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CATU-BA 2019 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CAMPUS CATU CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA DOCENTE: DR. ANDRÉ FAZOLO CONSTANTINO DISCENTE: JOABE SANTOS MEIRELES Relatório Experimental Cromatografia em Coluna - Prática (06) CATU-BA 2019 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CAMPUS CATU LICENCIATURA EM QUÍMICA JOABE SANTOS MEIRELES Relatório Experimental - Prática (06) Cromatografia em Coluna Relatório do procedimento experimental do componente de Química Orgânica I do Instituto Federal Baiano, sob a orientação do professor, como avaliação para obtenção de nota parcial no semestre 2019.1. Orientador: Prof. Dr. André Constantino CATU-BA 2019 1. Introdução A definição de cromatografia dada pela IUPAC em 1993 é: “cromatografia é o método físico de separação no qual os componentes a serem separados se distribuem entre duas fases, uma das quais é estacionária (fase estacionária, FE), enquanto a outra (fase móvel, FM) se movimenta numa direção definida”[1]. A descrição teórica da separação cromatográfica mudou pouco desde o trabalho original de Tswett (1906) [2]. Uma mistura contendo diversos componentes é carregada pela fase móvel, interagindo com a fase estacionária. Neste processo, a maioria das FE retém os componentes da mistura, fazendo com que alguns sejam transportados mais lentamente pela fase móvel, quando comparados com outros componentes que interagem mais fracamente com a fase estacionária. A diferença de mobilidade permite a separação dos componentes da mistura. A análise desta separação pode ser realizada de modo qualitativo (por exemplo, por inspeção visual) ou de modo quantitativo (por exemplo, por métodos espectrométricos)[3]. A fase estacionária pode ser um sólido ou um líquido disposto sobre um suporte sólido com grande área superficial. A fase móvel, que pode ser gasosa, líquida ou ainda um fluido supercrítico, passa sobre a fase estacionária, arrastando consigo os diversos componentes da mistura. É uma técnica de separação especialmente adequada para ilustrar os conceitos de interações intermoleculares, polaridade e propriedades de funções orgânicas, com uma abordagem ilustrativa e relevante [2]. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos por comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando- se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura [3]. Existem diferentes formas de cromatografia: em coluna, planar (cromatografia em papel, a cromatografia por centrifugação e a cromatografia em camada delgada), gasosa, líquida (que pode ser cromatografia líquida clássica - CLC e cromatografia líquida de alta eficiência - CLAE) e a supercrítica (CSC). Neste trabalho, dar-se-á destaque à cromatografia em coluna e cromatografia em camada delgada (CCD) [1]. CATU-BA 2019 Cromatografia em coluna é uma técnica é muito utilizada para isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. As fases estacionárias mais utilizadas são sílica e alumina, entretanto estes adsorventes podem servir simplesmente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por partição. Suportes quimicamente modificados também têm sido usados, sendo o processo de separação misto neste caso. Esses suportes são acondicionados em tubos cilíndricos geralmente de vidro, de diâmetros variados, os quais possuem uma torneira em sua extremidade inferior [1]. A Fig. 1 é uma ilustração de uma coluna cromatográfica empacotada com sílica, sendo mostrados seus demais constituintes. Figura 1: Ilustração de uma coluna cromatográfica. Fonte: http://www.quimicasuprema.com/2013/12/o-que-e-cromatografia.html Os adsorventes possuem partículas na faixa de 60-230 mesh, de modo a possibilitar um fluxo razoável do solvente através da coluna. O uso de sílica de partícula menor (230-400 mesh) como adsorvente para essas colunas requer a utilização de um sistema de bombeamento para o empacotamento e eluição, sendo conhecido como Cromatografia Flash. A principal etapa ao se utilizar essa técnica é o empacotamento, o qual, entre outros fatores, definirá a eficiência da separação. Enquanto a alumina é empacotada em sua forma original, a sílica deve sê-lo na forma de suspensão. À coluna adiciona-se uma pequena quantidade de solvente e deposita-se na sua extremidade inferior um chumaço de algodão com espessura de aproximadamente 0,5 cm para impedir a passagem de partículas da fase estacionária [1]. CATU-BA 2019 A gel de sílica é a fase estacionária mais utilizada, sendo seguida pela alumina, tanto na cromatografia em camada delgada quanto na cromatografia em coluna. Por outro lado, diversos experimentos envolvendo ensaios cromatográficos são descritos na literatura usando como fase estacionária giz, mistura de areia e mármore, açúcar comercial, amido, carbonato de cálcio para analisar princípios ativos de medicamentos, extrato de folhas de espinafre, tinta de caneta, extrato de flores, pigmento de pimentões, entre outros [6] [7] [8] [9] [10]. A adição de sílica deve ser feita com a torneira semi-aberta. O adsorvente é adicionado lentamente à coluna fixada na posição vertical, batendo-se continuamente ao longo da mesma para que todo o ar seja expulso, de modo a se obter uma compactação uniforme. A existência de ar entre as partículas leva à formação de canais na coluna, os quais alargam as bandas efluídas [1]. Nunca se deve permitir que o nível do solvente desça abaixo do nível do adsorvente, o que poderia acarretar rachaduras, comprometendo a eficiência da coluna. Após o empacotamento, é conveniente que se passe uma certa quantidade do eluente (duas a três vezes o volume da coluna) a ser utilizado através da coluna antes da introdução da amostra. Esta é adicionada à coluna com o auxílio de uma pipeta no momento em que o nível do eluente esteja o mais próximo possível do adsorvente. Esse procedimento ameniza o alargamento das bandas a serem efluídas. Tendo a amostra penetrado no adsorvente, o eluente é então adicionado cuidadosa e continuamente [1]. Se, por exemplo, a amostra é constituída por duas substâncias, uma apolar e outra polar, utiliza-se primeiramente um eluente apolar e em seguida um eluente polar. O volume das frações a serem recolhidas é função da quantidade de amostra e do grau de dificuldade da separação. Para análise das mesmas, recorre-se a alguma técnica auxiliar, usualmente CCD. Em vista de que geralmente algumas partículas da amostra permanecem irreversivelmente adsorvidas à fase estacionária, a cada separação é necessário um tratamento para a recuperação do adsorvente [1]. CATU-BA 2019 2. Objetivos Estudar e analisar a separação de compostos orgânicos coloridos através da técnica de cromatografia em coluna. 3. Procedimento Experimental 3.1 Materiais e Reagentes • Coluna Cromatográfica • Etanol • Béquer • Sílica • Bastão de Vidro• Solução Aquosa de Ácido Acético (50%) • Pipeta de Pasteur • Água Destilada • Solução Alcoólica de Alaranjado de Metila • Azul de Metileno CATU-BA 2019 3.2 Procedimento Experimental Empacotamento da coluna – Preparou-se uma coluna cromatográfica com uma bureta de 50 ml, um suporte universal e garra. Utilizando sílica gel neutra como fase fixa, da seguinte maneira: agitou-se com um bastão em um béquer, 15 a 20 g de sílica gel em etanol, até obter uma pasta fluida, homogênea e sem bolha de ar incluídas. Preencheu-se a terça parte da coluna cromatográfica com etanol e derramou-se, então, a pasta fluida de sílica gel, de modo que ela sedimente aos poucos e de forma homogênea. Caso haja bolhas de ar oclusas na coluna, golpeie-a suavemente, de modo a expulsá-las. Controlou-se o nível do solvente abrindo ocasionalmente a torneira da coluna. Terminou-se a preparação, o nível de etanol ficou 0,5 cm acima do topo da coluna de sílica. Separação dos componentes de uma mistura – Distribuiu-se homogeneamente sobre no topo da coluna de sílica, com auxílio de uma pipeta ou conta-gotas, 1 mL de uma solução etanólica de alaranjado de metila e azul de metileno. Após a adsorção pela coluna, procedeu-se a eluição com etanol, vertendo cuidadosamente o solvente pelas paredes internas da coluna, tomando cuidado para não causar distúrbios ou agitação na coluna. Ao mesmo tempo, abriu-se a torneira para escoar o solvente. Após eluir todo o alaranjado de metila com etanol, eluiu-se, com água, o azul de metileno retido na coluna e em seguida com uma solução aquosa de ácido acético (50%). CATU-BA 2019 5. Resultados e Discussões Após a montagem do sistema de cromatografia para separar os compostos orgânicos coloridos, neste caso, azul de metileno (Figura 2) e alaranjado de metila (Figura 3) , que possuem nomes associados a sua coloração. Foi seguido o roteiro para execução da prática e assim chegar aos resultados esperados. Estrutura dos compostos orgânicos: Figura 2: Estrutura molecular do Azul de metileno Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Azul_de_metileno Figura 3: Estrutura molecular do alaranjado de metila Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alaranjado_de_metila Os resultados obtidos pela técnica empregada que foram alcançados foram satisfatórios para observação da separação química dos compostos, porém não tão efetiva, em razão da Sílica em gel utilizada estava fora da validade o que compromete a eficácia da separação. Sendo assim, a coluna demorou dias para separar completamente os compostos. No entanto, em alguns minutos após adição dos eluentes foi possível analisar a separação dos compostos, na coluna de sílica, embora a data de validade estivesse fora do prazo, a coloração da mistura dos componentes inicial, verde, foi visível o aparecimento de um espectro de cores para o azul e amarelo correspondentes a separação das soluções dos compostos orgânicos utilizados, ou seja, isolamento dos compostos. CATU-BA 2019 O alaranjado é menos polar, portanto, ele será efluído primeiro porque interage menos com a sílica, logo o solvente menos apolar, Etanol, separa o composto com baixa polaridade, que não se retém tanto na fase fixa de sílica. Já o azul de metileno por ter um caráter mais polar, portanto interage mais firmemente há fase estacionária, o que deixa o composto retido através da adsorção na fase, e consequentemente realiza a separação do outro composto que não interage com a sílica inicialmente, e depois com agua o segundo composto é coletado, e para melhor eficiência de eluição colocou-se um solvente mais apolar o ácido acético, como foi observado experimentalmente. O solvente mais polar elui melhor substâncias polares por melhor dissolve-los e deslocar o equilíbrio de eluição. Além disso, o solvente mais polar adsorve melhor à superfície da fase estacionária, deslocando desta maneira todas as substâncias para a fase líquida. A fase móvel utilizada foi água, etanol e ácido acético. Os três solventes utilizados apresentam diferentes polaridades. A fase móvel na cromatografia por adsorção tem sentido amplo, dentre as quais realizar a função de solvente, propriamente dito, no que deve ser levada em consideração a relação de solubilidade dos componentes da mistura a ser cromatografia. Outra função é de realizar, primordialmente, o desenvolvimento dos componentes da mistura na coluna e remover ou dessorver estes componentes do adsorvente. Neste caso, são ditos eluentes 9. Após ter sido escolhido a fase estacionária, os eluentes são selecionados de acordo com a força eluotrópica7, isto é, um aumento da habilidade de interagir com as substâncias retidas na fase estacionária. Na cromatografia de adsorção, a dessorção é facilitada quando se usa um eluente polar e dificultada pelo uso daquele de polaridade menor; isto é, um adsorvato estará mais fixado no adsorvente quando o eluente em uso é pouco polar. Porém, o deslocamento do adsorvato é lento. Para o desenvolvimento do mesmo tornar-se mais rápido deve-se usar um outro eluente mais polar. Desta maneira é conveniente desenvolver uma coluna cromatográfica na forma de um gradiente de polaridade crescente 1 . Esta série é mostrada abaixo em ordem crescente de polaridade 7. • Hexano, Éter de petróleo, Benzeno, Tolueno, Diclorometano, Clorofórmio, Éter etílico, Acetato de etila, Acetona, Etanol, Metanol, Ácido acético 7. CATU-BA 2019 Desta série de eluentes deve-se escolher aquele(s) que consegue(m) dessorver o adsorvato. A polaridade desta série gradual de eluentes está relacionada com as experiências práticas de cromatografia em coluna. A velocidade de eluição deve ser equalizada levando em conta dois processos físicos que ocorrem durante uma cromatografia, à transferência de massa e a difusão molecular. Portanto, a eluição tem que ser suficientemente lenta para que se possa manter os equilíbrios de transferência de massas e suficientemente rápida para que se evite a difusão molecular 9. Para se conhecer a natureza do processo de adsorção deve-se considerar a atividade do adsorvente que, de uma maneira geral, traduz a força de adsorção. Assim os componentes fortemente retidos pela fase estacionária movem-se lentamente na fase móvel (fluído que perco-a através da fase estacionária) 1. A separação dos componentes da amostra depende da polaridade de cada componente e da fase estacionária. O processo de interação dos componentes da amostra com a fase estacionária está associado a interações intermoleculares, dentre as quais se destacam as ligações de hidrogênio, interações dipolo-dipolo, interação dipolo-dipolo induzido e dipolo induzido-dipolo induzido instantâneo11. A reprodutibilidade de uma coluna cromatográfica pode ser modificada utilizando um tamanho de partícula adequada (granulometria do adsorvente), sendo que não se usaria um tamanho tão pequeno que impediria o fluxo da fase móvel 11. Estruturas da fase móvel do experimento etanol, ácido etanoico e água: Figura 4: Estrutura do Etanol Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/alcool.html CATU-BA 2019 Figura 5: Estrutura do ácido etanoico Fonte: https://www.acidoacetico.com/formula/ Figura 6: Estrutura da água Fonte: https://www.gratispng.com/png-1d3wmk/ Quanto mais uniforme for o enchimento da coluna, maior será a suaeficiência. Durante o enchimento o ar pode ficar retido entre as partículas, o que não é conveniente, pois formaria canais na coluna que prejudicariam as bandas em eluição. Para se evitar a retenção de ar o adsorvente deve ser agitado num frasco, com a fase móvel, até a constituição de uma pasta, a qual será então colocada dentro da coluna, já contendo 1/3 da fase móvel. Nesta operação acompanhada por vibração da coluna e, deixando o material assentar gradualmente, obtém-se uma razoável homogeneidade. Se existir uma uniformidade no tamanho das partículas, melhor será a homogeneidade do sistema da fase estacionária 11. Deve-se evitar deixar a coluna secar durante o enchimento ou durante a eluição, porque aparecem rachaduras na coluna, com o que a separação cromatográfica ficaria altamente prejudicada11. Uma vez montada a coluna cromatográfica, a amostra deve ser aplicada ao topo da mesma. As amostras, tanto sólida ou líquida podem ser misturadas com o adsorvente e, após evaporar o solvente, a mistura é colocada no topo da coluna. Após toda amostra ter sido colocada é adicionada a fase móvel, cuidadosamente, até que se forme uma coluna líquida incolor e límpida acima do nível superior da amostra 4. Para eluição a coluna cromatográfica pode ser fixada em qualquer posição, porém a mais conveniente é fixa-la em posição vertical. Assim a eluição se processará por ação da gravidade. A fase móvel, quando está passando através do adsorvente na CATU-BA 2019 coluna, arrasta consigo os componentes da amostra que está sendo cromatografada. A velocidade de eluição de um componente depende de sua adsorção pela fase estacionária, isto é, quanto mais fracamente o componente for adsorvido, mais rápido é a sua passagem pela coluna, e vice-versa. Conclui-se, portanto, que quanto maior a diferença entre os coeficientes de adsorção, mais completa será a separação do composto. Esta separação dos componentes de uma mistura ocorre devido às diferenças nas forças de interação entre eles e o adsorvente 4. CATU-BA 2019 7. Conclusão Este trabalho abordou os resultados do experimento de cromatografia em coluna, realizados em uma aula de química orgânica experimental no laboratório de orgânica. Embora não foi possível visualizar totalmente a separação em razão da efetividade da sílica, que estava comprometida devido estar fora dos padrões de validade. Porém o objetivo da prática foi alcançado com êxito. A separação ocorreu ao longo de vários dias, sendo comprovada a técnica cromatográfica. CATU-BA 2019 8. Referências Bibliográficas aa [1] COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BONATO, P.S. Introdução a métodos cromatográficos. 5ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. [2] Silva, L. B.; Alles, I. M.; Morel, A. F.; Dalcol, I. I.; Química Nova na Escola 2006, n. 23, 52. [3] L.S. Ettre, IUPAC Nomenclature for chromatography, Pure Appl. Chem. 65, 1993, 819- 872. [4] Degani, A. L. G.; Cass, Q. B.; Vieira, P. C.; Química Nova na Escola. 1998, n. 7, 21. [5] Soares, B. G.; Sousa, N. A.; Pires, D. X.; Química Orgânica: teoria e técnicas de preparação, purificação e identificação de compostos orgânicos, Guanabara: Rio de Janeiro, 1988. [6] Oliveira, A. R. M.; Simonelli, F.; Marques, F. 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