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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Prof. Celso Luiz Rodrigues Catonio 2011-1 2 A lei processual civil e princípios fundamentais do processo civil. 7.fev Apresentação do programa. Principiologia jurídica. Desenvolvimento do direito processual THEODORO JUNIOR, Humberto. Direito processual civil e processo do conhecimento. Rio de Janeiro : Forense. GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil, vol. 1 : teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte). Cap. II – A lei processual civil. ATENÇÃO: Este arquivo contém anotações relativas ao conteúdo a ser exposto, esclarecido e desenvolvido em sala de aula. NÃO É UM TEXTO REVISADO. Sua finalidade não é a publicação, mas apenas o alinhamento do raciocínio durante a aula. Por isso, PODE CONTER EVENTUAIS IMPERFEIÇÕES. DESENVOLVIMENTO 1. NORMA JURÍDICA. 1.1 Exigência de maior segurança nas relações jurídicas ( supremacia da lei (norma escrita emanada da autoridade competente. 1.2 A norma jurídica é uma regra geral de conduta, cujas principais características são: a) generalidade: ela se dirige a todas as pessoas, indistintamente, ou ao menos a uma categoria jurídica. Seu comando é abstrato e leva em conta fatos considerados genericamente; b) imperatividade, porque a norma impõe um dever de conduta aos indivíduos. Decorre daí o seu caráter. via de regra, bilateral, pois a cada dever que a lei atribui a uns correspondem direitos equivalentes a outros. A norma caracteriza-se por ser provida de sanção, o que a distingue das leis físicas; c) autorizamento. isto é, possibilidade de a parte lesada por sua violação exigir-lhe o cumprimento. Isso é o que difere a norma jurídica das demais normas de conduta, como as de natureza ética ou religiosa; d) permanência, pois a norma jurídica prevalece até ser revogada; e) emanação de autoridade competente, respeitadas as previsões da Constituição Federal. 2. NORMAS COGENTES E NÃO COGENTES. 2.1 Normas cogentes: são as de ordem pública, que se impõem de modo absoluto, e que não podem ser derrogadas pela vontade do particular. Isso decorre da convicção de que há certas regras que não podem ser deixadas ao arbítrio individual sem que com isso a sociedade sofra graves prejuízos. 2.2 As normas não cogentes, também chamadas dispositivas, são aquelas que não contêm um comando absoluto, sendo dotadas de imperatividade relativa. Dividem-se em: a) permissivas, quando autorizam o interessado a derrogá-las, dispondo da matéria da forma como lhe convier; b) supletivas, quando aplicáveis na falta de disposição em contrário das partes. 3. NORMA PROCESSUAL. 3.1 A relação jurídica processual, processo e procedimento. 3.2 Normas processuais cogentes: são as que têm por objetivo assegurar o bom andamento do processo e a aplicação da jurisdição, como as que dizem respeito ao tipo de procedimento a ser observado 3.3 Normas processuais dispositivas: são aquelas que levam em conta, prirnacialmente, os interesses das partes. Exemplos: a) a inversão convencional do ônus da prova (CPC, art. 333, parágrafo único); b) a suspensão do processo ou da audiência de instrução e julgamento por convenção; c) a competência relativa, pois podem ser derrogada pelas partes. 3.4 As normas de processo civil são, na imensa maioria, cogentes. Salvo algumas exceções, não é dado às partes nem ao juiz afastar a sua incidência. A convenção entre as partes raramente tem relevância no processo. 4. FONTES FORMAIS DA NORMA PROCESSUAL CIVIL. a) A primeira fonte de DPC é a CF: normas de tutelas e garantias fundamentais, organização judiciária nacional, garantias e impedimentos ao magistrado, regras para a legislação infraconstitucional. 4.1 A lei federal como fonte formal do processo civil. a) Em regra, a disciplina do processo civil é feita por lei federal ordinária. b) CF, 22, I: compete à União legislar sobre direito processual. c) CF, art. 24, IX: competência concorrente à União e aos Estados para legislar sobre procedimento em matéria processual. d) CPC, lei federal ordinária: cuida da jurisdição civil, contenciosa e voluntária, em todo o território nacional. É o principal conjunto de normas que regram o processo civil. e) Outras leis federais. 4.2 Constituição e leis estaduais. a) CF, 125, §§ 1° e 2°: incumbe aos Estados (em suas CE) estabelecer a organização judiciária do Estado, dispor sobre a competência dos tribunais, dispor sobre ADI de leis estaduais e municipais em relação à CE. 5. JURISPRUDÊNCIA (FONTE NÃO FORMAL). 5.1 Com a edição de súmulas vinculantes pelo STF (CF 103-A), a jurisprudência tem força equiparada à das normas jurídicas emanadas de fontes formais. 5.2 Nos outros casos, embora contribuam para a formação do direito, as decisões dos tribunais não vinculam as decisões de instâncias superiores. É o sistema da civil law, em contraposição ao da common law.
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