unidade V deste livro, abordaremos algumas tendências e novidades na área de 
empreendedorismo, como inanciamento coletivo, coworking, anjos, incubadora, 
aceleradora e empresa júnior, visando apresentar que o cenário para quem quer 
empreender possui opções de apoio e fomento.
Ao inal do livro, esperamos que esteja preparado(a) para lidar com o instigante 
mundo do empreendedorismo, pois passaremos por aspectos essenciais. Buscamos 
oferecer uma visão abrangente para ajudar na sua formação.
Esperamos, assim, que possa aproveitar bem as informações contidas no livro e que 
possa colocar em prática esses ensinamentos, fazendo as devidas adaptações con-
forme a situação. Com isso, esperamos despertar o espírito empreendedor e contri-
buir para que os negócios criados ou gerenciados por você possam obter sucesso. 
Bom estudo!
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
15 Introdução
17 Compreendendo Empreendedorismo 
25 Tipos de Empreendedorismo 
27 Franquia como Forma de Empreendedorismo 
33 O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo 
35 Mitos Sobre o Empreendedorismo 
38 Considerações Finais 
45 Referências 
47 Gabarito 
UNIDADE II
O EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE
51 Introdução
52 Características Empreendedoras 
59 Empreendedor X Gestor X Empresário 
61 Oportunidade Empreendedora 
63 Fontes de Oportunidades Empreendedoras 
67 Processo Empreendedor 
70 Considerações Finais 
77 Referências 
78 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
DEFININDO UM MODELO DE NEGÓCIO
81 Introdução
82 Modelo de Negócio 
84 Vantagens de Ter um Modelo de Negócio Deinido 
87 Compreendendo o Business Model Canvas 
89 Elaborando o Modelo Canvas 
96 Diferenciando Canvas de Plano de Negócio 
98 Considerações Finais 
105 Referências 
106 Gabarito 
UNIDADE IV
PLANO DE NEGÓCIO
109 Introdução
110 Compreendendo Plano de Negócio 
113 Erros Capitais na Elaboração do Plano de Negócio 
116 Iniciando o Plano de Negócio 
121 Elaborando o Plano: Marketing, Operações e Recursos Humanos 
134 Elaborando o Plano: Finanças e Cenários de Negócios 
143 Considerações Finais 
151 Referências 
153 Gabarito 
SUMÁRIO
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UNIDADE V
TENDÊNCIAS EM EMPREENDEDORISMO
157 Introdução
158 Informações Recentes Sobre Empreendedorismo no Brasil 
162 Causas de Mortalidades de Negócios 
167 Financiamento Coletivo e Investidor Anjo 
172 Aceleradora e Incubadora 
179 Empresa Júnior 
181 Considerações Finais 
189 Referências 
191 Gabarito 
192 CONCLUSÃO
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Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
INTRODUÇÃO AO 
EMPREENDEDORISMO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender o conceito e a importância do empreendedorismo.
 ■ Apresentar os tipos de empreendedorismo abordados na literatura.
 ■ Caracterizar as principais informações sobre as franquias no Brasil.
 ■ Descrever a importância do empreendedorismo para uma sociedade.
 ■ Desmistiicar os principais mitos relacionados ao empreendedorismo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Compreendendo empreendedorismo
 ■ Tipos de empreendedorismo
 ■ Franquia como forma de empreendedorismo
 ■ O papel social e econômico do empreendedorismo
 ■ Mitos sobre o empreendedorismo
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a) a primeira unidade do livro deEmpreendedorismo. Nossa 
intenção é apresentar e conduzir você ao fascinante mundo do Empreendedorismo. 
No decorrer dessa unidade, apresentaremos assuntos que permitirão compreen-
der a importância e equívocos discutidos e praticados sobre o empreendedorismo. 
Será apresentado que existem diversos tipos de empreendedorismo, ou seja, 
os empreendedores podem iniciar a jornada nos negócios de diferentes for-
mas, como em negócios próprios, franquias, herdando um empreendimento 
ou até sendo um colaborador em uma organização. Como no Brasil o número 
de empreendedores alcança o patamar de milhões, sendo que milhares obtêm 
sucesso nos negócios, é possível veriicar a diiculdade em estabelecer um peril 
ideal de empreendedor. Acreditamos que, com isso, poderemos desmistiicar a 
existência de um único peril. 
Também abordaremos um pouco da história do empreendedorismo, desta-
cando pontos essenciais que alteraram a forma de praticar os negócios como os 
signiicados da palavra, bem como personagens que inluenciaram no desenvol-
vimento desse campo de estudo.
Outro ponto bastante relevante da unidade é o papel social e econômico 
do empreendedorismo. Isso acontece porque, como você verá ao longo deste 
material, ideias transformadas em produtos concretos e que tenham viabilidade 
transformam uma região, promovendo o movimento da economia, envolvendo 
as pessoas, os recursos e a sociedade. 
Levando em consideração que mais de 90% dos negócios são micro e peque-
nos, sendo que muitos atuam de forma local, é possível compreender a associação 
com o social e o econômico e a relevância dos empreendedores para uma região. 
O objetivo também é desmistiicar mitos que existem sobre o empreendedorismo 
e que atrapalham as iniciativas empreendedoras.
Esperamos que você goste dos assuntos abordados nesta unidade e aproveite 
a disciplina da melhor forma.
Vamos iniciar os estudos! Boa leitura!
Introdução
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Compreendendo Empreendedorismo
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17
COMPREENDENDO EMPREENDEDORISMO
Olá, para começar a estudar empreendedorismo, precisamos apresentar carac-
terísticas essenciais dessa importante área dos negócios. 
A deinição do termo empreendedorismo tem causado uma divergência 
entre especialistas, visto que a diiculdade de encontrar um signiicado ocorre 
pelo: campo de estudo, heterogeneidade da área e novas tendências nos negócios 
que mudam o mercado mais rapidamente. Não queremos, com isso, desmotivá-
-lo(a) ou mostrar que não é algo relevante para você estudar, mas demonstrar 
que isso é comum em outras áreas do conhecimento, e como nós vamos condu-
zi-lo nessa caminhada, que a façamos passo por passo.
É importante esclarecer que os pesquisadores existem justamente para aper-
feiçoar os conhecimentos para adaptar-se à criação de tendências. Vamos dar um 
exemplo: até poucos anos, pouquíssimo se falava em empreendedorismo para 
quem tem alguma deiciência física, e hoje é motivo de pesquisas para encon-
trar formas de inclusão no mundo dos negócios. Então, antigamente, alguém 
poderia falar que o conceito de empreendedorismo envolve pessoas que não têm 
limitação física, o que não corresponde à realidade. 
Outro exemplo seria a área de Marketing, visto que quem cursou essa dis-
ciplina há, aproximadamente, uma década sabe que pouco ou nada se falava 
de marketing digital, e hoje é algo essencial para o mundo dos negócios. Com 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
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esses dois exemplos, destacamos a relevância de estudiosos para aperfeiçoar os 
conceitos. E se novas tendências surgem, é porque existem pessoas realizando 
pesquisas para gerar esse progresso.
Vamos dar alguns exemplos de tendências que estão incentivando novos estu-
dos. Conforme Bruyat e Julien (2000), o campo de estudo do Empreendedorismo 
é bastante amplo e de grande relevância para a economia, sendo alguns exem-
plos de campos de estudos:
 ■ Jovens: de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o 
maior número de empreendedores está na faixa de 25 a 44 anos, ou seja, 
pessoas mais jovens se comparado a dados da década de 90 e anos 2000 
e isso representa um motivo para aprofundar os estudos.
 ■ Mulheres: é notável o aumento da participação tanto em cargos adminis-
trativos como gerenciais, sendo que em algumas regiões brasileiras temos 
mais mulheres envolvidas na abertura de novos negócios em comparação 
aos homens, fato pouco provável há algumas décadas. 
 ■ Mortalidade de empresas: esses estudos são importantes para veriicar a 
situação dos negócios criados pelos empreendedores. Por exemplo, estudo 
do Sebrae (2014) mostrou que o índice de negócios brasileiros que sobre-
vivem até os dois primeiros anos de vida é, em média, de 76%, ou seja, 
a cada 100 novos negócios, 76 sobrevivem até o segundo ano de vida, 
representando um grande progresso em que a taxa era apenas de 50%.
 ■ Empreendedorismo social: nem todos os negócios são empresariais e 
visam ao lucro. Existem aqueles que possuem missão social e atendi-
mento de necessidades sociais, por isso, utilizar o termo organizações é 
adequado, pois podem envolver clubes e entidades.
Outro tema em destaque no empreendedorismo é a área de startups com produtos 
e serviços ligados à inovação e mecanismos de apoio e incentivo ao empreende-
dorismo. Os temas estão em alta na área e serão destacados em outro momento 
do nosso material para que você compreenda melhor. 
A partir disso, vamos apresentar alguns dos conceitos utilizados para que 
você conheça o que já foi e é abordado sobre o assunto. Conforme Dornelas 
(2005, p. 29), “a palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e 
quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo”. Isto é, o termo está 
Compreendendo Empreendedorismo
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ligado diretamente a alguém que realiza coisas diferentes, intermediando o pro-
duto/serviço com os clientes, por isso corre riscos nesse processo. O Quadro 1 
ilustra fatos relevantes da história do empreendedorismo que inluenciaram na 
construção do conceito. 
Quadro 1 - Fatos relevantes da história do empreendedorismo
IDADE 
MÉDIA
MARCO POLO – ESTABELECIMENTO DE ROTA COMERCIAL NO ORIENTE 
ATUANDO COMO INTERMEDIÁRIO AO ASSINAR CONTRATOS PARA 
COMERCIALIZAR MERCADORIAS.
Idade 
Média
Pessoa que gerenciava projetos de produção.
Século 
XVII
Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de 
valor ixo com o governo.
1725
Richard Cantillon – Separação de empreendedor (assume riscos) do 
capitalista (inancia os experimentos para a industrialização).
1803
Jean Baptiste Say – lucros do empreendedor separados do lucro do 
capital.
1876
Francis Walker – distinguiu entre os que forneciam fundos e aqueles 
que obtinham lucros com atividades administrativas.
1934
Joseph Schumpeter – o empreendedor é inovador e desenvolve 
tecnologia que ainda não foi testada.
1961
David McClelland – o empreendedor é alguém dinâmico que corre 
riscos moderados.1964 Peter Drucker – o empreendedor maximiza oportunidades.
1975
Albert Shapero – o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns 
mecanismos sociais e econômicos e aceita riscos de fracassos. 
1980
Karl Vesper – o empreendedor é visto de modo diferente por econo-
mistas, psicólogos, negociantes e políticos. 
1983
Giford Pinchot – o intraempreendedor é um empreendedor que atua 
dentro de uma organização já estabelecida.
1985
Robert Hisrich – o empreendedorismo é o processo de criar algo 
diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, 
assumindo riscos inanceiros, psicológicos e sociais correspondentes 
e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica 
e pessoal. 
Fonte: adaptado de Dornelas (2005); Hisrich e Peters (2004, p. 27).
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
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A partir da leitura do Quadro 1, você pode compreender que houve mudanças 
na forma de considerar empreendedorismo. No início, era atribuído o fator risco 
para quem estivesse envolvido. Posteriormente, o foco foi direcionado para indi-
víduo inovador e que tem iniciativa. Anos mais tarde, também admitiu-se como 
empreendedor aquele que trabalha nas organizações, ou seja, podemos notar que 
a abordagem foi mudando conforme as situações que ocorriam.
Um conceito clássico que foi bastante utilizado durante muitos anos é o de 
Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2005, p. 39), ao deinir o empreendedor 
como “aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos 
produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela explo-
ração de novos recursos e materiais”. Porém, esse conceito tem sido deixado de 
lado e outros autores apresentam distintas formas de compreender o empreen-
dedorismo de forma mais abrangente e contextualizada.
Durante as últimas décadas, presenciou-se uma grande transformação socioe-
conômica. A economia globalizada, a instabilidade dos ambientes organizacionais 
e a competição ainda mais acirrada forçaram a adequação e a redução das estru-
turas; consequentemente, provocou um aumento do desemprego e, ao mesmo 
tempo, aumento na oferta de serviços e terceirizações.
Apesar de sua longa história anterior, é nesse cenário que o empreende-
dorismo passa a destacar-se e a ser tão necessário. Conforme Filion (2012), a 
tendência do empreendedorismo surgiu nos anos 70, porém vem airmando-
-se nas últimas duas décadas. E esse fenômeno vem se dando, no Brasil e no 
mundo, em função do aumento do número de pequenas empresas e de traba-
lhadores autônomos. Para o autor, o fenômeno empresarial mais marcante da 
década de 90 foi o crescimento do trabalho autônomo, que dos anos 1989 a 1998 
aumentou em 74%. Outro fator muito importante é a evolução da participação 
das mulheres, que dos anos 1976 a 1996 aumentou de 19,6% para 31,2% nessa 
categoria de trabalho.
No Brasil, o movimento do empreendedorismo começou a tomar forma em 
1990, quando foram criadas entidades, como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de 
Apoio à Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para 
Exportação de Sotwares). Antes desse período, não havia condições políticas e 
econômicas propícias ao empreendedor (DORNELAS, 2005). 
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O SEBRAE foi criado para dar suporte ao pequeno empreendedor que pre-
tende abrir o seu negócio, bem como para oferecer consultorias para resolver 
pequenos problemas pontuais dos negócios já iniciados. A SOFTEX foi criada 
com o intuito de levar as empresas de sotwares do país ao mercado externo, ofe-
recendo capacitação em gestão e tecnologia a esses empresários.
As incubadoras de empresas e as universidades/cursos de Ciências da 
Computação e Informática também foram responsáveis pelo grande avanço do 
empreendedorismo no Brasil nesse período. Foi, então, que a sociedade brasi-
leira começou a despertar-se para a realização de planos de negócios (até então 
não valorizados pelos pequenos empresários), a formação para o empreende-
dorismo e para programas públicos de incentivo. Conforme Dornelas (2005), 
apresentamos um resumo das ações históricas desenvolvidas no Brasil que per-
mitiram esse avanço no país:
 ■ 1990: criação de programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas 
Empresas de Sotware, Informação e Serviços) que apoiavam atividades 
empreendedoras em sotwares. O ensino da disciplina em universidades 
e a geração de novas empresas de sotwares (start-ups).
 ■ 1999 a 2002: o Programa Brasil Empreendedor do Governo Federal, 
dirigido a mais de 6 milhões de empreendedores e destinando recursos 
inanceiros e operações de créditos para estímulo ao empreendedorismo.
 ■ Programas do SEBRAE, como o EMPRETEC (curso de imersão) e o 
Jovem Empreendedor, voltados à capacitação do empreendedor.
 ■ Criação de vários cursos e programas universitários para o ensino do 
empreendedorismo.
 ■ 1999 a 2000: houve o movimento de criação das empresas pontocom do 
país que, apesar de ter sido pontual, trouxe grande contribuição para dis-
seminação do empreendedorismo local.
 ■ Crescimento das incubadoras de empresas no país: em 2004, a 
ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendimentos de Tecnologia Avançadas) já apontava a existência de 
280 incubadoras, com mais de 1700 empresas incubadas, gerando mais 
28 mil postos de trabalho. Na Unidade V, vamos tratar com mais deta-
lhes as incubadoras.
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Até a metade dos anos 2000, veriicava-se, no Brasil, o empreendedorismo por 
necessidade, ou seja, os empreendedores não possuíam outra opção de traba-
lho e renda e acabavam criando os negócios de maneira informal, com pouco 
planejamento, fracassando rápido, não gerando o desenvolvimento esperado e 
contribuindo para o aumento das estatísticas de mortalidade dos negócios. 
Uma boa notícia é que, depois disso, o empreendedorismo está ocorrendo na 
maioria por oportunidade. Isto é, os negócios no país estão sendo criados porque 
os empreendedores estão prepa-
rando-se para abrir os negócios. 
Entretanto, como historicamente as 
organizações brasileiras começaram, 
na maioria, por necessidade, ainda 
percebemos os efeitos dessa forma 
de empreender. Isso ocorre porque 
os empreendedores abrem negócios 
próprios sem se prepararem, pois 
possuem poucas opções de conse-
guir trabalho e renda. Trabalhando na informalidade e sem preparo, as chances do 
negócio fechar são maiores. Essa classiicação de empreendedorismo por neces-
sidade e oportunidade é utilizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
Empreender por oportunidade pressupõe uma análise do ambiente em que 
está inserido em busca da criação de novidades ou explorar mercados que 
são pouco desenvolvidos. Quando um país proporciona um cenário ade-
quado está incentivando empreendedores a criarem negócios de sucesso 
que podem modiicar o funcionamento de um mercado. Isso ocorre porque 
a preocupação do indivíduo é questionar um problema, buscando nova so-
lução e não ter um negócio para sobreviver. O pensamento fora da caixa é 
estimulado nessa situação porque o empreendedor não está em busca de 
renda para manter-se, mas reformular uma lógica do mercado.
Fonte: os autores. 
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O foco do empreendedorismo foi, durante muitos anos, ligado para o empreen-
dedor, por isso, os estudos existiam para mapear um conjunto de características 
ideais para um empreendedor. Considerava-se que o empreendedor tinha que ter 
um conjunto de atributos e que, dessa forma, o sucesso seria obtido. No entanto, 
não se levava em consideração o ambiente em que o empreendedor vive, bem 
como as mudanças inesperadas que poderiam acontecer no cotidiano. Em outro 
momento do nosso material, vamos detalhar mais esse aspecto das caracterís-
ticas empreendedoras.
Os conceitos mais utilizados nos dias atuais focalizam a abordagem para as 
oportunidades, como veremos adiante. Dessa forma, o foco mudou e as carac-
terísticas foram deixadas para segundo plano. Não estamos querendo dizer que 
são irrelevantes os estudos, mas que somente as características do empreende-
dor não devem ser consideradas como elementos importantes.
Para exempliicar, apresentamos um conceito clássico dessa abordagem, 
apresentada por Shane e Venkataraman (2000, p. 6): 
[...] empreendedorismo, como uma área de negócios, busca entender 
como surgem as oportunidades para criar algo novo (produtos ou ser-
viços, mercados, processos de produção ou matérias-primas, formas de 
organizar as tecnologias); como são descobertas ou criadas por indiví-
duos especíicos que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou 
desenvolver coisas novas.
Alguns pontos interessantes que podemos analisar nesse conceito é que não men-
ciona características do empreendedor. Depois, trata a área como negócio e isso 
se justiica porque o empreendedor tem que propor iniciativas que tenham viabi-
lidade comercial, principalmente em um sistema de mercado em que o retorno 
inanceiro é importante. Na área social, somente o lucro não é levado em con-
sideração, mas fundações e associações também funcionam como negócios.
Segundo esse conceito apresentado pelos autores, envolvem-se diferentes 
formas de empreender, como produtos, serviços, mercados, processos de pro-
dução ou matérias-primas e formas de organizar a tecnologia. Isso representa 
as possibilidades que os empreendedores podem ter quando empreendem, seja 
nos negócios próprios ou de terceiros.
Outra parte relevante é apresentar que os indivíduos descobrem ou criam 
oportunidades de negócio e isso é importante porque nem todos compreendem 
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o ambiente da mesma forma. Para exempliicar, em um cenário de crise eco-
nômica, determinada pessoa considera como improvável empreender, e outra 
pessoa abre um negócio e obtém sucesso ao explorar uma possibilidade que nin-
guém considerou no momento.
O último ponto é que, a partir da descoberta de uma ideia que possa ser 
transformada em coisas concretas de sucesso, os empreendedores utilizam meios 
diversos, como os recursos, a rede de contatos, o conhecimento que possuem e 
que vão buscar para explorar novas atividades que não izeram até o momento.
Como o empreendedorismo estuda fenômenos sociais que constantemente 
se modiicam, uma abordagem única não seria suiciente para considerar todos 
os elementos. Vamos partir do pressuposto de que o empreendedorismo só é 
possível por meio de oportunidades, como consideram Shane e Venkataraman 
(2000), porque é mediante uma oportunidade que o empreendedor coloca em 
prática uma novidade.
Para sintetizar essa perspectiva, uma citação de Read et al. (2011, p. 17-18) 
é bastante pertinente para compreendermos uma oportunidade.
Ideia = alguma coisa + você
Oportunidade = ideia + ação
Ação = função (interação) do dinheiro, produto e parceiros
Viabilidade = oportunidade + comprometimento
Dessa forma, uma oportunidade depende de uma ideia e ação dos indivíduos. 
Para que ocorra essa ação, são necessários recursos e comprometimento dessas 
pessoas para tornar algo viável.
Uma ideia precisa de viabilidade para ser transformada em oportunidade. 
Nos negócios, um ou mais indivíduos com uma ideia agem para combinar 
recursos e gerar uma oportunidade lucrativa.
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E você pode perguntar a respeito do empreendedor. Haveria uma deinição a ser 
apresentada? Nós airmamos que o empreendedor é aquele que possui uma ideia 
e a coloca em prática, seja sozinho ou com um conjunto de pessoas. Essa dei-
nição pode ser complementada conforme Lacombe e Heilborn (2008, p. 128): 
“pessoa que percebe oportunidades de oferecer no mercado novos produtos, ser-
viços e processos e tem coragem para assumir riscos e habilidades”. 
O empreendedor é aquele que assume responsabilidade e tem iniciativa para 
buscar algo diferente, seja uma invenção ou aperfeiçoamento de um produto. Vale 
ressaltar que o empreendedor sozinho pode ter a ideia e transformar em negócio, ou 
também com a ajuda de mais pessoas. Ainda nesta unidade, abordaremos com mais 
detalhes o empreendedor, apresentando os tipos, e também na próxima unidade, 
quando explanaremos a respeito do peril e das características do empreendedor.
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo é uma área bastante rica e que tem se destacado na mídia 
pela diversidade de contextos e, neste momento, vamos explicar os motivos. 
No tópico anterior, destacamos o empreendedorismo por necessidade 
ou oportunidade, conforme classiicação do GEM (Global Entrepreneurship 
Monitor). Elas podem ser utilizadas como base para dividir a forma como o 
indivíduo começou a atuar.
Porém, é preciso compreender que um indivíduo que se torna empreende-
dor pode começar de diferentes formas: abrir o negócio próprio, herdar, comprar, 
intraempreender, sendo essa classiicação complementar à abordagem do GEM. 
Para explicar essas tipologias, vamos utilizar a classiicação de Dornelas (2007), 
que considera os empreendedores como:
 ■ Empreendedor nato (mitológico) – em sua maioria, são imigrantes ou 
ilhos destes, são visionários, 100% comprometidos com seu sonho, oti-
mistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram habilidade 
de negociação e venda.
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 ■ Empreendedor que 
aprende (inesperado) 
– é uma pessoa que, 
quando menos espe-
rava, descobriu uma 
oportunidade, então, ele 
mudou a vida e resolveu 
abrir o próprio negócio. 
Normalmente, demora 
a tomar a decisão de 
empreender e a acostu-
mar-se com ela.
 ■ Empreendedor serial 
(criar novos negócios) – é uma pessoa apaixonada por empreender, 
assim, não consegue estar à frente de seu negócio até que se torne uma 
grande corporação, por isso está sempre interessado em novos negó-
cios. Sua maior habilidade é identiicar oportunidades e não descansar 
enquanto não conseguir viabilizar sua implementação.
 ■ Empreendedor corporativo – podem ser executivos que assumem riscos e 
possuem habilidades de comunicação e negociação. Também chamado de 
intraempreendedor, ocorre quando os colaboradores realizam iniciativas 
empreendedoras dentro dos próprios negócios, visando o aperfeiçoamento 
da gestão.O intraempreendedor é um indivíduo que trabalha em prol do 
desenvolvimento de uma organização e possui um papel de destaque pela 
postura proativa. Nem sempre exerce um cargo gerencial, mas sempre está 
disposto a contribuir com o desenvolvimento das pessoas e do negócio.
 ■ Empreendedor social – tem como missão de vida a construção de um 
mundo melhor para as pessoas. É um empreendedor como os outros, com 
a diferença de não buscar construir um patrimônio próprio, mas prefere 
compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento humano.
 ■ Empreendedor por necessidade – cria seu próprio negócio, porque não 
tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra 
opção a não ser trabalhar por conta própria. Praticamente não tem acesso 
à formação, recursos e a uma maneira estruturada de empreender, por 
isso, normalmente, trabalha na informalidade e de maneira pouco pla-
nejada, o que favorece o não sucesso do empreendimento.
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 ■ Empreendedor por herdeiro (sucessão familiar) – herdam o negócio da 
família e, normalmente, aprendem cedo a ter responsabilidades e como o 
negócio funciona. Atualmente, a família tem se preocupado com a prepa-
ração do sucessor familiar e com a proissionalização da gestão.
 ■ Empreendedor “normal” (planejado) – esse é o empreendedor que faz 
a lição de casa, buscando minimizar os riscos do negócio por meio do 
planejamento de suas ações. Como o planejamento tem sido um pré-re-
quisito para os empreendedores com história de sucesso, acredita-se ser 
normal a sua utilização, embora não seja o caso da maioria.
Além dos tipos tratados pelo autor, existem autores, como Degen (2009), que 
consideram as franquias como forma de empreender, pois ocorre a abertura 
de negócio, com auxílio e conhecimento de um franqueador que já possui uma 
marca conhecida no mercado. Como é uma área que também tem se destacado, 
vamos abordar um pouco mais o assunto.
FRANQUIA COMO FORMA DE EMPREENDEDORISMO
O sistema de franquia tem sido importante alternativa ao empreendedorismo. 
Conforme Ferreira et al. (2010), franchising é uma palavra de origem francesa que 
signiica: fran – concessão de um privilégio ou de uma autorização. Atualmente, 
franchising refere-se à iliação a uma empresa líder mediante um contrato de 
prestação de serviços ou, ainda, caracteriza-se como um modo de organiza-
ção em que uma empresa que já tem um produto/serviço bem estabelecido no 
mercado (franqueador) licencia sua marca, sua tecnologia e sua forma de fazer 
negócios a outras empresas ou indivíduos (franqueados), em troca de um direito 
de entrada e do recebimento de royalties. 
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Outra explicação que é bastante consistente é a de Stanworth (2004 apud 
GIGLIOTTI, 2012, p. 5) e que optamos por fazer a citação na íntegra: 
[...] franchising é um negócio que essencialmente consiste de uma orga-
nização (o franqueador) com um pacote de negócio testado em merca-
do, centrado num produto ou serviço, entrando em um relacionamento 
contratual com franqueados, tipicamente pequenas irmas autoinan-
ciadas e autogeridas, operando sob a marca registrada do franqueador 
para produzir e/ou comercializar bens e serviços de acordo com um 
formato especiicado pelo franqueador.
A legislação brasileira, que se pauta na lei 8.995 de 1994, no artigo segundo, 
deine da seguinte forma: 
Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao 
franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito 
de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, 
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação 
e administração de negócios ou sistema operacional, desenvolvidos ou 
detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta; sem que, no 
entanto, ique caracterizado vínculo empregatício (BRASIL, 1994, on-
-line).
Pelo fato de o empreendedor iliar-se a uma empresa com produtos e serviços 
já existentes, há uma parceria que deve ser bem solidiicada, porque duas partes 
estão diretamente envolvidas: o detentor do negócio e aquele que deseja a auto-
rização para representar a empresa que, em troca, paga remuneração sem que, 
necessariamente, exista vínculo empregatício.
De acordo com Ferreira et al. (2010), uma franquia, em geral, pode ser:
 ■ De produtos e marcas – o franqueador concede ao franqueado o direito 
à obrigação de comprar os seus produtos e utilizar a sua marca.
 ■ De negócios – o franqueador proporciona ao franqueado a “fórmula” para 
fazer o negócio, além de formação, treinamento de colaboradores, publi-
cidade e outras formas de assistência técnica e de marketing.
Como consiste em um contrato de prestação de serviços, o sistema de franquias 
estabelece obrigações tanto por parte do franqueado como do franqueador, con-
forme descrito no Quadro 2.
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Quadro 2 - Obrigações do franqueado e do franqueador 
OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADOR OBRIGAÇÕES DO FRANQUEADO
• Testar o potencial de sucesso do ne-
gócio durante um período, de modo 
a mostrar que pode ser rentável 
imagem da marca.
• Apresentar um negócio baseado em 
um know-how distintivo com uma 
vantagem competitiva diante da 
concorrência.
• Transmitir o know-how aos fran-
queados por meio de manuais e 
programas de formação.
• Administrar o negócio no dia a dia, 
selecionar a equipe de colaboradores, 
tomar decisões, desenvolver ações de 
comunicação e publicidade.
• Realizar o investimento necessário.
• Fazer os pagamentos acordados.
• Cumprir as regras da rede sobre a 
forma de operação e garantir a unifor-
midade do serviço.
Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010).
Como nota-se no Quadro 2, as franquias exigem responsabilidades de ambas 
as partes. Não é fácil franquear e nem ser franqueado. Por isso, enfatizamos a 
necessidade de parceria e transparência no relacionamento.
Esse formato de negociação também prevê algumas vantagens e desvanta-
gens tanto para o franqueado como para o franqueador. Primeiro, vamos abordar 
o lado do franqueador, conforme Quadro 3.
Quadro 3 - Principais vantagens e desvantagens para o franqueador 
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Rapidez de expansão.
• Redução de custo: centralização 
das compras de distribuição.
• Maior participação no mercado, 
dado o crescimento da rede.
• Maior cobertura geográica, com o 
atendimento a clientes e mercados 
antes não explorados.
• Possibilidade de encontrar fran-
queados estimulados para maxi-
mizar as vendas e reduzir os custos 
para aumentar o lucro.
• Gerar rendimento dos royalties e 
das taxas de franquia sem investir 
em novas instalações.
• Acesso a ideias e sugestões.
• Perda parcial do controle sobre os 
atos dos franqueados.
• Potencial de criação de concorrente.
• Insuiciência nos serviços de abas-
tecimento de consultoria, dada uma 
expansão acelerada.
• Seleção inadequada dos franquea-
dos.
• Potencial menor de lucro, em compa-
ração com o crescimento interno por 
meio de iliais.
• Potenciais atritos com o franque-
ados, em particular quando violam 
termos do contrato.
Fonte: adaptadode Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010).
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Nos últimos anos, tem sido comum os empreendedores franquearem os negócios 
para obtenção de lucro. Entretanto, ressaltamos a relevância de ter um negócio 
pronto que já esteja dando certo no mercado para, a partir desse momento, pen-
sar na possibilidade de franquear. Existe a necessidade de dar a devida assessoria 
para que o franqueado não acabe com a reputação do negócio; para prestar o 
auxílio, o próprio franqueador precisa estar convicto do negócio, das diiculda-
des e do que pode ser feito para solucionar os problemas.
Agora, vamos abordar as vantagens e desvantagens para o franqueado, con-
forme o Quadro 4.
Quadro 4 - Principais vantagens e desvantagens para o franqueado
VANTAGENS DESVANTAGENS
Maior probabilidade de sucesso: ado-
ta um produto/serviço conhecido e 
testado no mercado e com uma rede 
e marca bem-sucedidas.
Controle sobre as operações: audito-
rias frequentes e controle das vendas e 
do cumprimento de procedimentos e 
normas.
Apoio contínuo do franqueador: ex-
periência de gestão, treino e consul-
toria.
Autonomia e criatividade limitadas: 
implementar modelo existente.
Potencial de maiores lucros: benei-
cia-se de economias de escala e de 
marca reconhecida.
Restrições no encerramento da ativida-
de e na cessão/venda da propriedade.
Proteção da concorrência de outros 
franqueados da mesma rede: direitos 
territoriais exclusivos.
Custo do franchising pode ser mais 
elevado do que em um negócio inde-
pendente.
Permite aprender com as experiências 
de outros franqueados.
Fraco desempenho de outros franque-
ados pode ter efeitos na reputação de 
toda a rede.
Fonte: adaptado de Santos (2002 apud FERREIRA et al., 2010).
Os candidatos ou aqueles que são franqueados possuem responsabilidades e pre-
cisam estar cientes. Ao assistir depoimentos de franqueadores de sucesso, eles 
sempre comentam que o sucesso do negócio está na mão do franqueado em 
mais de 70%. Isso porque precisa assegurar que todos os processos pré, durante 
e pós-funcionamento da franquia funcionem diretamente, envolvendo proces-
sos logísticos, de recursos humanos, marketing e inanceiros.
Segundo Ferreira et al. (2010), o peril do franqueado envolve os seguintes aspectos:
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 ■ Aceitar que há um risco: a franquia não evita o risco, ainda que este possa 
ser menor do que em um negócio independente.
 ■ Capacidade de iniciativa: a franquia não é uma fórmula que funciona 
sozinha, uma vez que as decisões do dia a dia determinam o sucesso ou 
fracasso do franqueado.
 ■ Incentivar os colaboradores: cabe ao empreendedor estimular, liderar, 
criar ambiente de trabalho agradável.
 ■ Trabalhar com menos autonomia: característica mais marcante que dife-
rencia o empreendedor independente do franqueado.
Para ajudá-lo(a) a reletir sobre os principais pontos a serem avaliados por quem 
deseja ser um franqueado, apresentamos o Quadro 5.
Quadro 5 - Pontos de relexão para o franqueado 
Estrutura física
É essencial saber o espaço físico necessário para as 
instalações, bem como todas as especiicidades para o 
funcionamento.
Recursos inanceiros
Importante avaliar o investimento necessário para adqui-
rir a autorização para abrir uma unidade franqueada.
Recursos humanos
O número de funcionários necessário para funcionar, bem 
como as qualiicações necessárias para exercer o cargo.
Planejamento
Mesmo sendo uma franquia, o cuidado com o planeja-
mento é necessário. Para abrir uma unidade, precisa-se 
pensar bem e também após a abertura do negócio.
Autoanálise pessoal
Antes de pensar em ter um negócio para trabalhar menos 
ou porque franquia é mais fácil que uma empresa, tome 
cuidado. Você precisa avaliar se tem o peril para empre-
ender, se realmente está disposto a correr riscos e, no 
caso da franquia, se está preparado para seguir padrões 
impostos pelo franqueador, inibindo sua liberdade para 
criar ou implementar processos e atividades.
Avaliação de 
mercado
O momento das franquias é muito bom. Entretanto, é 
interessante avaliar o tipo de segmento que se deseja 
abrir e conhecer a região para saber se existe potencial 
para o local.
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Retorno do 
investimento
É claro que todo mundo deseja o retorno do investimento 
no menor tempo possível, até porque os valores inves-
tidos são altos. Entretanto, é preciso saber a média de 
tempo e os esforços necessários para tal feito.
Conhecimentos 
gerais e gerenciais
Não importa o tipo de negócio, o conhecimento geren-
cial é fundamental. Conhecer um pouco de Marketing, 
Finanças, Produção e Recursos Humanos é essencial para 
gerenciar a unidade franqueada.
Manuais de 
procedimentos
Toda franquia tem procedimentos que devem ser segui-
dos seja na operação, na parte inanceira, no layout ou na 
forma de atender. Por isso, o franqueado deve analisar es-
sas informações, porque, se é uma franquia, deve possuir 
manual de procedimento.
Contatos da rede
Conversar com franqueados da rede é importante para 
saber como realmente funciona o negócio e as exigências 
necessárias.
Suporte e assessoria
Cada rede de franquia oferece serviços diferenciados, 
como planejamento estratégico, treinamento de recursos 
humanos, assessoria em marketing, entre outros. Cabe ao 
candidato avaliar o que a franquia disponibiliza.
Dedicação ao 
negócio
A dedicação faz diferença numa franquia. Se for somado 
a isso o conhecimento gerencial e habilidades interpesso-
ais, as chances de sucesso aumentam.
Processo seletivo
O candidato a franqueado precisa conhecer os procedi-
mentos necessários para ser selecionado. É importante 
coletar informações prévias e adequar-se às etapas de 
instruções.
Circular de Oferta 
de Franquia (COF)
Toda franquia deve ter e disponibilizar antecipadamente 
ao interessado para que possa avaliar todas as infor-
mações, exigências e procedimentos para saber se está 
preparado e compatibilizado com as expectativas do 
franqueador.
Filiação a ABF
É comum as franquias serem iliadas com a Associação 
Brasileira de Franchising - ABF que costuma premiar as 
melhores franquias com um selo de excelência. Se não for 
associado, procure conhecer os motivos e as justiicativas.
Fonte: os autores.
As franquias têm sido utilizadas como importante forma de ampliação do negócio, 
uma vez que propiciam uma grande rede de atuação, sem implicar na concentração 
O Papel Social e Econômico do Empreendedorismo
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de esforços e de recursos para o empreendedor franqueador. E, para o empre-
endedor franqueado, tem possibilitado maior segurança e conhecimento acerca 
do negócio que se propõe a iniciar. Entretanto, é fundamental ter consciência 
das responsabilidades, das vantagens e das desvantagens desse tipo de negócio.
No próximo tópico, vamos falar da importância dos negócios gerados pelo 
empreendedorismo para o desenvolvimento de uma região.
O PAPEL SOCIALE ECONÔMICO DO 
EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo tem aparecido como um importante fator promotor do 
desenvolvimento local. No entanto, é importante destacar a diferença entre os 
conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento. O crescimento econô-
mico se refere apenas a dados econômicos e quantitativos de uma determinada 
localidade. 
Assim, podem ser considerados como referências de crescimento econômico 
o aumento do PIB, a redução da inlação, a melhoria do poder aquisitivo da popu-
lação, entre outros. Por outro lado, o conceito de desenvolvimento é mais amplo, 
pois envolve, além do crescimento econômico, os aspectos sociais e ambientais. 
Dessa forma, só é possível falar em desenvolvimento quando há ganhos quan-
titativos e qualitativos, como a qualidade de vida de uma população, a geração 
de trabalho e renda e os cuidados com o meio ambiente. Por isso, são muitos os 
benefícios gerados pelo empreendedorismo por meio da criação de novos negó-
cios, como os apontados por Stoner e Freeman (1999):
 ■ Contribui para o crescimento econômico.
 ■ Promove ganhos com a produtividade, utilizando melhor os recursos 
produtivos.
 ■ Realiza investimentos em pesquisas e desenvolvimento, gerando novas 
tecnologias, produtos e serviços.
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Também é importante destacar que os estudos sobre a evolução do empre-
endedorismo mostram grandes possibilidades de se transformarem na mola 
propulsora da integração do desenvolvimento regional e mundial, como pos-
sível solução para os problemas econômicos, políticos e sociais (BARBOSA, A. 
P.; BARBOSA, A. C., 2009). 
Para isso, a gestão dos negócios precisa pautar-se sob uma conduta ética que 
se preocupa com seu entorno, formando redes e parcerias em prol das socieda-
des em que atuam as organizações criadas. Preocupando-se com todos os grupos 
que se relacionam e têm interesse no negócio em andamento (stakeholders).
Para Mello Neto e Froes (2002), existe uma corrente que apresenta o empre-
endedorismo como estratégia de desenvolvimento local, pois tem as seguintes 
características:
 ■ O objetivo de difundir as políticas de desenvolvimento local por meio 
do empreendedorismo.
 ■ O foco no maior desenvolvimento econômico e social em nível local, 
cujo lócus são as agências e fóruns de desenvolvimento local.
Além disso, conforme discute Dornelas (2005), é preciso estimular o empreen-
dedorismo por oportunidade, de maneira a planejar adequadamente a estrutura 
do negócio, reduzindo a possibilidade de riscos e aumentando a possibilidade 
de sucesso de cada empreendimento. Assim, é possível gerar trabalho e renda, e 
atuar por meio de uma conduta sustentavelmente comprometida.
Vale destacar que a maior parte dos negócios é formada por micro e peque-
nos negócios que geram grande parte dos empregos. Por isso, a relevância de 
iniciativas e práticas empreendedoras para o desenvolvimento das regiões, por-
que impactam social e economicamente. É importante o papel deles uma vez 
que geram trabalho e renda para os colaboradores e é o meio de subsistência 
dos empreendedores.
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MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO
A deinição do empreendedor ainda é carregada de muitos mitos por parte da 
sociedade em geral, trazendo alguns estigmas inadequados e até problemas para 
a implementação de carreiras empreendedoras de sucesso, isso porque pensava-
-se que o empreendedor deveria possuir todas as características empreendedoras 
que apresentamos anteriormente e, também, porque o estímulo a iniciativas 
empreendedoras não era feito de forma adequada. 
Visamos, nesta parte, apresentar os principais mitos e desvendá-los, e vamos 
utilizar a abordagem de Dornelas (2005, p. 35) que cita os três principais mitos 
sobre os empreendedores: 
1. Empreendedores são natos, nascem para o sucesso: embora alguns 
empreendedores nasçam com certo nível de inteligência, para obter sucesso 
é necessário estar preparado. Eles acumulam habilidades, experiências e 
contatos com o tempo, e a capacidade de ter visão e perseguir oportuni-
dades pode ser desenvolvida e aprimorada.
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2. Empreendedores são jogadores que assumem riscos muito altos: os 
empreendedores de sucesso só assumem riscos calculados, evitam riscos 
desnecessários, compartilham os riscos e desmembram em partes meno-
res. O planejamento é um importante instrumento.
3. Os empreendedores são ‘lobos solitários’ e não conseguem trabalhar em 
equipe: normalmente, os empreendedores são ótimos líderes, criam equi-
pes competentes e desenvolvem um excelente relacionamento interpessoal.
A jornada de um empreendedor é repleta de muitos desaios, sendo necessário ter 
capacidade para enfrentar riscos e lidar com a adversidade. Os mitos criam um pen-
samento de que o empreendedor é um ser sozinho, egocêntrico e quer toda a glória, 
mas, se observarmos os grandes exemplos, possuem uma conduta diferente. Vamos, 
também, abordar outros mitos utilizando o pensamento de Ferreira et al. (2010):
1. Qualquer um pode iniciar um negócio: na realidade, é preciso ter conhe-
cimento sobre o negócio, para que ele tenha chance de sucesso, apenas 
boa vontade não é suiciente.
2. Há a necessidade de protagonismo: o empreendedor de sucesso sabe 
valorizar sua equipe, reconhecendo o trabalho de cada um, visto que tem 
consciência de que não consegue nada sozinho.
3. Trabalham muito: o empreendedor, normalmente, dedica muita ener-
gia à realização do seu negócio, mas isso não signiica que ele não tenha 
tempo para a família, o lazer e a busca por formação.
4. Iniciam negócios de risco: só iniciam negócios com riscos calculados, 
conhecem a viabilidade do negócio para fazer o investimento.
5. O empreendimento é apenas para os ricos: os empreendedores costu-
mam ter boas ideias e viabilizar a sua implementação, para isso, acabam 
por buscar várias formas de inanciamento.
6. Idade é uma barreira: não há idade para ser empreendedor. Os estudos 
apontam que a maioria dos empreendedores são jovens e estão cada vez 
mais presentes no mercado.
7. São motivados pelo dinheiro: outras motivações, como realização pessoal, 
independência e liberdade também fazem parte do interesse do empre-
endedor. A realização de um sonho pode ser a maior delas.
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8. Procuram o poder e o controle sobre os outros: o empreendedor de 
sucesso tem se mostrado um bom líder, que envolve sua equipe e não 
tem energias para gastar com disputa de poder e controle sobre os outros.
9. Se tiverem talento, o sucesso chega em um ou dois anos: não há medida 
de tempo para o sucesso. E, ainda, não é apenas a falta de talento que faz 
um negócio não ter sucesso, obstáculos de mercado também podem pro-
vocar o insucesso de um negócio.
10. Qualquer pessoa com uma boa ideia pode enriquecer: apenas uma 
boa ideia não é suiciente para o sucesso do negócio, pois também é pre-
ciso que exista uma oportunidade de mercado.
11. Tendo dinheiroé fácil falhar: o capital não é suiciente para suportar 
falhas contínuas em um negócio, por isso, o planejamento, mais uma vez, 
aparece como ferramenta para evitar a falha.
12. Os empreendedores sofrem de estresse: o empreendedor precisa ter 
cautela e energia para fazer seu negócio dar certo, por isso, também pre-
cisa reequilibrar-se com atividades de lazer e descanso. O estresse só 
atrapalha o negócio.
Os mitos abordados neste material são comumente difundidos pela sociedade, o 
que tem atrapalhado o desenvolvimento e a expansão do empreendedorismo por 
utilizar um pensamento equivocado. Agora que você já conhece esses mitos, pode 
nos ajudar a construir um ambiente empreendedor e propício para os indivíduos. 
Seu papel, agora, é ser mais um empreendedor na sociedade e que difunda a ideia 
dos males que os mitos pode fazer para quem pretende empreender. Ainal, um dos 
grandes sonhos do brasileiro é ter o próprio negócio, mas ica com medo diante de tan-
tos obstáculos que são colocados e de que não pode falhar porque será um fracassado.
É muito importante dizer que não há uma receita de sucesso, mas uma jor-
nada que vai sendo construída ao longo dos dias e cada um trilha a sua caminhada 
conforme o seu ritmo. Os erros fazem parte da nossa vida e os empreendedores 
estão mais propensos por arriscarem, mas não podem ser considerados como 
fracassados. Para o empreendedor criar uma empresa de sucesso, ele pode demo-
rar até 4 vezes para conseguir, conforme pesquisas nacionais e internacionais.
Contamos com a sua colaboração para criar um ambiente empreendedor 
mais próspero!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns! Você inalizou a primeira unidade! Vamos recapitular os conhecimen-
tos adquiridos? Primeiro, começamos apresentando empreendedorismo de forma 
a compreender as abordagens ao longo dos anos. Houve mudanças de foco na 
forma de compreender e estudar esse campo de estudo, conforme se pode notar 
com Marco Polo, passando por Schumpeter até os dias atuais.
Empreender é transformar uma ideia em oportunidade e isso ocorre de dife-
rentes formas. Se você já é empreendedor(a) ou conhece alguém que é, saberá 
que existem muitas decisões a serem tomadas, obstáculos e interferências que 
exigem pensamento rápido e capacidade de improvisação. Isso é uma realidade, 
porque, se não souber lidar com as diferentes variáveis que surgem por conta dos 
colaboradores, consumidores, fornecedores, poder público, imprensa e socie-
dade, haverá muita diiculdade para fazer o negócio sobreviver.
Outro ponto importante são os campos de estudo, sendo que apresentamos 
apenas alguns, como mulheres, jovens e a mortalidade de empresas, mas exis-
tem mais de 25 temas de estudos e pesquisas e que aumentam conforme surgem 
novidades no funcionamento do mercado. É possível notar que essa área é muito 
ampla. No nosso material, izemos um pequeno recorte à apresentação da impor-
tância de estudar e compreender o empreendedorismo.
Há diferentes formas de empreender, pois uma pessoa pode herdar um negó-
cio, abrir um negócio com ou sem planejamento ou até intraempreender. Com 
isso, notamos que existem diferentes formas de empreender e essa é uma das 
diiculdades de se conseguir deinir um conceito.
Para inalizar, concluímos a discussão com uma relexão sobre a impor-
tância social e econômica do empreendedorismo e de seu papel ético, o qual se 
preocupa com o entorno dos empreendedores na condução dos seus negócios.
Esperamos que esses conhecimentos tenham despertado a curiosidade por 
essa área e que tenhamos colaborado para o seu desenvolvimento proissional.
Até a próxima unidade!
39 
1. As franquias têm se apresentado como uma ótima opção de negócios, sendo 
que os indicadores, como o PIB das franquias, estão, nos últimos anos, crescen-
do pelo menos 3 vezes o valor do PIB brasileiro. Com base no que foi abordado 
na unidade a respeito das franquias, leia as airmações e assinale a alternativa 
correta:
I. A franquia é a única forma garantida de ter lucro nos negócios no Brasil.
II. A principal vantagem do franqueador é o fato de ter total controle das opera-
ções que acontecem nas unidades.
III. Uma das principais obrigações do franqueador é transmitir todas as normas e 
procedimentos aos franqueados.
IV. Existem riscos que envolvem o franqueador e o franqueado, por isso, a rela-
ção deve ser de parceria e transparência.
Assinale a alternativa correta: 
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente I, II e IV estão corretas.
c) Somente I, III e IV estão corretas.
d) Somente II e III estão corretas.
e) Somente III e IV estão corretas.
2. O empreendedorismo não se resume somente a abrir negócios ou criar grandes 
inovações. Existe um tipo chamado empreendedor corporativo ou intraempre-
endedor, que se refere ao indivíduo que não é o proprietário do negócio, mas 
aquele que contribui para o crescimento do negócio com ideias e atitudes. Con-
siderando o assunto abordado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta 
entre elas.
I. O tipo intraempreendedor é o melhor dos tipos de empreendedorismo exis-
tente, conforme o que foi apresentado no material.
PORQUE
II. O crescimento dos negócios depende unicamente dos empreendedores que 
desenvolveram o negócio.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a II é uma justiicativa da I.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justiica-
tiva da I.
40 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3. Como abordamos, o conceito de empreendedorismo está em formação, entre-
tanto, alguns elementos são considerados como essenciais. A partir do entendi-
mento da aula e da leitura do livro, leia as airmações a seguir e assinale a alter-
nativa correta:
I. Oportunidade.
II. Pessoas.
III. Novos produtos.
IV. Negócios.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente I, II e IV estão corretas.
c) Somente I, III e IV estão corretas.
d) Somente II e III estão corretas.
e) Todas as airmações estão corretas.
4. Empreender é uma das atividades importantes para o desenvolvimento de uma 
sociedade. Dessa forma, deve ser estimulado o empreendedorismo por opor-
tunidade porque, como vimos, pode modiicar um ambiente de negócios. Com 
base no material, leia os exemplos de empreendedorismo a seguir.
I. Vanessa tinha o sonho de ter um negócio e foi estimulada pelos pais des-
de pequena. Realizou intercâmbio, fez cursos de gestão até que optou por 
apostar em aplicativo de celular na área da saúde que pudesse melhorar a 
qualidade de vida de pessoas em períodos pós-operatórios.
II. Fernando começou a vender produtos artesanais para complementar a ren-
da da casa após sua esposa icar doente.
III. Marcos, após icar desempregado, investiu o dinheiro em um restaurante 
adaptado para deicientes físicos, visto que observava muitas pessoas terem 
diiculdade de alimentar-se fora de casa.
IV. Marcela, criativa desde a infância, teve a ideia de abrir uma empresa que pu-
desse auxiliar pessoas com déicit de aprendizagem a conseguirem melhores 
resultados nos estudos.
41 
Assinale a alternativa que contenha exemplos de empreendedorismo por 
oportunidade:
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente I, II e IV estão corretas.
c) Somente I, III e IV estão corretas.
d) Somente II e III estão corretas.
e) Todas as airmações estão corretas.5. Empreender em um novo negócio não é uma atividade simples, porém, muitas 
pessoas divulgam informações e comentários como se fosse fácil. Talvez até a 
intenção não seja ruim, mas incentivar uma pessoa que não esteja preparada 
pode trazer um efeito negativo. Essas palavras disseminadas são chamadas de 
mitos, que não tratam o empreendedorismo de forma apropriada. A respeito do 
tema, leia as airmações a seguir:
I. Dinheiro não é problema para quem quer ter o negócio próprio porque o 
bom empreendedor sempre consegue recursos.
II. Para empreender é muito importante ter uma boa ideia, pois se tem compe-
tência conseguirá sucesso.
III. O empreendedor bem-sucedido é aquele que trabalha poucas horas por dia 
e ganha muito dinheiro.
IV. A motivação é o principal componente para conseguir ser bem-sucedido nos 
negócios.
Assinale a alternativa que contenha informações equivocadas sobre o em-
preendedorismo:
a) Somente I e II.
b) Somente I, II e IV.
c) Somente I, III e IV.
d) Somente II e III.
e) Todas as airmações.
42 
Vale a pena empreender?
Empreender não é uma tarefa fácil. Quem já está nesse caminho sabe que não é 
uma jornada fácil. Não há hora para começar e nem terminar a jornada. E isso é uma 
opção que pode ser perigosa. Por um lado, você pode se acomodar, porque não 
precisa cumprir carga horária e há pessoas querendo empreender para não ter que 
cumprir horário ixo. Por outro lado, a pessoa pode utilizar essa liberdade a favor 
para gerenciar o negócio e, ao mesmo tempo, ter mais liberdade para pensar em 
novidades e dedicar-se à família, por exemplo. A opção é sua para escolher aquilo 
que for mais adequado a você.
Não existe um único caminho sempre certo. Existem pessoas com mais predispo-
sição a adaptar-se à realidade de empreender e obter vantagens. Se você tem i-
lhos pequenos que têm problemas de saúde e necessitam de acompanhamento 
constante, você pode pensar em empreender. Terá mais liberdade de horário, mas 
é fundamental não confundir liberdade de horário com menos responsabilidade.
Você pode ter optado por estudar na nossa instituição para capacitar-se sem pre-
cisar frequentar uma sala de aula todo dia por diversos motivos, porém, isso não é 
sinônimo de facilidade e isso você perceberá ao longo do curso. Você pode planejar 
o horário que for mais adequado, mas terá que estudar, e muito, se pretende termi-
nar um curso a distância.
Voltamos à pergunta inicial: vale a pena empreender? É um risco que você tem que 
pensar se quer correr. Muitas dúvidas e poucas certezas você terá ao longo da jor-
nada e não haverá facilidades, ou seja, é uma pergunta estritamente pessoal. Para 
nós, pode valer, mas, para você, não. Não é por conta disso que você é medroso ou 
inferior à outra pessoa. Cada um tem uma personalidade e precisamos de empreen-
dedores e colaboradores para o progresso da sociedade.
Esperamos, com esse breve texto, despertar relexões e curiosidades que lhe aju-
dem a amadurecer.
Fonte: os autores.
MATERIAL COMPLEMENTAR
A Endeavor é uma instituição que incentiva o empreendedorismo no Brasil. Por meio de cartilhas, 
vídeos e reportagens disponibiliza materiais sobre empreendedorismo com o apoio de diferentes 
referências de mercado e empreendedores bem-sucedidos.
Disponível em: <http://www.endeavor.org.br>.
REFERÊNCIAS
45
BARBOSA, A. P.; BARBOSA, A. C. A. A evolução do empreendedorismo, de Ford aos 
nossos dias. In: LAPOLLI, É. M.; ROSA, S. B. Empreendedorismo e desenvolvimento 
sustentável: visão global e ação local. Florianópolis: Pandion, 2009. p. 125 - 148.
BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo – uma visão do processo. São Paulo: 
Thomson Learning, 2010. 
BRASIL. Lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o contrato de 
franquia empresarial (franchising) e dá outras providências. Presidência da Repú-
blica, 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm>. 
Acesso em: 7 mar. 2018.
BRUYAT, C.; JULIEN, P. A. Deining the ield of research in Entrepreneurship. Journal 
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DEGEN, R. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: Pe-
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DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
______. O empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de 
sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
FERREIRA, M. P.; SANTOS, J. C.; SERRA, F. A. R. Ser empreendedor: pensar, criar e 
moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010.
FILION, L. J. O empreendedorismo como tema de estudos superiores: palestra 
proferida no Seminário A universidade formando empreendedores. 2012. 
GIGLIOTTI, B. S. O funcionamento do sistema de franchising. In: MELO, P. L. R.; AN-
DREASSI, T. (Orgs.). Franquias brasileiras – estratégia, empreendedorismo, inova-
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Paulo: Saraiva, 2010.
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STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 
GABARITO
47
1. Alternativa E.
Justiicativa - A franquia não é a única forma de sucesso nos negócios e o fran-
queado não tem controle das operações.
2. Alternativa E.
Justiicativa – As duas airmações estão incorretas, porque não existe o melhor 
tipo, mas diferentes formas de empreender. Outro ponto é que o crescimento do 
negócio depende, também, dos indivíduos que, se forem intraempreendedores, 
ajudará ainda mais no desenvolvimento da organização.
3. Alternativa E.
Justiicativa – Todos os elementos estão corretos. O empreendedorismo existe 
porque ideias foram transformadas em oportunidades. São as pessoas que atu-
am nos novos ou negócios existentes. Isso acarretará em novos produtos que 
não, necessariamente, foram criados, mas incorporados ao negócio.
4. Alternativa C.
As airmações I, III e IV tratam de exemplos de empreendedorismo por oportu-
nidade e a airmação II é um exemplo de empreendedorismo por necessidade 
porque Fernando começou a vender produtos por necessidade porque havia 
necessidade inanceira de obter renda.
5. Alternativa E.
Justiicativa - Todas as airmações tratam de equívocos divulgados sobre o em-
preendedorismo.
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Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
O EMPREENDEDOR E A 
OPORTUNIDADE
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Reunir as características atribuídas ao empreendedor.
 ■ Diferenciar empreendedor de gestor e de empresário.
 ■ Compreender os principais conceitos e temas da oportunidade 
empreendedora.
 ■ Apresentar as fontes de inspiração de oportunidades de negócio.
 ■ Sintetizar as etapas enfrentadas por um empreendedor.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Características empreendedoras
 ■ Empreendedor x gestor x empresário
 ■ Oportunidade empreendedora
 ■ Fontes de oportunidades empreendedoras
 ■ Processo empreendedor
Introdução

Outros materiais