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TRABALHO DE DIREITO CONSTITUCIONAL III

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Trabalho de Direito Constitucional III – Professor: Gassen Gebara
Aluna: Letícia Maria Casagrande Rodrigues RGM: 011.5063 Semestre: 5ºA
TJ-MS
9 de abril de 2019
Agravo de Instrumento - Nº 2000042-60.2019.8.12.0900 – Dourados
E M E N T A – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO – TUTELADE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPATÓRIA – AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS – INDEFERIMENTO – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
O Judiciário negou o fornecimento de medicamentos nesse caso, pois entendeu que há a ausência dos requisitos necessários para tal, visto que, não constam dos autos provas suficientes da eficácia do tratamento como medicamento prescrito, e nem que esta é a única opção viável para o atendimento da paciente ou o mais apto para a finalidade indicada em detrimento das alternativas padronizadas a que vem sendo submetida a paciente, além do altíssimo valor do tratamento, que alcança cerca de R$ 120.000,00 mensais, podendo comprometer o orçamento público para atendimento de outras pessoas com necessidades urgentes de tratamento, devendo prevalecer o interesse da coletividade.
Destaca-se que não é motivo para recusar a concessão de medicamento o fato deste não se encontrar em lista do SUS.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, na conformidade da ata de julgamentos, por maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator, vencido o 1º vogal.
STJ
30 de novembro de 2018
Agravo em Recurso Especial - Nº 1.377.236 - PR (2018/0261483-6)
EMENTA. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TEMA 106. JULGAMENTO SOB O RITO DO ART. 1.036 DO CPC/2015. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS NÃO CONSTANTES DOS ATOS NORMATIVOS DO SUS. POSSIBILIDADE. CARÁTER EXCEPCIONAL. REQUISITOS CUMULATIVOS PARA O FORNECIMENTO.
O Judiciário concedeu o medicamento com base nos requisitos cumulativos para a concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS, sendo necessário: a comprovação, através de laudo médico fundamentado por médico que assiste o paciente; a necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia dos remédios fornecidos pelo SUS; a incapacidade financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito; a existência de registro na ANVISA do medicamento.
No caso em questão houve perícia médica realizada por perito especialista na matéria e nomeado pelo Juízo, constando no seu laudo que o autor já se submeteu a todos os tratamentos disponibilizados pelo SUS, os quais não apresentaram eficácia, pois houve progressão da doença. Além disso, não há atualmente medicamento que possa substituir o tratamento com o medicamento exigido, o qual é autorizado pela ANVISA.
O autor não possui condições de arcar com as despesas com o medicamento, visto que é beneficiário da AJG (Assistência Judiciária Gratuita), sendo o custo total do tratamento quase R$130.000,00 por ano.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Francisco Falcão, Herman Benjamin e Mauro Campbell Marques votaram com a Sra. Ministra Relatora.
STF
Ag. Reg. Na Suspensão de Segurança – Nº 5.222 - São Paulo
29 de junho de 2018
EMENTA: AGRAVO REGIMENTALNASUSPENSÃO DESEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO. SPINRAZA. AMEAÇA DE GRAVE LESÃO À ECONOMIAPÚBLICA NÃO DEMONSTRADA. RISCO DE MORTE DA PACIENTE.DANO INVERSO. SUSPENSÃO INDEFERIDA. AUSÊNCIA DEARGUMENTOS OU FATOS NOVOS CAPAZES DE INFIRMAR ADECISÃO RECORRIDA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGAPROVIMENTO.
O Judiciário forneceu o medicamento, pois o relatório médico elaborado por médica devidamente registrada no Conselho Regional de Medicina, especializada em neurologia infantil, comprova que a requerente é portadora da doença "amiotrofia espinhal tipo 1 (AME)" e que necessita no medicamento pleiteado, como único tratamento disponível para essa doença na atualidade, e é a única chance de sobrevida digna e prolongada da criança, pois bloqueia os efeitos da doença e evita seu progresso, que pode causar dano irreparável. 
Além disso, medicamento pleiteado é aprovado pela ANVISA no Brasil, e a família não possui condições financeiras para adquirir os fármacos, devido se alto custo, o que não constitui, por si só, motivo suficiente para caracterizar grave lesão à economia e à saúde públicas, visto que a Política Pública de Dispensação de Medicamentos Excepcionais tem por objetivo possibilitar o acesso da população acometida por enfermidades rara os tratamentos disponíveis.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual do Plenário, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora.

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