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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA MM. 01ª VARA DO TRABALHO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC Processo nº _____________ PEDRO LEMOS, já qualificado nos autos da reclamatória trabalhista que move em face de FUNDAÇÃO TECNOLOGIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência interpor, tempestivamente e com fulcro no art. 895, b, da CLT, RECURSO ORDINÁRIO requerendo a remessa das anexas razões ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da __ Região. Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da outra parte para apresentar contrarrazões ao recurso ordinário, no prazo de 8 dias, conforme estabelecem os artigos 895 e 900 da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal do Trabalho da 1ª Região. Nesses termos, Pede deferimento Local – data Advogado – assinatura OAB no RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO Recorrente: PEDRO LEMOS Recorrido: FUNDAÇÃO TECNOLOGIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA Processo nº: _____________ Origem: 01ª VARA DO TRABALHO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC E. Tribunal D. Julgadores RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO A respeitável sentença proferida pelo Excelentíssimo magistrado da 1ª Vara do Trabalho da região do Cariri não merece ser mantida razão pela qual requer a sua reforma, nos seguintes termos: I - DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE: 1.1 – DA LEGITIMIDADE Tendo em vista o Recorrente ser o Reclamado, é parte legítima para recorrer. 1.2 – DO INTERESSE PROCESSUAL Tem interesse processual, visto que objetiva atacar a decisão recorrida. 1.3 – DA TEMPESTIVIDADE A r. Sentença foi publicada em 05/10/2018, iniciando o prazo para interpor Recurso Ordinário no dia 08/10/2018 e tendo como marco final o dia 17/10/2018. Desta forma, tempestivo o presente Recurso. 1.4 – CUSTAS PROCESSUAIS Recolhidas no valor de R$ XX, correspondentes a 2% do valor da condenação, no prazo do recurso, por meio da guia GRU em anexo, conforme art. 789, I, da CLT. II - DO MÉRITO: 1- DAS DESPESAS COM INTERNET A decisão indeferiu ao trabalhador o pagamento de R$ 100,00 (cem reais) por mês para custear a internet utilizada no teletrabalho. O fundamento utilizado foi de que o custo com esta contratação é inerente a qualquer residência, não tendo, portanto, ligação com o trabalho. Contudo, não há como aceitar a referida decisão, com base no princípio da alteridade, previsto no art. 2º da CLT, o empregador deve custear as despesas de seu negócio. Com isso, o reembolso de despesas com telefone, internet, energia elétrica, água, dentre outros pode ser pleiteado pelo empregado visto o aumento desses custos para o desempenho da atividade estabelecida pelo empregador. 2. DA MULTA DO ART. 477, §6º DA CLT A decisão de primeiro grau indeferiu o pedido de pagamento da multa prevista no art. 477, §6 da CLT. Acatou a prova oral produzida no sentido de que a entrega dos documentos rescisórios teria ocorrido em 09/03/2018 e não em 16/03/2018, Contudo, não há como aceitar a referida decisão, ocorre que o depoimento da testemunha não goza de credibilidade suficiente para afastar a validade do documento datado de 16/03/18. 3. DO AVISO PRÉVIO A decisão julgou improcedente o pedido de pagamento de 03 (três) dias de aviso prévio, que se referem à proporcionalidade deste instituto jurídico. O fundamento é de que tal aviso é bilateral, não tendo no ordenamento jurídico pátrio nada que autorize o pagamento destes dias quando o aviso é trabalhado, como no caso em comento. Contudo, não há como aceitar a referida decisão, isto porque como ocorreu ocorre no nobre Tribunal nos termos da súmula 348 do TST é incabível a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. No presente caso, o reclamante laborou por 01 ano, razão pela qual faz jus aos 03 dias de aviso prévio (art. 1º, parágrafo único, Lei 12.506/2011). O aviso foi concedido faltando exatos 61 dias para o término do período estabilitário. Como em sua contagem exclui-se o dia do começo e inclui o do vencimento, conforme determina a súmula 380 do TST, o aviso coincidiu com o período estabilitário, razão pela qual é inválido. 4. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS A decisão condenou o reclamante ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 10% do valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença. Contudo, não há como aceitar tal decisão, isto porque inflige o art. 791 – A da CLT, uma vez que o reclamante é beneficiário da assistência gratuita. Tal decisão não deverá prosperar. III - REQUERIMENTOS FINAIS: ANTE O EXPOSTO, requer o conhecimento e o provimento do presente Recurso Ordinário, para fins de reforma da r. Sentença, nos moldes dos itens supramencionados. Nestes Termos, Pede Deferimento. Xxxxx de xx de xxxxxxx. ADVOGADO OAB\XX - XXXXXX
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