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Artigo Científico-TCC- DEFENDIDO E CORRIGIDO

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ANÁLISE SISTEMÁTICA DA INFLUÊNCIA DAS RAQUETES DE TÊNIS DE QUADRA NO ACOMETIMENTO DE LESÕES EM OMBRO E COTOVELO
SYSTEMATIC ANALYSIS OF THE INFLUENCE OF QUADRA TENNIS RACKS IN THE ACCOMPANY OF LUMINES IN SHOULDER AND ELBOW
 
 
RAUANY DANIELA CAMPOS DE SOUZA* 
FÁBIO DE BRITO GONTIJO* 
 
RESUMO
Introdução: Os atletas praticantes de tênis estão sujeitos a lesões devido a fatores intrínsecos e/ou extrínsecos, e regiões como cotovelo e ombro sofrem forte impacto durante os jogos. Objetivo: Apontar a influência das raquetes de tênis de quadra no acometimento de lesões em ombro e cotovelo. Metodologia: O estudo consistiu em pesquisa bibliográfica por meio de artigos científicos, além de análise sistemática da relação das raquetes de tênis com a incidência de lesões no ombro e cotovelo. Resultados: De acordo com o ranking da ATP, de 10 tenistas, 7 apresentam lesão em cotovelo e 6 em ombro. Discussão: Alguns autores relatam que para preservar a saúde do membro superior, é fundamental adequar a raquete às características físicas e de jogo. Conclusão: A raquete deve estar de acordo com as necessidades do atleta, e do mesmo modo é fundamental que haja acompanhamento profissional com um fisioterapeuta. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Lesões; Raquetes; Tênis de quadra. 
 
ABSTRACT 
Introduction: Athletes who practice tennis are subject to injury due to intrinsic and/or extrinsic factors, and regions such as elbow and shoulder are strongly impacted during games. Objective: To point out the influence of racquets of court tennis in the affection of lesions in shoulder and elbow. Methodology: The study consisted of a bibliographical research through scientific articles, besides a systematic analysis of the relation of the tennis rackets with the incidence of lesions in the shoulder and elbow. Results: According to the ATP ranking, of 10 tennis players, 7 had an elbow injury and 6 had an elbow injury. Discussion: Some authors report that in order to preserve the health of the upper limb, it is essential to adapt the racket to the physical and game characteristics. Conclusion: The racket must conform to the needs of the athlete, and likewise it is fundamental that there is professional accompaniment with a physiotherapist. 
 
KEYWORDS: Injuries; Racquets; Court tennis. 
 
_____________________________ 
*ACADÊMICA DE FISIOTERAPIA-UNIPAM. rauanycampos@hotmail.com 
*DOCENTE DO CURSO DE FISIOTERAPIA- UNIPAM. fabiobg@unipam.edu.br
INTRODUÇÃO
O tênis é o mais popular de todos os esportes praticados com raquete, podendo ser desfrutado por atletas ou jogadores recreativos de todas as idades. Igualmente, a maioria dos esportes com raquete requer coordenação, agilidade, potência muscular e condicionamento físico. Além disso, este esporte consiste em jogar uma bola por meio de uma raquete, de uma metade da pista para a outra metade, passando pela rede (LINHARES, 2007).
Apesar de todo o sucesso que o tênis vem proporcionando aos seus praticantes mais habilidosos, muitos deixam de atingir tal nível devido a lesões osteomioarticulares decorrentes da prática exagerada, inadequada ou até mesmo devido à raquete utilizada (modelo da raquete: tensão da corda, peso da raquete, tamanho da raquete, empunhadura, material, entre outros). O tênis, como a maioria dos esportes, exige grande solicitação do aparelho locomotor, principalmente no aspecto ósteo-ligamentar, evidenciando lesões que se manifestam de maneira muito variável em termos de localização nas estruturas anatômicas, a maioria decorrente de microtraumatismos repetitivos ocorridos em competições e treinamentos (PEREIRA; FORTI, 2007). 
O conhecimento das possíveis lesões pertinentes aos atletas que praticam um esporte pode ser útil na medida em que contribui na sua prevenção, com base na prescrição do treinamento. Para que a diminuição do número de lesões seja possível é importante conhecer, com exatidão, tanto a etiopatologia como sua incidência (CHIAPPA et al., 2001). 
Os atletas praticantes de tênis estão sujeitos aos mais distintos tipos de lesões, que podem ser atribuídas a uma série de fatores, como biomecânica do gesto desportivo incorreto, uso excessivo de movimentos repetitivos, uso de equipamento esportivo não apropriado para a modalidade e/ou atleta, tipo do piso da quadra, entre outros. Logo, constata-se que vários aspectos, intrínsecos e extrínsecos, do tênis, além das constantes mudanças bruscas de direção, contribuem para o aumento do risco de lesões (PEREIRA; FORTI, 2007). 
O ombro é uma das articulações mais importantes para o desempenho do tenista e uma das que mais são lesionadas na prática do esporte. Muitos tenistas referem desconfortos no ombro logo após as partidas, bem como já sofreram lesões no ombro devido à sobrecarga ou tempo de prática. Geralmente lesões em membros superiores são causadas por raquetes inadequadas, tamanho de empunhadura muito diferente do habitual para o jogador, os tipos de quadra e bolas, tensão da corda, os tipos de calçado utilizados ou uma técnica inadequada para o esporte (SILVA, 2014). 
As lesões no cotovelo por esforço repetitivo de gestos esportivos ocorrem principalmente pelos impactos decorrentes nessa articulação, pelo fato que a bola tem que passar por cima da rede para a quadra do adversário com força e velocidade (FERNANDEZ et al., 2014). 
O presente estudo visa descrever as características das raquetes de tênis consideradas “ideais” para que o atleta tenha, ao mesmo tempo, um melhor rendimento e, principalmente, ausência de lesões no ombro. Da mesma forma, também visa apontar a importância do acompanhamento profissional de um fisioterapeuta antes das partidas e treinamentos. Neste projeto, a ênfase será para as raquetes de tênis de quadra.
MATERIAL E MÉTODO
O estudo consistiu em pesquisa bibliográfica por meio de artigos científicos, procura em sites de pesquisa como Scielo, Medline e PubMed, dados bibliográficos do acervo da Biblioteca Central Doutor Benedito Corrêa do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, com busca restrita ao período de 1994 a 2018, além de análise sistemática da relação das raquetes de tênis com a incidência de lesões no ombro e cotovelo.
Como regra básica, foi estipulada uma quantidade mínima de 13 artigos para estudo e utilização neste projeto, devido ao fato de que poucos estudos foram encontrados a respeito do assunto. Artigos que não obtinham as palavras chave: raquete, lesões e tênis, não foram incluídos no estudo, da mesma forma, aqueles que não apresentavam informações e/ou resultados significativos, também não foram utilizados.
Mediante o site da Associação dos Tenistas Profissionais, foi realizado análise da raquete de 30 atletas, e a partir disso foram selecionados os 10 primeiros tenistas, listados como os melhores do ranking. A escolha se baseou na grande visibilidade dos atletas. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Autores que afirmam que as patologias podem ser causadas devido a excessivos movimentos, ao uso de equipamentos/assessórios errados, assim como, a falta de um fisioterapeuta para realizar o acompanhamento do jogador. 
É possível identificar ainda que, há diversos tipos de movimentos (devido à característica de jogo de cada tenista) os quais são realizados pelos tenistas e, sabe-se que, por estudos bibliográficos, o movimento da raquete não depende apenas dos membros superiores, mas também, dos membros inferiores, no entanto, os membros inferiores não serão retratados neste estudo. 
Afirma-se ainda que, todas as análises aqui descritas, são realizadas em jogadores que atuam no circuito profissional de tênis de quadra, uma vez que estes jogadores, por serem profissionais, devem, obrigatoriamente, ter o movimento considerado perfeito para evitar algum tipo de lesão. E não apenas a análise dos movimentos estão em estudo, afinal, os tenistas devem ter acompanhamento de um fisioterapeuta para evitar lesões e realizar o trabalho corretamente, seja na prevenção ou tratamento. 
Portanto, uma vez que os tenistas profissionais são analisados, a mesmaanalogia vale também para tenistas amadores, visto que, ambos devem optar por uso de equipamentos “ideais”, realizar movimentos corretos (aprendizado através de aulas) e acompanhamento de um fisioterapeuta quando necessário. 
 No tênis, a Fisioterapia age principalmente na prevenção, de forma proativa. Trabalhos de propriocepção e de reabilitação postural têm se mostrado eficientes. Atualmente, grandes centros de treinamento contam com o fisioterapeuta para atuar na postura e fazer as correções necessárias para que o atleta evite, ao máximo, a lesão (MENDONÇA; RAIMUNDO, 2008).
Para tais resultados em análise, pode-se verificar no Quadro 1, um estudo sistemático e comparativo entre os autores que fazem tais afirmações das patologias (ombro e cotovelo) em relação aos movimentos realizados pelos tenistas de quadras.
QUADRO 1 – RESUMO DOS RESULTADOS CONFORME ESTUDO LITERÁRIO
	AUTOR/ANO
	
 PATOLOGIAS ASSOCIADAS
	
MOVIMENTOS E TÉCNICAS
	
RAQUETES
	FONTOURA, 
F.C./2003.
	---
	---
	A raquete é dividida em cabeça, coração (garganta), eixo e cabo. Em relação a cabeça da raquete, quanto maior ela for, mais área para bater na bola e mais potência para impulsionar a bolinha, porém, há menos controle.
	FAGGIONI; LUCAS; GAZI./2005.
	Dentre as lesões comumente desenvolvidas no tênis, podemos relatar: Síndrome do Pinçamento, Discinesia Escapular, Lesões do Manguito Rotador, Instabilidade Glenoumeral, Lesões do tendão do bíceps proximal e Lesões da articulação acromioclavicular.
	---
	---
	
VRETAROS, 
A./2008.
	---
	---
	Nos MMSS os músculos que envolvem a cadeia cinética do ombro e os flexores/extensores do cotovelo participam da manutenção da força de preensão manual ao empunhar a raquete.
	
SILVA, R. T./2010.
	Cerca de metade dos tenistas vão ter em algum dia da sua vida esportiva a lesão conhecida como tennis elbow (cotovelo de tenista). A empunhadura e os golpes de rebatida do tênis requerem a utilização abrangente dos extensores do antebraço. Os extensores se tornam lesionados à medida que os músculos vão sendo fadigados pela atividade repetitiva.
	Modalidades como o tênis, necessitam de grande demanda biomecânica do ombro. Um tenista amador pode gerar forças de rotação angular da ordem de 7.000 graus por segundo, na fase de aceleração do saque. 
	---
	
ANDRADE, D. 
S./2011.
	---
	---
	As cordas sintéticas das raquetes são fabricadas, em sua maior parte, à base de nylon. Este tipo de corda costuma durar mais que a corda de tripa natural, é mais resistente à umidade, e pode também oferecer um excelente rendimento, porém, elas transmitem maior vibração para a raquete e, por continuidade, para a mão, punho, cotovelo e ombro do tenista, assim como as raquetes mais leves.
	
QUEIROZ, N.
S./2014.
	A Epicondilite lateral, ou “cotovelo de tenista”, é a inflamação do tendão, no extensor radial, longo e curto do carpo, sendo geralmente ocasionado pelo repetido atraso do backhand. É de suma importância a inclusão de profissionais capacitados, de modo a permitir a correção das técnicas dos movimentos. 
A tendinite por repetição do gesto esportivo, ocorre provavelmente pelos sucessivos impactos da articulação do cotovelo.
	---
	---
	
SILVA. G. 	R.; LEMOS, D. A./2014 
	---
	Altas forças e grandes amplitudes de movimento são geradas no ombro durante movimentos do tênis. Velocidades por segundo em torno de 895 graus no backhand e 387 no forehand. Nos movimentos iniciais do saque e jogadas de direita, a atividade muscular predominante é do serrátil anterior, peitoral maior e subescapular. 
	---
	BORDONI, 
C./2017.
	---
	---
	Quanto à raquete, existe um tipo de raquete para cada biotipo e estilo de jogo. Na escolha de uma raquete, deve-se levar em consideração todas as características da mesma, como o peso, o material, tamanho da cabeça, entre outros aspectos. 
Normalmente, as raquetes para mulheres são mais leves. O peso das raquetes pode variar de 250g a 350g.
Fonte: Os autores (2018).
 Pode-se observar no Quadro 1, que os autores convergem para uma análise técnica em relação ao material usado, tipo de material, os movimentos realizados e, não menos importante, o acompanhamento do fisioterapeuta. 
 Em se tratando da raquete ideal para cada jogador, observa-se no Quadro 2 as características específicas da raquete de tênis de quadra para que o tenista possa tirar o melhor proveito em quadra e, assim, evitar lesões. 
QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS DE UMA RAQUETE DE QUADRA
	Rigidez do Aro 
	Tamanho da cabeça 
	
	Empunhadura 
	Peso e equilíbrio 
	Comprimento 
	
	A rigidez do aro está relacionada a quanto o aro se curva no momento do impacto com a bola. Uma raquete mais dura se curva menos, dando uma precisão maior na bola. Já uma raquete mais flexível se curva mais, resultando em menor potência na bola. 
	O tamanho da cabeça está 
diretamente 
relacionado a força – a cabeça maior irá fornecer mais potência do que uma cabeça menor. No entanto, uma cabeça menor oferece maior precisão. 
	A empunhadura também deve ser levada em consideração na hora de escolher uma raquete. Além do fato de que o tamanho deve se adequar ao tenista, atualmente diversas marcas incorporaram 
sistemas de absorção de choque e vibração nas empunhaduras das raquetes. 
	De forma geral, raquetes mais pesadas têm maior potência, são mais estáveis e transmitem menos impacto que as mais leves. 
	O comprimento das raquetes atuais varia de 68,5 a 73,7 cm. 
Fonte: Jogando Tênis (2010). 
Conforme os estudos realizados, o tênis de quadra é um esporte de referência quanto aos movimentos considerados perfeitos, uma vez que, para qualquer movimento realizado, caso o jogador não o faça corretamente, com certeza não irá fazer a jogada necessária e, consequentemente, não irá ganhar o ponto. 
Assim como qualquer outro esporte, o tênis de quadra requer um alto esforço físico e mental, muitas horas de treino e dedicação dentro e fora de quadra, assim como dito por Silva (2010). 
Quando se fala do trabalho dentro de quadra pode-se verificar que para se ter um movimento perfeito são necessárias várias repetições de um único movimento, para que os sistemas biomecânicos e psicológicos trabalhem quase que de maneira simultânea, ou seja, durante um jogo, o jogador não tem tempo o suficiente para pensar nas jogadas, a estratégia tem que estar planejada e o movimento alinhado à cada adversidade. Por outro lado, para o trabalho do tenista fora de quadra, devido aos movimentos repetitivos e esforços biomecânicos, é necessário a ação do fisioterapeuta para evitar lesões e/ou até mesmo, recuperar o mais rapidamente. 
Entre trabalho fora de quadra para aperfeiçoamento e recuperação física, há também a escolha dos acessórios para prática esportiva do tênis de quadra, como tênis, roupa e, não menos importante, a escolha da raquete e da corda utilizada. Cada tenista, seja ele profissional ou amador, deve fazer a escolha correta para que esta se adeque ao melhor rendimento em quadra, o que foi enfatizado por Bornoni (2017). Da mesma forma, a escolha dos acessórios não deve comprometer no acometimento de lesões no ombro e cotovelo, sendo estes os principais fatores de lesões dos tenistas tanto amadores quanto profissionais. 
Conforme mencionado por Andrade (2011), cada raquete tem seu peso, seu equilíbrio e outras características importantes para a escolha e manuseio durante as partidas, assim como a corda a qual é necessária colocar na raquete, como o tipo de corda e a tensão. Além disso, há também o tipo de movimento que cada tenista realiza, o qual pode interferir no jogo, nas especificações da raquete e da corda e influenciar no resultado de uma partida. Não menos preocupante do que vencer um campeonato, todas as especificações descritas anteriormente, juntamente segue a preocupação com lesões. 
Quando se tratando à tenistas profissionais, é provável que vários deles possuem alguma patologia desenvolvida durante os anos, seja ela por movimentos repetitivos, ou pelaescolha da raquete e corda consideradas ideal para evitar lesão. Vale ressaltar que, muitas vezes, a escolha da raquete é realizada de acordo com a performance do jogo, mesmo que esta venha comprometer em lesões, cabendo ao fisioterapeuta conseguir reverter o processo de lesões. 
Conforme o Gráfico 1, é possível verificar que, entre os dez primeiros tenistas profissionais pontuados pela ATP, todos possuem pelo menos uma patologia de cotovelo ou ombro, entre outras não citadas. É importante ressaltar que, como não foi realizado nenhum trabalho específico com os jogadores, então não se pode afirmar com clareza que as patologias foram causadas pela escolha da raquete e corda, entretanto, é possível associar, conforme estudo deste projeto que, que pode haver uma correlação entre a escolha “ideal” dos acessórios e a ocorrência de alguma patologia. 
GRÁFICO 1 – LESÕES EM JOGADORES PROFISSIONAIS 
Fonte: os autores (2018). 
Como pode ser observado no Gráfico 1, os jogadores, em sua grande maioria, possuem algum tipo de patologia, desde lesões no cotovelo e ombro como também podem possuir lesões em outras regiões. Entretanto, vale ressaltar que, de acordo com o objetivo do trabalho, as análises das patologias ficaram restritas em cotovelo e ombro. 
Tais patologias (cotovelo e ombro) podem ser reduzidas ou evitadas se, para tal, o jogador, de acordo com os movimentos realizados, adequasse o jogo aos acessórios. Como demonstra a Figura 1, a analogia do swing (movimento) é realizada em relação às características da raquete. 
FIGURA 1 – MOVIMENTOS DURANTE O SWING
Fonte: ATP (2018).
É possível observar na Figura 1, que de acordo com os movimentos realizados no swing curto, o tenista realiza extensão de cotovelo e rotação externa de ombro, no swing intermediário realiza-se extensão de cotovelo, bem como abdução e rotação externa de ombro, já no swing longo realiza-se extensão de cotovelo, e uma maior rotação externa, abdução e extensão de ombro.
Segundo Silva (2018), para o jogador que possui um swing (movimento) curto: o mesmo deveria escolher uma raquete com tamanho da cabeça de 677 cm³ a 871 cm³, com espessura do aro grosso, o peso da raquete entre 240 g e 265 g, um balanço específico para a cabeça, uma raquete mais rígida, um encordoamento mais aberto e uma tensão baixa (menor que 24 Kg). 
 Ainda de acordo com Silva (2018), para o jogador que possui um swing médio, uma raquete com tamanho da cabeça em torno de 632 a 671 cm, espessura do aro médio, peso em corda entre 270g e 290g, balanço com cabeça ligeiramente mais leve ou mais pesada, um encordoamento médio e a tensão das cordas entre 24 kg e 26 kg. E já para o jogador com swing longo, o ideal seria uma raquete com tamanho da cabeça de 581 a 626 cm, espessura do aro fino, peso da raquete entre 290g a 340g, balanço com cabeça leve, raquete flexível, padrão das cordas mais fechado e tensão das cordas maior que 26 kg. 
 Sendo assim, pode-se observar no Quadro 3 que o swing de cada jogador, correlacionado ao modelo da raquete, às características da raquete e o tipo de corda podem exercer influência no acometimento de lesões. 
 
QUADRO 3 – OS DEZ MELHORES TENISTAS CONFORME RANKING DA ATP/CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
	Jogadores 
	Swing 
	Modelo da Raquete 
	Características principais da raquete (peso, equilíbrio e composição, respectivamente) 
	Tipo de corda 
	Rafael Nadal 
	Longo 
	Babolat Pure Aero 
	300g / 9.5oz, 320mm, Grafite e Tungstênio. 
	Sintética 
	Kei Nishikori 
	
	Wilson Burn 
	320 g / 11.3 oz, 320 mm/ 7 pts, Fibra de carbono. 
	Sintética 
	Roger Federer 
	Curto 
	Wilson Pro Staff 
	340g/12 oz, 30.5cm/12 pts, Braided Graphite. 
	Sintética 
	Novak Djokovic 
	
	Head Graphene 360 
	310g, 315 mm, Grafite. 
	Sintética 
	Alexander 
Zverev 
	
	Head Graphene 360 
	310g, 315 mm, Grafite. 
	Sintética 
	Dominic Thiem 
	
	Babolat Pure Strike 98 
	305 g / 10.8 oz, 320 mm, Grafite. 
	Sintética 
	John Isner 
	
	Prince 	TeXtreme2 
Beast 100 
	300g / 10.6 oz, 315mm / 12.4 in, Fibra de carbono. 
	Sintética 
	Juan Martin Del 
Potro 
	Médio 
	Wilson Burn 
	320 g / 11.3 oz, 320 mm/ 7 pts, Fibra de carbono. 
	Sintética 
	Marin Cilic 
	
	Head Graphene Touch 
	295 g, 320 mm, Grafite. 
	Sintética 
	Kevin Anderson 
	
	Dunlop Srixon Revo 
CX 2.0 Tour 
	320 g, 32.4 cm, Núcleo Sônico / Grafite. 
	Sintética 
Fonte: ATP (2018). 
Em análise ao Quadro 3, quanto aos jogadores com swing curto, o peso da raquete não está adequado, portanto, raquetes mais pesadas que o “ideal” pode vir a gerar maior sobrecarga em membro superior, visto que é maior do que o adequado aos jogadores.
É notório quanto aos movimentos observados na Figura 1, que há uma sobrecarga no ombro e cotovelo, devido tanto ao tipo de movimento quanto à quantidade de repetições exercidas durante os treinos e jogos. 
 Dentre as patologias relacionadas ao tênis, essa modalidade é extremamente propensa a desenvolver a Síndrome do Pinçamento (Figura 3), como já foi dito anteriormente por Faggioni; Lucas; Gazi (2005). De acordo com estes autores, a Síndrome do Pinçamento é uma tendinopatia que comprime o tendão (por isso, também é chamada de Síndrome do Impacto) do músculo supra-espinhoso, do infra-espinhoso ou cabeça longa do bíceps braquial no arco córaco-acromial, provocada pela elevação excessiva do braço acima de um ângulo da linha do ombro.
Conforme dito neste estudo por Queiroz (2014), e agora enfatizado por Moré (2006), a Epicondilite Lateral, é uma patologia muito comum em tenistas, visto que, estes realizam movimentos repetitivos constantemente, o que pode ser um fator determinante para a lesão. 
Para se tirar maior proveito técnico de uma raquete de tênis e preservar a saúde do membro superior, é fundamental adequá-la às suas características físicas e de jogo. A esse tipo de adequação dá-se o nome de customização, ou seja, é a alteração do peso e equilíbrio originais da raquete para melhor atender as necessidades individuais dos jogadores. Recomenda-se fazer essa adequação/customização em várias situações, quando é necessária maior potência, maior controle, maior poder de resposta às bolas mais pesadas, entre outros.
É fundamental que haja acompanhamento profissional com um fisioterapeuta pois, este vai preparar o tenista antes e depois dos jogos, e em casos de lesões, ele irá reabilitar o atleta. Segundo Fontana (1999), deve-se lembrar também da necessidade da integração do trabalho estático com treinamento do indivíduo através da reeducação dos atos motores específicos da modalidade. Além disso, o fisioterapeuta, através da avaliação clínica e funcional individualizada do atleta, pode colaborar com o treinamento orientando os indivíduos e respectivos treinadores quanto aos possíveis desequilíbrios musculares presentes e desempenho biomecânico do esporte em questão. 
Portanto, a prevenção associada à potencialização máxima das funções do atleta e as orientações de treinamento está diretamente relacionada ao desempenho do atleta, tornando clara a necessidade da atuação deste profissional dentro da equipe de treinamento destes indivíduos. 
Observa-se, portanto, que o papel da Fisioterapia Desportiva em relação ao tênis, é vasta. No âmbito em que este estudo se insere, nota-se também que mediante avaliação do fisioterapeuta, este poderá identificar a raquete que melhor se enquadra nas particularidades de cada atleta, observando características como material, peso, equilíbrio, tensão da corda, tamanho da empunhadura, e assim minimizando o risco de lesões, principalmente em ombro e cotovelo, visto que há forte relação das raquetes com o membro superior. 
CONCLUSÃO 
De acordo com os estudos realizados, se finda que de acordo com o estudo, as raquetes de cordas sintéticas são as mais utilizadas pelos tenistas, e que estes, levam em consideração a raquete que melhor se adequa ao jogo, e não as particularidades de si mesmo. Deste modo, é importante estaratento às características da raquete, tais como: o peso, o material, tamanho da cabeça e empunhadura. Além disso conclui-se também que o acompanhamento fisioterapêutico é necessário na prevenção de lesões e que a avaliação fisioterapêutica pode ajudar na escolha da melhor raquete para o jogador.
Foram encontrados poucos estudos a respeito das raquetes, sua correlação com as lesões na prática do tênis, e a importância da Fisioterapia Desportiva para os tenistas, portanto, seria interessante e de grande valia que fossem feitos novos projetos que abordassem este tipo de contexto. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. S. Principais lesões que acometem tenistas amadores. Belo Horizonte, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, 2011.
ATP WORD TOUR. Scores, Draws, Schedules and rankings. Disponível em: <https://www.atpworldtour.com/>. Acesso em: 29 set. 2018. 
BORDOLNI, C. Raquete para adultos: como escolher? Disponível em: 
<http://tenismais.com.br/raquete-para-adultos-como-escolher/>. Acesso em: 17 ago. 2018. 
CHIAPPA, G. R. et al. Fisioterapia das lesões no voleibol: abordagem das principais lesões, seus tipos, fatores biomecânicos. São Paulo: Robe Editorial, 2001. 
FAGGIONI, R.I.; LUCAS, R.D.; GAZI, A.D.F.A. Síndrome do pinçamento no ombro, decorrente da prática esportiva: uma revisão bibliográfica. Motriz, Rio Claro, v.11 n.3, p.211-215, set./dez., 2005.
FERNANDEZ, J. et al.Fitness testing of tennis players: How valuable is it? Br J Sports Med, 2014.
FONTANA, R. F. Conferências, Mesas-redondas, Cursos (Resumos) – Anais do IV Simpósio Internacional de Fisioterapia. Rev. Fisioter. Univ., São Paulo, v.6, Suplemento especial, p. 1935,1999.
FONTOURA, F. C. Tênis para todos. Canoas: Ed. Da ULBRA, 136p., 2003. 
JOGANDO TÊNIS. Como escolher a raquete certa para você. Disponível em: 
<http://www.jogandotenis.com.br/como-escolher-a-raquete-certa-tenis/>. Acesso em: 29 set. 2018. 
LINHARES, C. M. O treinamento com causa de depressão do ombro do membro superior dominante de jogadores de tênis de campo. Revista Terapia Manual, São Paulo, v. 5, n. 20, p. 122-125, 2007. 
MENDONÇA, M. A. G. N.; RAIMUNDO, R. J. S. Análise postural em tenistas juvenis de alto rendimento. Brasília, 2008. 
MORÉ, A. O. O. Lesões em atletas amadores na prática do tênis de campo. Florianópolis, 2006, 44 p.
PEREIRA, J.S., FORTI, D. Aspectos lesionais do comprometimento osteomioarticular em praticantes amadores de tênis: estudo preliminar. Fit Perf J, 2007; 6(1):53-6. Maio/2006, Outubro/2006. 
QUEIROZ, N. S., et al. Lesões em tenistas amadores no Rio de Janeiro. Rev Bras Med Esporte – Vol. 20, n° 4 – Jul/Ago, 2014. 
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SILVA. G. R.; LEMOS, D. A. Os fundamentos forehand, backhand e saque do tênis – uma abordagem teórica. Revista Didática Sistêmica, ISSN 1809-3108, v.16, n.1, 2014, p.128-145.
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