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Relatório da Aula Prática de Microbiologia e Imunologia Por Dayse Fátima de Lima Rodrigues Michelle Pedrosa Andrade Velloso Stephanie do Nascimento Pereira PRÁTICA 1 – Montagem de Lâminas e Observação de Cianobactérias e Paramecium Materiais: Pipeta Graduada Eppendorf Lâmina e lamínula Equipamentos: Microscópio Óptico Objetivo: Aprender a preparar esfregaço de bactérias. Observar microorganismos no microscópio óptico. Método: Com o auxílio da pipeta, coletamos o meio de cultura que estava no Eppendorf e pingamos duas gotas na lâmina; cobrimos com a lamínula para levar ao microscópio óptico. Resultado: Com a objetiva em 40X, observamos presença de Cianobactérias (bactérias que obtém energia por fotossíntese) que se movimentava de forma oscilatória por ter cílios presentes. Notamos também a presença de alguns Paramécios (Protozários) que se movimentavam através de flagelos muito mais rapidamente. Paramecium Cianobactéria PRÁTICA 2 – Preparação do Meio de Cultura Materiais: Placa de Petri Erlenmeyer Bastão de vidro Termômetro químico Parafilme Swab Água destilada Agar KASVI – PLATE COUNT AGAR Álcool 98% Equipamentos: Agitador magnético Balança de duas casas Método: Pesamos o meio de cultura com o Agar KASVI – PLATE COUNT AGAR para 250ml de água destilada Para 1L de água 23,5g de meio de cultura Para 250ml de água 5,87g de meio de cultura Fizemos a conta do M.C. para 250ml de água destilada. Colocamos a água no Becker e deixamos aquecer até 40°C no agitador magnético. Despejamos o Agar, mexemos com bastão de vidro e em seguida despejamos o peixinho na mistura; Esperamos até entrar em estágio de ebulição e ficar translúcido. Despejamos o meio de cultura na Placa de Petri com o auxílio do bastão de vidro e esperamos esfriar. Assim que endureceu, marcamos o posicionamento na Placa de Petri e na tampa escrevemos o local que seria inoculado com as iniciais e numeramos: MS = Mão Suja ML = Mão Lavada (com detergente) MA = Mão com Álcool (70%) MS ML 5 MA Com o Swab coletamos amostras das mãos, inoculamos no meio de cultura e isolamos com Parafilme. PRÁTICA 3 – Teste de Lavagem e Esterilização das Mãos Equipamentos e utensílios: Estufa Método: As Placas de Petri foram colocadas com as amostras em uma estufa a 30°C por 72h. Resultado: Na Placa de Petri nº 5, as três amostras coletadas estavam com flora bacteriana presentes. PRÁTICA 4 – Coloração de Gram Materiais: Alça de Platina Água esterilizada Álcool – Acetona – Seg. Gram (Val.: 29/01/2020) Tubo de Ensaio Lâmina e lamínula Lamparina Corante: Violeta Genciana Fenicada – Seg. Gram Corante: Lugol Fraco – Seg. Gram Corante: Fucsina Fenicada de Gram Equipamentos: Microscópio óptico Método: Flambamos a alça de platina e resfriamos em um tudo de ensaio com água esterilizada; Depositamos duas gotas de água esterilizada sobre uma lâmina; Coletamos uma amostra de bactéria na cultura sólida com a alça de platina e misturamos na gota d’água na lâmina; Passamos a lâmina com a amostra na lamparina para secar a água e aderir as bactérias; Pingamos duas gotas de violeta genciana sobre a lâmina com bactéria, deixamos agir por um minuto e lavamos a lâmina com água esterilizada para retirar o excesso do corante; Pingamos lugol na lâmina com amostra e deixamos por mais um minuto e depois, pingamos álcool sobre a lâmina com a amostra, deixamos por 20 segundos e lavamos com água esterilizada; Pingamos azul de fucsina sobre a lâmina por 30 segundos e lavamos com água esterilizada; Colocamos uma lamínula sobre a lâmina e levamos ao Microscópio óptico. Objetivo: Identificar bactérias Gram + e Gram – Resultado Esperado: Bactérias com coloração roxa = Gram + (forma de cocos) Bactérias com coloração rosa = Gram – (forma de bastonete) Porque se chama Coloração de Gram? A técnica de Gram, mundialmente conhecida como coloração de Gram, é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853-1938), em 1884, o qual permite diferenciar bactérias com diferentes estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem após tratamento com agentes químicos específicos. O método que consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a coloração azul violeta são chamadas de gram-positivas e aquelas que adquirem a coloração vermelho são chamadas de gram-negativas. A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como gram-positivas ou gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis. É possível a análise de vários esfregaços por lâmina, o que facilita a comparação de espécimes clínicos. As lâminas podem ser montadas de forma permanente e preservadas como documentação. Por quê se colorem de forma distintas? Existe um protocolo que se segue para fazer a coração de um esfregaço, com etapas bem definidas e com misturas de substâncias (solução de cristal violeta; solução de lugol (iodeto de potássio - KI); solução de fucsina e solução de álcool) que resultarão na coloração positiva ou negativa. Esta coloração permite distinguir os mais variados tipos de bactérias e que tipo de parede celular elas tem (se mais simples ou mais complexas, com mais ou menos peptideoglicanos – principal componente da parede celular bacteriana). As bactérias que descorarem quando submetidas à um solvente orgânico são Gram-negativas, e as que permanecerem coradas mesmo quando em contato com o solvente são denominadas Gram-positivas. Estas bactérias de diferentes colorações tem também graus diferentes de virulência. As Gram-negativas, por exemplo, são constituídas por uma endotoxina denominada LPS (lipopolissacarídeo), que é causadora da patogenicidade. Já as Gram-positivas possuem a exotoxina rica em ácido lipoprotéico que confere aderência à bactéria. Por que a bactéria é Gram +? As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. Por que a bactéria é Gram - ? As bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final. Exemplos de Gram + ou Gram – Gram + = Bacillus, Nocardia, Clostridium, Propionibacterium, Actinomyces, Enterococcus, Cornyebacterium, Listria, Lactobacillus, Gardnerella, Mycoplasma, Staphylococcus, Streptomyces, Streptococcus. Gram - = Escherichia, Helicobcater, Hemophilus, Neisseria, Klebsiella, Enterobacter, Chlamydia, Pseudomonas, Salmonella, Shigella. Entre outras, como Chlorobi, Chloroflexi, Cianobactérias, Espiroquetas, etc.
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