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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7
Cadernos PDE
II
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS UNIÃO DA 
VITÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROSICLER WENGLARCK SEMKIW 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
"Não existem sonhos impossíveis para aqueles que 
realmente acreditam que o poder realizador reside no 
interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre 
esse poder, algo antes considerado impossível, se torna 
realidade." 
(Albert Einstein) 
 
 
 
 
 
PDE - Produção Didático-Pedagógica 
Turma 2014 
 
Título: DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL: ações 
e práticas pedagógicas para melhorar o desempenho escolar 
Autor: ROSICLER WENGLARCK SEMKIW 
Disciplina/Área: PEDAGOGIA 
Escola de Implementação do Projeto: 
Colégio Estadual São Mateus-Ensino 
Fundamental, Médio, Profissional e Normal 
Município da escola: São Mateus do Sul 
Núcleo Regional de Educação: União da Vitória 
Professor Orientador: Profª. Ms. Rosana Beatriz Ansai 
Instituição de Ensino Superior: UNESPAR/FAFI 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo: 
 
O termo Dificuldades de Aprendizagem, assim como a Aprendizagem, 
está constantemente presente nas discussões elaboradas pelos 
profissionais da educação nas instituições escolares. A aprendizagem é 
um processo constante e contínuo, o qual provoca mudanças 
sucessivas e interativas de comportamento. As dificuldades de 
aprendizagem se constituem no fato do aluno não conseguir alcançar o 
conhecimento desejado, mesmo não apresentando nenhuma 
deficiência. É na escola, espaço de desenvolvimento do conhecimento 
formal, que se percebe de forma mais consistente as dificuldades de 
aprendizagem. Sendo assim, esse estudo tem por objetivo levar os 
docentes a refletirem suas práticas e ações didático-pedagógicas, no 
sentido de identificar e encaminhar o aluno com dificuldade de 
aprendizagem, num espaço de tempo menor possível, ao serviço 
especializado existente nas escolas, visando suprir as necessidades do 
aluno. A pesquisa foi fundamentada em autores como Vitor da Fonseca, 
António Manuel Pamplona Morais, Ana Maria Salgado Gomez e Nora 
Espinosa Terán, os quais fazem um apanhado das Dificuldades de 
Aprendizagem nas instituições escolares e suas implicações para o 
indivíduo como ser social. Como metodologia será utilizada a pesquisa-
ação, partindo da aplicação de um questionário e a oferta de minicursos 
com o propósito de debates, colóquios e mesas redondas, para a 
discussão dos temas dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia, 
também a apresentação de filmes que tratam dos temas citados e a 
organização de um caderno pedagógico com orientações e atividades 
voltadas à temática. 
Palavras-chave: 
Dificuldades de Aprendizagem; Escola; Ações 
Didático-Pedagógicas; Serviço Especializado; 
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico 
Público: 
 
Professores do Ensino Fundamental, anos finais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 A presente Produção Didático-Pedagógica foi desenvolvida em cumprimento a uma 
das etapas obrigatórias relacionada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), 
política pública que estabelece o diálogo entre professores da Educação Superior e da 
Educação Básica, através de atividades teóricas-práticas orientadas. Tendo como objetivo 
proporcionar aos professores da Rede Pública Estadual subsídios teórico-metodológicos 
para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, resultando no 
redimensionamento de sua prática, na produção de conhecimento e mudanças qualitativas 
na prática escolar da Escola Pública Paranaense. 
 A partir da vivência pedagógica no Colégio Estadual São Mateus, observa-se a 
constante discussão entre os docentes sobre as Dificuldades ou Distúrbios de 
Aprendizagem apresentados por muitos alunos do referido Colégio. Porém, percebe-se que 
apesar dos mesmos terem conhecimento sobre o assunto, ainda apresentam certa 
dificuldade em perceber um aluno como tal e encaminhá-lo para possível diagnóstico. Tal 
fato evidencia-se quando alunos com dificuldades ingressam no 6 º ano do Ensino 
Fundamental passam muitas vezes despercebidos por estes profissionais, sendo 
despertada a atenção dos mesmos somente quando a notas bimestrais estão abaixo da 
média. Somente neste momento, passa-se a questionar o motivo destes alunos estarem 
apresentando baixo rendimento. Este problema implica numa intervenção pedagógica 
tardia, a qual por vezes acaba levando o estudante ao fracasso escolar. Trazendo muitas 
vezes sentimentos que afetam adversamente a motivação e receptividade do aluno, 
levando-o a tornar-se indisciplinado. 
Partindo da premissa que, para otimizar o aprendizado e o desenvolvimento dos 
alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, é necessário metodologias 
específicas às suas necessidades. Este Caderno Pedagógico sugere algumas reflexões 
acerca do processo de como aprender e intervir nas dificuldades de aprendizagem, 
buscando contribuir para a percepção da importância do profissional docente como elo 
fundamental desse contexto quando do momento de busca por elementos para viabilizar 
um diagnóstico preliminar dos discentes, o que resultará no encaminhamento a serviços 
especializados num período de tempo hábil para as intervenções e ações pedagógicas 
necessárias para o sucesso do processo de ensino aprendizagem de todos os alunos. 
Desta forma, o objetivo primordial deste Caderno Pedagógico é promover reflexões 
e ações didático-pedagógicas, voltadas para a capacitação de professores, visando à 
identificação e encaminhamento dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem nos Anos 
Finais do Ensino Fundamental, para o atendimento especializado. 
As ações desenvolvidas terão como base o seguinte mapa conceitual e 
epistemológico1 da proposta dos estudos. 
 
Como metodologia partiremos do estudo de conceitos e teorias da aprendizagem e 
do processo de aprender, pois conforme nos relata Becker é importante 
 
buscar saber as concepções dos docentes a respeito dessas questões 
fundamentais e de tantas outras derivadas dessas: sua concepção de 
conhecimento, seu entendimento da passagem de um conhecimento mais simples 
a um mais complexo, sua concepção da capacidade cognitiva – e, portanto, de 
aprendizagem – do aluno nas mais diferentes idades, sua compreensão das 
dificuldades de aprendizagem do aluno, da origem histórica dos conhecimentos 
contemplados num currículo escolar, etc. (BECKER, 
http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/76/376, acesso em 
11/12/2014) 
 
O material está dividido em sete encontros, com o intuito de promover debates, 
colóquios e mesas redondas, para a discussão dos temas dislexia, disgrafia, disortografia 
e discalculia, dinâmicas, sugestões de filmes, literatura e atividades procurando desta forma 
uma maneira prazerosa para o desenvolvimento do trabalho. 
 
1 Mapa Conceitual e epistemológico elaborado pela autora. 
 
 
 
PRODUÇÃO 
DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivos 
 
 
 Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica - PDE 2014-2015:DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL: 
ações e práticas pedagógicas para melhorar o desempenho escolar. 
 Convidar os professores para participarem do Grupo de Estudos, a fim de se 
aprofundarem na temática. 
 
2- Metodologia 
 
 Vídeo disponível em 
https://www.dropbox.com/s/dzn88bfay0fyqqd/a%20flor%20e%20a%20borbol
eta%200001.flv?dl=0 
https://www.youtube.com/watch?v=Se94puMJZ80 
 Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica para a Comunidade Escolar 
na Semana Pedagógica, com o apoio de slides. 
 Formação do Grupo de Estudos que acontecerá durante os meses de março e abril; 
 
 
 
 
PRIMEIRO 
ENCONTRO
Apresentação Do Projeto de Intervenção 
Pedagógica para a Comunidade Escolar
 
 
 IMPORTANTE! 
 
 A apresentação para a comunidade escolar deve 
ser realizada para despertar o interesse dos 
profissionais da educação a fim de que os mesmos 
participem do Grupo de Estudos, com o propósito de 
desenvolver o tema, levando-os a refletirem sua 
postura frente ao aluno com dificuldade de 
aprendizagem. 
 
 
 
 Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica ao coletivo 
escolar. 
 
 
Slide 1 Slide 2 
 
 
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Slide 9 
 
 
 
ATIVIDADE DE REFLEXÃO 
 
O mecânico, o médico e a professora Marialva2 
O caso 
 
 
2 ANTUNES, Celso. Casos, fábulas, anedotas, ou inteligências, capacidades, competências. Petrópolis: Vozes, 2003. 
 Como seu carro apresentasse sérios problemas mecânicos e a parte elétrica 
revelasse potência menor que a esperada e desempenhada normalmente, a professora 
resolveu procurar um mecânico. 
Este solicitou que Marialva abrisse o capô e, após ouvir em silêncio o funcionamento do 
motor recomendou procedimentos diversos como o de ligar e desligar o motor, acelerar 
mais ou acelerar menos. 
Após todos esses exames, diagnosticou o defeito, sugeriu as mudanças necessárias e, 
após pleno consentimento da proprietária, executou-as. Ao perceber o defeito sanado, 
ainda sugeriu a Marialva que desse uma volta no quarteirão e sentisse se as providências 
se mostraram efetivamente válidas. Somente depois liberou o veículo e ainda assim 
recomendou que ao menor sinal de ineficiência o procurasse para análise mais ampla e 
acerto definitivo. 
 Como seu corpo apresentasse alguns problemas e sua respiração não cumprisse 
sem dor a função de aspirar o ar, Marialva procurou o médico. Este, solícito, exigiu exame 
apurado, providenciou as guias necessárias e, após análise dos resultados, tratou com 
desvelo e cuidado da sua paciente. Deu-se por satisfeito apenas quando percebeu que o 
mal fora extinto e que as condições cardiovasculares de Marialva podiam garantir 
desempenho similar ao de antes da chegada da moléstia simples, agora devidamente 
afastada. 
 Retomadas suas funções, ao corrigir a prova de Ricardo, Marialva constatou 
imperdoável erro em sua redação. Na mesma hora, assinalou com caneta vermelha a falta 
absurda, grafou em letras grandes pesada advertência e, dias depois, ao devolver a prova 
para Ricardo, Marialva passou-lhe aguda reprimenda, expondo a toda classe o seu erro e 
a vergonha absurda de sua não-aprendizagem. Não satisfeita, redigiu recado aos pais, 
solicitando providências urgentes e castigo severo ao aluno, assim tão descuidado em sua 
prova, tão displicente em seu aprender. Finalizou seu trabalho ameaçando-o com o rigor 
inusitado de uma recuperação e com o pavor de incontestável retenção, caso não se 
corrigisse. 
 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 Como foi tratado a falha do motor? E a problema da falta de respiração da 
professora? 
Como a professora tratou o erro cometido pelo aluno? 
Será muito difícil pensar-se no erro como um sinal de diagnóstico e trabalha-lo como 
instrumento para o desenvolvimento de uma aprendizagem melhor e verdadeira? 
O erro não deveria ser visto como sintoma, promovendo mudanças para um trabalho 
mais construtivo, uma ação saneadora sem culpas ou penas? 
Seria muito complicado para o professor perceber nas respostas inseguras e 
imperfeitas de seus alunos reação similar ao pulmão que arfa de forma indevida e, por esse 
motivo, necessitar de cura e não de castigo? Será que ensinar se confunde com punir? 
O que vale mais: a repreensão que humilha ou a ação que ajuda e ensina? 
 
 
CONCLUINDO 
 No primeiro caso, um motor que falha; no segundo caso, uma respiração que 
também falha – em ambos o erro foi tratado de maneira profissional e com incontestável 
eficiência. Pesquisou-se sua origem, estabeleceu-se sua dimensão e definiram-se os 
procedimentos para sua correção. Em instante algum Marialva foi advertida ou censurada 
porque seu carro falhava e, menos ainda, recebeu qualquer dose de culpa pelo processo 
imperfeito de sua respiração. Ao contrário, foi acolhida com presteza, compreendida em 
sua ansiedade e satisfeita na solução que buscava. 
 Não foi entretanto igual procedimento observado ao constatar o erro do aluno. Neste 
caso, o erro não foi visto como sinal para diagnóstico de um ensino imperfeito ou falha não 
desejada em uma aprendizagem; ao contrário, foi transformado em única e exclusiva culpa 
do aluno e utilizado como instrumento de duras advertências e sanções. O erro na prova 
transformou-se em instrumento de expiação do aluno e em mecanismo para minar os 
fundamentos de sua autoestima. 
 
 
3- Dinâmica de Grupo - Nove Pontos3 
 
 
Objetivo: 
 Desafiar o professor a resolver problemas saindo da mesmice, com ousadia. 
 
 
3 MILITÃO, Albigenor & Rose. S.O.S, Dinâmica De Grupo, Rio De Janeiro: Qualitymark, 1999. 
 
Material: 
Folha de papel, lápis; 
 
Desenvolvimento: 
1- Distribuir uma folha de papel contendo o exemplo dos nove pontos, (vide a seguir) para 
os participantes fazerem a tentativa; 
2- Utilizando apenas QUATRO RETAS, tocar os nove pontos sem, no entanto, tirar o lápis 
do papel; 
 
 
 
 
3- Após algumas tentativas, mesmo surgindo alguns que acertam, vale a pena comentar: 
“Imagine que, nem sempre, a solução para os nossos problemas esta DENTRO da nossa 
área de ação. Portanto, seja criativo. Ouse”. 
4- Você tem de sair do quadrado. Porque ninguém disse que as linhas não podiam ir ou 
iniciar além dos pontos. Ninguém disse que você não devia ultrapassar os limites, romper 
barreiras ou superar obstáculos. Portanto, motive-se a fazer diferente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● ● ● 
● ● ● 
● ● ● 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivos do Estudo 
 
 
 
 Refletir e analisar os conceitos de Aprendizagem citados por alguns autores. 
 Verificar a epistemologia do professor sobre os conceitos de: Dificuldades de 
Aprendizagem, Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia. 
 
 
 
 
 2- Metodologia: Estudo Dirigido 
 
 
 Leitura do texto: 
 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDO
ENCONTRO
O que é Aprendizagem?
APRENDIZAGEM: ALGUNS CONCEITOS E PRINCÍPIOS 
Rosana Beatriz Ansai4 
 No âmbito da Psicologia da Educação, o fenômeno da aprendizagem adquire um 
papel relevante no desenvolvimento ontológico do ser, uma vez que uma grande parcela 
do comportamento humano resulta desse fenômeno. 
 Embora na natureza se encontre animais com a capacidade de aprender, nenhuma 
se iguala ao do animal racional homem, uma vez que ele se diferencia pela alta capacidade 
de aprendizagem. Consequentemente se de um ladosua capacidade de aprendizagem é 
infinitamente maior, por outro lado, ele depende mais da aprendizagem para sobreviver e 
se adaptar ao meio em que vive. 
 Ao longo da existência, os seres humanos aprendem uma quantidade muito grande 
de coisas a partir de suas necessidades. Por consequência, a aprendizagem é um fator 
fundamental para se analisar e compreender o comportamento humano, segundo enfatiza 
Delval (2001). 
 Entendemos que a compreensão do fenômeno da aprendizagem implica, num 
primeiro momento, no estudo de alguns conceitos. Porém, por ser um fenômeno complexo, 
os estudiosos têm uma árdua tarefa para conceitua-lo, pois a partir das pesquisas 
realizadas se constatou a inviabilidade da observação direta das modificações que ocorrem 
no sistema nervoso após uma aprendizagem. Para superar esta dificuldade, os conceitos 
de aprendizagem são aferidos a partir dos efeitos deste fenômeno sobre o comportamento 
do aprendiz. A complexidade deste processo não pode ser explicada por meio de recortes 
do todo. Por outro lado, as definições estão impregnadas pela formação dos pesquisadores 
que sofrem a influência dos conceitos que os mesmos têm a respeito do homem, de 
sociedade e de conhecimento. A seguir apresentaremos alguns destes conceitos. 
 Sob a concepção de Hilgard (1979, p.270) a aprendizagem é conceituada como 
sendo uma “mudança relativamente permanente no comportamento e que ocorre como 
resultado da prática”. Sendo assim compreende-se que para Hilgard (1979) a 
aprendizagem é um fenômeno comportamental influenciado pela experiência e pelos 
esforços realizados por quem aprende no sentido da sua adaptação ou ajustamento a uma 
nova situação. 
 Na análise do Campos (1983, p. 30) ao se conceituar aprendizagem como mudança 
de comportamento “[...] não se pretende significar qualquer tipo de mudança, porque, neste 
 
4 ANSAI, Rosana Beatriz. A Importância das Teorias Psicológicas para a Compreensão da Aprendizagem na Andragogia. In 
R.E.V.I.: Revistas de Estudos Vale do Iguaçu. – vol. 1, n. 1 – União da Vitória: UNIGUAÇU, 2009. 
 
caso, poder-se-ia confundi-la com outras mudanças resultantes de crescimento, 
maturação, fadiga”. Isto porque o organismo sofre mudanças orgânicas devido às 
modificações das estruturas celulares que acontecem devido ao crescimento. Portanto a 
aprendizagem se distingue da maturação, dos comportamentos inatos ou simples ou ainda 
dos estados temporários do organismo como o cansaço, etc. 
 A partir da inferência do que pode se a aprendizagem, se observa que as 
modificações do comportamento do aprendiz devem ser duradouras e originárias de 
algumas experiências ou treinos anteriores. Sendo assim se concorda com Morgan (1977) 
quando diz que a aprendizagem é um processo ativo de apropriação dos conhecimentos 
construídos por uma determinada sociedade que conduz o homem a transformações. 
 Para Campos (1983, p. 31) “a aprendizagem é uma modificação sistemática do 
comportamento ou da conduta, pelo exercício ou repetição, em função de condições 
ambientais e condições orgânicas”. Barros (1993, p. 45) define a aprendizagem como 
sendo uma “modificação do comportamento e aquisição de hábitos”. Como se pode 
constatar, estes dois conceitos não dão conta de abarcar o processo de aprendizagem no 
seu todo uma vez que a aprendizagem só altera a conduta do indivíduo porque ele passa 
por diferentes transformações e apropriações do conhecimento socialmente construído, 
fatores não colocados em evidência nos dois conceitos. 
 Outro aspecto muito importante não evidenciado nos conceitos acima, é que 
ninguém aprende se não estiver motivado. A motivação tem um papel fundamental na 
aprendizagem, uma vez que o psiquismo humano possui o caráter intencional de aprender. 
Esta condição psicológica para que a aprendizagem ocorra acontece quando o sujeito 
aprendente se mobiliza e direciona seus comportamentos na aprendizagem, informa 
Zanella in La Rosa (2002). 
 Uma representação possível e sintética sobre o conceito de aprendizagem é o da 
figura em espiral. Isto porque a aprendizagem é um processo de mudanças sucessivas e 
interativas que estão complexamente interligadas, uma vez que uma aprendizagem 
depende e leva à outra, pois o indivíduo quando aprende modifica seu comportamento por 
meio da auto-organização neuronal sendo que essas organizações levam a novas 
aprendizagens. Sendo assim, pode-se constatar que a aprendizagem é composta por 
processos orgânicos, psicológicos e culturais, porém há de se ressaltar que estes 
processos estão intrinsecamente relacionados sendo impossível quantificar a proporção 
que se dividem, uma vez que de acordo com as suas características, este processo é 
contínuo, ativo, dinâmico global, gradual e integrativo cumulativo. Aprender seria portanto, 
o processo pelo qual os indivíduos desenvolvem suas competências e habilidades, 
apreendem os conhecimentos acumulados historicamente e, a partir daí modificam o seus 
comportamento e experiências. 
 Alguns teóricos como Jean Piaget e Vygotsky se aproximam de um conceito de 
aprendizagem mais abrangente. A seguir apresentam-se as análises destas teorias e a sua 
relação com a aprendizagem. 
 Ao se analisar a obra de Jean Piaget, se constata que este cientista não produziu 
um conceito objetivo de aprendizagem, pois prefere dar ênfase ao desenvolvimento 
cognitivo. Teoriza, portanto, o conhecimento que acontece pelo processo de equilibrações 
cognitivas sucessivas que se efetiva pelo esquema de assimilação e acomodação de 
objetos e situações, por meio do aprender a “fazer fazendo” de acordo com o 
desenvolvimento das estruturas mentais do indivíduo. Sendo assim, Palangana (1994, p. 
69) explica que 
 
Piaget distingue a maturação, destacando que a maturação é baseada exclusivamente em 
processos fisiológicos e distingue aprendizagem de conhecimento, pois, para ele, o 
conhecimento se define pela soma de coordenações que, tendo passado por um lento 
processo de desenvolvimento, encontram-se disponíveis para o organismo em determinado 
estágio. Já o conceito de aprendizagem, em sentido estrito, está diretamente vinculado às 
aquisições que decorrem, fundamentalmente, das contribuições provenientes do meio 
externo. Dessa forma, Piaget diferencia, também, a aprendizagem do processo de 
equilibração que regula o desenvolvimento de esquemas operativos de acordo com as 
contribuições internas do organismo. Toda aprendizagem pressupõe a utilização de 
mecanismos não aprendidos, ou seja, pressupõe a utilização de um sistema lógico (ou pré-
lógico) capaz de organizar novas informações. Este sistema encontra-se, justamente, no 
terreno da equilibração. 
 
 Portanto se pode concluir que para Piaget a aprendizagem acompanha o 
desenvolvimento do indivíduo, não sendo possível forçar a criança a compreender 
conceitos ou realizar determinadas tarefas para as quais ainda não dispõe de estruturas 
mentais. A aprendizagem seria, portanto, o aumento do conhecimento num sentido amplo, 
pois para este epistemólogo, nos desenvolvemos para aprender. 
 Para Vygotsky a aprendizagem é o processo de desenvolvimento que se enquadra 
em vários níveis de acordo com o desenvolvimento do indivíduo e suas conquistas. Para 
mais objetivamente se entender em que consiste a aprendizagem para este estudioso, 
Oliveira (1993, p. 57) explica que 
 
É o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a 
partir do seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo 
que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce 
com o indivíduo) e dos processos de maturação do organismo, independentes da informaçãodo ambiente (a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky, justamente por sua ênfase 
nos processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos 
indivíduos envolvidos no processo. O termo utiliza em russo (obuchenie) significa algo como 
“processo de ensino-aprendizagem”, incluindo sempre aquele que aprende, aquele que 
ensina e a relação entre as pessoas. Pela falta de um termo equivalente em inglês a palavra 
obuchenie tem sido traduzida ora como ensino, ora como aprendizagem e assim re-traduzi-
la para o português. Optamos aqui pelo uso da palavra aprendizado, menos comum que 
aprendizagem, para auxiliar o leitor a lembra-se de que o conceito de Vygotsky tem um 
significado mais abrangente sempre envolvendo interação social. 
 
 Sendo assim, se conclui que para Vygotsky (1996), aprendemos para nos 
desenvolver, pois ele acredita que a aprendizagem é a via que desperta o desenvolvimento 
do ser humano. Neste sentido explica como chegou a esta conclusão por meio das 
pesquisas que realizou 
 
Nossa segunda série de investigações centrou-se na relação temporal entre os processos de 
aprendizado e o desenvolvimento das funções psicológicas correspondentes. Descobrimos 
que o aprendizado geralmente precede o desenvolvimento. A criança adquire certos hábitos 
e habilidades numa área específica, antes de aprender e aplica-los consciente e 
deliberadamente. Nunca há paralelismo completo entre o curso do aprendizado e o 
desenvolvimento das funções correspondentes (VYGOTSKY, 1996, p. 87) 
 
 Neste processo o sujeito aprendente deve estar inserido em um determinado grupo 
social, pois aprende o que o grupo social produz. O conhecimento num primeiro momento 
pertence ao grupo e cabe ao indivíduo interioriza-lo. A aprendizagem acontece a partir do 
inter-relacionamento entre o sujeito aprendente e os seus pares sociais, entre ele se 
encontra o professor, segundo ressalta Oliveira (1993). 
 Com relação aos princípios de aprendizagem, necessário se faz questionar: por que 
o homem necessita aprender? As respostas para esta questão encontram-se em Abreu e 
Masetto (1990) que apontam para a importância deste fenômeno no desenvolvimento dos 
aspectos cognitivos do sujeito aprendente, entre eles o processamento de informações e a 
organização das percepções. Também afirmam que a aprendizagem desenvolve 
singularmente e de uma forma geral o ser aprendente e por fim, ela é imprescindível no 
desenvolvimento das habilidades sociais, uma vez que o homem necessita da interação 
entre o mundo particular e o mundo social para poder viver. Com relação à aprendizagem 
das habilidades sociais, Delval (2001, p. 55) explica que 
 
Embora, esse tipo de aprendizagem seja muito importante, a maior parte das sociedades 
presta mais atenção à aquisição das capacidades sociais, às formas de conduta social. Talvez 
isto possa parecer surpreendente sobe nossa perspectiva atual, na qual parece que a 
educação centra-se mais explicitamente na aprendizagem de técnicas concretas ou de 
conhecimentos abstratos. Porém, para a vida e a sobrevivência de um grupo social, torna-se 
extraordinariamente importante a manutenção de regras sociais de todo tipo (morais, 
jurídicas, consuetudinárias, etc.) que tornem possível o intercâmbio entre os indivíduos, 
motivo que faz com que, tradicionalmente, preste-se um cuidado especial à aquisição das 
formas de conduta estabelecidas e aceitas por todos. Estamos falando da aprendizagem das 
formas de conduta social do modo de comporta-se com os outros, do que se deve fazer em 
cada situação social, de como devemos nos dirigir a outras pessoas e trata-las, de qual é o 
nosso lugar na sociedade. [...] 
 
 Sendo assim se conclui que a aprendizagem é um fenômeno individual e 
essencialmente social, exemplo disso é a história de Victor de Aveyron, o garoto selvagem 
encontrado nas florestas do sul da França em 1800 relatada nos estudos do Dr. Jean Itard. 
 
PARA REFLETIR 
1- concepção de aprendizagem para Higard e Campos; 
2- a relação entre aprendizagem e comportamento; 
3- o papel da motivação na aprendizagem; 
4- a aprendizagem para Piaget; 
5- conceito de aprendizagem para Vygotsky; 
6- aprendizagem para você/grupo; 
 
 
 
 
 Filme: “Aprender a Aprender” - disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI, acessado em 
28/10/2014. 
 
 
3- Descobrindo Ideias e Conceitos 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
Identificação: 
Nome (opcional): ___________________________________________________________________ 
Área de formação: _________________________ Tempo que leciona: ________________________ Anos 
em que leciona: ____________________________ 
 
Leia as questões seguintes e responda colocando um círculo à volta do número que melhor 
representa a sua resposta. 
 
Discordo totalmente Discordo 
Não concordo nem 
discordo 
Concordo 
Concordo 
Plenamente 
1 2 3 4 5 
 
1-Alunos que apresentam DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM são alunos que: 
a) Recebem exercícios e atividades apropriados para sua idade e capacidade e não rendem nas tarefas a 
serem executadas. 
1 2 3 4 5 
 
b) Apresentam atraso no seu desenvolvimento global, causando um atraso no desenvolvimento cognitivo, por 
conta de apresentarem uma deficiência mental. 
1 2 3 4 5 
 
c) Apresentam incapacidade de aprender por algum problema neurológico (déficit de atenção, memória, 
percepção, problemas na linguagem oral, escrita, leitura, raciocínio matemático e comportamento social 
inapropriado). 
1 2 3 4 5 
 
d) Apresentam comportamento social inapropriado, por conta de fatores emocionais e/ou familiares, que 
causam problema de aprendizagem. 
1 2 3 4 5 
 
e) Não se adequam à metodologia de ensino utilizada pelo professor e, por esse motivo, apresentam 
dificuldades no processo de aprendizagem. 
1 2 3 4 5 
 
2- Alunos com DISLEXIA apresentam: 
a) dificuldades nos mecanismos específicos de leitura, sem que estejam presentes outros problemas ou déficit 
cognitivo; 
1 2 3 4 5 
 
b) uma perturbação da escrita; 
1 2 3 4 5 
 
c) uma perturbação da leitura e da escrita; 
1 2 3 4 5 
 
3- Alunos com DISGRAFIA apresentam: 
a) uma perturbação da leitura; 
1 2 3 4 5 
 
b) uma perturbação do tipo funcional que afeta a qualidade da escrita; 
1 2 3 4 5 
 
c) uma perturbação da leitura e da escrita; 
1 2 3 4 5 
 
4- Alunos com DISORTOGRAFIA apresentam: 
a) uma perturbação específica que se caracteriza por erros na leitura e escrita; 
1 2 3 4 5 
 
b) uma perturbação específica que se caracteriza por erros na escrita, sem que implique erros na leitura 
1 2 3 4 5 
 
c) uma perturbação que se caracteriza por erros na escrita que implica erros na leitura 
1 2 3 4 5 
 
5- Alunos com DISCALCULIA apresentam: 
a) dificuldade de aprendizagem específica da matemática, sem que estejam outros presentes e que surgem 
como consequência de disfunções do sistema nervoso central 
1 2 3 4 5 
 
 
b) uma incapacidade de aprendizagem na área da matemática resultado de um QI (coeficiente de inteligência) 
inferior à média. 
1 2 3 4 5 
 
c) incapacidade de aprendizagem na área da matemática resultado de uma perturbação física. 
1 2 3 4 5 
 
6- Na sua trajetória profissional você encontrou algum aluno que apresentasse alguma dificuldade de 
aprendizagem? 
Sim Qual?_____________________________ Não Não soube identificar 
 
 
 
4- Dinâmica de Grupo - Aprendizagem5 
 
 
Objetivo: 
 Refletir sobre a aprendizagem e seus conceitos; 
 
Material: 
Quadro de giz, papel, lápis/giz de cera/canetas hidrocolor e sulfitão/craftDesenvolvimento: 
1- Grupo em semicírculo; 
2- Distribuir para cada pessoa uma folha de papel e lápis/giz de cera/canetas hidrocolor; 
3- Escrever no quadro APRENDIZAGEM, pedindo ao grupo que crie novas palavras, 
utilizando-se das letras que compõem esta palavra. As palavras criadas devem ter relação 
com a palavra original; 
4- Cada participante lê sua lista de palavras, enquanto o facilitador as escreve no quadro; 
5- Formar subgrupos, solicitando que tentem construir uma frase sobre o conceito de 
Aprendizagem que contenha o maior número possível das palavras ditas. Escrever no 
sulfitão/craft; 
6- Apresentação das frases. 
 
 
 
5 Adaptado de MILITÃO, Albigenor & Rose. S.O.S, Dinâmica De Grupo, Rio De Janeiro: Qualitymark, 1999. 
 
 5- Avaliação do Encontro 
 
 
 
ENCONTRO II – A APRENDIZAGEM 
 
 Após este encontro indique: 
 O que você já sabia e teve certeza; 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 O que você não sabia: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivos do Estudo 
 
 Compreender como o cérebro, principal órgão do Sistema Nervoso, processa a 
aprendizagem; 
 Refletir sobre o termo Dificuldades de Aprendizagem, percebendo seu papel como 
mediador do processo ensino aprendizagem; 
 
 
 2- Metodologia Didática 
 
 
 Mesa Redonda: 
Tema: Neurociência e Aprendizagem 
Palestrante: Profª Cristiane Wenglarek da Silva6 
 
 
 
 
 
6 Profª da Rede Estadual de Ensino, graduada em Ciências Biológicas, pós graduada em Bioengenharia e pós-graduanda em 
Neuropsicologia. 
TERCEIRO 
ENCONTRO
O Cérebro e a Aprendizagem –
Dificuldades de Aprendizagem
 
2.1- Estudo Dirigido 
 
 Leitura de um trecho do texto: TRANSTORNOS FUNCIONAIS 
ESPECÍFICOS7 
 
 
Introdução 
As dificuldades de aprendizagem se manifestam de diferentes formas dentro da 
escola com sintomas diversos que revelam que algo no processo de ensino e aprendizagem 
não vai bem. Interferem no rendimento acadêmico do aluno, ou seja, indicam que a 
apropriação de um determinado conteúdo e/ou conhecimento apresentasse abaixo do 
esperado para idade/ano escolar. 
Para Rebelo (1993) apud Capellini (2004) o termo dificuldades de aprendizagem: 
 
"(...) podem ser entendidas como obstáculos ou barreiras encontradas por alunos 
durante o período de escolarização referentes à captação ou assimilação dos 
conteúdos propostos. Elas podem ser duradouras ou passageiras e mais ou menos 
intensas e levam alunos ao abandono da escola, à reprovação, ao baixo rendimento, 
ao atraso no tempo de aprendizagem ou mesmo à necessidade de ajuda 
especializada". 
 
No contexto escolar, muitos alunos podem apresentar diferentes dificuldades de 
aprendizagem em algum momento de sua vida acadêmica, com defasagem em uma ou 
mais disciplinas (mas não necessariamente em todas elas). Estudiosos da educação como 
Sara Pain, Alicia Fernández, Maria Lucia Weiss, consideram que as dificuldades de 
aprendizagem interferem no domínio dos conteúdos acadêmicos - de leitura, escrita e 
cálculo matemático - são identificadas quando o aluno entra na escola, onde lhe é exigido 
a capacidade de abstração, raciocínio lógico e outras funções psicológicas superiores. 
Não existe uma definição consensual acerca das causas das dificuldades de 
aprendizagem. Podemos destacar algumas das principais causas, como: pedagógica, 
neurológicas, intelectuais ou cognitivas. 
 
"As dificuldades de aprendizagem ocorrem devido a várias razões. Uma delas é que 
a criança apresenta alguma dificuldade cognitiva particular que faz com que seu 
aprendizado de certas habilidades se torne mais difícil que o normal. Entretanto, 
algumas dificuldades - talvez a maioria delas - são resultantes de problemas 
educacionais ou ambientais, que não estão relacionadas às habilidades cognitivas da 
criança". (Dockrell e McShane, 2000, p.17). 
 
7 MAKISHIMA, Édne Aparecida Claser e ZAMPRONI, Eliete Cristina Berti. TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS. Disponível 
em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/arquivos/File/educacao_especial/materiais_apoio/texto_tfejunho2.pdf acessado em 
16/04/2014. 
 
Na maioria das vezes, o problema de aprendizagem não está centrado apenas no 
aluno, mas no contexto em geral, portanto a não aprendizagem, requer de todos uma 
reflexão, considerando o contexto sociocultural e pedagógico, no qual o aluno está inserido. 
Em outros casos, o baixo rendimento na aprendizagem acadêmica está relacionado a 
fatores intrínsecos ao aluno – cognitivo ou de alterações neurológicas sem especificação, 
como por exemplo os transtornos funcionais específicos. 
Pretende-se no presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, discutir as 
dificuldades de aprendizagem, decorrentes de transtornos funcionais específicos, que se 
configuram em um conjunto de sinais ou sintomas que provocam uma série de perturbações 
no aprender do aluno. 
 
Conceituando os Transtornos Funcionais Específicos 
Os transtornos funcionais específicos abrangem um grupo de alunos que 
apresentam problemas específicos de aprendizagem escolar manifestada por dificuldades 
significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita ou habilidades 
matemáticas, não existindo para os mesmos uma explicação evidente. Estas desordens 
são intrínsecas ao sujeito, presumivelmente devem-se a disfunções neurológicas em 
determinada área cerebral, que compromete a aquisição e o desenvolvimento das 
habilidades escolares. 
O aluno com transtornos funcionais específicos não deve ser 'classificado' como 
deficiente, trata-se apenas de uma criança/adolescente que aprende de uma forma 
diferente, pois apresenta capacidade motora adequada, inteligência na média ou acima, 
audição e visão normais, assim como ajustamento emocional. Esse aluno possui uma 
dificuldade específica em determinada aprendizagem, como por exemplo: não aprende as 
quatro operações; não compreende o que lê; compreende o que lê, mas não sabe escrever. 
As dificuldades especificas de aprendizagem podem ser classificadas de diferentes 
formas, conforme sua origem, manifestação, idade cronológica do aluno e sintoma 
apresentado na aprendizagem. Por entendermos a importância de se considerar diferentes 
posicionamentos teóricos, apresentamos as seguintes classificações: Classificação do 
DSM-IV_TR, Classificação CID-10, Classificação pedagógica proposta pela Política 
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva (MEC – 2008) 
a) Classificação do DSM-IV - TR: O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM), denomina as 
dificuldades de aprendizagem como Transtornos de Aprendizagem, que se refere uma 
perturbação no processo de aprendizagem, não permitindo ao aluno aproveitar as suas 
possibilidades para perceber, compreender, reter na memória e utilizar posteriormente as 
informações obtidas. São classificadascomo: Transtorno de Leitura; Transtorno de 
Matemática; Transtorno da Expressão Escrita. 
b) Classificação do CID-10: No Manual de “Classificação Internacional de Doenças – CID 
_ 10” publicado pela Organização Mundial da Saúde (2008), as dificuldades de 
aprendizagem são denominadas de transtornos específicos do desenvolvimento das 
habilidades escolares, classificam-se como: Transtorno Específico da Leitura; Transtorno 
Específico de Soletrar; Transtorno Específico das Habilidades Aritméticas. 
c) Classificação do MEC: No documento Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação inclusiva do Ministério da Educação e Cultura (MEC – 2008), no 
grupo de alunos com dificuldades de aprendizagem, classificados com transtornos 
funcionais específicos estão: os distúrbios de aprendizagem - dislexia, disgrafia, 
disortografia, discalculia - e transtornos de atenção e hiperatividade, entre outros. 
Independentemente do posicionamento teórico para classificação dos alunos que 
apresentam dificuldades específicas de aprendizagem no contexto educacional, a 
Secretaria de Estado da Educação/Departamento de Educação Especial e Inclusão 
Educacional- SEED/DEEIN, tem como referência de nomenclatura a classificação adotada 
pelo MEC. 
Os casos, que implicam em transtornos funcionais específicos, segundo o MEC não 
caracterizam público-alvo da Educação Especial. Devendo a educação especial atuar de 
forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades 
educacionais especiais desses alunos. No entanto, no estado do Paraná, por entendermos 
que esse grupo de alunos necessita de um complemento à escolarização da classe comum 
para obterem êxito na sua vida escolar, a SUED/DEEIN oferta este apoio especializado em 
Sala de Recursos Multifuncionais, atendimento normatizado pela Instrução 16/11– 
SEED/SUED – PR. 
 
Distúrbios de Aprendizagem 
Ciasca (2006) define os distúrbios de aprendizagem como: 
 
“... uma disfunção do sistema nervoso central, portanto um problema neurológico 
relacionado a falha aquisição, processamento ou, ainda, no armazenamento da 
informação, envolvendo áreas e circuitos neuronais específicos, em determinado 
momento do desenvolvimento”. 
 
Ainda, de acordo com a autora citada, o termo distúrbios de aprendizagem define 
queixas de dificuldades específicas, como na leitura, escrita ou cálculo, ou seja, as 
manifestações que indicam baixo rendimento escolar. Por serem dificuldades relacionadas 
a alterações neurológicas, elas não são passageiras e necessitam de intervenções 
pedagógicas diferenciadas e quando devidamente trabalhadas podem ser reduzidas e/ou 
compensadas. 
É importante ressaltar, que os distúrbios de aprendizagem não são resultados da má 
alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou deficiência 
intelectual. É uma condição hereditária por alterações genéticas, apresentando ainda 
alterações no padrão neurológico. 
A forma mais comum de descrever os sintomas dos distúrbios de aprendizagem, isto 
é, os tipos de dificuldades manifestadas pelos alunos, é o emprego do prefixo DIS, que 
remete noção de dificuldade. De forma geral são: dislexia, disgrafia, discalculia, 
disortografia. 
 
 
PARA REFLETIR 
 
1- Em minha disciplina de _______________ ministrada no _____ ano, de um total 
de ____________ alunos, _____ aprendem com facilidade, ______ com 
dificuldade e ______ com muita dificuldade. 
2- O que entendo por dificuldades de aprendizagem? 
3- Qual é a minha maior dificuldade ao ensinar? 
4- Tenho conhecimento para reconhecer uma criança que apresenta um quadro de 
alguma dificuldade ou transtorno de aprendizagem? 
5- O que posso fazer para auxiliar meu aluno com dificuldade de aprendizagem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4- Dinâmica de Grupo – Quebra-cabeça8 
 
Objetivos: 
 Perceber que necessitamos de auxílio do próximo para superar dificuldades; 
 Refletir sobre nossa postura diante do aluno que apresenta alguma dificuldade em 
sala de aula; 
 
Material: 
Quebra-cabeça com peças grandes e simples, venda, fita adesiva, carteira, cadeira; 
 
Desenvolvimento: 
1- Separar os professores em grupos com 4 (quatro) elementos; 
2- Distribuir cartões numerados de 1 a 4; 
3- Utilizando uma carteira e duas cadeiras, solicitar que o detentor do cartão com o 
número 1, sente-se de frente ao detentor do número 2; 
4- Os com os cartões 3 e 4 permanecem em pé, posicionando-se próximo a carteira; 
5- Explicar que para montar o quebra-cabeça a pessoa que possuir o número 1, utilizará 
as mãos, tendo seus olhos vendados e não podendo sair de seu lugar; 
6- Ao possuidor do número 2 será permitido orientar o colega utilizando-se da fala, não 
podendo mexer seus braços e sair do lugar; 
7- Ao número 3 é permitido movimentar-se e proibido de utilizar a fala e os braços/mãos 
para auxiliar os colegas. 
8- Ao número 4 caberá a função de observador; 
9- Distribuir o quebra-cabeça as duplas, este deverá ser montado seguindo os itens 
citados anteriormente; 
 
PARA PENSAR 
1- Como você se sentiu realizando a atividade? 
2- A ajuda do colega foi importante? Por que? Relate suas impressões. 
3- Como você pode auxiliar o aluno a vencer obstáculos? 
 
 
 
8 Adaptado de http://www.lemeconsultoria.com.br/v3/quebra-cabeca/ acesso em 13/11/2014. 
 5- Avaliação do Encontro 
 
 
 
 
ENCONTRO III – O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
 
 Após este encontro indique: 
 O que você já sabia e teve certeza; 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 O que você não sabia: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivo do Estudo 
 
 
 Conhecer o conceito de Dislexia, sua classificação e características de alunos 
disléxicos. 
 
 
 2- Metodologia 
 
 Vídeo - Reportagem exibida no Fantástico em março de 2008, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=ziQhPUGd4qw –, acessada em 
13/11/2014. 
 Leitura de um trecho do texto: TRANSTORNOS FUNCIONAIS 
ESPECÍFICOS9. 
 
 
 
 
9 MAKISHIMA, Édne Aparecida Claser e ZAMPRONI, Eliete Cristina Berti. TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS. Disponível 
em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/arquivos/File/educacao_especial/materiais_apoio/texto_tfejunho2.pdf acessado em 
16/04/2014. 
QUARTO
ENCONTRO
Dislexia
2.1- Estudo Dirigido 
 
 
Dislexia 
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), aproximadamente de 5% a 17% 
da população mundial é disléxica, portanto a dislexia é o distúrbio de maior incidência 
dentro de sala de aula. 
Na literatura encontramos muitas definições e explicações sobre o assunto, no 
entanto, apesar das diversas posições, existe um consenso de que o termo dislexia refere-
se a uma dificuldade de leitura e escrita. 
De acordo com o DSM – IV – RT, a Dislexia do Desenvolvimento é definida como 
um transtorno de leitura, caracterizadopor um desempenho acadêmico para a 
aprendizagem da leitura e escrita, abaixo do esperado para idade cronológica, ano escolar 
de nível cognitivo do aluno. 
A atual definição usada pela International Dyslexia Association - IDA (2003) apud 
Kappes, descreve: 
 
Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada 
pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de 
decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no 
componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras 
habilidades cognitivas consideradas na faixa etária.” (2003) 
 
Na abordagem neuropsicológica, a dislexia é considerada uma disfunção do Sistema 
Nervoso Central. De acordo com Condemarim & Blomquist (1989) a dislexia é 
 
um conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal (o lobo do cérebro 
onde fica o centro nervoso da escrita), geralmente hereditário, ou às vezes adquirida, 
que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do leve sintoma 
ao severo. É frequentemente acompanhada de transtorno na aprendizagem da 
escrita, ortografia, gramática e redação”. 
 
Ainda do ponto de vista neuropsicológico o diagnóstico da dislexia deve ter como 
critério de exclusão o rebaixamento intelectual, déficit sensoriais (visual, auditivo), déficit 
motores significativos e com condições adequadas de aprendizagem. 
De acordo com Johnson e Myklebust (1987) constitui uma desordem cognitiva e uma 
desordem de linguagem; a desordem cognitiva porque se concentra na problemática da 
significação da linguagem interior, da abstração, da formação dos conceitos e das 
metáforas. Para o autor, a dislexia constitui um deficit no processo de simbolização - 
decodificar e simultaneamente compreender são um todo no processo da leitura e da 
escrita. 
Ainda, de acordo com Johnson e Myklebust (1987) citado por Morais (2006), a 
dislexia geralmente está associada a outros distúrbios, como: 
 Distúrbios de memória: 
 a) Distúrbios de memória auditiva manifestam-se na incapacidade de recordar os sons 
das letras ou relacionar os diferentes sons para formar palavras. 
b) Distúrbios da memória visual manifestam-se na dificuldade de relacionar os sons que 
se ouve, ou as palavras que são elaboradas mentalmente, com os correspondentes 
sinais gráficos que as representam. 
c) Distúrbios de memória para sequências: na construção de palavras e frases, as letras 
e os sons obedecem uma determinada sequência espacial e temporal. Alunos disléxicos 
tem dificuldades para recordar as sequências e as séries. Exemplo: a sequência dos 
dias da semana, dos meses do ano. 
 Orientação esquerda-direita: as dificuldades de identificação do lado direito e 
esquerdo, em si mesmo e no outro, pode acarretar problemas em atividades de 
leitura e escrita. 
 Orientação temporal: dificuldade em avaliar intervalos de tempo e de dominar os 
conceitos de tempo. 
 Imagem corporal: dificuldades de perceber-se e perceber o mundo a partir do seu 
próprio corpo. 
 Escrita e soletração: a leitura soletrada prejudica a análise e síntese de palavras e 
frases. 
 Distúrbios topográficos: caracteriza-se pela dificuldade de 'ler' e se situar em mapas, 
globos e gráficos. 
 Distúrbios na coordenação motora ampla, fina e visomotora. 
 
Classificação da Dislexia 
A SUED/DEEIN, adota a classificação de Johnson e Myklebust (1987) apud Morais 
(2006), por entender que esta oferece subsídios teóricos para realização do trabalho 
pedagógico em Sala de Recursos Multifuncional: 
a) Dislexia Visual: é a dificuldade em diferenciar, interpretar e recordar palavras 
visualmente, por apresentar deficiência na percepção visual e na coordenação visomotora. 
Características de alunos com Dislexia Visual: 
 Dificuldades na interpretação e diferenciação das palavras; 
 Dificuldades de memorização das palavras; 
 Confusão na configuração de palavras ou letras; 
 Frequentes inversões, omissões, substituições, adição e repetição de letras ou 
sílabas; 
 Problemas de comunicação não verbal; 
 Problemas grafo e visomotor; 
 Dificuldades na percepção social; 
 Dificuldades em relacionar a linguagem falada com a linguagem escrita; 
 Dificuldades em conceitos como em cima e embaixo, esquerdo e direito. 
 
Exemplos de Dislexia Visual: 
Ele tem poucos lápis Ele tem poncos lápis 
O papai foi viajar o aluno lê O qaqai foi viajar 
O homem foi ao cinema O homem toi ao cinema 
O boi dorme no estábulo O doi borme no estábulo. 
 
b) Dislexia Auditiva: é a dificuldade em distinguir semelhanças e diferenças entre sons 
acusticamente próximos; em perceber sons no meio de palavras; em análise-síntese, 
memória e sequência auditivas, causado pela deficiência na percepção e memória auditiva. 
Estes possuem acuidade auditiva normal, porém não conseguem discriminar e relacionar 
sons que constituem as palavras. 
Características de alunos com Dislexia Auditiva 
 Atraso na linguagem; 
 Erros na leitura ou na escrita por problemas de não-associação dos fonemas 
gráficos; 
 Confusão de sílabas iniciais, intermediárias e finais; 
 Problemas de percepção e imitação auditiva; 
 Problemas de articulação; 
 Dificuldades de seguir orientações e instruções; 
 Dificuldade de memorização auditiva; 
 Problemas de atenção; 
 Dificuldades de comunicação visual; 
 Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons 
são semelhantes: d/t, j/x, c/g, m/b, b/p, v/f. 
 
 
Exemplos de dislexia auditiva: 
 
F (faca) V (vaca) 
P (pão) B(bão) 
CH (chato) o aluno lê J (jato) 
T (toca) D (doca) 
S (seca) Z (Zeca) 
C (cola) G (gola) 
 
Como Identificar a Dislexia 
O diagnóstico de dislexia se efetiva a partir de um estudo de caso realizado por 
equipe multiprofissional, composta por professores, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, 
psicopedagogo, entre outros. A troca de informações das observações e avaliações 
realizadas por cada profissional são importantíssimas para um diagnóstico preciso e 
principalmente para descrever intervenções de trabalho clínico e pedagógico que possam 
realmente ajudar o aluno a vencer as dificuldades acadêmicas impostas pela dislexia. 
No contexto escolar atual é difícil e poderíamos dizer quase impossível, contar com 
uma equipe multiprofissional (psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, psicopedagogo, entre 
outros) para realização do diagnóstico da dislexia, no entanto o professor deve ficar atento 
para alguns exemplos abaixo descritos de sinais de dislexia observados em sala de aula. 
Estas constatações pedagógicas poderão subsidiar os profissionais externos a escola na 
realização da avaliação clínica, quando indicada. 
Ianhez (2002) descreve alguns sinais de dislexia possíveis de serem observados na 
sala de aula: 
 Lentidão na aprendizagem dos mecanismos da leitura e escrita; 
 Trocas ortográfica; 
 Problema para reconhecer rimas e alterações (fonemas repetitivos em uma frase); 
 Desatenção e dispersão; 
 Desempenho escolar abaixo da média, em matérias específicas, que dependem da 
linguagem escrita; 
 Melhores resultados nas avaliações orais, do que nas escritas; 
 Dificuldade de coordenação motora fina (para escrever, desenhar e pintar) e grossa 
(é descoordenada); 
 Dificuldade de copiar as lições do quadro ou de um livro; 
 Problema de lateralidade (confusão entre esquerda e direita); 
 Dificuldade de expressão: vocabulário pobre, frases curtas, estrutura simples,sentenças vagas; 
 Dificuldade em manusear mapas e dicionários; 
 Esquecimento de palavras; 
 Problema de conduta: retração, timidez excessiva e depressão; 
 Desinteresse ou negação da necessidade de ler; 
 Leitura demorada, silabada e com erros; 
 Esquecimento de tudo o que lê; 
 Salta linhas durante a leitura, acompanha a linha de leitura com o dedo; 
 Dificuldade em matemática, desenho geométrico e em decorar sequências; 
 Desnível entre o que ouve e o que lê (entende o que ouve, mas não o que lê); 
 Demora demasiado tempo na realização dos trabalhos de casa; 
 Não gosta de ir à escola; 
 Apresenta 'picos de aprendizagem', nuns dias parece assimilar e compreender os 
conteúdos e noutro, parece ter esquecido o que tinha aprendido anteriormente; 
 Pode evidenciar capacidade acima da média em áreas como: desenho, pintura, 
música, teatro, esporte, etc. 
 
 
 
PARA REFLETIR 
MITO OU REALIDADE 
A dislexia pode ter determinantes genéticos. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
A dislexia é sinônimo de baixa capacidade intelectual. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
 
Não existe meios de diagnóstico da dislexia. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
Toda criança que apresenta dificuldade na leitura tem dislexia. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
 
 
Ignorar uma perturbação não ajuda a ultrapassa-la, pelo contrário, contribui para o seu 
agravamento. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
Existe tratamento para a dislexia. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
Existem sinais de alerta para a dislexia. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
O disléxico não gosta de ler e escrever. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
Repetir o ano ajuda a ultrapassar a dificuldade. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
Como é de origem constitucional, a dislexia acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____ 
 
 
 
 
 
 3- Dinâmica de Grupo - Medo de Desafios10 
 
Objetivo: 
 Mostrar como podemos ser covardes diante de situações que possam 
representar perigo ou vergonha. 
 
Material: 
Caixa, chocolate e música. 
 
Desenvolvimento: 
1- Encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro; 
 
10 Adaptado de http://educamais.com/dinamica-da-caixa-surpresa/ acesso em 17/11/2014 
2- Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE! 
3- Embrulhe a caixa; 
4- Com os participantes em círculo, o coordenador segura a caixa e explica o seguinte para 
todos: - Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida, vamos 
brincar de batata quente com ela, e aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa 
sem reclamar. Independentemente do que seja… ninguém vai poder ajudar, o desafio deve 
ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que 
eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa extremamente difícil ou 
vergonhosa); 
5- Começa a dinâmica, com a música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. 
Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para 
não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa…é 
importante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Tem certeza 
que quer abrir? Se não tiver coragem pode passar para frente. Caso o participante 
concorde, continua-se com a brincadeira. Caso contrário, o participante abre encontra a 
gostosa surpresa; 
 
 
 4- Aprofundando o Estudo 
 
 
 Documentário elaborado pelo projeto ELO: leitura, escrita e oralidade, coordenado 
pela Prof. Dra. Renata Mousinho, da UFRJ, com o apoio de seus parceiros e do 
Instituto ABCD, mostrando a importância da escola para o aluno com dislexia, 
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Rz-
Wb0AAvPk&feature=youtu.be - acesso em 13/11/2014. 
 
 Filme: Como estrelas na Terra, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=oTqMHlBHQyQ, acesso em 29/08/2014. 
O filme conta a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi, ele sofre 
de dislexia, estuda em uma escola normal e repetiu uma vez o terceiro período e 
está correndo o risco de isso acontecer de novo. O menino diz que as letras dançam 
em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai 
acredita que ele é indisciplinado e o trata com rudez e falta de sensibilidade. 
 
 Atividades para disléxicos disponível em: 
http://jucienebertoldo.wordpress.com/2013/07/29/apostila-sobre-dislexia-com-
atividades/ acesso em 26/10/2014. 
 
 5- Avaliação do Encontro 
 
 
 
 ENCONTRO IV – DISLEXIA 
 
 Após este encontro indique: 
 O que você já sabia e teve certeza; 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 O que você não sabia: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
1- Objetivos do Estudo 
 
 Conceituar, classificar e identificar a disgrafia e a disortografia; 
 
 
2- Metodologia 
 
 Análise de textos produzidos e copiados por alunos da rede pública municipal de 
educação; 
 Relato por escrito das impressões sobre os textos dos alunos; 
 Texto para Leitura Complementar11; 
 
 
 
 
 
11 MAKISHIMA, Édne Aparecida Claser e ZAMPRONI, Eliete Cristina Berti. TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS. Disponível 
em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/arquivos/File/educacao_especial/materiais_apoio/texto_tfejunho2.pdf acessado em 
16/04/2014. 
 
QUINTO 
ENCONTRO
Disgrafia e Disortografia
3- Exposição do tema com slides 
 
 
 
Slide 1 Slide 2 
 
 
Slide 3 Slide4 
 
 
Slide 5 Slide 6 
 
 
 
 
 
 
Slide 7 Slide 8 
 
 
Slide 9 Slide 10 
 
 
Slide 11 Slide 12 
 
 
Slide 13 Slide 14 
 
 
Slide 15 Slide 16 
 
 
Slide 17 Slide 18 
 
 
Slide 19 Slide 20 
 
 
 
 
4- Dinâmica – Análise de textos12 
 
Primeiramente serão distribuídos aos professores modelos de textos produzidos, 
e/ou copiados por alunos. Em grupo, os professores deverão analisa-los e registrar suas 
impressões, considerando as seguintes categorias de análises: 
 
12 Elaborado pela autora. 
Análises Empíricas dos Textos dos Alunos com Disgrafia e Disortografia 
 
 organização da página e das letras: 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
 erros de formas e proporções: 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
 traçado das letras; 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
 nível de composição das frases, sílabas e palavras: 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
 dificuldades gramaticais e trocas ortográficas: 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
Deverá ser escolhido um relator que socializará com o grande grupo as impressões 
e observações discutidas no pequeno grupo. 
 
 
 
4.1- Textos para Análise13 
 
 
 
 
 
 
13 Textos produzidos por alunos do 5º Ano da Rede Municipal de São Mateus do Sul em 09/12/2014. 
 
 
 
 
 
 
 5- Avaliação do Encontro 
 
 
 
 ENCONTRO V – DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA 
 
 Após este encontro indique: 
 O que você já sabia e teve certeza; 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 O que você não sabia: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivos do Estudo 
 
 
 Conceituar e caracterizar a discalculia; 
 Reconhecer as dificuldades matemáticas apresentadas pelos alunos, intervindo com 
jogos e atividades prazerosas. 
 
 
2- Metodologia 
 
 Slides; 
 Jogos; 
 Texto para Leitura Complementar14; 
 
 
 
14 MAKISHIMA, Édne Aparecida Claser e ZAMPRONI, Eliete Cristina Berti. TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS. Disponível 
em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/arquivos/File/educacao_especial/materiais_apoio/texto_tfejunho2.pdf acessado em 
16/04/2014. 
 
SEXTO 
ENCONTRO
Discalculia
 
 3- Exposição do tema com slides 
 
 
 
Slide 1 Slide 2 
 
 
Slide 3 Slide 4 
 
 
Slide 5 Slide 6 
 
 
 
 
 
Slide 7 Slide 8 
 
 
Slide 9 Slide 10 
 
 
Slide 11 Slide 12 
 
 
Slide 13 Slide 14 
 
 
Slide 15 Slide 16 
 
 
Slide 17 Slide 18 
 
 
Slide 19 Slide 20 
 
 
Slide 21 Slide 22 
 
 
Slide 23 
 
 
 
 4- Dinâmica de Grupo - Jogos15 
 
Além de colaborar com a socialização dos alunos, a utilização de 
atividades lúdicas na Matemática e de materiais concretos está totalmente relacionada ao 
desenvolvimento cognitivo da criança. Os jogos, de certa forma, promovem o 
desenvolvimento do senso crítico e investigador, o que ajuda na compreensão e 
entendimento de determinados tópicos relacionados ao ensino da Matemática. 
 Palitos 
O jogo é composto de um tabuleiro e dezesseis palitos e é desenvolvido por apenas 
um participante, que tem por objetivo formar três quadrados, com o movimento de quatro 
palitos. O jogador inicia o jogo com os 16 palitos formando os 5 quadrados, conforme a 
configuração, e deve movimentar apenas quatro palitos de modo a atingir o objetivo do 
jogo. 
Os movimentos são observados na figura a seguir. 
 
 
 
15 Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMATICA/Monografia_Silva.pdf 
acesso em 06/09/2014. 
 Soma Quinze 
O jogo é composto de um tabuleiro retangular, numerado de 1 a 9, e de seis fichas, 
sendo três brancas e três pretas, e é desenvolvido por dois participantes que têm por 
objetivo conseguir a soma quinze, utilizando três fichas. 
 
O jogo inicia-se com a distribuição de três fichas da mesma cor para cada jogador. 
A seguir, decide-se por sorteio quem colocará a primeira ficha na casa correspondente a 
um dos nove numerais inscritos no tabuleiro. O segundo jogador procede da mesma forma, 
retornando a vez ao primeiro e, assim, sucessivamente, até acabarem as fichas. 
Vencerá o jogo aquele que obtiver a soma quinze, somando-se os valores das casas 
ocupadas pelas três fichas. Caso nenhum dos dois jogadores vença depois de colocada a 
sexta ficha no tabuleiro, o jogo prossegue com os jogadores mudando suas fichas de 
posição, uma a uma, alternadamente, buscando atingir o objetivo do jogo. 
 
 Tangram 
O jogo é composto de sete peças (cinco triângulos, um quadrado e um 
paralelogramo), de cartelas com diferentes figuras e é desenvolvido por um participante, 
que tem por objetivo formar um quadrado com as sete peças. 
 
Para início do jogo, deve-se procurar uma superfície plana. Encontrado o local 
adequado, o participante deve ter em mente que todas as sete peças devem, 
obrigatoriamente, ser utilizadas na formação de uma figura, sem a sobreposição de peças. 
O Tangram permite milhares de combinações. 
 
 
 Jogo dos Hexágonos 
O jogo é composto de sete hexágonos regulares, cujos lados devem estar 
numerados de 1 a 6, conforme figura abaixo, e é desenvolvido por um participante, cujo 
objetivo é unir seis hexágonos, a um hexágono central, de modo que os lados coincidentes 
correspondam a numerais de mesmo valor. 
 
 
As figuras devem estar dispostas numa superfície plana, sobre a qual o jogador as 
move, buscando atingir o objetivo do jogo. 
 
 
 
PARA REFLETIR 
1- Os jogos em sala de aula devem ter regras? Por quê 
2- O trabalho com jogos em sala de aula trazem benefíciospara o aluno? 
Justifique? 
 
 
 
 
 5- Avaliação do Encontro 
 
 
 
 
 ENCONTRO VI – DISCALCULIA 
 
 Após este encontro indique: 
 O que você já sabia e teve certeza; 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 O que você não sabia: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
1- Objetivos 
 
 Avaliar a proposta da Intervenção Pedagógica; 
 
 
2- Metodologia 
 
 Mensagem; 
 
 
Seaescolafosseumaorquestra16 
 
Seaescolafosseumaorquestra,seriapossívelouvirseasinfoniadacompreensã
ohumana?Comohaversinfoniasecadamúsicoestácomseuinstrumentoemumt
om?Ondeestáoautordasinfonia?Ouseráqueaorquestraéquenãoquertocála?A
orquestraestádesafinada.Eomaestro?Deveserresponsabilizadopeloinsucess
o?Eosouvintes,porquenãogritam?Estãomudos?Nãonãosabemgritar.Gritam,
àsvezes,buscandoemoutromúsicoofracassoadvindodotomdesafinadoqueem
item.Evocê?Tambémémúsiconestaorquestra?Aescolanuncaseráorquestra,s
ecadamúsiconãoseafinar.Osmúsicosdeveminterpretarapartituradacompreen
sãohumana,paraatenderacadaouvintenasuaindividualidade.Nãobastasimple
smentetocar.Aharmoniaentreosmúsicoseosouvinteséacompreensão,orespei
to,adoação,o"assumir",éaresponsabilidade,oenvolvimentocomotrabalho.Re
ajadiantedamúsica.Seumtomsoalhedesafinado,pare!Opontodeesperaécalm
oelongo;comsuaajudaviráoutramúsica.Comcertezaseráoiníciodeumaverdad
eiraorquestraondetodospossamentoaramúsicadaPaz,daHarmonia,daColabo
ração,doRespeitoMútuo. 
(autor desconhecido) 
 
 
 
 
16 Adaptado de http://salamultiespecialdaandrea.blogspot.com.br/2013/02/sugestao-de-mensagem-para-reflexao-no.html acesso em 
15/10/2014 
SÉTIMO 
ENCONTRO
PARA REFLETIR 
 
1- Como se sentiu ao receber a mensagem? 
2- E após decifrá-la? 
3- Conseguiu decifrá-la sozinho ou obteve ajuda? 
 
 
 
3- Atualizando conceitos 
 
 Após os encontros 
O que eu levo O que eu deixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vídeo “O Olhar do Educador”; disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=C3trLt0IoOw acesso em 18/08/2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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da Aprendizagem na Andragogia. In R.E.V.I.: Revistas de Estudos Vale do Iguaçu. – vol. 
1, n. 1 – União da Vitória: UNIGUAÇU, 2009. 
ANTUNES, Celso. Casos, fábulas, anedotas, ou inteligências, capacidades, 
competências. Petrópolis: Vozes, 2003. 
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Acessado em: 08 de julho de 2014 
BRASIL. Ministério da Educação. Política Pública de Educação Especial na Perspectiva 
da Educação Inclusiva. 2008. 
CARRERA, Gabriela. (Org.) Dificuldades de aprendizagem: Detecção e estratégias de 
ajuda. Cultural, 2009. 
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a Aprendizagem: educação 
inclusiva. 9. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2010. 
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Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 
COSENZA, Ramon M. e GUERRA, Leonor B. Neurociência e Educação: como o cérebro 
aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
CRUZ, Vitor. Dificuldades de Aprendizagem Específicas. Lisboa: LIDEL - Edições 
Técnicas, Ltda, 2009. 
_______ Dificuldades de Aprendizagem: Fundamentos. Coleção Educação Especial. 
Porto: Porto Editora, 1999. 
DSM – IV TR – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Trad. Dayse 
Batista; 4 ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995. 
DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios da Aprendizagem. 4. Ed. São Paulo: Ática, 
2006. 
FONSECA, Vitor da. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. 2. Ed. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1995. 
GARCÍA, Jesus Nicasio, Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, 
escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes 
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GÓMEZ, Ana Maria Salgado e TERÁN, Nora Espinosa. Dificuldades de Aprendizagem: 
Manual de Orientação para pais e professores. Editora Cultural: São Paulo, 2009. 
IANHEZ, Maria Eugênia e NICO, Maria Ângela. Nem sempre é o que parece: como 
enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Elsevier, 2002 
JARDIM, Wagner Rogério de Souza. Dificuldades de Aprendizagem no Ensino 
Fundamental: Manual de identificação e intervenção. São Paulo: Loyola, 2001. 
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Paulo: Pioneira, 1987. 
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Funcionais Específicos. Disponível em: 
http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/arquivos/File/educacao_especial/materiais_apoio/text
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MEDEIROS, Daniela da Conceição Cabanelas de. Inter-Relação da Intervenção com 
DAE e a Formação de Professores (dissertação de mestrado). Escola Superior de 
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PEREIRA, Rafael Silva. Dislexia e Disortografia – Programa de Intervenção e 
Reeducação. Vol. I e II. Montijo: You! Books, 2009. 
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https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI, acessado em 28/10/2014.

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