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Processo Penal II CC

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https://www.passeidireto.com/arquivo/29390629/direito-cpp-ii---7-semestre-2017 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 1 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia 
detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. 
Após alguns solavancos e ​tortura físico-psicológica​, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de 
alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara 
da pessoa moradora. 
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no 
inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como 
aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. 
Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução 
criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. 
Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
O pedido da defesa deverá ser deferido em razão do princípio constitucional da inadmissibilidade das provas ilícitas, que 
são aquelas que violam disposições de direito material ou princípios constitucionais penais. Ex.: confissão mediante tortura e 
interceptação telefônica sem autorização judicial. 
CF, Art 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
CPP, Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. 
 
Questão objetiva (OAB FGV 2010.2) 
Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. 
O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra 
Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que 
também presenciaram o fato. 
Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para 
Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram 
que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. 
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado 
provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. 
No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro 
em situação de legítima defesa. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da 
ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu completamente 
da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
X (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a 
ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. x 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar 
todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser 
prolatada. 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo 
se houver fundada ​dúvida ​sobre sua existência; 
 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
II - em legítima defesa; 
 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou 
de outrem. 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 02 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre 
exploração sexual, com intuito de lucro. 
No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos 
sexuais mediante o pagamento de entrada de R$100,00 no estabelecimento e R$500,00 para a atendente. 
Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. 
O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que 
trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. 
Pergunta-se: 
1. Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? 
O magistrado não pode obrigar o padre a depor, pois este está proibido na forma do Art 207 do CPP. 
A prova neste caso, só seria considerada válida se a Maia permitisse e se o padre se dispusesse a depor. 
 
CP, Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou 
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
 
CPP, Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. 
 
a) Função: é o exercício de atividade por força de lei, decisão judicial ou convenção, a exemplo do funcionário público, do tutor, dentre outros. 
b) Ministério: é a atividade decorrente de condição individual ligada à religião, a exemplo dos padres, irmãs de caridade, pastores, dentre outros. 
c) Ofício: é a atividade de prestar serviços manuais, a exemplo do eletricista, bombeiro, etc; 
d) Profissão: é qualquer atividade desenvolvida com fim lucrativo, como ocorre com os engenheiros, médicos e advogados. 
Marcellus Polastri (2010) 
2. A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
A prova seria inadmissível em razão do Princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas, consubstanciado na CF, Art 5º, 
LVI e no CPP, Art. 157. A não observância ao aludido preceito legal, além de tornar a prova testemunhal ilegal, implica em 
sanções penais de violação do sigilo profissional prevista no Art. 154, do CP. 
 
CF, Art 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
CPP, Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. 
 
Questão objetiva 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os vestígios 
do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no exame das 
provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem 
dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal; 
X ​e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
a) ​Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecidoos vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
b) ​Art. 200.A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 
c) ​Art. 201, §2º, O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para 
audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem. 
d) ​CPP, Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. 
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a 
que se refere o art. 206. 
e) CERTA 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 03 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. 
Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto 
qualificado pela destreza). 
No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma 
testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da 
vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. 
Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra 
Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de 
antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. 
 
Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
NÃO. Na instrução probatória verificou-se a ocorrência de novos fatos, o que impõe a necessidade de novo 
contraditório, conforme disposto no art. 384 do CPP. Trata-se de ​mutatio libelli​ que exige a emenda da denúncia pelo MP. 
( ​https://www.dizerodireito.com.br/2013/01/e-possivel-que-o-juiz-realize-emendatio.html​ ) 
 
CP, Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou 
para terceiro. 
 
CPP, Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o 
tempo, antes da sentença final. 
 
Emendatio Libelli 
O juiz ao prolatar a Sentença está vinculado ao ​Princípio da adstrição ou correlação​, ou seja, deve decidir de acordo com os fatos expostos na exordial, mesmo que dando definição jurídica diversa. 
CPP, Art. 383. O juiz,​ sem modificar a descrição do fato​ contida na denúncia ou queixa, ​poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa​, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
 
Mutatio Libelli 
O ​Princípio do contraditório e da ampla defesa​ impõe que o Réu tenha a oportunidade de contraditar e se defender das provas que forem produzidas contra si. 
CPP, Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de ​elemento ou circunstância da infração penal não 
contida na acusação​, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a 
termo o aditamento, quando feito oralmente. 
 
Questão objetiva 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta: 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do 
procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões 
controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples 
trancam a relação processual sem julgar o meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão interlocutória mista; 
X ​d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus 
procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em 
relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
 
2-A foi ​denunciado pela prática de furto​, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, após desferir-lhe um 
empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso: 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que a do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, devendo, antes, proceder ao seu 
interrogatório; 
X ​(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, dando ao Ministério Público e à 
Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas. 
emendatio libelli - CPP, Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, 
ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 04 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. 
Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso 
em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. 
Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. 
Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação 
descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. 
Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
Não. No Direito Penal em regra a citação é Pessoal. 
A Data da Efetiva citação inicia o prazo para responder. (no processo civil que é de juntada aos autos) 
Luizinho, réu preso, deverá ser pessoalmente citado (Art 360). Huguinho, que se oculta, deverá ser citado com hora certa 
na forma do CPC (Art 362). Somente para Zezinho procedida a citação por edital (Art 361). 
 
CPP 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma 
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
Art. 368. Estandoo acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até 
o seu cumprimento. 
 
Questão objetiva 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa ​incorreta​: 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma estabelecida no 
Código de Processo Civil; (​362​) 
X ​b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de 
comunicação; (​368​) 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do 
prazo prescricional; (​366​) 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de 
comparecer sem motivo justificado; (​367​) 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia militar bem 
como a inviolabilidade do quartel. (​358​) 
 
b) ​Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante ​carta rogatória​, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o 
seu cumprimento. 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 05 
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, 
mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. 
O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela 
defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. 
Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. 
 
Pergunta-se: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
Nulidade (relativa) da oitiva das testemunhas de defesa (Art 564, IV) , por inversão da ordem das testemunhas (Art 400), 
por contrariar o princípio do devido processo legal e presume-se prejuízo para o contraditório do Réu. 
 
Obs sobre Nulidade Relativa: arguição deve ocorrer em momento oportuno e com comprovação de efetivo prejuízo. 
 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do 
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, ​nesta ordem​, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como 
aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
 
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer 
diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 
 
Art 564, IV. omissão de formalidade que constitua 
 
Curiosidade: O MP usaria o Art 563. 
 
 
Questão objetiva 
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição 
sumária de seu cliente e não propõe provas. 
O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à 
inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. 
Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para 
que sejam inquiridas. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento da 
prova de acusação. 
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta. 
x ​(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da 
resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na 
instrução. 
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no momento 
correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa. 
 
Art 406, ​§ 3o ​Na resposta​, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar 
as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
 
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências 
cuja necessidade se origine de ​circunstâncias ou fatos apurados na instrução​. 
 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 06 
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrapassagem), sendo certo que a 
sua frente estava o carro de Felisberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, 
Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felisberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de 
seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. 
Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo 
circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. 
Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, 
ofereceu denúncia em face do mesmo. 
Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder 
à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. 
 
Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo? 
Não, pois no procedimento do JECrim a citação será pessoal e não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum. 
 
L9099, Art. 66 A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. 
PU. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. 
 
Questão objetiva 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas: ​Lei no 9.099/95 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos 
cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano. ​Art 61 e 89 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, ​admite-se​ a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da 
pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. ​Súmula 723 STF 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa 
de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis. ​ADI 3.768/DF 
Quais estão corretas? a) I; b) I e II; c) III; ​x​d) I e III; e) II e III 
 
Lei no 9.099/95 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a ​2 (dois) anos​, cumulada ou não com multa. 
 
 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for ​igual ou inferior a um ano​, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer adenúncia, poderá propor a ​suspensão ​do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o 
acusado a período de prova, sob as seguintes condições: 
 
Súmula 723 STF - Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o 
aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
 
Lei 10.741/2003, Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento 
previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições ​do Código Penal e​ do Código de Processo Penal. 
(Vide ADI 3.096-5 - STF) 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 39 E 94 DA LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO). RESTRIÇÃO À GRATUIDADE DO TRANSPORTE COLETIVO. SERVIÇOS DE 
TRANSPORTE SELETIVOS E ESPECIAIS. APLICABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NA LEI 9.099/1995 AOS CRIMES COMETIDOS CONTRA IDOSOS. 
1. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.768/DF, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional o art. 39 da Lei 10.741/03. Não 
conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade nessa parte. 
2. Art. 94 da Lei n. 10.741/2003: interpretação conforme à Constituição do Brasil, com redução de texto, para suprimir a expressão “do Código Penal e”. 
Aplicação apenas do procedimento sumaríssimo previsto na Lei n. 9.099/95: ​benefício do idoso com a celeridade processual​. 
Impossibilidade de aplicação de quaisquer medidas despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor do crime. 
3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação conforme à Constituição do Brasil, com redução 
de texto, ao art. 94 da Lei n. 10.741/2003. 
 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=154576 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 07 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso 
nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar 
em Copacabana. 
Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela 
nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância entorpecente 
também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. 
 
Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca? 
Não. O perito que subscrever o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga para fins de APF não ficará 
impedido de participar da elaboração do laudo definitivo (Lei 11.343/06, Art. 50, §2º). 
 
Lei 11.343/06, Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, 
remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. 
 
Obs: Desconsiderar o previsto no CPC, Art 279, pelo princípio da especialidade. 
CPC, Art. 279. Não poderão ser peritos 
 II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; 
 
Questão objetiva 
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção ​INCORRETA​: 
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP ​(Art 48, cpt) 
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato 
ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal ​(Art 48, §1º e 2º) 
x C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento para juntos consumirem. ​(Art 33, §3º e Art 44) 
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 dias, quando estiver solto. ​(Art 51) 
E) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação 
para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de instrução 
e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de 
defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que 
seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável 
à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse 
caso, 
x A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o último 
ato a ser realizado. 
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais 
instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. 
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de 
procedimento incorreto. 
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização 
do interrogatório do acusado. 
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a manifestação do membro do Ministério do Público. 
 
O STF, a partir do julgamento do HC 127.900/AM (Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 3/8/2016), passou a entender que a norma prevista no art. 400 do CPP deveria irradiar seus efeitos 
para todo o sistema processual penal, inclusive em relação a procedimentos regidos por leis especiais que estabelecem disposições em contrário. Ou seja, o interrogatório do réu 
deve ser o último ato da instrução em todos os processos criminais. 
O Plenário do STF, porém, para evitar um caos jurídico, com eventual reconhecimento de nulidade de diversos interrogatórios, realizou o que se chama de “modulação de 
efeitos”, estabelecendo que tal entendimento só teria aplicabilidade a partir da publicação da ata do referido julgamento (11.03.2016), sendo válidos os interrogatórios realizados 
até esta data. Assim, não há como reconhecer a nulidade em processos nos quais o interrogatório foi o primeiro ato da instrução, se o ato foi realizado de acordo com o que 
preconizava a lei especial de regência e se ocorreu até 11.03.2016. Prof. Renan Araujo do Estratégia Concursos​ 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 08 
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo 
Madalena, sua namorada, no banco do carona. 
Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao 
automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidadenão seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando 
qualquer possibilidade de perder o controle do carro. 
Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar 
três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de 
velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi 
denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em 
concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela 
pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debates orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos 
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? 
O crime de trânsito é culposo, enquanto não existir o ​animus necandi​. 
Apenas os crimes dolosos contra a vida são julgados pelo Tribunal do Júri. 
 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
Pedido de desclassificação da imputação para homicídio culposo e o declínio de competência, conforme o Art 419, CPP. 
 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida? 
RESE conforme Art 581, IV, CPP. 
Interposição do recurso ao juiz prolator da decisão interlocutória e as razões para o juízo revisor (TJ). 
 
Questão objetiva 
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a 
competência ​exclusiva ​para julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de indícios 
suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa​; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium 
accusationis. O judicium accusationis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem 
produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: pronúncia, 
impronúncia, absolvição sumária e ​condenação​. 
 
A) ERRADA. De fato, quatro são os princípios informadores do Tribunal do Júri: plenitude do direito de defesa, sigilo dos veredictos, soberania das decisões 
e competência para julgar os crimes dolosos contra a vida. No entanto a competência do júri não é exclusiva para estes crimes, pois também pode julgar 
demais crimes desde de que haja conexão ou continência com o crime doloso contra a vida. 
 
B) CORRETA 
 
C) ERRADA. Conforme STJ o​ judicium accusationis​ tem por objeto a admissibilidade da acusação perante o Tribunal Popular e o ​judicium causae​ o 
julgamento dessa acusação por esse Tribunal Popular, do que resulta caracterizar o excesso judicial na pronúncia, usurpação da competência do Tribunal 
do Júri, a quem compete, constitucionalmente, julgar os crimes dolosos contra a vida (STJ - REsp: 147469 RR 1997/0063270-9, Relator: Ministro 
HAMILTON CARVALHIDO, Data de Julgamento: 03/04/2001, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 25.06.2001 p. 251). Logo o judicium 
accusationis não dura até a decisão final. 
 
D) ERRADA. Ao fim da primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis) o juiz apenas poderá: pronunciar, impronunciar, absolver 
sumariamente. Condenar somente os jurados podem. 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 09 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. 
Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do 
julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi 
condenado. 
Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? 
Justifique a sua resposta: 
Nulidade absoluta, pois houve condenação do réu. 
Seria relativa, se não houvesse a condenação. 
O recurso seria uma revisão criminal. 
 
Sum 206 - STF - É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo. 
 
Questão objetiva 
(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA: 
 
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao proferir a 
sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos 
quesitos; 
"Art. 492, I, b, CPP - Em seguida, o presidente proferirá sentença que: b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates;" 
 
X B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política; 
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de 
suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto. 
 
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente do 
Tribunal do Júri; 
 art. 473, § 2º, CPP - "Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por intermédio do juiz presidente." 
 
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os jurados 
afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados 
sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes; 
Art. 492, § 2º, CPP - Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, 
aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. 
 
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-presidente, 
pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da testemunha a que está 
fazendo referência em seu pedido de condenação. 
Art. 480, CPP - A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha 
dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato por ele 
alegado 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 10 
(Ministério Público PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação 
ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. 
Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de 
não recorrer da decisão condenatória. 
O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). 
No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. 
 
O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema indagado. 
No caso, o prazo é de 05 dias corridos contados a partir do primeiro dia útil da intimação. 
O recurso foi tempestivo, pois o STF (HC 71.228-RJ)em atendimento ao princípio da ampla defesa, definiu que o prazo para 
interpor o recurso de apelação consta-se a partir da última intimação válida. 
 
Observações: 
JECrim - dias úteis (Art 12-A) 
CPP - dias corridos 
Ambos começa 1º dia útil subsequente à última intimação válida. 
 
Questão objetiva 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras hipóteses, que 
a) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo de caráter 
exclusivamente pessoal, ​aproveitará ​aos outros; 
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam 
de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
 
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que ​denegar ​habeas corpus, hipótese em que deverá ser interposto, de ofício, 
pelo juiz, os recursos serão voluntários; 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
 
x c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, desde 
logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso 
cabível; 
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro. 
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso 
 
d) a qualquer tempo, o Ministério Público ​poderá ​desistir de recurso que haja interposto; 
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
 
e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por ​05 a 60 dias​, fará conclusos os autos ao juiz, até o 
quinto dia seguinte ao último do prazo. 
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. 
§ 3o Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do 
prazo. 
 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 11 
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José 
vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de 
veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. 
Ainda assim, Pedro ​foi pronunciado​ nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. 
 
Na condição de Advogado de Pedro: 
I. indique o recurso cabível; 
II. o prazo de interposição; 
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. 
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
I. O RESE é o recurso cabível contra decisão de pronúncia (Art 581, IV) 
II. 5 dias contados a partir da data da intimação da decisão. (Art. 586) 
III. Desclassificação de crime consumado para tentado por causa preexistente absolutamente independentemente (Art 
13, caput, CP) 
 
Por não haver relação de causalidade (nexo causal) entre resultado e conduta do agente, este responde apenas 
pelos atos já praticados, isto é, por tentativa de homicídio, desde que comprovado o animus necandi. 
O agente responderá somente pelos atos praticados, mas jamais pelo resultado, ante a falta de relação de 
causalidade. Aplica-se, então, a Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (​conditio sine qua non​), prevista 
no artigo 13, caput, CP. 
 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI184628,21048-Causas+das+concausas 
 
Questão objetiva 
(Magistratura PR / 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
 
I. Que pronunciar ou ​impronunciar ​o réu; 
Art. 416 CPC -- Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
IV – que pronunciar o réu; 
 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
Art. 581 - Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
III -- que concluir pela incompetência do juízo; ntes as exceções, salvo a de suspeição; 
 
III. ​Que absolver sumariamente o réu​; 
 Art. 593 Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; 
 
IV. ​Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. 
PC Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável 
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. 
 
Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
a) Apenas a assertiva I está correta; 
x b) Apenas a assertiva II está correta; 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas; 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 12 
George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leônidas Malta 
em uma briga na saída da boate The Night. 
O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado 
pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. 
Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por 
exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, 
sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovasse o que fora sustentado pela 
acusação. 
Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado 
calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o 
responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente. 
A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a 
reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). 
Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia 
do prazo. 
Recurso de apelação alegando a nulidade absoluta (Art 593, III, a cc 478, II), com prazo para apelar de 5 dias, no caso 16 Dez (sex), pois começa a 
contar no 1º dia útil subsequente. 
 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo. 
 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
 
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. 
Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de05 anos, que 
foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. 
Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. 
O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, 
com expedição do alvará de soltura , substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. 
Diante essa situação hipotética, mencione: 
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
Apelação (Art 593, I, CPP). O MP só pode pleitear se juiz decidiu diferente do que ele pugnou. 
reformatio in melius ou in pejus 
 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta. 
Sim. Pois não mais existe a vedação para a conversão à pena restritiva de direitos, conforme resolução do SF. 
Art 33, § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos​, desde que o agente 
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) 
 
Questão objetiva 
(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal 
(homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, 
"d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a 
sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, 
reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
X ​a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo 
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo 
motivo, segunda apelação;​ (Art 593, §3º) 
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo 
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, 
segunda apelação; 
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído o 
motivo fútil; 
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, homicídio, 
fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão. 
 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 13 
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. 
Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara ​contradição ​entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, 
principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de 
desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova 
obtida por meio ilícito). 
Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se: 
 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição? 
Embargos de declaração (Art 382) 
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de ​2 (dois) dias​, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, 
contradição ​ou omissão. 
 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
20 Junho, considerando a informação da questão seguinte: 16 de junho (quinta-feira). 
 
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho (quinta-feira), qual a data máxima para 
a interposição do recurso cabível contra a sentença condenatória? 
O recurso é a Apelação e o prazo é de 5 dias corridos (Art 593). 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; 
 
CPC diz que os embargos de declaração são interruptivos (Art 1.026). 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
 
Na Lei 9099 são suspensivos (Art 83, § 2º). 
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. 
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
 
CPP não fala nada. 
 
 
Questão objetiva 
(Juiz TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em ​habeas corpus​; 
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou pela acusação, no prazo de 10 
dias; 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto quanto em relação à sua 
fundamentação; 
X ​d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu. 
 
Letra A errada: Os embargos infringentes são cabíveis quando ocorrer decisão não unânime de órgão de 2ª instância que causar algum gravame ao 
acusado. Está errada a assertiva porque ela diz decisão não unânime proferida em habeas corpus. Descabe o recurso se o acórdão refere-se a habeas 
corpus. É necessário que a decisão não unânime se refira a julgamento de recurso em sentido estrito ou de apelação. 
Letra B errada: os embargos infringentes e de nulidade são RECURSOS EXCLUSIVOS DA DEFESA. 
Letra C errada: A divergência dos embargos de nulidade diz respeito a decisão não unânime por maioria de votos e não a sua fundamentação. 
Letra D correta: A oposição dos embargos ensejará o julgamento da questão por novos julgadores, bem assim a possibilidade de mudança de 
entendimento pelos que já haviam tomado parte na decisão anterior. Será necessário novo relator bem assim como novo revisor que não tenha tomado 
parte na decisão embargada. 
 
Fonte Lud: ​https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/8d29ad08-7d​ (16Nov18) 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 14 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). 
Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão 
criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da 
intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). 
O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. 
 
Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro 
julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatóriacom imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
Art 626, CPP proíbe a ​reformatio in pejus ​(e indireta) 
 
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo. 
Parágrafo único. De qualquer maneira, ​não poderá ser agravada a pena ​imposta pela decisão revista. 
 
 
Questão objetiva 
(CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação anteriormente interposto pelo 
condenado; 
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em momento posterior, se sabe não ter 
cometido o crime objeto da condenação. É parte ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como réu na 
sentença condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito; 
x c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível desconstituir decisão 
transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória transitada em julgado, tendo em vista que 
o pedido revisional possui efeito suspensivo. 
 
"...a utilização do Habeas Corpus como substitutivo da Revisão Criminal será possível na hipótese de nulidade absoluta cognoscível de plano, em benefício 
da defesa, aplicando-se, por analogia, o princípio da fungibilidade recursal, muito embora ambos remédios tenham natureza de ação..." 
 
 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 15 
(OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se 
apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o 
dinheiro para financiar um automóvel de luxo. 
A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia 
Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. 
Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa 
ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições previdenciárias devidas 
ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério 
Público Federal, que denunciou Caio pelo crime previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido 
recebida pelo juiz da vara federal da localidade. 
Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso 
de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. 
 
Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? 
Habeas Corpus​ (Art 647 cc 648, VII e 650, §2º, CPP). Obs: Não cabe RESE (Art 581). 
 
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
TRF da respectiva região em que o processo está tramitando. (Art 650) 
 
c) Qual fundamento deve ser utilizado? 
Extinção da punibilidade (Art 168-A, §2º, CP) 
 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e 
presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
Questão objetiva 
(MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e vir, não se presta à tutela de 
outros direitos. ​(Art 647) V 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de direito de locomoção. ​F 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5671/Trancamento-do-inquerito-policial 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. Assim, fundamentada na inocência do 
paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser concedida quando a alegada inocência estiver comprovada de plano 
e cabalmente. ​(Art 648, I) 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade postulatória, ou pelo próprio 
Ministério Público. ​(Art 654) V 
a) Todas estão corretas; 
b) Apenas I, II e IV estão corretas; 
x ​c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
d) Apenas II, III e IV estão corretas; 
e) Apenas I e II estão corretas. 
 
O trancamento é a situação de paralisação do inquérito policial, a suspensão temporária, determinada através de acórdão proferido no julgamento de 
habeas corpus. Embora já tenha havido decisões que determinaram o trancamento do inquérito policial por fundar-se em provas ilícitas (HC 42693-PR), a 
jurisprudência é pacífica no sentido de que somente caberá o trancamento do inquérito policial quando o fato for atípico, quando verificar-se a ausência de 
justa causa, quando o indiciado for inocente ou quando estiver presente causa extintiva da punibilidade (HC 20121/MS, Rei. Ministro Hamilton 
Carvalhido,6aTurma,STJ). No nosso entender, uma quinta hipótese de cabimento do trancamento do inquérito policial seria a situação em que este, para 
melhor apuração dos fatos investigados, dependa da resolução de questão estranha aos autos. 
PROCESSO PENAL II - SEMANA 16 
1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa 
debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal 
(crime de duplicata simulada). 
Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas do artigo 171, caput do Código 
Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta 
Emendatio,​ pois não altera os fatos só a capitulação. 
Art. 383. O juiz,​ sem modificar a descrição do fato​ contida na denúncia ou queixa, ​poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa​, ainda que, em 
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? Fundamente a sua resposta: 
Sim, porém sem agravar a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. (Art 617,CPP) 
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. ​383​, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser 
agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. 
 
2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: 
Como o advogado se defende dos fatos tem que correlação entre os fatos narrados na acusação e descritos na sentença. 
O juiz ao prolatar a Sentença está vinculado ao Princípio da congruência (da adstrição ou correlação), ou seja, deve 
decidir de acordo com os fatos expostos na exordial, mesmo que dando definição jurídica diversa. 
Art. 383. O juiz,​ sem modificar a descrição do fato​ contida na denúncia ou queixa, ​poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa​,ainda que, em 
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.​ (1ª instância) 
 
Questão objetiva 
3) Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela é levada a um hospital particular, onde ficou 
internada por alguns dias. Quando saí do hospital, as lesões já estão imperceptíveis e a vítima não comparece ao Instituto 
Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com os exames feitos 
no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico responsável como testemunha. Assinale a resposta que descreve 
o procedimento correto: 
a) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o exame de corpo de delito feito por perito oficial é indispensável, não havendo no 
caso justa causa para a ação penal; 
x ​b) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida por outras provas, 
notadamente a prova testemunhal, no caso de desaparecimento dos vestígios; ​(Art. 167) 
c) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida pela confissão do acusado, 
desde que feita perante o juiz e na presença do defensor; ​(Art. 158) 
d) O juiz deve rejeitar a denúncia pois o desaparecimento das lesões exclui o crime de lesão corporal, inexistindo infração 
penal a ser apurada na hipótese; 
e) O juiz deve suspender o recebimento da denúncia e intimar as partes para que formulem quesitos ao médico responsável 
pelo exame, de modo a suprir a falta de exame de corpo de delito. 
 
4) Tício está residindo na França mas em endereço desconhecido. Nesse caso, a sua citação far-se-á por: 
a) Edital; 
x ​b) Carta Rogatória; ​(Art. 368) 
c) Carta Precatoria; 
d) Carta com aviso de recebimento; 
e) Hora certa no respectivo consulado. 
 
 
5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a interceptação telefônica em inquérito 
instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que Semprônio, 
parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega judicialmente que a prova do 
homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime 
de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da defesa é procedente? 
Há duas correntes doutrinárias para questão. 
 
1ª corrente: a interceptação é válida como prova do novo crime ou criminoso descoberto fortuitamente, desde que 
seja conexo com o crime para o qual foi autorizada a interceptação telefônica. Assim, se não houver a conexão, a 
interceptação só serve como “ notitia criminis” para iniciar uma nova investigação em relação a esse novo crime ou 
criminoso. Esta corrente prevalece na doutrina brasileira. 
 
2ª corrente: a interceptação é válida como prova do crime ou criminoso descoberto fortuitamente, mesmo se não 
houver conexão com o'crime para o qual foi solicitada a interceptação telefônica, mas desde que relacionada com 
o fato criminoso objeto da investigação. Esta corrente vem prevalecendo na jurisprudência, pois o Estado não pode 
se manter inerte diante da notícia de um crime ( STJ, RHC 34.280; STJ HC 33.462 e STF AI no AR 71.706). Diante das 
duas correntes, cabe salientar que a 2ª encaixa na proposta da defesa, portanto é ilícita para atuar no feito, 
porém ser instaurado IP para apuração do ilícito descoberto.

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