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APOSTILA- DIREITO DO TERCEIRO SETOR - 2019-2 PARTE 01

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CURSO DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO DO TERCEIRO SETOR
AGOSTO/2018
OSC – ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
OSCIP – ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
OS - ORGANIZAÇÃO SOCIAL
LEIS 
9.637/1998 (DISPÕE SOBRE A QUALIFICAÇÃO OS)
9.790/1999 (DISPÕE SOBRE A QUALIFICAÇÃO OSCIP)
13.019/2014 (REGIME JURÍDICO DAS PRCERIA COMAS OSC)
13.204/2015 (ALTERA A LEI 13.019/14)
8.726/2016 ( REGULAMENTA A Lei 13.019/14)
TERCEIRO SETOR
Para entendimento do que é o Terceiro Setor temos que saber sobre: Primeiro Setor e o Segundo Setor. 
O Primeiro Setor é o Estado, representado por entes políticos (Prefeituras Municipais, Governos dos Estados e Presidência da República), além das entidades a estes entes ligados: (Ministérios, Secretarias, Autarquias, entre outras).
 
É chamado de Primeiro Setor, o setor público, que obedece ao seu caráter público e exerce atividade pública. 
Em termos financeiros, o Estado (1o setor) aplica o dinheiro público em ações para a sociedade. 
O Segundo Setor é o Mercado (Empresas Mercantis), composto por entidades privadas que exercem atividades privadas, com fins lucrativos, ou seja, atuam em benefício próprio e particular. 
O Mercado (2o setor) investe o seu dinheiro privado, nas suas próprias atividades, visando obter lucros, para divisão entre os sócios, ao final do exercício fiscal, dentro do que estiver estabelecido em seu Ato Constitutivo (Contrato Social ou Estatuto). 
O Terceiro Setor, é composto por organizações privadas sem fins lucrativos, que atuam nas lacunas deixadas pelos setores públicos e privado, buscando a promoção do bem-estar social. 
O terceiro setor não é nem público nem privado; é um espaço institucional que abriga entidades privadas com finalidade pública. Esta atuação é realizada por meio da produção de bens e prestação de serviços, com o investimento privado adquirido, na área social. 
Isso, não significa eximir o governo de suas responsabilidades, mas, reconhecer que a parceria com a sociedade, permite a formação de uma sociedade melhor. Portanto, o Terceiro Setor não é, e não pode ser substituto da função do Estado. 
A ideia, do Terceiro Setor, é de complementação e auxílio, na resolução de problemas sociais. 
	Setor 
	
	Recurso 
	
	Fim 
	1o setor (Estado) 
	
	Público ⇒ 
	
	Público 
	2o setor (Mercado) 
	
	Privado ⇒ 
	
	Privado 
	3o setor (Sociedade Civil) 
	
	Público e Privado ⇒ 
	
	Público 
As organizações não governamentais (ONGs), são exemplos de organizações do Terceiro Setor, as Cooperativas, as Associações, Fundações, Institutos, Instituições Filantrópicas, Entidades de Assistência Social.
ONGs, mesmo depois de certificadas como: Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e as Organizações Sociais (OS) .Todas são entidades de interesse social, e apresentam, como características em comum, a ausência de lucro e o atendimento de fins públicos e sociais. 
Direito Internacional – Direito do Terceiro Setor
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10 de Dezembro de 1948 estipula na alínea 1 do Artigo 20 que:
 "Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas."
A Convenção Europeia dos Direitos Humanos, aprovada por ratificação pela Lei nº 65/78, de 13 de Outubro, convenciona que:
"1. Qualquer pessoa tem direito à liberdade de reunião pacífica e à liberdade de associação, incluindo o direito de, com outrem, fundar e filiar-se em sindicatos para a defesa dos seus interesses;”
“2. O exercício deste direito só pode ser objeto de restrições que, sendo previstas na lei, constituírem disposições necessárias, numa sociedade democrática, para a segurança nacional, a segurança pública, a defesa da ordem e a prevenção do crime, a proteção da saúde ou da moral, ou a proteção dos direitos e da liberdade de terceiros."
Direito Brasileiro - Direito do Terceiro Setor
Segundo o art. 53 do Código Civil Brasileiro, Associações:
“Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos” 
Assim, quando regularmente registrada e constituída, a associação é uma espécie de pessoa jurídica, na qual não há finalidade econômica. Ou seja, é formada por pessoas naturais que têm objetivos comuns, exceto o de auferir lucros através da pessoa jurídica formada.
Por exemplo, no Brasil, as organizações não governamentais (ONGs), são do ponto de vista legal, Associações. Portanto, há grande diferença entre Associação e Sociedade; pois nas sociedades (com exceção das Cooperativas, que têm regras específicas e diferenciadas) a principal finalidade é a obtenção de lucro.
No Brasil para se constituir uma pessoa jurídica sendo esta uma Associação, é preciso realizar alguns procedimentos legais, para que a associação tenha personalidade jurídica. O processo de criação de Associação no Brasil acontece com a reunião de pessoas que deliberam e decidem fundar uma entidade com personalidade jurídica sem fins lucrativos. 
Toda Associação tem um Estatuto que é aprovado por uma Assembleia Geral, convocada em Edital, publicado em mídia de acesso ao território em que se planeja representar. 
O Estatuto deve observar o que disciplina o art. 54 e seguintes do Código Civil e, assim, como a ata, deve ser assinado por um advogado devidamente registrado na OAB. 
Depois de aceito o Estatuto e a Ata da Reunião, assinada pelos presentes e descrito todos os responsáveis, tais como; presidente e secretário, eleitos pelos presentes. 
Depois desses eventos, o Estatuto e os documentos, deverão ser encaminhados ao Cartório, para registro e inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, no Instituto Nacional do Seguro Social, na Junta Comercial do Estado e na Prefeitura da cidade, em que for sede, para obter o alvará de licença de funcionamento. 
Os registros na Junta Comercial e no INSS, só são necessários se a entidade for praticar algum ato comercial (Compra, venda e contratação de pessoas).
Toda associação com personalidade jurídica é dotada de patrimônio e movimentação financeira, porém não poderá repartir o retorno econômico entre os associados, uma vez que será usada no fim da associação e nunca será sujeita à falência ou recuperação econômica.
No Brasil, as associações têm sua disciplina legal nos artigos 53 a 61 do Código Civil. 
Por exemplo, tanto as ONGs quanto as OSCIPS são espécies de associações civis, sendo que, no entanto, as OSCIPs são uma modalidade diferenciada, a qual tem mais requisitos (deveres) do que as demais espécies de associações e, em consequência, mais direitos. Inclusive, as OSCIPs não se regem apenas pelos dispositivos do Código Civil, mas também pela Lei 9.790/1999, a qual é dedicada exclusivamente às OSCIPs que criou o termo de parceria, mediante o qual a organização pode celebrar termos de parceria com o Poder Público, condição que não ocorre no caso das ONGs sem qualificação. Além disso, algumas doações destinadas às OSCIPs têm benefícios fiscais, o que igualmente não ocorre no caso das ONGs.
LEGISLAÇÃO APLICADA EM ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR
Assistência Social
I. Constituição Federal 1988, artigos 203 e 204.
II. Lei Orgânica da Assistência Social: Lei 8.742 de 7 de dezembro de 1993.
III. Entidades e organizações de assistência social: Decreto 6.308 de 14 de dezembro de 2007.
IV. Processo de escolha dos representantes do Conselho Nacional de Assistência Social: Decreto 5.003 de 4 de março de 2004.
V. Certificação das Entidades beneficentes - Lei 12.101 de 27 de novembro de 2009.
VI. Regulamenta a Lei 12.101/2009 - Decreto n. 7237 de 20 de julho de 2010.
Audiovisuais
I. Fomento à atividade audiovisual: - Lei 8.695 de 20 de julho de 1993.
II. Regulamentação da lei dos audiovisuais e criação de mecanismos de fomento à atividade - Decreto 6.304 de 12 de dezembro de 2007.
Associações
I. Liberdade de Associação - Constituição Federal – Artigo 5. 
II. Código Civil - Lei 10.406 de 10 de janeiro de2002 – artigos 53 a 61.
Auxílios e Subvenções
I. Normas de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados e Municípios - Lei 4.320 de 17 de março de 1964.
Fundações
I. Atribuições do Ministério Público - Constituição Federal – artigos 127 e 129.
II. Lei Orgânica do Ministério Público - Lei 8.625 de 12 de fevereiro de 1993.
III. Manual de Atuação Funcional dos Membros do Ministério Público do Estado de São Paulo - Ato Normativo n. 168/98 - PGJ – CGMP.
IV. Código Civil – Fundações - Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 – artigos 62 a 69.
V. Código de Processo Civil - Organização e Fiscalização das Fundações - Lei 5.869 de 11 de janeiro de 1973 – artigos 1.199 a 1204.
 
Fundo Nacional de Apoio à Criança e ao Adolescente
I. Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 – artigos 1, 2 e 260.
II. Limite de dedução do Imposto de Renda - Decreto 794 de 5 de abril de 1993.
III. Conselho Nacional do Direito da Criança e do Adolescente – Conanda - Decreto 5.089 de 20 de maio de 2004.
Imunidade Tributária
I. Limitação ao Poder de Tributar - Constituição Federal - artigo 150.
II. Limitação da Competência Tributária - Lei 5.172 de 25 de novembro de 1966 (CTN) – artigos 9 a 15.
Lei Rouanet
I. Lei Rouanet – Programa Nacional de Apoio à Cultura - Lei 8.313 de 23 de dezembro de 1991.
II. Procedimentos para acompanhamento, controle e avalição para utilização de benefícios fiscais instituídos pela Lei Rouanet - Instrução Normativa Conjunta MINC-MF n. 1 de 13 de junho de 1995.
Licitações
I. Normas de licitação e contratos da Administração Pública - Lei. 8.666 de 21 de junho 1993.
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP
I. Qualificação de entidades como OSCIP - Lei 9.790 de 23 de março de 1999.
II. Regulamentação da qualificação - Decreto 3.100 de 30 de junho de 1999.
III. 13.019/2014 (REGIME JURÍDICO DAS PRCERIA COMAS OSC)
IV. 13.204/2015 (ALTERA A LEI 13.019/14)
V. 8.726/2016 ( REGULAMENTA A Lei 13.019/14)
Organizações Sociais
I. Qualificação de entidades como Organizações Sociais - Lei, 9.637 de 15 de maio de 1998.
Seguridade Social
I.  Fundamentos da Seguridade Social - Constituição Federal – artigos 194 e 195.
II. Organização da Seguridade Social e Plano de Custeio - Lei 8.212 de 24 de julho de 1991.
III. Isenção – Regulamento da Previdência Social 
Decreto 3048 de 6 de maio de 1999 – 
b. Lei Complementar n. 70 de 30 de dezembro de 1991.
Serviço Voluntário 
I. Serviço Voluntário - Lei 9.608 de 18 de fevereiro de 1998.
Utilidade Pública 
I. Regras para as sociedades declaradas de Utilidade Pública - Lei n. 91 de 28 de agosto de 1935.
II. Regulamentação da lei n. 91/1935 - Decreto n. 50.517 de 2 de maio de 1971.
III. Distribuição Gratuita de Prêmios - Lei 5.768 de 20 de dezembro de 1971.
IV. Regulamentação da lei 5.768/71 - Decreto n. 70.951 de 9 de agosto de 1972. 
ASSOCIAÇÃO
Associação é uma organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, para a realização de um objetivo comum.

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